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Opep revisa para cima projeção de oferta de combustíveis do Brasil no ano

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) afirma, em seu relatório mensal publicado nesta quinta-feira (10) que revisou em alta de 15 mil barris por dia (bpd) sua expectativa para a oferta de combustíveis líquidos do Brasil em 2023, para uma média de 4,0 milhões de bpd. O resultado representa um avanço de 300 mil bpd ante o ano anterior, e é influenciado pela produção eldquo;forteerdquo; observada em junho, afirma o cartel. A alta na produção de petróleo do país neste ano é apoiada pelo avanço na produção em importantes campos offshore, diz a Opep. Apesar de um recuo na produção de petróleo da Petrobras no segundo trimestre, na comparação anual, devido a problemas com manutenção, além do declínio da oferta em campos maduros e de algumas vendas de ativos, a produção de petróleo deve ser apoiada pelo setor offshore brasileiro, afirma a organização. Para 2024, a Opep prevê que a oferta de combustíveis líquidos do Brasil, incluindo biocombustíveis, avançará 120 mil bpd, na comparação anual, para uma média de 4,1 milhões de bpd, com expectativa de crescimento na produção de petróleo. Em junho, a produção de petróleo do Brasil teve alta de 166 mil bpd ante o mês anterior, para uma média de 3,4 milhões de bpd, devido a novos projetos sobretudo, diz a Opep. Já a produção de gás natural liquefeito ficou praticamente estável, e deve seguir assim em julho. A produção total de combustíveis líquidos do Brasil cresceu 170 mil bpd em junho, para uma média de 4,1 milhões de bpd. O resultado é novo recorde do País, após o pico de 4,0 milhões de bpd visto em janeiro de 2023, diz o grupo. PIB A Opep ainda afirma em seu relatório que revisou para cima sua expectativa para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano e no seguinte. Para 2023, a expectativa passou de avanço de 1,3% no mês anterior a 1,7%, e para 2024 de 1,1% a 1,2%. O cartel cita fatos que, segundo ela, apoiam a economia brasileira recentemente, como o corte de juros pelo banco central e elevações no rating do Brasil. (Estadão Conteúdo)

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Petróleo em queda devido à preocupação com a China

O urso da China está à espreita novamente, e isso não está ajudando o touro do petróleo - pelo menos, não hoje. Os preços do petróleo caíram um dia depois de atingirem as máximas de 2023, pois os dados mostraram que o consumidor chinês entrou em deflação. Os preços de fábrica também estenderam as quedas em julho na segunda maior economia, levantando preocupações sobre a demanda por combustível em um país que também é o maior comprador de petróleo do mundo. eldquo;Depois de alguns dias impressionantes de ganhos, os preços do petróleo estão diminuindo à medida que os comerciantes de energia esperam para ver o que acontece com alguns dos riscos do lado da ofertaerdquo;, disse Ed Moya, analista da plataforma de negociação on-line OANDA. A OPEP, ou Organização dos Países Exportadores de Petróleo, divulgou uma perspectiva de agosto quase perfeita para o touro do petróleo - projetando uma perspectiva de demanda otimista até 2024 e suprimentos imediatos super apertados graças aos cortes na produção saudita. A Opep elevou sua previsão de crescimento econômico global em 2024 para 2,6%, de 2,5%, deixando a previsão de crescimento da demanda mundial de petróleo em 2024 inalterada em 2,25 milhões de barris por dia. eldquo;Claramente, se isso for verdade, não há razão para os sauditas continuarem reduzindo a produção no ritmo que vêm fazendo, muito menos alertar sobre cortes iminentes mais profundoserdquo;, disse John Kilduff, sócio do fundo de hedge de energia de Nova York, Again Capital. eldquo;As ações sauditas demonstram claramente seu medo de que a demanda global por petróleo não seja tão boa quanto a Opep mostra em seu último relatório mensal.erdquo; Os últimos dados de energia da China mostraram que as importações de petróleo bruto caíram 2,412 milhões de barris por dia em relação ao mês anterior, para uma baixa de seis meses de 10,429 milhões de barris diários, à medida que os estoques diminuem no maior importador de petróleo do mundo. Os Estados Unidos também estão proibindo algum investimento na China em tecnologias sensíveis, como chips de computador, e exigem notificação do governo em outros setores de tecnologia. Enquanto isso, a demanda de petróleo da Índia para julho atingiu 4,7 milhões de barris por dia, mais fraca do que as expectativas de Wall Street de 4,83 milhões de barris por dia. O ritmo de crescimento da demanda ano a ano do país desacelerou de 190.000 barris por dia em junho para 84.000 barris por dia em julho. O US West Texas Intermediate, ou WTI, caiu US$ 1,58, ou 1,9%, a US$ 82,82 por barril - de volta ao preço de fechamento de seis dias atrás. Na quarta-feira, o WTI atingiu US$ 84,64, a maior alta desde novembro. No acumulado da semana, o benchmark do petróleo dos EUA ficou estável após um avanço de quase 20% nas seis semanas anteriores. O Brent caiu US$ 1,15, ou 1,3%, a $ 86,40, após uma alta de oito meses de US$ 87,63 em relação à sessão anterior. O Brent subiu 0,2% na semana, após um ganho de 17% nas últimas seis semanas.

