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Petrobras lança edital de compra de biometano visando mandato do Combustível do Futuro

O diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, disse em coletiva de imprensa que o edital lançado pela empresa nesta segunda (6/1) para a aquisição de biometano tem como objetivo inicial mapear o mercado sob o ponto de vista da oferta. As compras anunciadas visam o cumprimento do mandato de 1% de biometano nas operações de gás natural por produtores e importadores, definido pela lei do Combustível do Futuro. A entrega será a partir de 2026, de modo a coincidir com o início da vigência do mandato. Pelas regras, o biometano poderá ser adquirido tanto pela molécula, adicionada ao gás natural, ou por meio dos certificados de garantia de origem (CGOB). eldquo;A gente pode aceitar o certificado isoladamente ou o biometano com o certificadoerdquo;, afirmou Tolmasquim. Os certificados garantem que o biometano foi utilizado em substituição ao combustível fóssil e foi um dispositivo adicionado à lei do Combustível do Futuro para facilitar o cumprimento do mandato e aumentar a abrangência do combustível, produzido de forma pulverizada por todo o país. Poderão participar as empresas que produzem ou têm projetos de produção, comercializadoras ou que façam a logística do biometano. A demanda potencial para 2026 para cumprir com a adição de 1% de biometano ao consumo de gás natural é de 700 mil m³/dia, estima a companhia. O volume final para atender ao mandato de descarbonização, no entanto, ainda depende da regulamentação da lei. Empresas interessadas em vender para a Petrobras precisam ofertar, no mínimo, 20 mil m³/dia, e contratos de 11 anos de duração. eldquo;Do ponto de vista do nosso uso, vamos inserir o biometano na produção de hidrogênio de baixo carbono. Também queremos produzir o SAF [combustível sustentável de aviação] nesse processo, mas isso é um segundo tipo de demanda, que é a descarbonização de produtoserdquo;, disse. Planos da Petrobras para o biometano Tolmasquim afirmou que a companhia também passará a produzir o biometano e já tem conversado com empresas do setor. Reforçou, ainda, que a demanda pelo combustível é expressiva e que a oferta precisa avançar. eldquo;A gente precisa olhar a oferta de terceiros. É importante para ter uma ideia de preços, porque se a gente não tem, por exemplo, o biometano como commodity, não tem uma referência de preçoerdquo;. A partir das respostas à chamada, a Petrobras espera definir como se dará a precificação do certificado e da molécula . eldquo;A gente vai detalhar depois, porque tendo essa lista [de empresas], vai ter um time de negociação que vai lidar diretamente com os empreendedoreserdquo;, reforçou. O edital não é vinculante, ou seja, haverá uma análise e negociação entre os envolvidos.

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Petróleo fecha em queda, apesar de impulso do câmbio e perspectivas de sanções

Os contratos futuros de petróleo perderam o ímpeto de mais cedo e fecharam em queda nesta segunda-feira (6) após terem tocado o maior valor desde abril do ano passado, apoiados por um dólar enfraquecido e pelas expectativas de sanções mais rigorosas contra a Rússia e o Irã. Os preços também foram impulsionados pelas perspectivas de uma demanda mais forte de combustíveis devido às previsões meteorológicas mais frias. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro fechou em queda de 0,54% (US$ 0,40), a US$ 73,56 o barril, enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,27% (US$ 0,21), a US$ 76,30 o barril. Segundo a Reuters, a administração do presidente Joe Biden prepara um pacote substancial de sanções contra a Rússia, com foco em petroleiros que transportam petróleo vendido acima do limite de US$ 60 por barril imposto pelo Ocidente. As medidas devem atingir empresas russas de petróleo, traders, seguradoras e mais de 100 embarcações, com o objetivo de reduzir a receita de Moscou na guerra contra a Ucrânia. As autoridades norte-americanas já informaram a Índia sobre as novas sanções, enquanto o futuro dessas políticas sob o próximo governo de Donald Trump permanece incerto. Enquanto isso, o principal exportador de petróleo, a Saudi Aramco, aumentou nesta segunda-feira os preços de venda para os compradores de petróleo na Ásia pela primeira vez em três meses endash; um movimento que normalmente sinaliza expectativas de demanda mais firmes. eldquo;O petróleo bruto teve um forte aumento na semana passada, afirmam analistas da Saxo em nota. eldquo;No entanto, a vantagem parece limitada devido às incertezas da demanda e à elevada capacidade ociosa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+)erdquo;, ponderam. Ainda no noticiário, Biden decidiu proibir novas perfurações de petróleo e gás offshore na maioria das águas costeiras dos EUA, um esforço de última hora para bloquear uma possível ação do novo governo de Trump para expandir a perfuração offshore. (Estadão Conteúdo)

