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Temores por demanda global após dados da China impactam fechamento do petróleo

O petróleo fechou em baixa pela segunda sessão seguida nesta terça-feira (15), após bateria de dados da China renovar preocupações sobre a desaceleração da demanda da maior importadora de commodities do mundo. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 1,84% (US$ 1,52), a US$ 80,99 o barril. O petróleo Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 1,51% (US$ 1,32), a US$ 84,89 o barril. O Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS, na sigla em inglês) informou que a produção industrial da China desacelerou a 3,7% em julho, ante igual período do ano passado, ficando abaixo da previsão de analistas da FactSet, de 4,1%. As vendas de varejo desaceleraram a 2,5%, aquém dos 4,5% esperados pelos analistas. eldquo;A fraqueza na China está pressionando as commodities mais uma vez, incluindo o petróleoerdquo;, afirmou o presidente da Navellier, Luis Navellier. O consultor econômico da Remessa Online André Galhardo afirmou ainda que eldquo;a possibilidade de uma nova rodada de más notícias relacionadas ao setor imobiliário chinês, com as dificuldades financeiras apontadas pela construtora Country Garden, associada a um quadro crescimento menos intenso, deve aumentar o clima de aversão ao riscoerdquo;. O analista da Oanda Edward Moya citou ainda o avanço menor que o esperado da leitura do índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha ao comentar a baixa do petróleo. eldquo;O mercado de petróleo pode até continuar apertado, mas a maioria das manchetes estão se tornando pessimistas (bearish) para o lado da demanda. O recuo do petróleo poderá precisar continuar antes de os compradores surgiremerdquo;, disse. No noticiário, os investidores acompanharam uma explosão em um posto de gasolina na Rússia que matou 35 pessoas e feriu outras 115, de acordo com autoridades russas. Na Líbia, as autoridades chamaram o setor privado para investir na área de produção de petróleo.

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Presidente da Febraban critica 'maquininhas' de cartão e diz que setor lucra com modelo 'artificial

O presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Isaac Sidney, criticou nesta segunda-feira, 14, a indústria de eldquo;maquininhaserdquo; de cartão de crédito, chamadas de eldquo;adquirenteserdquo;, por, segundo ele, manter um eldquo;modelo de negócios artificialerdquo;. Em meio ao debate sobre o fim do rotativo do cartão de crédito, pleiteado pelo governo e pelo Congresso, e de um possível redesenho no parcelamento de compras sem juros em vigor hoje no País, Sidney afirmou ao Estadão que as adquirentes usam uma eldquo;distorçãoerdquo; no atual sistema para lucrar. eldquo;Se os bancos emissores tivessem por finalidade manter o modelo de negócio, não estaríamos abertos a um redesenho não só do parcelado sem juros, mas também do rotativo. O que não dá para aceitar, e contra isso atuaremos com muita firmeza, é a manutenção de um modelo de negócio artificial, no qual as maquininhas ficam com as receitas de juros, não correm o risco de crédito, não alocam capital e ainda estimulam incentivos de financiamentos longos que só as beneficiamerdquo;, afirmou. Ajuste é mais do que necessário para evitar uma crise ainda maior de inadimplência; o lojista parcela as vendas, e o risco fica com os bancos, que salgam os juros Bancos discutem limitação de compras parceladas para fim do rotativo no cartão de crédito Ideia não é acabar com parcelamento sem juros, mas debater limites; setor reclama que diversos atores se beneficiam do parcelamento, mas o risco fica concentrado nos bancos Fim do rotativo, sinalizado pelo BC, não encerra debate sobre cartão; setor está longe de consenso Negociação envolve possível limitação às compras parceladas sem juros, o que opõe os bancos ao varejo e às pequenas credenciadoras e empresas de internet Segundo ele, parcela considerável das receitas das maquininhas vem da antecipação de recebíveis. eldquo;E os lojistas pagam muito caro por isso. Portanto, parece não haver dúvidas de que são as maquininhas, e não os bancos, que estão defendendo a preservação de um modelo de negócioerdquo;, disse Sidney. Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, trouxe a público o que já vinha sendo discutido pelos bancos e pelo governo nos bastidores: a possibilidade do fim do rotativo do cartão de crédito, a linha de financiamento mais cara do País. Bancos admitem acabar com o rotativo, mas argumentam que, de maneira concomitante, é preciso encontrar um reequilíbrio na cadeia de crédito e definir alguma limitação nas compras com parcelamento sem juros. O clima é belicoso no setor de cartões de crédito desde a fala do dirigente do BC. Os bancos argumentam que o fim do rotativo deve estar atrelado a uma diluição do risco, que levará a uma diminuição do custo e, portanto, à queda no preço do crédito oferecido ao consumidor. A alegação levada à Brasília é a de que, atualmente, diversos atores se beneficiam do parcelamento (lojistas, bandeiras de cartão, máquinas de cartão), mas o risco fica concentrado no setor bancário. A Associação Brasileira de Internet (Abranet), que representa parte das credenciadoras e das empresas que atendem pequenos lojistas e consumidores, manifestou em nota, nesta segunda-feira, eldquo;sua veemente contrariedade ao projeto de encarecer o pagamento parcelado sem juros, que, na prática, vai desaquecer ainda mais a economiaerdquo;. A entidade acusa os bancos de quererem substituir o parcelado sem juros por um parcelado com juros. Em nota pública divulgada pela Febraban também nesta segunda-feira, Sidney afirmou não haver eldquo;qualquer pretensão de se acabar com as compras parceladas no cartão de créditoerdquo;. A intenção dos bancos, segundo o comunicado, é estabelecer um novo desenho para o parcelamento, adotando um modelo de considere o tipo de bem a ser adquirido. Bens duráveis, por exemplo, poderiam ser parcelados em prazo maior do que os não duráveis. O prazo da operação também teria influência nas taxas emdash; quanto maior o número de parcelas, maior o juro que seria pago pelo consumidor. O varejo e as chamadas adquirentes, no entanto, se opõem à proposta. Sidney rebateu ao Estadão a nota divulgada pela Abranet: eldquo;A busca de soluções não pode ter o viés primário de defesa de receitas atuais das indústrias individuais de maquininhas, como temos visto na narrativa de algumas entidades, que não têm o olhar transversal dos elos desequilibrados do sistema de crédito via cartõeserdquo;. Segundo o presidente da Febraban, um tema tão complexo eldquo;exige visão holística, multidisciplinar e colaborativaerdquo;. eldquo;É preciso encarar a situação com as mais diversas lentes, que vão dos diversos players do mercado, até reguladores, governo e a população. Não existe solução simples, mas o risco está na visão limitada e curto-prazista, que leve em consideração apenas um pilar da cadeia, a adquirênciaerdquo;, afirmou. O Estadão apurou que o incômodo na Febraban é com as pequenas adquirentes, chamadas no meio de independentes, como a PagSeguro e a Stone. Há adquirentes que são ligadas aos grandes bancos, representados pela Febraban, e que, portanto, fazem parte das negociações com o governo e Banco Central sobre o parcelamento sem juros e o rotativo. A avaliação da Febraban é que, no caso dos grandes bancos, mesmo