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Preço da gasolina 0,28% cai na primeira semana de agosto, diz ValeCard

Na última semana, entre os dias 31 de julho e 06 de agosto, os preços do litro da gasolina (R$ 5,691) e do etanol hidratado (R$ 3,754) caíram nos postos de combustíveis do Brasil. Por outro lado, o diesel se manteve em R$ 5,243. Veja, abaixo, o detalhamento do levantamento nacional de preços de combustíveis da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas, com base em transações realizadas em cerca de 25 mil postos de combustíveis de todo o Brasil. O preço do litro da gasolina nos postos no Brasil apresentou uma queda de 0,28% na semana passada (31 de julho a 06 de agosto) em comparação com a semana anterior (24 a 30 de julho), com valor médio de R$ 5,691 emdash; variação de R$ 0,018 por litro. eldquo;Como não tivemos novos anúncios em relação aos preços nas refinarias da Petrobras, o mercado está em equilíbrio. As pequenas oscilações que observamos nas últimas semanas são reflexo dessa estabilizaçãoerdquo;, explica Brendon Rodrigues, Head de inovação e portfólio na ValeCard. Os dados da primeira semana de agosto de 2023 mostram que os estados que registraram a maior alta no preço da gasolina foram Bahia (0,98%), Roraima (0,75%) e Sergipe (0,59%). Já as maiores quedas de preço foram registradas no Amapá (-1,88%), Mato Grosso (-1,20%) e Espírito Santo (-0,97%). Considerados os preços médios praticados nos estados, o maior valor foi registrado no Roraima (R$ 6,563); já o menor valor médio foi de R$ 5,471, em São Paulo. Etanol cai 1,31% na primeira semana de agosto, com média no país de R$ 3,754 por litro Entre 31 de julho e 06 de agosto de 2023 o preço médio do etanol hidratado (usado diretamente pelos veículos) no País foi de R$ 3,754 o litro, o que representa uma queda de 1,31% em relação ao registrado na semana anterior, quando o valor médio foi de R$ 3,804. eldquo;As médias no varejo, em teoria, refletem aos preços cobrados pelas usinas produtoras de etanol. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq, o etanol hidratado nas usinas de SP apresentou queda de 17,63% entre os dias 3 e 28 de julho, redução que se refletiu na bomba, parcialmente, nesta primeira semana de agostoerdquo;, diz Brendon Rodrigues, Head de inovação e portfólio na ValeCard. A oscilação de preços do etanol influi diretamente na decisão de motoristas que possuem carros com motores flex. Segundo a ValeCard, para que o uso de etanol hidratado compense financeiramente em relação à gasolina, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, o valor do litro do combustível renovável deve ser igual ou inferior a 70% do preço do litro do combustível fóssil. Considerando essa metodologia, na primeira semana de agosto valeu a pena abastecer com etanol no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba e São Paulo.

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A Petrobras voltou a ser uma caixa-preta

Nenhum analista de petróleo hoje é capaz de arriscar quando ou quanto os preços da gasolina e do diesel devem subir no Brasil, mesmo dispondo de variáveis como cotação do petróleo no mercado externo e relação entre real e dólar. O motivo é simples. Desde maio, quando a paridade internacional foi abandonada, as decisões deixaram de ser técnicas e passaram a ser políticas. Os recentes movimentos da empresa comprovam isso. Quando o petróleo estava em queda, a estatal cortou três vezes o preço da gasolina, uma redução de 18%. A decisão favorecia o governo, porque ajudava a conter a inflação e criar o clima para o Banco Central baixar os juros. Agora que o barril de petróleo se aproxima dos US$ 90, a defasagem está em 20%. Ao ser questionado sobre o assunto, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, respondeu que a estatal eldquo;não está perdendo dinheiroerdquo; e que eldquo;é normal não repassar volatilidadeerdquo;. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, engrossou o coro e disse que eldquo;um dos compromissos deste governo é não se deixar levar pela volatilidade de curto prazoerdquo;. Em 11 de setembro de 2012, a ex-presidente da Petrobras Graça Foster dava a mesma justificativa para não reajustar os combustíveis em uma audiência na Câmara. eldquo;Não faz sentido passar a volatilidade dos preços para nossos consumidores. A nós, que investimos de forma sistemática em vários segmentos da cadeia de petróleo e gás, interessa a estabilidade do presente e o olhar para o futuro.erdquo; O fato é que a política de preços da Petrobras hoje se tornou a mesma caixa-preta do governo Dilma Rousseff, porque não tem referência nem periodicidade definida. E, para segurar artificialmente os preços da gasolina, a estatal é obrigada a tomar medidas compensatórias, como operar com suas refinarias no limite ou triplicar as importações, o que aumenta as perdas. No segundo trimestre deste ano, a Petrobras registrou queda de 47% no lucro para US$ 28,78 bilhões. O resultado ainda reflete pouco a nova política de preços, e é justificado pela queda do petróleo do começo do ano. Mas, como a commodity voltou a subir, se a defasagem não for sanada, as perdas vão aparecer. E o Brasil precisa aprender com a experiência. Em outubro de 2013, a Petrobras acumulou uma dívida de US$ 112 bilhões e se tornou a empresa mais endividada do mundo. Os subsídios à gasolina e ao diesel custaram US$ 40 bilhões à estatal, muito acima dos R$ 6 bilhões desviados em corrupção que a Lava Jato recuperou. Em janeiro de 2016, as ações da Petrobras valiam menos de R$ 5.