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Defasagem de preços aumenta pressão para que Petrobras reajuste combustíveis

Os preços dos combustíveis praticados pela Petrobras no Brasil começam 2025 com defasagem percentual expressiva na comparação com o mercado internacional. A diferença é puxada pela alta do dólar nos últimos meses do ano passado. E essa realidade aumenta ainda mais as pressões por reajustes na venda de gasolina e diesel nas refinarias da estatal depois de um 2024 com preços praticamente estáveis. A consultoria StoneX estima que o diesel operava, na sexta-feira (3), com defasagem de 8,9%, enquanto a gasolina era vendida nas refinarias da Petrobras 12,3% abaixo dos preços internacionais. Nas contas da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem seria ainda maior: de 19% no diesel e de 13% na gasolina. E para a XP, os percentuais são de 14,9% e 12,5%, respectivamente. Como o Valor mostrou na semana passada, a Petrobras só reajustou uma vez o preço da gasolina nas refinarias no ano passado. Foi em julho, quando subiu o combustível em 7,04%. Para ler esta notícia. clique aqui.

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Mercado vê pouco espaço para queda na cotação do dólar

Depois de subir mais de 27% no ano passado, a moeda americana deve permanecer cotada acima dos R$ 6, segundo os economistas. A incerteza fiscal no cenário doméstico e a volta de Donald Trump à presidência dos EUA, com propostas que valorizam o dólar, devem pressionar o real. Depois de avançar mais de 27% e se consolidar num patamar acima de R$ 6,00 em 2024, o comportamento do dólar se tornou uma das grandes preocupações dos analistas diante do cenário econômico de tantas incertezas, internas e externas, neste ano. Apesar das pesadas intervenções do Banco Central no mercado de câmbio em dezembro, a moeda americana acumulou leve alta de 0,03% nos primeiros dois pregões do ano, cotada a R$ 6,18. eldquo;O dólar segue muito valorizado em termos globais. Todos os índices do dólar contra cestas de moedas estão em patamares elevadoserdquo;, diz Silvio Campos Neto, economista e sócio da consultoria Tendências. eldquo;Não vejo margem para um grande alívio ( à moeda) na parte externa.erdquo; Outro fator Os movimentos de Gabriel Galípolo à frente do BC também podem afetar o câmbio A principal incerteza na frente internacional vem dos Estados Unidos, onde Donald Trump volta à presidência em 20 de janeiro. Na campanha, o republicano prometeu a adoção de tarifas de importação mais elevadas, medida que traz riscos inflacionários que dificultariam ainda mais a queda da taxa básica de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). eldquo;As novas pol í t i c a s de Trump podem afetar as expectativas de inflação e, por consequência, a direção do Fed nos juroserdquo;, diz Alexandre Espirito Santo, economista da Way Investimentos e coordenador de economia e finanças da ESPM. Em sua reunião de dezembro, o Fed cortou os juros em 0,25 ponto porcentual, para a faixa entre 4,25% a 4,50% ao ano, e sinalizou que deve reduzir as taxas apenas duas vezes em 2025. Depois da decisão, Jerome Powell, presidente do Fed, disse estar confiante de que a inflação está numa trajetória de queda no país, embora em um ritmo mais lento. Segundo ele, os EUA podem levar mais um ou dois anos para inflação voltar à meta de 2%. eldquo;O Fed enfrenta um dilema grande. A economia ( dos EUA) pode entrar em recessão este ano endash; e isso piora ainda mais com as políticas que o Trump está sinalizando. Ao mesmo tempo, a inflação segue pressionada e começou a acelerar um pouco nas últimas leituras, o que coloca o Fed num cenário em que o momento pode ser de parar de cortar os juroserdquo;, diz Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. eldquo;Mas se a economia entra numa desaceleração ou recessão mais grave, os juros caem com mais intensidade. É