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FUP faz nova denúncia contra Petrobras por abuso eleitoral

Sindicatos dos petroleiros ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) vêm recebendo várias denúncias sobre discriminação eleitoral no ambiente de trabalho nas unidades da Petrobras. A entidade informou que vai encaminhar os casos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com a entidade, os trabalhadores com adesivos do candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de partidos de oposição ao governo estão sendo impedidos de entrar com o carro na garagem das unidades da companhia. Já os portadores de bandeiras do Brasil não estariam sofrendo constrangimento para acesso de seus veículos. A alegação da empresa seria a de que eldquo;o verde-amareloerdquo; representa símbolo nacional. O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, ressaltou, em nota divulgada nesta quinta-feira (20/10), a discrepância de tratamento entre funcionários que carregam eldquo;bandeiras diferenteserdquo; em seus carros. eldquo;Proibir a entrada de automóveis com adesivos de somente um candidato trata-se de característico caso de odioso assédio eleitoral, em benefício de outra candidatura. O que serve para Chico serve para Franciscoerdquo;, afirmou. Segundo a entidade, ainda no primeiro turno, na antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam), atualmente propriedade da empresa Acelen, no Pólo de Camaçari (BA), bem como na Refinaria de Paulínia (Replan, SP), e outras refinarias e unidades operacionais da Petrobras, trabalhadores foram impedidos pelos gestores locais de entrar com adesivos do ex-presidente Lula no capacete, no uniforme e em seus próprios automóveis. Em resposta, os empregados começaram a bradar, na fila do refeitório e próximos aos vestiários da Rlam, refrões da campanha de Lula. Vídeos da cena viralizaram na internet. Agora, a 10 dias para o segundo turno das eleições presidenciais, seguranças da Replan emdash; a maior do país e do sistema Petrobras emdash; impediram a entrada de veículos particulares que possuíssem adesivos de propaganda eleitoral de Lula, de acordo com informações do Sindicato dos Petroleiros de São Paulo. Um funcionário, que preferiu manter o anonimato, relatou que eles foram surpreendidos por seguranças barrando os carros. eldquo;Conversei com o chefe da segurança, mostrei a legislação eleitoral, mas ele disse que estava se baseando no código de ética da Petrobras.erdquo; "A Lei nº: 9504/97, que estabelece normas para as eleições, em seu artigo 73, reza que funcionários de uma empresa pública não podem e#39;ceder ou usar bens públicos em benefício de candidato, partido político ou coligaçãoe#39;, levando ao entendimento de que agentes públicos, que no caso seriam os empregados da Petrobras, não poderiam estacionar os seus automóveis com adesivo de candidatos em vagas localizadas nas dependências internas da companhia, pois estas vagas são consideradas como bens públicos", destacou a nota da FUP. De acordo com Adilson Normando, da assessoria jurídica da FUP, eldquo;dentro do Direito Administrativo, quando o Estado cria uma empresa de capital aberto, como é o caso da Petrobras, ele elsquo;abre mãoersquo; de alguns privilégios jurídicos e equipara-se a uma empresa privada. O caso da proibição da Petrobras de deixar carros entrarem com adesivo de um candidato se encaixa perfeitamente nessa excepcionalidadeerdquo;. Segundo ele, os casos serão encaminhados ao tribunal eleitoral. "Ele observa que outros sindipetros constatam situações semelhantes de constrangimenteo e discriminação, mas os trabalhadores têm medo de denunciar e sofrer represália", acrescentou o comunicado. Denúncias de assédio só aumentam As denúncias de assédio eleitoral só aumentam no TSE. A FUP destacou na nota que, na terça-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes, presidente da corte eleitoral, destacou que o enfrentamento do assédio eleitoral no ambiente de trabalho, em decorrência do período eleitoral, é passível de punição. Segundo Moraes, nos ministérios públicos Eleitoral e do Trabalho já foram registradas mais de 430 representações sobre assédio eleitoral. Os assédios vão de intimidações de perder o emprego à ameaça de a empresa fechar, caso o candidato oponente vença. Segundo a FUP, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) criou um canal para que trabalhadores possam denunciar o assédio eleitoral. A denúncia pode ser feita de forma anônima, neste link. Em agosto, a FUP já havia denunciado a Petrobras ao TSE, porque a empresa estava tentando impedir trabalhadores de atuarem como mesários na eleição. Procurada, a estatal ainda não comentou o assunto.

