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Petróleo sobe com previsão recorde de demanda; tem 7ª semana de alta seguida

Os preços do petróleo subiram nesta sexta-feira (11), depois que a Agência Internacional de Energia previu uma demanda global recorde e aperto na oferta, o que impulsionou os preços para a sétima semana consecutiva de ganhos, a mais longa sequência desde 2022. Os contratos futuros do petróleo Brent subiram US$ 0,41 (R$ 2,01), ou 0,5%, para US$ 86,81 (R$ 424,61) o barril, enquanto os futuros do petróleo nos EUA (WTI) avançaram US$ 0,37 (R$ 1,81), ou 0,5%, para US$ 83,19 (R$ 406,90) o barril. Em uma base semanal, ambos os índices de referência subiram cerca de 0,5%. A AIE estimou que a demanda global por petróleo atingiu um recorde de 103 milhões de barris por dia em junho e pode atingir outro pico neste mês. Enquanto isso, os cortes na produção da Arábia Saudita e da Rússia prepararam o cenário para um declínio acentuado nos estoques ao longo do restante de 2023, o que a agência disse que poderia elevar ainda mais os preços da commodity. Na quinta-feira (10), a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) disse esperar que a demanda global da commodity aumente em 2,44 milhões de barris de petróleo este ano, inalterada em relação à previsão anterior. As perspectivas para o mercado de petróleo parecem boas para o segundo semestre do ano, disse a Opep. Dados econômicos dos EUA desta semana também elevaram o ânimo do mercado, o que alimentou a especulação de que o Federal Reserve está próximo ao fim dos aumentos agressivos dos juros. A última vez que o Brent subiu por sete semanas consecutivas foi de janeiro a fevereiro de 2022, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia. (Reuters)

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Manter combustíveis baratos sem afetar oferta é grande desafio, diz ministro

Diante de alertas sobre restrições à venda de diesel no país após a mudança na política de preços da Petrobras, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta sexta-feira (11) que o maior desafio do governo é manter os combustíveis baratos sem afetar o suprimento. Postos tem relatado dificuldades para fazer novos pedidos de diesel, que seriam provocadas pela queda das importações do combustível, já que as elevadas defasagens com o merca do internacional desestimulam importadores privados. "Lutamos tanto para abrasileirar o preço dos combustíveis e todos vocês sabem o quanto foi benéfico ao consumidor", afirmou Silveira, após a cerimônia de lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), no Rio de Janeiro. "A responsabilidade do MME e do governo é manter o suprimento, a qualidade do combustível e modicidade de preço e fazemos isso através de impulsionar a competitividade interna", continuou. "Agora, garantir o equilíbrio entre o menor preço e o suprimento é nosso maior desafio." Após um período de excesso de oferta com aumento da produção da Petrobras e invasão de diesel russo, as importações do combustível vêm caindo desde maio. Em julho, foram 1,07 bilhão de litros, volume 19% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Dados preliminares apontam que o movimento se acentuou na primeira semana de agosto, quando as importações do grupo óleos combustíveis caíram 75% em relação ao mesmo período do ano anterior. O setor diz que o cenário atual limita as compras por empresas de menor porte. Coma escalada do preço do petróleo nas últimas semanas, a Petrobras vem operando com elevadas defasagens em relação às cotações internacionais. Na abertura do mercado desta sexta, o litro do diesel vendido pelas refinarias da estatal custava R$ 1,18 a menos do que a paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Silveira disse que a estatal tem autonomia para decidir quando alterar seus preços, "porque ela deve satisfação e seus diretores respondem, inclusive com seus CPFs, perante os investidores". "A notícia que a Petrobras está dando ao governo é que, se o [petróleo] Brent continuar subindo e se, para manter o suprimento no país, for necessário reajustar os preços, ela o fará", completou o ministro. No início da semana, o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, disse que a atual política comercial da empresa consegue absorver volatilidades momentâneas nas cotações internacionais. Em nota distribuída nesta quinta (10), a Petrobras afirmou que não reduziu sua oferta de diesel, mas que não tem informação sobre a oferta pelos demais agentes que abastecem o mercado, como distribuidoras, importadores e outras refinarias. "A companhia está cumprindo integralmente suas obrigações junto às distribuidoras, entregando todo o volume contratado", disse.