trabalhando com a adquirência, há entendimento de que é preciso discutir um eldquo;reequilíbrio sustentávelerdquo; do sistema. Sidney chama ainda de eldquo;totalmente tendenciosa e descabidaerdquo; a informação de relatório da Abranet de que o risco de inadimplência do parcelado sem juros é a mesma da modalidade à vista. eldquo;Em prazos significativamente estendidos, o cliente tem estatisticamente mais chance de ter intercorrências e falhar com seu pagamento. Estudos realizados pela Febraban e seus principais associados, que representam mais de 70% do mercado de cartões em base de clientes e faturamento, ou seja, estatisticamente relevantes e representativos, mostram que a inadimplência dos planos a prazo, comparada com planos à vista, é duas vezes superior na média. Já quando olhamos para o público de baixa renda, a inadimplência é três vezes superiorerdquo;, afirma. Segundo um estudo feito para a Abranet, apresentado ao Banco Central e revelado pelo Painel S.A., do jornal Folha da São Paulo, a taxa de inadimplência entre os que compram à vista é igual ao dos que parcelam as compras, na casa de 30%. A associação representa cerca de 10% dos cartões emitidos no mercado. eldquo;Quanto maior for o prazo de financiamento, maior o custo e o risco de crédito, bem como o capital a ser alocado. Logo, seria impossível termos a mesma inadimplência numa modalidade à vista e nos financiamentos com prazos longoserdquo;, afirma o presidente da Febraban. De acordo com a Febraban, o nível de endividamento cresceu duas vezes mais rápido do que a renda no pós-pandemia. A inadimplência de cartões de crédito pessoa física chegou a 49% no mês passado, no rotativo. eldquo;A extensão desmedida de prazos para parcelamento sem juros é rentável para alguns elos do sistema, como a indústria de adquirência, que eleva seus ganhos ao adiantar recebíveis e resgatar parte desta dívida com varejistas, enquanto o risco e o impacto da inadimplência são integralmente assumidos por bancos emissores de cartões. Por isso, um novo equilíbrio de forças é necessário para balancear o sistema, a equação crédito versus inadimplência, mas, principalmente, proteger famílias e indivíduos do alto endividamento e suas consequênciaserdquo;, afirmou Sidney. Por meio de sua assessoria, Abranet disse, sobre as críticas do presidente da Febraban, que representa eldquo;diversas empresas de emissão de cartões e adquirência que, juntas, têm mais de 70 milhões de clientes de serviços financeiros com mais de 40 milhões de clientes de cartões (crédito, débito, etc)erdquo; e que se coloca à disposição do governo e do BC para colaborar na discussão. erdquo;E, obviamente, temos o direito de questionar e discordar de argumentos divulgados por outras associações, quando esses argumentos não parecem fazer sentido para nós, principalmente quando olhamos os dados das nossas empresas associadas e para o perfil do cliente brasileiro, que tanto necessita do parcelamento sem juroserdquo;, disse a Abranet. eldquo;Neste sentido, nosso diálogo tem sido construtivo, baseado em propostas técnicas e de abertura do mercado. Dados do BC disponíveis em seu site mostram que a taxa de antecipação de recebíveis de cartão para os lojistas está em 1,4% ao mês (com a Selic a 1,1% ao mês), e só chegou neste patamar devido à competição no setor de adquirência. Não conseguimos vislumbrar alguma outra linha de crédito ao lojista ou ao consumidor que seja tão baixa como estaerdquo;, rebateu a Abranet. Histórico A Febraban tem levado para a mesa de negociação o histórico do uso do cartão de crédito que surgiu após o Plano Real, para substituir o cheque pré-datado. eldquo;Essa não é uma simples mudança de meio de pagamento, mas, principalmente, de garantia de crédito e gestão de inadimplênciaerdquo;, afirma Sidney. O risco do não pagamento passou dos comerciantes para os bancos. Com longos parcelamentos, no entanto, o setor bancário pondera que a lógica mudou e houve, segundo a Febraban, um eldquo;desequilíbrio da equação crédito versus inadimplênciaerdquo;. eldquo;Nesse contexto, a relevância da adquirência (maquininhas) é fortalecida, com a oferta da antecipação de recebíveis ao varejo, que sem o ônus da garantia da dívida, amplia o horizonte de parcelamento aos clienteserdquo;, afirma Sidney. Outro argumento que vem sendo usado pelos bancos é o de que a dinâmica de parcelamento sem juros é muito diferente, no Brasil, se comparado a outros países da América Latina, Europa e aos EUA. Há, hoje, segundo a instituição, um eldquo;empilhamentoerdquo; de cartões de crédito entre as famílias, que ficam endividadas. Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o fim do parcelamento sem juros não é uma saída para acabar com o rotativo do cartão de crédito. Ele disse ainda que o padrão de compra do brasileiro é através do pagamento parcelado. Nos bastidores, o ministro da Fazenda tem se mostrado atento aos argumentos dos dois lados, para evitar impacto no consumo. O varejo argumenta que uma limitação no parcelamento sem juros poderia afetar o setor. Já os bancos ponderam que acabar com o rotativo sem mexer em outras variáveis para reequilibrar o risco pode gerar um corte na concessão de cartões que também levaria a um impacto na economia.

