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IPCA-15 sobe 0,16% em outubro, ante -0,37% em setembro

A prévia da inflação oficial no País voltou a subir em outubro, após dois meses de deflações sustentadas por corte de impostos e redução nos preços de combustíveis. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,16% em outubro, depois de um recuo de 0,37% em setembro, informou nesta terça-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou acima das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Estadão/Broadcast, que esperavam uma inflação mediana de 0,09%. Apesar da aceleração, a taxa acumulada em 12 meses desacelerou a 6,85%.eldquo;Os efeitos da redução da alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações, que trouxeram a inflação para o campo negativo nos meses anteriores, devem se dissipar, cada vez mais, daqui para a frente. Sem esse impacto tributário, não deveremos ter novas deflações nos próximos resultados mensaiserdquo;, previu Claudia Moreno, economista do C6 Bank, em nota. eldquo;Por outro lado, as reduções de preços (de combustíveis) promovidas pela Petrobras continuaram ajudando a desacelerar a inflação.erdquo; O C6 Bank prevê alta de 5,6% no IPCA de 2022, seguida de novo avanço de 5,7% em 2023. No mês de outubro, os preços dos combustíveis voltaram a recuar, mas a queda foi insuficiente para impedir que o IPCA-15 voltasse ao território positivo. A gasolina caiu 5,92%, ajudando a deter a inflação de outubro em -0,29 ponto porcentual. Houve quedas também no etanol (-9,47%), gás veicular (-1,33%) e óleo diesel (-3,52%). eldquo;No momento, com o período eleitoral, não vejo os preços subindo agora, mas quando olhamos para o cenário internacional, percebemos uma defasagem dos preços da gasolina. Há a possibilidade de algum aumento nos combustíveis após a eleiçãoerdquo;, observou o economista Eduardo Vilarim, do Banco Original. Na direção oposta, as passagens aéreas subiram 28,17%, maior pressão no IPCA-15 de outubro, impacto de 0,18 ponto porcentual, após já terem aumentado 8,20% em setembro. O item foi a principal surpresa do resultado do mês, mas é considerado volátil, avaliou o economista Luis Menon, da gestora de recursos da Garde Asset Management. eldquo;O que vemos com essa leitura é que a parte de bens industriais vai continuar benigna, vemos uma melhora importante das cadeias produtivas e também um consumo um pouco mais equilibrado, com uma demanda um pouco mais fraca e uma melhora importante na ofertaerdquo;, opinou Menon. A projeção preliminar da Garde Asset para o IPCA de outubro subiu de 0,42% para 0,44%. Menon prevê uma inflação de 5,7% no fechamento de 2022 e 4,1% em 2023. Seis dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram altas de preços em outubro. Houve deflação em Transportes (-0,64%), Comunicação (-0,42%) e Artigos de residência (-0,35%), mas o brasileiro gastou mais com Habitação (0,28%), Vestuário (1,43%), Educação (0,19%), Despesas pessoais (0,57%), Saúde e cuidados pessoais (0,80%) e Alimentação e bebidas (0,21%). Alimentação A alimentação fora do domicílio aumentou 0,37% em outubro. Já a alimentação no domicílio subiu 0,14%, com reajustes em itens como as frutas (4,61%), batata-inglesa (20,11%), tomate (6,25%) e cebola (5,86%). Na direção oposta, houve recuos nos preços do leite longa vida (-9,91%), óleo de soja (-3,71%) e carnes (-0,56%). Apesar da redução em outubro, os preços do leite longa vida ainda acumulam uma alta de 42,52% no ano. Em Vestuário, houve elevações de preços dos calçados e acessórios (1,82%), roupas infantis (1,71%), joias e bijuterias (1,00%), roupas masculinas (1,54%) e femininas (0,98%). No grupo Saúde e cuidados pessoais, o destaque foi a alta no plano de saúde (1,44%), decorrente dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho. Os itens de higiene pessoal também subiram: 1,10%. eldquo;Vale dizer que, quando olhamos para a composição da inflação, é possível notar uma desaceleração clara em bens industriais, que foi impactado pela queda global das commodities. Essa mesma desaceleração não está presente nos preços de serviços, que sofrem com os efeitos da inércia inflacionária e, por isso, demoram mais para cedererdquo;, acrescentou Claudia Moreno, do C6 Bank. A economista Anna Reis, da gestora de investimentos Gap Asset Manegement, prevê que itens administrados pelo governo voltem a pressionar o IPCA em 2023, enquanto os serviços e os produtos industriais liderariam um movimento de trégua. eldquo;Os industriais já moderaram bastante na margem, estão bem mais confortáveis devido à normalização da cadeia de ofertas e a reabertura da economia. Já os serviços serão o último grupo a desinflacionar. Como dependem muito da inflação passada, é natural que eles deem uma moderada, e isso deve ser combinado ao desaquecimento da economia, com o desemprego subindo, o que deve ajudar na desaceleração da inflação de serviçoserdquo;, projetou Reis.