um caminho ainda aberto.erdquo; Além das preocupações com os EUA sob Trump, há ainda as tensões geopolíticas no Oriente Médio e na Ucrânia, e as dúvidas sobre a economia da China, que dá sinais de desaceleração e tem tido dificuldade de alcançar a meta de crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB). No cenário local, as atenções se voltam para o rumo das contas públicas. O pacote de contenção de gastos apresentado pelo governo em novembro foi considerado aquém do necessário, na avaliação dos especialistas, antes ainda de ser desidratado em sua tramitação no Congresso. O País precisa acertar a as contas públicas para conter o endividamento público e retomar a confiança dos investidores. Com nível de dívida elevado para uma economia emergente e sem uma clareza sobre o futuro, os investidores vêm retirando seus recursos do País e impulsionando a desvalorização do real. eldquo;O cenário de 2025 segue tenso. O câmbio não tem chance de baixar de R$ 6 e há o risco de subir ainda mais. Aparentemente, está caminhando para se estabilizar em R$ 6,20, mas não dá para descartar que, com o cenário internacional e o fiscal mal encaminhado, ele vá para procurar um patamar de R$ 6,50erdquo;, diz Vale, da MB. SINAL. Desde o anúncio do pacote fiscal, que veio acompanhado da proposta de isenção do Imposto de Renda a quem ganha até R$ 5 mil, o dólar ultrapassou a marca de R$ 6,00 e os juros futuros dispararam, num claro sinal de que o investidor está exigindo um retorno maior para financiar a dívida brasileira. Para conter a escalada do dólar, o BC despejou US$ 21,5 bilhões à vista no mercado endash; a maior injeção de recursos em um mês da história do regime de câmbio flutuante. Os analistas também observam com lupa os primeiros passos de Gabriel Galípolo no comando do BC. Galípolo foi uma escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viveu um embate permanente com Roberto Campos Neto, ex-presidente da autarquia. eldquo;Estamos numa situação em que já se contratou uma piora econômica para 2025 e 2026. Não apostaria que o governo terá alguma bala de prata para mudar esse ambiente. E se partir para um populismo econômico, aí o dólar fica mais perto de R$ 7 do que de R$ 6erdquo;, adverte o economista-chefe da Tendências. ebull; eldquo;O mercado questiona muito hoje o que vai ser feito. Uma inversão total da política econômica, que deveria ter sido feita em novembro? Ou vai ser mais uma tentativa de segurar a inflação? Sabemos que isso nunca deu certoerdquo; Adiretora de macroeconomia para o Brasil do UBS Global Wealth Management, Solange Srour, vê um início de 2025 complicado, com dúvidas no mercado sobre a disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de seguir pelo menos uma regra fiscal até o final do mandato, após a aprovação do pacote de contenção de despesas no fim do ano passado. eldquo;O fundamento continua a ser um País que não tem regra fiscalerdquo;, diz. Segundo ela, haverá uma desaceleração importante da economia, excetuando o setor agrícola, e uma alta de inflação significativa já no começo deste ano, o que, teoricamente, deve influenciar também a popularidade do governo. eldquo;E o mercado questiona muito neste momento o que vai ser feito. Uma inversão total da política econômica, que deveria ter sido feita em novembro? Ou vai ser mais uma tentativa de segurar a economia, vai tentar segurar a inflação? Sabemos que isso nunca deu certo.erdquo; Leia a seguir os principais trechos da entrevista: Qual sua avaliação do cenário após o pacote fiscal do governo? Mesmo que o pacote não fosse desidratado, já seria insuficiente para dar segurança ao arcabouço fiscal sem modificações em 2026. Houve uma desidratação importante. A meta de resultado primário não é factível porque depende de arrecadação na qual não acreditamos. O fundamento continua a ser um País que não tem regra fiscal. Como fica a situação da equipe