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Especialistas preveem petróleo a US$ 90, com efeitos para Petrobras

O preço do petróleo no mercado internacional tem oscilado em patamar acima dos US$ 85 por barril e, segundo especialistas, pode bater a marca de US$ 90, trazendo mais tensão para os preços da Petrobras no mercado nacional, principalmente em relação ao diesel. Segundo o especialista em combustíveis da Argus, Amance Boutin, o descolamento dos preços da Petrobras dos valores de referência para importação já têm efeito nítido no mercado de combustíveis, que reedita os tempos de eldquo;carga curtaerdquo; de 2022. A estatal abandonou a política de preços de paridade de importação (PPI) em meados de maio, e adotou uma estratégia comercial mais flexível, na qual o preço é formado cliente a cliente. Com menos produto no mercado e ameaça de escassez pontual nos próximos meses, os agentes já estão comprando diesel nos portos a preços até R$ 0,90 por litro acima do vendido pela estatal. De acordo com Boutin, com a alta nas cotações internacionais do Brent e do diesel russo, que vinha irrigando as importações brasileiras, houve interrupção das importações na semana passada. eldquo;Os preços ultrapassaram o teto permitido para os produtos russos e a cadeia, com seus transportadores e seguradoras, parou de fechar negócios pelo menos na última semana para não sofrer retaliações.erdquo; Ontem, o petróleo voltou a subir no mercado internacional, com a perspectiva de uma oferta apertada. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 1,78% (US$ 1,48), a US$ 84,40 o barril. Foi o fechamento mais alto do WTI desde 16 de novembro. Já o petróleo Brent (referência do Brasil) para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,60% (US$ 1,38), a US$ 87,55 o barril. O consultor de gerenciamento de risco da Stonex, Thiago Vetter, afirma que os cortes de produção anunciados por membros do grupo Opep+, principalmente Arábia Saudita e Rússia, mantêm o mercado em expectativa de déficit de suprimento para os próximos meses. eldquo;Enquanto isso, o mercado busca precificar o lado da demanda, que no momento está incerta. Mas tendendo ao otimismo, na medida em que os EUA podem ter chegado ao fim do movimento de aumento de taxas de juros e a China anuncia medidas para incentivar sua economia, cuja recuperação pós-covid tem sido aquém do projetadoerdquo;, explica Vetter. Para ele, o petróleo tipo Brent vai oscilar na faixa de US$ 85 a US$ 90 por barril durante o segundo semestre, mas é possível que chegue a romper os US$ 90 em algum momento. ebull;

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17º Congresso de Revendedores do Sudeste do Brasil 2023 começa hoje