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Entenda o que é e como funcionará o real digital

A versão virtual do real deu, nesta segunda-feira (7), mais um passo rumo à implementação. O Banco Central (BC) anunciou que a moeda digital brasileira se chamará Drex. Com a plataforma em fase de testes desde março e as primeiras operações simuladas previstas para setembro, o real digital pretende ampliar as possibilidades de negócios e estimular a inclusão financeira. Tudo num ambiente seguro e com mínimas chances de fraudes. A ideia, segundo o BC, é que o Drex seja usado no atacado para serviços financeiros, funcionando como um Pix endash; sistema de transferências instantâneas em funcionamento desde 2020 endash; para grandes quantias e com diferentes finalidades. O consumidor terá de converter reais em Drex para enviar dinheiro e fazer o contrário para receber dinheiro. Confira como vai funcionar a nova moeda digital oficial do país: O que é o Drex? Também chamado de real digital, o Drex funcionará como uma versão eletrônica do papel-moeda, que utiliza a tecnologia blockchain, a mesma das criptomoedas. Classificada na categoria Central Bank Digital Currency (CBDC, Moeda Digital de Banco Central, na sigla em inglês), a ferramenta terá o valor garantido pela autoridade monetária. Cada R$ 1 equivalerá a 1 Drex. Considerado à prova de hackers, o blockchain é definido como uma espécie de banco de dados ou de livro-razão com dados inseridos e transmitidos com segurança, rapidez e transparência. Sem um órgão central de controle, essa tecnologia funciona como uma espécie de corrente de blocos criptografados, com cada elo fechado depois de determinado tempo. Nenhuma informação pode ser retirada ou mudada porque todos os blocos estão conectados entre si por senhas criptografadas. Qual a diferença em relação às demais criptomoedas? As criptomoedas obedecem à lei da demanda e da oferta, com o valor flutuando diariamente, como uma ação de uma empresa. Sem garantia de bancos centrais e de governos, a cotação das criptomoedas oscila bastante, podendo provocar perdas expressivas de valor de um dia para outro. Atrelado às moedas oficiais, o CBDC oscila conforme a taxa diária de câmbio, determinada pelos fundamentos e pelas políticas econômicas de cada país. A taxa de câmbio, no entanto, só representa diferença para operações entre países diferentes. Para transações internas, o Drex valerá o mesmo que o papel-moeda. Outra diferença em relação às criptomoedas está no sistema de produção. Enquanto moedas virtuais como Bitcoin, Ethereum e outras podem ser eldquo;mineradaserdquo; num computador que resolve algoritmos e consome muita energia, o Drex será produzido pelo Banco Central, com paridade em relação ao real. Qual a diferença do Drex para o Pix? Embora possa ser considerado primo do Pix, por permitir pagamentos instantâneos entre instituições financeiras diferentes, o Drex funcionará de maneira distinta. No Pix, a transferência ocorre em reais e obedece a limites de segurança impostos pelo BC e pelas instituições financeiras. No Drex, a transferência utilizará a tecnologia blockchain, a mesma das criptomoedas. Isso permitirá transações com valores maiores. Que serviços poderão ser executados com o Drex? Serviços financeiros em geral, como transferências, pagamentos