econômica? A equipe econômica estava disposta a fazer algo mais estrutural, não só a Fazenda, mas também o Planejamento, com ideias que poderiam construir uma ponte para 2026. Obviamente, a equipe fica mais enfraquecida. O mercado quer ver do presidente Lula a disposição de perseguir pelo menos uma regra fiscal até o final do mandato. Podem vir novas medidas? Se vierem, serão tão fracas quanto as que já vieram. O próprio BPC (Benefício de Prestação Continuada, um benefício pago a portadores de deficiência e idosos de baixa renda) mostrou que é muito difícil mexer em benefício social, ainda mais na segunda metade de um governo. A mudança no reajuste do salário mínimo foi uma vitória, mas traz muito pouca segurança de cumprimento de teto em dois anos. A sinalização é de dificuldades. Em dezembro, o Banco Central acelerou a Selic, mas o mercado piorou... O BC praticamente elevou os juros em 300 pontos-base (três pontos porcentuais) em uma reunião só, de dezembro, mas o mercado ficou cético de que, mesmo com uma comunicação muito dura e uma alta de taxa de juros importante, o BC seria bem-sucedido. O problema é o fiscal, não é o Copom, que explicou claramente que o pacote fiscal foi recebido com ceticismo pelo mercado, o que influenciou o prêmio de risco e atrapalha a trajetória da inflação. Obviamente, não é só isso o problema do BC. A orientação do Copom de mais duas altas da Selic dá a ideia de continuidade no BC, agora sob direção de Gabriel Galípolo? O forward guidance ( indicação dos passos futuros) foi conveniente. A pressão política é grande, pode diminuir em alguns momentos, aumentar em outros, mas é presente e significativa. O BC ganha algum tempo sem pressão porque avisou que será duro nas próximas duas reuniões. A Selic vai além de 14,25% ao ano? ( A Selic a) 14,25% é o contratado pelo Banco Central. O mercado vai precificando entre 16,5% e 17%. Se o BC realmente estiver mirando a meta de inflação de 3% no horizonte relevante, vai depender muito de onde o câmbio e as expectativas de inflação vão estabilizar. Muitos no mercado dizem que uma hora o BC vai precisar parar de elevar os juros, mas não consigo comprar esse argumento. Só consegue parar quando, no horizonte de projeção dele, há algum momento em que o câmbio e as expectativas estabilizam. Acho que o BC vai acabar indo mais longe do que o forward guidance de hoje, se eu estiver certa na minha hipótese de que não vai vir uma bala de prata no fiscal. Então qual é a perspectiva para a economia? A economia vai sofrer, porque a alta de juros que ocorreu, ainda que um pouquinho amenizada nos últimos dias, é brutal e vai afetar o crédito. Um salto na taxa de juros pega empresas e consumidores de surpresa. O grau de repasse para a economia acaba sendo mais rápido. O mercado só não prevê essa desaceleração logo no início deste ano porque a safra ( agrícola) deve ser muito boa. Neste momento, a fragilidade fiscal fica ainda mais exposta. Se já falamos de não gerar superávit primário, de dívida subindo aceleradamente, com uma economia forte, quando vira, as preocupações ficam maiores. E o cenário de inflação, com câmbio mais pressionado? Não precisa de um câmbio a R$ 6,30 para ser péssimo. No primeiro trimestre, haverá uma surpresa muito forte com a inflação, porque as empresas recompõem seus estoques, exauridos ao final do ano, com a taxa de câmbio mais alta. O cenário de 2025 é bem ruim, como mostram as inflações implícitas no mercado. No início deste ano, haverá uma desaceleração da economia importante e uma alta de inflação significativa. Teoricamente, isso começa a afetar a popularidade do governo. E o mercado questiona muito neste momento o que vai ser feito. Uma inversão total da política econômica, que deveria ter sido feita em novembro? Ou vai ser mais uma tentativa de segurar a economia, vai tentar segurar a inflação? Sabemos que isso nunca deu certo. ebull;