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Disputa entre fabricantes chineses derruba preços de carros elétricos compactos no Brasil

A chegada ao mercado brasileiro de carros elétricos compactos, principalmente de fabricantes chineses, tem provocado uma disputa por esse segmento, chamado eldquo;de entradaerdquo;, ou seja, os mais baratos de cada marca. Desde o final de junho, quando foi lançado o BYD Dolphin, os principais concorrentes passaram a reduzir os preços para competir com o modelo. À venda por R$ 149,8 mil, o Dolphin teve 3 mil unidades encomendadas em um mês, segundo a BYD, um recorde para um veículo dessa categoria em tão pouco tempo. Logo após o início das vendas, a JAC reduziu o preço do JS1 de R$ 146 mil para R$ 140 mil e, nesta segunda-feira, 14, promoveu outra redução, para R$ 136 mil. A Caoa/Chery também se apressou e fez duas alterações: na primeira, cortou o preço do iCar em R$ 10 mil, para R$ 140 mil e, no início deste mês, para R$ 120 mil, o que fez do modelo o mais barato no segmento. A marca francesa Renault também reduziu de R$ 150 mil para R$ 140 mil o preço do Kwid E-Tech, que é fabricado pela marca na China. Movimento similar ocorre na própria China onde, por exemplo, a Volkswagen reduziu o preço do ID.3 para disputar vendas com o Dolphin. No Brasil, todos os elétricos são importados, mas a BYD já anunciou investimento de R$ 3 bilhões para produzir automóveis na Bahia, assim como caminhões e ônibus elétricos. A montadora, atualmente a maior fabricante global de veículos elétricos, está muito perto de fechar a compra da fábrica da Ford em Camaçari (BA). O negócio será facilitado após a estratégia de venda da unidade para o governo baiano emdash; anunciada na sexta-feira, 11 emdash;, o que facilitará o negócio que está em negociação há mais de um ano. Além de reduzir o valor do SJ1 pela segunda vez, a JAC também baixou os preços de toda a linha de modelos elétricos à venda no Brasil. Segundo o Grupo SHC, importador da marca, as reduções variam de 3% a 9% e foram alcançadas em razão da variação cambial nos últimos meses e de uma renegociação com a matriz da JAC Motors na China. eldquo;O mercado chinês está extremamente aquecido para a venda de carros 100% elétricos, o que permitiu à JAC Motors aumentar a produção e a economia de escala, o que garante uma redução nos preços de importação. E são esses porcentuais que estamos repassando nos preços finais dos carros, acrescidos da queda no dólarerdquo;, disse em nota Sergio Habib, presidente do grupo brasileiro. Em breve, um novo modelo chegará ao mercado para disputar o segmento de compactos elétricos. A GWM, outra marca chinesa que vai produzir híbridos e elétricos no País, em Iracemápolis (SP), na antiga fábrica da Mercedes-Benz. O ORA 3 deve chegar, segundo analistas do mercado, por preços a partir de R$ 150 mil. Não são só os compactos elétricos eldquo;populareserdquo; que estão caindo de preços. Recentemente, a BMW baixou o preço do Mini Cooper S E em quase R$ 26 mil, e o modelo premium passou a custar R$ 260 mil.