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Petróleo fecha em leve queda, sem sustentar ganhos de parte do dia

Os contratos futuros de petróleo registraram baixa modesta, nesta quinta-feira (20). A commodity chegou a subir cerca de 3%, com foco no potencial relaxamento de algumas restrições na China para conter a covid-19, mas o fôlego não se sustentou. O contrato do WTI para dezembro fechou em baixa de 0,01% (US$ 0,01), a US$ 84,51 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês caiu 0,03% (US$ 0,03), a US$ 92,38 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). No início do dia, o óleo avançou ante a possibilidade de que a China reverta algumas diretrizes para quarentena para quem chega ao país, segundo fontes citadas pela Bloomberg. A Oanda afirmou que a expectativa de que Pequim comece a recuar nas diretrizes para conter o vírus apoiou o quadro, enquanto via ainda um piso mais claro para o WTI, após os EUA anunciarem ontem a liberação de mais barris de suas reservas estratégicas para apoiar os preços. O BMO Capital, por sua vez, afirmava, em relatório a clientes, que há questões do lado da oferta ainda em foco nesse mercado. Para o banco de investimentos, altas recentes no preço do WTI mostram que ainda existe espaço para ganhos nos contratos. Já o TD Securities diz que o petróleo era apoiado pelas medidas anunciadas pelos EUA para conter os preços. O banco acredita que o governo americano pode liberar mais barris adiante, além dos anunciados. Além disso, comenta que deve continuar a haver nos próximos meses riscos à oferta de energia, com dificuldades para o acordo do Irã com potências ser concretizado, a produção da Rússia diminuindo em ritmo mais forte e sanções da União Europeia contra o petróleo russo entrando em vigor em dezembro. Hoje, porém, os ganhos de parte do dia não se sustentaram e um movimento aparente de realização de lucros levou os contratos a oscilar perto da estabilidade, após os ganhos mais fortes do início do dia.

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3R Petroleum capta US$ 500 milhões com o BTG para concluir compra da Potiguar

A 3R Petroleum fechou uma captação de US$ 500 milhões em debêntures no BTG Pactual para concluir a aquisição do Polo Potiguar da Petrobras, por US$ 1 bilhão. Outros US$ 500 milhões foram obtidos junto a um pool de bancos em agosto, em operação liderada pelo Morgan Stanley. O dinheiro será liberado no fechamento da operação. A Potiguar é o principal ativo adquirido pela 3R e vai dobrar a produção atual da companhia. Com as debêntures, a 3R encerra o ciclo de captação de recursos no mercado e parte para absorção dos nove ativos adquiridos nos últimos três anos, seis deles com transações já totalmente concluídas. Em novembro de 2020, a 3R estreou na bolsa com uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que movimentou R$ 690 milhões. Outras duas ofertas subsequentes foram realizadas nos anos seguintes, somando R$ 2,8 bilhões. A perspectiva é de que, nos próximos três anos, nenhuma nova operação de grande porte aconteça. As debêntures (títulos da dívida) do BTG vencem em cinco anos, podem ser pré-pagas em 24 meses e são remuneradas por uma taxa de 7,5% somado à taxa de referência SOFR (que irá substituir a Libor). O juro é pago somente no vencimento. A taxa supera a tomada no empréstimo junto aos bancos, onde a remuneração foi de 6,25% somado ao SOFR. Participaram desse crédito, além de Morgan Stanley, Banco do Brasil, Citibank, Deutsche Bank, HSBC México, Itaú BBA e Santander.

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Pequenos negócios iniciam aquecimento para a Copa

Cerca de 40% dos donos de pequenos negócios já adotaram alguma iniciativa para aumentar as vendas durante a Copa do Mundo, segundo o Sebrae. De acordo com a organização, nas vésperas de Copa, os empresários costumam lançar produtos, modificar o cardápio de restaurantes, criar novas coleções de moda com temática esportiva, oferecer promoções aos clientes, entre outras iniciativas. Nas empresas de serviços de alimentação, 48% dizem estar se antecipando para o evento, conforme a pesquisa, que ouviu mais de 6.000 empresários. Em seguida, aparecem indústria alimentícia, comércio varejista e moda, todas com 43%. Em outro levantamento, a Abrasel (associação que representa o segmento) aponta que as funções de auxiliar de cozinha, garçom, atendente e cozinheiro são os cargos mais procurados.

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Petrobras volta a contratar companhias alvo da Lava-Jato

Empresas que prestam serviços à Petrobras e que foram impedidas, a partir de 2014, de celebrar novos contratos com a estatal por envolvimento em casos de corrupção investigados pela Lava-Jato estão voltando a se relacionar comercialmente com a petroleira. Nem todas, entretanto, conseguiram fechar contratos de bens e serviços até agora. A SBM, com sede na Holanda, e as brasileiras Camargo Corrêa e Nova Participações, ex- Engevix, estão entre as companhias habilitadas na base de fornecedores da Petrobras, mas vivem situações diferentes. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Distribuidoras de gás pedem menos barreiras

A expansão da infraestrutura de transporte e distribuição de gás natural e a redução da reinjeção do insumo nos poços para aumento da produção de petróleo são dois dos principais desafios para a garantia de uma oferta sustentável no país para atendimento à demanda, num cenário de transição energética e custos elevados. A avaliação é da Associação Brasileira das Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), que apresentou aos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro um conjunto de 11 sugestões para a formação de uma agenda energética sustentável e para a remoção de barreiras regulatórias, tributárias e financeiras, entre outras. Para ler esta notícia, clique aqui.

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