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Gasolina inicia 2025 pressionada por defasagem de preço e aumento de ICMS

O ICMS sobre os combustíveis sobe no início de fevereiro em meio a um cenário de preços pressionados pela alta do dólar e pela recuperação das cotações internacionais do petróleo, o que pode dificultar ainda mais a queda das taxas de juros. Gasolina e diesel iniciaram o ano com elevadas defasagens, e, embora a Petrobras diga que ainda esperará para definir reajustes, as bombas já refletem alta nos custos de importações e no preço de venda da maior refinaria privada brasileira. A alíquota do ICMS sobre a gasolina e o etanol vai subir R$ 0,10 por litro, de R$ 1,37 para R$ 1,47. A alíquota sobre o diesel e o biodiesel vai aumentar R$ 0,06, de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro. A gasolina é o componente com maior peso no IPCA e qualquer aumento tem potencial para pressionar a inflação. O ICMS sobre os combustíveis é reajustado anualmente. Segundo o Comsefaz (Comitê Nacional de Secretarias Estaduais de Fazenda), o aumento em 2025 reflete a alta dos preços praticados nas bombas entre fevereiro e setembro de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior. "Esses ajustes refletem o compromisso dos Estados em promover um sistema fiscal equilibrado, estável e transparente, que responda adequadamente às variações de preços do mercado e promova justiça tributária", disse. Os produtos já vêm em alta nas bombas, refletindo a escalada do dólar nas últimas semanas. Segundo levantamento da Edenred Ticket Log, o diesel S-10 encerrou dezembro com o maior preço de 2024: R$ 6,27 por litro, em média, alta de 2,79% no ano. Gasolina e etanol subiram em dezembro, para R$ 6,29 e R$ 4,27 por litro, respectivamente. "As altas registradas no dólar têm afetado o mercado de combustíveis, assim como a maior demanda por transporte, tradicional nesta época do ano", avalia Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. Os aumentos nas bombas ocorreram em um ano de poucos reajustes da Petrobras. A estatal elevou o preço da gasolina em suas refinarias apenas uma vez. No diesel, não fez nenhum reajuste. Já a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, tem repassado as oscilações do mercado internacional com mais frequência. No dia 26 de dezembro, por exemplo, elevou seus preços de venda da gasolina e do diesel, já respondendo à escalada do dólar. A pressão cambial arrefeceu nos últimos dias, mas a cotação do petróleo voltou a subir: entre o dia 20 de dezembro e esta sexta-feira (3), saiu da casa dos US$ 72 para cerca de US$ 76 por barril. Preocupações com sanções ao Irã pelo governo eleito nos Estados Unidos tendem a manter certa tensão no mercado, diz o Goldman Sachs. O banco acredita em impacto pequeno, mas vê o petróleo a US$ 78 por barril em junho. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse à Folha que a empresa ainda vai esperar para entender o comportamento do mercado. Em entrevista recente à Band, ela defendeu que a empresa tem registrado bons resultados mesmo tendo "abrasileirado" o preço dos combustíveis. Nesta sexta-feira (4), porém, a defasagem do preço do diesel vendido pela estatal chegou a R$ 0,67 por litro em relação à paridade de importação medida pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Na média nacional, a diferença é de R$ 0,61 por litro. É um valor próximo dos R$ 0,73 registrados no início de julho, quando a defasagem atingiu seu pico em 2024. No caso da gasolina, a defasagem estava nesta sexta em R$ 0,38 mas refinarias da Petrobras e R$ 0,37 na média nacional. Mesmo que não defina por aumentos, a Petrobras não tem margem para reduzir preços em refinarias e aliviar a alta dos impostos, como fez no último reajuste do diesel, em dezembro de 2023, às vésperas da retomada integral dos impostos federais sobre o combustível.