e até compra de títulos públicos. Os consórcios habilitados pelo Banco Central poderão desenvolver mais possibilidades, como o pagamento instantâneo de parcelas da casa própria, de veículos e até de benefícios sociais, conforme anunciado pelo consórcio formado pela Caixa Econômica Federal, a Microsoft do Brasil e a bandeira de cartões de crédito Elo. O Drex permitirá o uso de contratos inteligentes. No caso da venda de um veículo, não haveria a discussão se caberia ao comprador depositar antes de pegar o bem ou se o vendedor teria de transferir os documentos antes de receber o dinheiro. Todo o processo passará a ser feito instantaneamente, por meio de um contrato automatizado, reduzindo o custo com burocracias, intermediários e acelerando as operações. Como se dará o acesso ao Drex? Prevista para chegar ao consumidor no fim de 2024 ou início de 2025, o Drex só funcionará como uma moeda de atacado, trocada entre instituições financeiras. O cliente fará operações com a moeda digital, mas não terá acesso direto a ela, operando por meio de carteiras virtuais. O processo ocorrerá da seguinte forma. Primeiramente, o cliente (pessoa física ou empresa) deverá depositar em reais a quantia desejada numa carteira virtual, que converterá a moeda física em Drex, na taxa de R$ 1 para 1 Drex. Essas carteiras serão operadas por bancos, fintechs, cooperativas, corretoras e demais instituições financeiras, sob a supervisão do BC. Novos tipos de empresas com carteira virtual poderão ser criados, conforme a evolução da tecnologia. Após a tokenização (conversão de ativo real em ativo digital), o cliente poderá transferir a moeda digital, por meio da tecnologia blockchain. Caberá ao receptor converter os Drex em reais e fazer a retirada. A tokenização pode ser definida como a representação digital de um bem ou de um produto financeiro, que facilita as negociações em ambientes virtuais. Por meio de uma série de códigos com requisitos, regras e processos de identificação, os ativos (ou frações deles) podem ser comprados e vendidos em ambientes virtuais. Testes Em março, o BC escolheu a plataforma Hyperledger Besu para fazer os testes com ativos de diversos tipos e naturezas. Essa plataforma tem baixos custos de licença e de royalties de tecnologia porque opera com código aberto (open source). Em junho, o BC escolheu 16 consórcios para participar do projeto piloto. Eles construirão os sistemas a serem acoplados ao Hyperledger Besu e desenvolverão os produtos financeiros e as soluções tecnológicas. A lista completa de entidades selecionadas pelo Comitê Executivo de Gestão está no site do BC. Previstos para começarem em setembro, os testes com os consórcios ocorrerão com operações simuladas e testarão a segurança e a agilidade entre o real digital e os depósitos tokenizados das instituições financeiras. A testagem será feita em etapas até pelo menos fevereiro do próximo ano, quando ocorrerem operações simuladas com títulos do Tesouro Nacional. Ativos Os ativos a serem testados no projeto piloto serão os seguintes: ebull; depósitos de contas de reservas bancárias; ebull; depósitos de contas de liquidação; ebull; depósitos da conta única do Tesouro Nacional; ebull; depósitos bancários à vista; ebull; contas de pagamento de instituições de pagamento; ebull; títulos públicos federais.