Muitas novidades integram a programação do 17º Congresso dos Revendedores de Combustíveis do Sudeste do Brasil, que o Minaspetro realiza nos dias 10 e 11 de agosto, no Expominas, em Belo Horizonte. A abertura do evento contará com a presença de James THorp Neto, presidente da Fecombustíveis, e de representantes dos sindicatos filiados. A programação inclui a presença de palestrantes de renome nacional, que vão abordar desde temas de interesse geral até outros relativos especificamente ao setor de postos, com especial atenção ao futuro da Revenda, dada a previsível expansão dos veículos elétricos. Entre os nomes confirmados estão o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia; o economista e consultor Ricardo Amorim; a executiva da Arcelor Mittal Paula Harraca; o ex-diretor de Marketing do McDonalds João Branco; o criador do Easy Táxi, Talis Gomes; e o ex-capitão do Bope e consultor de segurança Rodrigo Pimentel. Além disso, uma ampla Feira de Negócios reunirá dezenas de expositores de áreas diversas, como postos, distribuidores de combustíveis, lojas de conveniência, mobilidade elétrica, expertise contábil e fabricantes de veículos. A gerente administrativa do Minaspetro, Márcia Viviane, afirma que este será, com certeza, o maior evento já promovido pela entidade em toda a sua história e um dos mais representativos do setor no país. eldquo;A feira terá espaço para abrigar até 100 expositores e já temos mais de 50 confirmadoserdquo;, afirmava a gerente no momento em que essa reportagem era apurada. eldquo;A expectativa é de reunir em torno de 2 mil participantes, entre empresários e gerentes de revendaserdquo;, avalia.

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Vendas no varejo do Brasil frustram expectativas e ficam estáveis em junho

O varejo no Brasil decepcionou e registrou estabilidade das vendas em junho em comparação com o mês anterior, destacando uma perda de ritmo desde o início do ano em meio às pressões da política monetária restritiva. O resultado do mês frustrou a expectativa em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,4%, e deixa o comércio varejista do país 3,3% abaixo do pico da série (outubro de 2020), mas 3,0% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020). Os dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram ainda alta de 1,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, contra expectativa de avanço de 0,35%. No primeiro semestre, o setor acumula ganho de 1,3% em relação ao igual período de 2022, de acordo com o IBGE. "O primeiro semestre fecha em alta muito por conta do crescimento concentrado em janeiro, quando foi de 4,1%. Depois de janeiro, os resultados são mais tímidos, com variações mais próximas a 0%", explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. A piora das condições de crédito com os juros altos vem impactando o setor varejista, mesmo com medidas de transferência de renda do governo e algum arrefecimento da inflação. Entre as oito atividades pesquisadas, em junho tiveram crescimento tecidos, vestuário e calçados (1,4%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (1,2%) e móveis e eletrodomésticos (0,8%). Na ponta negativa ficaram equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,7%) e combustíveis e lubrificantes (-0,6%). (Reuters)

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Petróleo deve chegar a US$ 90 o barril e pressionar ainda mais os preços da Petrobras