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Forma de pagamento no abastecimento pode aumentar custo do combustível

O consumo de combustível continua sendo um dos maiores desafios para empresas de transporte e logística, representando até 50% dos custos operacionais de uma frota, conforme estudos do setor. Em 2024, o Brasil registrou um consumo recorde de 66,5 bilhões de litros de diesel e biodiesel, impulsionado pelo crescimento da produção agrícola e pelo avanço de atividades como o e-commerce, tendência que deve se manter em 2025. Esse cenário é ainda mais desafiador diante dos aumentos nos preços dos combustíveis. No último ano, quatro combustíveis registraram elevação nos preços, com destaque para o etanol (+11,5%) e a gasolina aditivada (+6,3%), segundo a Agência Nacional de Petróleo. O que muitos não sabem é que, além da alta normal nos combustíveis, a forma de pagamento escolhida no momento do abastecimento pode elevar consideravelmente esses custos, impactando diretamente no orçamento das empresas que dependem de grandes volumes de combustível. Você pode estar se perguntando: isso não seria ilegal? A resposta é não. O sobrepreço é permitido pela Lei n.º 13.455/2017, que autoriza a diferenciação de preços de acordo com o método de pagamento. A legislação também exige que os fornecedores informem de maneira clara ao consumidor os valores cobrados para cada modalidade de pagamento, o que permite que tanto pessoas físicas quanto jurídicas avaliem qual forma de pagamento é mais vantajosa. Sendo assim, o CEO da Maxifrota, Paulo Guimarães, explica que a escolha da modalidade de pagamento pode ser uma estratégia fundamental para reduzir custos e otimizar a eficiência financeira das empresas. Contudo, ele diz que grande parte das empresas de frotas utiliza os cartões de abastecimentos específicos, já que estão vinculados a sistemas de gestão de despesas de veículos empresariais. Nesse caso, o acréscimo pode surpreender: chega a variar, em média, de R$ 0,10 a R$ 0,50 por litro. "Embora essa flexibilidade ofereça benefícios ao varejo, muitas empresas acabam presas a sistemas de pagamento que, apesar de proporcionarem controle de gastos, geram sobrepreço que compromete a margem de lucro", afirma Guimarães. Baseado no cenário de uma frota de 100 veículos, cada um percorrendo 2.000 quilômetros por mês, o impacto do sobrepreço por litro no abastecimento é significativo, resultando no montante de R$ 150.000,00 ao se considerar o preço da gasolina a R$ 6,00 por litro e um consumo médio de 8 km/l. O custo total mensal de combustível para a frota, sem o acréscimo, seria de R$ 150.000. Já com o acréscimo de R$ 0,50 por litro, por exemplo, o custo total sobe para R$ 162.500, resultando em um aumento de R$ 12.500 mensais. Mas, há uma boa notícia: a tecnologia tem ajudado a driblar o impacto desse sobrepreço. Um exemplo disso é o VEIC, um cartão para abastecimento de veículos recém-lançado no mercado pelo Grupo MaxiFrota. Ele também é integrado a um sistema de gestão de frotas, proporcionando acesso direto aos gestores para configurações e controle de despesas e ajustar os parâmetros de abastecimento conforme necessário. No entanto, ao contrário das soluções tradicionais, ele é o único cartão de gestão de frotas a operar em um arranjo aberto, com bandeira ELO, o que possibilita às empresas uma redução considerável nos custos de abastecimento. eldquo;Com o VEIC, é possível economizar até 30% nos custos de abastecimento. Enquanto soluções tradicionais de gestão de combustível implicam no acréscimo de preço nos postos, o VEIC oferece combustível sem o ágio do cartão de frota, ou seja, sem aumento no preço do litroerdquo;, explica Guimarães. Paulo Guimarães finaliza comentando que a inovação tecnológica tem sido uma aliada essencial para as empresas que buscam otimizar seus custos operacionais. eldquo;A tecnologia veio para transformar o mercado, proporcionando ferramentas que auxiliam as empresas a tomar decisões mais estratégicas e, ao mesmo tempo, reduzir os custos com mais transparência e agilidade. No cenário atual, quem não adotar essas inovações corre o risco de ficar para tráserdquo;, conclui. (Por Redação Homework)

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