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Alta do etanol hidratado na usina perde força, mostra Cepea

O movimento altista nos preços do etanol hidratado no Estado de São Paulo perdeu força na última semana, segundo o Indicador Cepea/Esalq, enquanto o do anidro (adicionado à gasolina) se manteve persistente, com poucos volumes comercializados. O hidratado fechou a semana a R$ 2,7211 o litro (sem ICMS e PIS/Cofins), avanço de 0,04% ante a anterior, com poucos negócios fechados por distribuidoras, que continuam recorrendo aos estoques. Já o anidro ficou 2,1% mais caro na comparação semanal, encerrando a R$ 3,1056 o litro. O suporte também veio da postura firme do vendedor, em meio a um cenário de chuvas em parte das regiões produtoras e de incertezas relacionadas à chegada do final da safra e às eleições presidenciais, cujo segundo turno acontece no próximo domingo. Em análise, o Cepea afirmou hoje (24) que em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, o valor do anidro foi 9,3% maior que o do hidratado em São Paulo na última semana.

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Debate sobre isenção de elétricos revela divisão entre montadoras

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, defendeu na segunda-feira (24) que a isenção do Imposto de Importação para carros elétricos, como existe hoje, seja por um período curto e definido. eldquo;Como todos os elétricos hoje são importados, (a manutenção prolongada do incentivo) significaria dar um subsídio de 35% (alíquota do tributo) para modelos importados. E isso desagrada nossa indústriaerdquo;, destacou o dirigente durante o congresso Perspectivas 2023, realizado pela editora Autodata, especializada em informação do setor automotivo. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Conselho da Petrobras se reúne na quarta, mas preços não devem mudar até domingo

O conselho de administração da Petrobras tem reunião marcada nesta quarta-feira (26) e, no encontro, deve ser feita apresentação sobre combustíveis. Não se espera, porém, nenhuma mudança nos preços esta semana, antes do segundo turno das eleições, no domingo. A apresentação seria uma espécie de prestação de contas sobre a situação no mercado de derivados de petróleo, que segue marcado pela defasagem nos preços do diesel e da gasolina em relação às cotações no exterior. Para ler esta notícia, clique aqui.

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IPCA-15 deve ficar positivo, mas próximo de zero, aponta economista

Após dois meses seguidos de deflação no Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, a expectativa é que a taxa volte a ficar positiva em outubro, mas ainda próxima de zero, com variação de até 0,1%. Essa é a projeção do economista André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre). Às 9h desta terça-feira (25), o IBGE divulgará o IPCA-15 oficial de outubro. Braz aponta que a gasolina, que puxou os dois últimos recuos, caiu menos neste mês, em torno de 5,5%, já que a Petrobras não anunciou novas reduções e foi encerrado o efeito da limitação da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, inclusive, apontam a segunda semana seguida de aumento no combustível, cujo preço médio do litro subiu de R$ 4,79 para R$ 4,88 nesse período. Braz também destaca que, após o grupo de alimentos ter uma leve queda da inflação, já tende a mostrar uma nova alta dos preços em outubro, especialmente por conta dos alimentos in natura. eldquo;A oferta começa a ficar comprometida à medida que a temperatura sobeerdquo;, destaca o economista. Em agosto, o IPCA-15 foi de -0,73%, já em setembro ficou em -0,37%. No mês anterior, o grupo de transportes impulsionou a deflação, com quedas na gasolina, diesel e gás veicular. Em setembro, também foram registradas reduções no grupo de comunicação, por conta do preço mais em conta dos planos de telefonia e internet. Já alimentação e bebidas tiveram a redução puxada pelo barateamento do leite, óleo de soja e tomate. Nesta segunda-feira (24), pela 17ª semana seguida, o mercado reduziu a projeção da inflação para este ano. O novo boletim Focus apontou uma variação de 5,60%, ante a expectativa anterior de 5,62%. O centro da meta para a inflação oficial de 2022 é de 3,5%.

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Etanol provoca aumento no preço da gasolina, justifica Minaspreto

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) divulgou nota nesta segunda-feira (24) para justificar o reajuste de 2,34% e no preço do litro da gasolina registrado nas últimas três semanas. eldquo;A oscilação é reflexo do ajuste do realizado pelas usinas produtoras, que passaram o preço do etanol anidro no mesmo período de R$ 2,87 para R$ 3,10, isto é, um aumento de 10,3%. Vale lembrar que 27% do preço final da gasolina brasileira é composto pelo etanol anidroerdquo;, diz a nota, que aponta também aumento no preço álcool. eldquo;O etanol hidratado, por sua vez, nas últimas três semanas, saiu de R$ 3,36 para R$ 3,53 no valor médio das bombas do estado, acréscimo de 5,05%. A justificativa também é o reajuste realizado pelas usinas, que ficou em 17% nas últimas três semanas (de R$ 2,31 para R$ 2,72)erdquo;. A nota ressalta ainda que os empresários não são responsáveis pelos reajustes. eldquo;Os postos revendedores reajustaram os valores em percentual em patamares inferiores ao que foi mensurado nas usinas de etanol, mostrando que os empresários varejistas de combustíveis estão absorvendo os custos, consequência da alta competitividade do setor no estado, com mais de 4.500 postos em Minas Geraiserdquo;. Pesquisa Pesquisa do site Mercado Mineiro divulgada nesta segunda-feira (24) aponta aumento nos preços da gasolina, do etanol e do diesel-10. O levantamento foi feito entre os dias 18 a 22 deste mês em 186 postos de Belo Horizonte e região metropolitana.

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