O vaivém do preço do petróleo no mercado internacional em um patamar elevado, acima dos US$ 85 o barril, deve evoluir neste segundo semestre para US$ 90 ou mesmo ultrapassar essa marca, trazendo mais tensão para os preços da Petrobras no mercado nacional, principalmente em relação ao diesel. O último reajuste, para baixo, ocorreu há 85 dias. O produto está escasso no mercado internacional, o que também tem ajudado a puxar para cima a alta do derivado. O movimento pode ser uma pedra no caminho da Petrobras, que tem conseguido manter os preços estáveis tanto do diesel quanto da gasolina, esta última sem reajuste há 40 dias. Segundo o especialista em combustíveis da Argus, Amance Boutin, os efeitos do descolamento dos preços da Petrobras das referências de importação já têm efeito nítido no mercado de combustíveis, que reedita os tempos de carga curta de 2022. Os preços da estatal, que abandonou a política de preços de paridade de importação (PPI) em meados de maio e adotou uma estratégia comercial mais flexível, na qual o preço é formado cliente a cliente, fecharam as janelas de importação para o diesel e a gasolina por pequenos importadores. Sem aumento do diesel há tantos dias, e escassez do produto no mercado internacional, a expectativa é que um reajuste seja feito em algum momento pela empresa. Nesta terça-feira, o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, disse em evento do setor de dutos que a nova estratégia comercial da Petrobras tem sido positiva para a companhia. Ele descartou eventuais prejuízos pelo fato de a estatal manter os preços dos combustíveis inalterados, apesar da alta do petróleo no mercado internacional. eldquo;Nós hoje vivemos um momento muito forte de volatilidade, os preços internacionais do petróleo e do diesel tiveram um aumento, mas dentro do que entendemos da estratégia comercial é absorvido, porque no passado teríamos que fazer reajustes contínuos para acompanhar issoerdquo;, explica Schlosser. Os preços nas refinarias da Petrobras registram defasagem de 26% no diesel e de 22% na gasolina em relação ao mercado internacional. A Refinaria de Mataripe, na Bahia, controlada pela Acelen, única refinaria de grande porte privada do País, reajusta os preços semanalmente e a defasagem é de 6% e 3%, respectivamente, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Na semana passada, a Acelen elevou o preço do diesel em cerca de 8%. Com menos produto no mercado e ameaça de escassez pontual nos próximos meses, os agentes já têm começado a comprar diesel nos portos a preços até R$ 0,90 mais caro por litro que o vendido pela estatal. De acordo com o analista da Argus, com a escalada das cotações internacionais do Brent e do diesel russo, que vinha irrigando as importações brasileiras, teve uma interrupção na semana passada. eldquo;Os preços ultrapassaram o teto permitido para os produtos russos (petróleo e diesel russo) e a cadeia, com seus transportadores e seguradoras, parou de fechar negócios pelo menos na última semana para não sofrer retaliaçõeserdquo;, diz Amance. O diesel russo não é embargado, mas tem um preço limite (US$ 100 por barril) que, se for desrespeitado, leva à punição de empresas envolvidas pelo establishment ocidental. Nesse cenário, os importadores brasileiros tiveram de voltar aos tradicionais fornecedores do Golfo, o que fez a distância para os preços da Petrobras aumentar ainda mais. De acordo com distribuidoras ouvidas pelo Broadcast, o fornecimento de diesel já está restrito em alguns mercados. Estresse Para o especialista, não há risco de desabastecimento generalizado, mas o mercado brasileiro tende a continuar sob estresse com a alta das referências internacionais de preço. eldquo;Os cortes da Opep e a melhora da economia dos Estados Unidos foram determinantes para essa subida de preços. A demanda chinesa continua abaixo do esperado e, se crescer de forma significativa nesse segundo semestre, vai colocar mais um ingrediente para a alta dos preçoserdquo;, diz. eldquo;No mercado físico, há um cenário sazonal de oferta (de derivados) mais baixa na Europa, mais apertado do que se imaginava meses atrás. Os preços subiram muito e o curto prazo é nebuloso, ainda mais com o teto (de preços) para a Rússia restringindo ainda mais a ofertaerdquo;, completou. Também o consultor de gerenciamento de risco da Stonex, Thiago Vetter, afirma que os cortes de produção anunciados por membros do grupo OPEP +, principalmente Arábia Saudita e Rússia, mantém o mercado em expectativa de déficit de suprimento para os próximos meses. eldquo;Enquanto isso, o mercado busca precificar o lado da demanda, que no momento está incerta. mas tendendo ao otimismo, na medida em que os EUA podem ter chegado ao fim do movimento de aumento de taxas de juros e a China anuncia medidas para incentivar sua economia, cuja recuperação pós-covid tem sido aquém do projetadoerdquo;, explica Vetter. Para ele, o petróleo tipo Brent vai oscilar na faixa de US$ 85 a US$ 90 dólares por barril durante o segundo semestre, mas que é possível que chegue a romper os 90 dólares em algum momento. eldquo;Esta instabilidade se dá em função de novos dados a respeito de perspectiva de oferta e demanda, e são normais neste tipo de preço de commodity cotado em bolsaerdquo;, avalia o analista da Stonex.

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