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Diesel sobe R$ 0,08 por litro com restrições de oferta e importações mais caras

O preço médio do diesel S-10 nos postos brasileiros subiu pela segunda semana consecutiva, atingindo R$ 5,08 por litro, segundo a pesquisa semanal de preços dos combustíveis da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). O valor representa uma alta de R$ 0,08 por litro em relação ao verificado pela agência na semana anterior. Esta semana, postos alertaram para restrições de oferta e aumentos nos preços praticados pelas distribuidoras em repasse às altas das cotações internacionais. A sequência de altas foi iniciada após 30 semanas de queda, com cortes de preços nas refinarias da Petrobras. Agora, mesmo sem mudanças de preços pela estatal, maior fornecedora brasileira, postos o mercado vê tendência de alta. As restrições de oferta refletem a elevada defasagem dos preços internos em relação às cotações internacionais, que desestimulam importações privadas do combustível. As importações do produto vêm caindo há três meses. Nesta sexta-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que garantir o suprimento com preços mais baixos é um grande desafio do governo. Mas ressaltou que a Petrobras tem autonomia para fazer reajustes quando achar necessário. No mercado financeiro, a possibilidade de aumentos nos próximos dias passou a ser considerada depois que o diretor Financeiro da Petrobras, Sergio Caetano Leite, disse em encontro com analistas que a empresa não vai queimar caixa mantendo os produtos mais baratos. "Acreditamos que a Petrobras está à beira de aumentar o preço do combustível no Brasil, especialmente para manter o mercado equilibrado e evitar desabastecimento", escreveram analistas do banco Goldman Sachs, em relatório divulgado nesta sexta. Na abertura do mercado desta sexta, o litro do diesel vendido pelas refinarias da estatal custava R$ 1,18 a menos do que a paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Foi o oitavo dia consecutivo com defasagem acima de R$ 1 por litro, patamar atingido pela última vez no fim da campanha eleitoral de 2022, quando a Petrobras represou os preços para evitar desgaste à imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Logo após a derrota em segundo turno, os preços foram reajustados. Segundo a ANP, a gasolina foi vendida pelos postos brasileiros, em média, a R$ 5,53 por litro esta semana, praticamente estável em relação à semana anterior. Já o etanol hidratado caiu R$ 0,03 por litro, para R$ 3,59. O preço do gás de cozinha segue em queda, segundo a ANP. Esta semana, o botijão de 13 quilos foi vendido a R$ 100,98, R$ 0,40 a menos do que na semana anterior.

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Em rede social, Jean Paul Prates exalta PAC e papel da Petrobras como estatal

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, destacou hoje a contribuição da companhia no novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), frisando o eldquo;senso de responsabilidade, de dever, como empresa estatal, de ser parceira do Brasilerdquo;. A petroleira, uma companhia de economia mista com papéis listados em Bolsa, é uma das principais fontes de recursos do programa, com R$ 323 bilhões previstos em 47 projetos, segundo Prates. Os projetos da companhia integram o montante de investimentos de estatais no novo PAC, um total de R$ 343 bilhões. O comentário de Prates foi feito em postagem na rede social X (antigo Twitter) no fim da manhã de hoje, com a celebração: eldquo;Lula voltou. O PAC voltou. O Brasil voltou!erdquo; Exploração e produção A maior parte dos projetos da Petrobras no PAC está relacionada à exploração e produção de petróleo e gás, mas a lista também inclui aumento da capacidade de processamento da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), e iniciativas para melhorar o escoamento do gás produzido na Bacia de Santos. Dentre os projetos, 90% dos investimentos previstos serão voltados ao desenvolvimento de 19 novos sistemas de produção de petróleo e gás natural, com a maior parte dos projetos nas bacias de Campos e Santos, e dois voltados para o Sergipe. Em relação às novas fronteiras exploratórias em desenvolvimento, estão incluídos no PAC nove poços exploratórios na Margem Equatorial - região que compreende a Foz do Amazonas e outras quatro bacias. Ontem, durante o evento de lançamento do programa, o presidente da Petrobras disse que a companhia vai voltar a eldquo;lotarerdquo; os estaleiros nacionais, em referência à demanda por embarcações da expansão de seus negócios de óleo e gás nos próximos anos. Segundo ele, serão eldquo;pelo menoserdquo; 25 novos navios para a Petrobras a frete e 26 projetos de descomissionamento, que é o recolhimento, desmanche e tratamento de estruturas ligadas às atividades de óleo e gás da companhia, na maioria das vezes, offshore. Na postagem, hoje, Prates destaca que sentiu eldquo;muito orgulho e emoçãoerdquo; ao participar do lançamento do programa, que aconteceu ontem, no Rio de Janeiro. eldquo;Uma contribuição singular, significativa e revigorante que mostra nosso apoio ao Governo e nosso senso de responsabilidade, de dever, como empresa estatal, de ser parceira do Brasil.erdquo;