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Distribuidoras propõem a Alckmin parceria para barrar sonegação e adulteração de combustíveis

Acossadas pela concorrência que opera na ilegalidade, as grandes distribuidoras de combustíveis propuseram a Geraldo Alckmin uma parceria entre o setor privado e o governo para tentar barrar a sonegação de impostos e a adulteração dos produtos. Querem aportar recursos humanos e financeiros num programa de combate a esses crimes. Hoje, 20% da gasolina vendida no Rio de Janeiro e São Paulo não recolhe os impostos devidos ou está fora das especificações técnicas emdash; um percentual que só cresce. O mercado estima também que 35% do etanol consumido no Brasil esteja na mesma situação.

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BC batiza o real digital como Drex e projeta uso menor de cédulas

O Banco Central (BC) anunciou ontem que a iniciativa do real digital vai se chamar Drex. eldquo;(Estamos) dando um passo a mais nessa família do Pix que a gente criou, e fez tanto sucessoerdquo;, disse o coordenador da iniciativa do BC, Fabio Araujo. A expectativa é de que os testes com os consumidores finais comecem entre o fim de 2024 e o início de 2025. O real digital, ou Drex, não é um criptoativo, como são o bitcoin e o ethereum. Na verdade, ele pertencerá a uma categoria chamada CBDC (ou eldquo;moedas digitais de banco centralerdquo;, na sigla em inglês). Como o nome indica, uma CBDC é a versão digital da moeda soberana de um país, que só pode ser emitida por autoridades monetárias (os bancos centrais). A moeda será produzida e regulada pelo BC seguindo as regras do Sistema Financeiro Nacional. Um real digital irá equivaler a um real físico. Ainda de acordo com o BC, bancos centrais de diferentes países já estão estudando aspectos operacionais e tecnológicos de um possível sistema de CBDC para suas próprias moedas. Vale destacar que não há registro de planos para criação de uma moeda digital eldquo;universalerdquo;. PROJETOS. Cerca de nove países já lançaram suas CBDC e outros 71 países, incluindo o Brasil, já estão estudando a sua própria moeda digital. Alguns deles, como a Suécia, a China e a Coreia do Sul, estão em fase de execução dos projetos-piloto. A ideia é de que a CBDC brasileira seja uma alternativa ao uso de cédulas. A princípio, o real digital poderá ser convertido para qualquer outra forma de pagamento hoje disponível, como depósito bancário convencional ou real físico. O BC explicou também que uma das diretrizes para o desenvolvimento de uma moeda digital é a sua eldquo;interoperabilidadeerdquo;, ou seja, a comunicação entre o real digital e outros meios de pagamento hoje disponíveis. Assim, será possível, por exemplo, fazer pagamentos em lojas, por meio do prestador de serviço de pagamentos endash; banco, IP ou outra instituição que venha a ser autorizada pelo BC, ou mesmo por meio de Pix. Ainda conforme a instituição, as pessoas poderão também transferir reais digitais para outras pessoas, sacar seus reais digitais passando para o formato físico e usá-los pagar contas e impostos.

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Vale-refeição: governo avalia proposta para pagamento ser feito pela Caixa

A equipe econômica analisa uma proposta da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) de acabar com a intermediação das operadoras de vale alimentação e refeição. O projeto foi apresentado pela entidade ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, há cerca de um mês, e prevê que empresas optantes pelo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) façam o depósito do valor do auxílio na Caixa Econômica Federal. O banco ficaria responsável pelo pagamento aos estabelecimentos comerciais via aplicativo de celular dos trabalhadores, ou Pix, por exemplo. O PAT vem passando por mudanças nos últimos anos. Uma MP enviada ao Congresso prevê que os trabalhadores possam escolher a bandeira do cartão alimentação e refeição. O Executivo precisa regulamentar essa portabilidade e também a autorização legal para que os estabelecimentos possam utilizar uma única maquininha, independentemente da bandeira. Custo de R$ 7,5 bi em taxas Atualmente, as empresas que concedem o benefício precisam pagar taxas para as operadoras, bem como os estabelecimentos comerciais que aceitam o vale. Segundo a Abras, o custo total com taxas chega R$ 7,5 bilhões. De acordo com a entidade, 90% desse mercado estão nas mãos de apenas quatro grandes operadoras: Alelo, Ticket, Sodexo e VR. Por ano, os valores pré-pagos pelos empregadores é estimado em R$ 150 bilhões. São 300 mil empresas clientes, 22 milhões de usuários e cerca de 280 mil estabelecimentos afiliados. Segundo o presidente da Abras, João Galassi, a proposta não autoriza o pagamento do vale refeição e alimentação em dinheiro pelas empresas. Ou seja, a finalidade do auxílio seria mantida. Como os empregadores que concedem o benefício podem descontar o custo do imposto de renda, o valor seria destacado no e-Social, como já funciona hoje com o FGTS, que é gerido pela Caixa. Redução de custo Galasse afirma que, com a mudança, as empresas que contratam o benefício para seus funcionários teriam redução de custo, enquanto os trabalhadores teriam maior opção para utilizar o vale e uma possível redução de preços. emdash; A eliminação dos custos das operadoras de voucher (vale) reduzirá os custos para empregadores e estabelecimentos emdash; diz Galassi. Ele admite que haverá resistência por parte das operadoras, mas que não se justifica manter o sistema atual nos dias de hoje. Além disso, o PAT é um programa social. Segundo ele, Haddad gostou da ideia e sugeriu estudos sobre a viabilidade da proposta. A informação foi confirmada por técnicos da Fazenda. O projeto também foi apresentado ao ministro do Trabalho, Luiz Marinho, na semana passada. Além da equipe econômica, a proposta precisará do aval do Ministério do Trabalho e da Receita Federal.

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