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Raízen fecha 1º tri do ano safra com lucro, apesar da pressão de etanol e diesel baratos

A Raízen, dona da rede de postos Shell, sentiu o impacto negativo da queda dos preços do etanol e da sobreoferta de diesel no mercado brasileiro no primeiro trimestre do ano safra 2023/24. De abril a junho, a companhia teve resultado operacional mais fraco desde a linha da receita, mas com lucro líquido ajustado de R$ 527 milhões, queda de 52% na comparação anual, ajudada pelo reconhecimento de créditos fiscais de R$ 1,1 bilhão. O benefício fiscal nessa magnitude, indicou o comando da companhia, deve ser recorrente nos próximos trimestres.Para ler esta notícia, clique aqui.

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Fecombustível diz que há restrição de entrega de combustíveis em partes do país

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirma que o Brasil enfrenta restrição nas entregas de combustíveis em algumas bases de distribuição para os postos. Porém, apesar da situação, a entidade que reúne os postos diz que não há necessariamente falta de produtos para a ponta final da cadeia (postos e distribuidoras). Segundo a Fecombustiveis, com a alta da cotação do petróleo no mercado internacional - hoje a cotação está em US$ 86 por barril - as refinarias da Petrobras passaram a comercializar combustíveis por custos menores no mercado interno, o que pode ter impactos sobre a importação e para as refinarias privadas do país. eldquo;Com a diferença de valores entre os combustíveis adquiridos no mercado externo e os comercializados pelas refinarias da Petrobras, a janela da importação pode fechar em determinados períodos, eventualmente causando diminuição de produto disponível no paíserdquo;, disse em nota. Apesar de afirmar que não falta combustível no país, a Federação classifica a situação de atípica. eldquo;Os postos de marca própria (bandeira branca) podem ter dificuldade para adquirir combustíveis a preços competitivos em virtude do aumento de custos generalizado por parte das distribuidoraserdquo;, afirmou. Além disso, em uma situação de restrição de combustíveis, explicou a Fecombustíveis, as distribuidoras nacionais priorizam as entregas de produto para os postos da sua rede bandeirada, visando o cumprimento dos contratos. Ou seja, diz a Federação, em alguns locais, pode ocorrer restrições pontuais de fornecimento pelas distribuidoras, principalmente para os postos de marca própria. A Fecombustíveis diz ainda que a ANP informou que os níveis de estoques estão em normalidade. "Conforme a Agência, até o momento, nenhuma distribuidora relatou estar operando abaixo dos estoques mínimos", diz a entidade. Segundo a ANP, até presente data os dados consolidados apresentam níveis regulatórios adequados. Procurada, a Petrobras disse que não reduziu sua oferta de diesel. A companhia está cumprindo integralmente suas obrigações junto às distribuidoras, entregando todo o volume contratado. "Importante destacar que o mercado nacional é atendido por diversos atores além da Petrobras (distribuidoras, importadores, refinadores, formuladores), que produzem e importam combustíveis com frequência e têm plena capacidade de atender demandas adicionais", disse a estatal.

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Gasolina sobe com refinarias privadas; preço do etanol cai em 17 Estados e no DF