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Petrobras tem 47 projetos incluídos no Novo PAC, incluindo exploração na Foz do Amazonas

A Petrobras tem 47 projetos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) de 2023, anunciado nesta sexta-feira, 11, no Rio. A maior parte desses projetos está relacionada à exploração e produção de petróleo e gás, mas a lista também inclui aumento da capacidade de processamento da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e iniciativas para melhorar o escoamento do gás produzido na Bacia de Santos. Dentre os projetos, 90% dos investimentos previstos serão voltados ao desenvolvimento de 19 novos sistemas de produção de petróleo e gás natural, com a maior parte dos projetos nas bacias de Campos e Santos e dois voltados para o Sergipe. Em relação às novas fronteiras exploratórias em desenvolvimento, estão incluídos no PAC nove poços exploratórios na Margem Equatorial - região que compreende a Foz do Amazonas e outras quatro bacias, cuja possibilidade de exploração foi inicialmente vetada pelo Ibama. O pacote de projetos propostos da Petrobras no PAC também inclui iniciativas de escoamento da produção e aumento da disponibilidade de gás, com destaque para os projetos do Programa Integrado Rota 3 (total de 4), que irá permitir o escoamento do gás do pré-sal da Bacia de Santos, e o gasoduto de SEAP I e II, incluídos no projeto de SEAP I, para oferta do gás em Sergipe. No refino, a Petrobras incluiu projetos para aumentar a capacidade de processamento da Refinaria Abreu e Lima para 260 mil barris por dia, assim como projetos nas refinarias de Paulínia e Henrique Lage para a produção do diesel S-10, de melhor qualidade, além de projetos de logística para o escoamento dos produtos. A carteira inclui ainda projetos alinhados com a proposta de transição energética, entre eles uma unidade dedicada à produção de BioQAv e diesel Renovável, além de projetos de coprocessamento em outras unidades.

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Produção de petróleo em alta consolida Brasil entre grandes exportadores e turbina balança comercial

O aumento da produção do petróleo tem feito com que o produto ganhe cada vez mais destaque na pauta de exportação brasileira. E esse movimento não deve mudar tão cedo. Daqui em diante, o que se espera é que esse crescimento continue e seja capaz de contribuir com resultados robustos para o comércio exterior do País. Na prática, se esse cenário positivo se confirmar, o petróleo vai representar mais entradas de dólares no País e recursos para Estados produtores por meio dos royalties. No ano passado, as exportações de óleos brutos de petróleo alcançaram US$ 42,5 bilhões - um valor recorde - e representaram 12,7% de tudo o que o Brasil negociou para o exterior. Foi o segundo principal item vendido pelo País, atrás somente da soja (US$ 46,5 bilhões). eldquo;Nos últimos anos, o Brasil tem aumentado a produção de petróleo e esse movimento deve continuarerdquo;, afirma José Augusto de Castro, presidente-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). eldquo;À medida que a quantidade (produzida) sobe, e o preço não cai muito, a tendência é ampliar essa participação (na pauta exportadora).erdquo; Em volume, a exportação de petróleo cresceu 1,7% em 2022 na comparação com o ano anterior, para 68,7 milhões de toneladas. eldquo;Eu diria que o setor de petróleo é um dos que mais vão contribuir daqui para frente para o saldo da balança comercial brasileiraerdquo;, afirma Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Entre janeiro e julho deste ano, as exportações somaram US$ 22,3 bilhões, um pouco abaixo do apurado no mesmo período de 2022 (US$ 23,1 bilhões). eldquo;Essa queda já era esperada por causa do menor preço do petróleoerdquo;, afirma Castro. Mudança de patamar Para um país que sempre politizou a sua relação com o petróleo - a campanha, por exemplo, com o lema eldquo;o petróleo é nossoerdquo; na era Vargas - e sofreu com os choques nos anos 1970, os números do setor mostram que o País mudou de patamar nos últimos anos. Em 2022, o Brasil se consolidou como o nono maior produtor de petróleo do mundo e apareceu entre os dez principais exportadores. O cenário de crescimento da produção pode ser explicado, em parte, pelo desempenho do pré-sal e pelo aumento de preços do petróleo observado ao longo das últimas décadas, o que torna viável e interessante a exploração. Nas décadas de 80 e 90, o valor do barril chegou a US$ 20. Hoje, tem oscilado num patamar acima de US$ 85. eldquo;A valorização do barril do petróleo foi crucial para que novas fronteiras (de exploração) ganhassem economicidadeerdquo;, diz João Victor Marques, pesquisador da FGV Energia O pré-sal responde por cerca de 75% da produção e tem uma grande vantagem adicional: o custo de operação é baixo e deixa a produção atrativa, mesmo quando há uma queda nos preços. eldquo;As empresas priorizam investir naquelas áreas em que aguentam a volatilidade do preço. Quando está alto, está ótimo. Quando está baixo, ainda é rentávelerdquo;, afirma Walter de Vitto, economista e sócio da Tendências Consultoria. Entre 2002 e 2022, a produção de petróleo saltou de quase 1,5 milhão de barris diários para 3,1 milhões no ano passado, de acordo com a consultoria Tendências. Em 2027, deve subir para 3,9 milhões barris. A expectativa é que continue crescendo até o fim desta década, quando a extração do pré-sal deve começar a perder força. O caminho via exportação também se tornou natural, porque o País viu a sua capacidade de refino estagnada em pouco mais de 2 milhões de barris por dia nos últimos dez anos. Hoje, tecnicamente, o Brasil é autossuficiente na produção de petróleo e, portanto, todo aumento de produção acaba sendo exportado. eldquo;O País tem contratado um aumento da produção de petróleo e, tudo mais constante, deve ter um aumento das exportaçõeserdquo;, diz de Vitto. eldquo;O que pode fazer com que isso não ocorra, eventualmente, é o aumento da capacidade de refino, porque você não exportaria petróleo e usaria ele aqui.erdquo; Novas fronteiras A projeção de que a produção do pré-sal deve atingir o seu pico até o fim da década abre uma discussão importante sobre novas fronteiras de exploração num contexto em que transição energética ganha força. O debate mais recente tem a ver com a Margem Equatorial, que fica entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, e é formada por cinco bacias - Foz do Amazonas, Potiguar, Pará-Maranhão, Barreirinhas e Ceará. eldquo;A busca por novas fronteiras exploratórias está relacionada em dar continuidade a esse crescimento da produção do pré-salerdquo;, diz Marques, da FGV Energia. A exploração da Margem Equatorial virou um tabu dentro do governo Luiz Inácio Lula da Silva. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou um pedido da Petrobras de exploração de petróleo próximo à Foz do Amazonas. O tema também opôs a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o de Minas e Energia, Alexandre Silveira. No início deste mês, Lula disse que a decisão do Ibama não é definitiva e que uma decisão deve ser tomada em breve. Na declaração da Cúpula da Amazônia, assinada pelos oito países que abrigam a floresta em seu território, não houve menção de eliminar planos de explorar petróleo na região. eldquo;Adotando como premissa de que o mundo continuará precisando do petróleo por algumas décadas, será preciso entregar um petróleo de menor intensidade de carbono, e o Brasil tem condição de fazer issoerdquo;, diz o pesquisador da FGV Energia. No novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), foram incluídos 47 projetos da Petrobras, entre eles novos poços exploratórios na Margem Equatorial.

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