Após quatro quedas seguidas a gasolina voltou a registrar ligeira alta na semana passada, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio do litro do combustível ficou 0,2% mais caro, cotado a R$ 5,53. O diesel também aumentou, para preço médio de R$ 5,08 o litro, alta de 1,6% contra a semana anterior. Já o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) recuou 0,39%, com o botijão de 13 kg, o gás de cozinha, registrando preço médio de R$ 100,98 na semana de 6 a 12 de agosto, de acordo com a ANP. Já os preços médios do etanol hidratado caíram em 17 Estados e no Distrito Federal. Refinarias privadas Os preços nos postos refletem aumentos que vêm sendo dados pelas refinarias privadas, enquanto a Petrobras mantém os preços congelados há 90 dias, no caso do diesel, e há 45 dias no caso da gasolina. A expectativa é de que algum reajuste seja feito em breve pela estatal para reduzir a diferença em relação aos preços internacionais. Segundo fontes, o aumento deve ficar abaixo da defasagem. A preocupação com o reajuste da estatal, agente dominante do setor de refino, se dá em um momento em que o diesel está escasso no mercado internacional e, no mercado interno, algumas distribuidoras já restringem o fornecimento do produto. A Petrobras nega qualquer problema de abastecimento, mas analistas afirmam que com janelas fechadas para importação, devido aos preços defasados no mercado interno, a estatal não terá saída a não ser reajustar os preços para não faltar diesel no mercado. Os preços mais altos da gasolina (R$ 7,30/l) e do GLP (R$ 150) foram encontrados no Estado do Amazonas, atendido pela privatizada Ream (ex-Reman), e o diesel mais caro comercializado em São Paulo. Já os preços mais baixos dos três combustíveis foram apurados em São Paulo, com gasolina cotada a R$ 4,58/l; o GLP, a R$ 69,95 o botijão de 13 quilos; e o diesel S10 a R$ 4,27/l. Em relação ao fechamento de sexta-feira, 11, a defasagem de preços nas refinarias da Petrobras era de 28% em relação ao diesel e de 27% na gasolina, de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Para equiparar os preços, a Petrobras deveria reajustar o diesel em R$ 1,18 e a gasolina em R$ 0,90 por litro. Já os preços da Acelen, que controla a única refinaria privada relevante do País, a Refinaria de Mataripe, na Bahia, a defasagem era de 4% e 7%, respectivamente, no mesmo período. A empresa pratica reajustes semanais para a gasolina e o diesel, seguindo a política de paridade de importação (PPI), abandonada pela Petrobras em maio deste ano. Na sexta-feira, 11, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a afirmar que a Petrobras decide seus próprios reajustes e que não haverá interferência do governo para segurar os preços dos combustíveis. Segundo ele, se o petróleo continuar subindo é possível que a estatal eleve seus preços. Dias antes, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já havia afirmado que a companhia estava eldquo;confortávelerdquo; com seus preços, mas que faria reajustes se fosse necessário. Ele destacou, porém, que ainda havia muita volatilidade no preço da commodity. A expectativa do mercado é de que um eventual aumento ocorra entre esta semana e a próxima, dependendo do comportamento do preço do petróleo. Nesta segunda-feira, 11, a commodity do tipo Brent operava em baixa de 0,76%, por volta das 10h, cotado a US$ 86,15 o barril, contra US$ 74 o barril no início de julho. Etanol Os preços médios do etanol hidratado caíram em 17 Estados e no Distrito Federal, subiram em oito e ficaram estáveis em um na semana entre 6 e 12 de agosto. O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol caiu 0,83% na semana em relação à anterior, de R$ 3,62 para R$ 3,59 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 0,87% na semana, de R$ 3,43 para R$ 3,40. A maior queda, de 5,27%, foi registrada no Amapá, onde o litro passou de R$ 5,69 para R$ 5,39 na semana. A maior alta porcentual na semana ocorreu na Bahia, onde o litro do etanol, que custava em média R$ 4,49, passou a custar R$ 4,56 (+1,56%). O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,79 o litro, em São Paulo. O maior preço estadual, de R$ 6,29, foi registrado no Rio Grande do Sul. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,29, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Amapá, com R$ 5,39 o litro. Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País caiu 7,24%, de R$ 3,87 para R$ 3,59 o litro. O Estado com maior alta porcentual no período foi o Amapá, com 2,47% de aumento no período, de R$ 5,26 para R$ 5,39 o litro. A maior queda no mês foi observada em Goiás, de 10,24%, de R$ 3,81 para R$ 3,42 o litro.

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