Ano:
Mês:
article

Com o uso dos carros mudando, novas modalidades de cobertura nos seguros de veículos devem surgir

Durante várias décadas, o seguro de automóveis teve o mesmo desenho. Três garantias diferentes emitidas numa única apólice com o objetivo de cobrir o veículo, danos a terceiros e danos ao motorista e passageiros. Na década de 1970, o seguro de veículos era visto como o patinho feio do mercado. As seguradoras preferiam seguros de incêndio, lucros cessantes, transportes, vida e acidentes pessoais. O seguro de automóveis era um prolongamento do negócio, no qual as seguradoras aceitavam os seguros dos veículos de seus segurados nos chamados ramos nobres. Aí a Porto Seguro, que não conseguia competir com a mesma eficiência nos ramos tradicionais, inovou e criou o seguro de automóveis moderno, com a cara que o conhecemos hoje, erguido a uma das principais carteiras de seguros do mercado brasileiro e ao risco patrimonial mais cobiçado pelas seguradoras. Entre secos e molhados, os avanços foram rápidos. Em 40 anos, o seguro de automóveis conheceu mudanças e inovações que o fizeram um produto especial e essencial, o mais comercializado pelos corretores de seguros. Especial porque através dele aconteceu a mudança de paradigma no mercado. Enquanto, até seu surgimento, as seguradoras priorizavam os seguros mais sofisticados, com ele as seguradoras entraram de cabeça nos seguros de massa, mudando inclusive a composição dos riscos nacionais, que passaram a ficar em boa parte dentro dos limites técnicos das grandes seguradoras. E essencial porque, com a dinâmica da sociedade brasileira, os proprietários de veículos foram pressionados a contratá-lo, em função dos riscos que passaram a ameaçar seus automóveis. Todavia, se o seguro de veículos cresceu dentro do mix de prêmios do País, chegando a representar 35% do faturamento das seguradoras, o desenho de suas coberturas permaneceu o mesmo, com garantias para o casco, para danos a terceiros e para acidentes de passageiros, as mesmas oferecidas já na década de 1970. Mas o uso dos carros mudou. Surgiram veículos movidos por outros combustíveis, seguro para táxis, motos, depois veículos de aplicativos, veículos compartilhados e caminhamos para os veículos autônomos, ou seja, sem motorista. A simples evolução da sociedade já seria suficiente para levar ao aparecimento de novas modalidades de cobertura. Proteção para espelhos retrovisores, vidros e acessórios foram colocadas no mercado, em complemento às garantias tradicionais que deixavam estes equipamentos dentro da franquia. Mas o mercado foi além e desenvolveu novas formas de coberturas para o seguro de veículos. É assim que hoje temos seguros baseados no uso do veículo, no tempo de uso do veículo, nas competências e nas qualificações dos motoristas, nos riscos que o segurado deseja cobrir etc. E a tendência é este leque se abrir cada vez mais, oferecendo ao mercado uma gama cada vez mais diversificada de opções de garantias e capitais segurados. Quem ganha com esses movimentos é o segurado. Claro que as seguradoras estão no negócio para ganhar dinheiro e, se forem bem tocadas, irão ganhar. Mas, de verdade, quem ganha é o segurado, que passa a ter mais opções para suas necessidades específicas. (Por Antônio Penteado Mendonça)

article

TotalEnergies inicia produção de novo campo de gás na Argentina

A TotalEnergies anunciou nesta sexta (20/9) o início da produção do campo de gás natural Fênix, na costa da Terra do Fogo, no sul da Argentina. Com capacidade para produzir 10 milhões de m3/dia, o projeto é uma das fontes de gás natural que a francesa conta para exportar para o Brasil. Fênix e#8203;e#8203;faz parte da concessão CMA-1, operada pela TotalEnergies (37,5%) em sociedade com a Harbour Energy (37,5%) e a Pan American Energy (25%) endash; que também mira oportunidades de envio de gás para o mercado brasileiro. eldquo;Fênix e#8203;e#8203;contribuirá para manter nosso patamar de produção de gás na Terra do Fogo e garantir um fornecimento confiável ao mercado de gás argentinoerdquo;, afirmou o vice-presidente sênior de Exploração e Produção da TotalEnergies para as Américas, Javier Rielo, em nota. A empresa é a maior petroleira estrangeira na Argentina, responsável pela operação de 25% do gás produzido no país. Além da concessão CMA-1, a Total Austral, braço da empresa que atua na área de exploração e produção de óleo e gás na Argentina, também opera cinco blocos terrestres na Bacia de Neuquén, onde se encontra a formação de Vaca Muerta. Total se prepara para exportar gás ao Brasil A companhia já tem autorização do governo argentino para enviar gás do país à comercializadora Matrix Energy, no Brasil, na modalidade interruptível, por um ano endash; de agosto deste ano até o fim de julho de 2025. A Matrix é uma empresa da DXT International e Prisma Capital com experiência no setor elétrico. O governo argentino deu aval para que a petroleira francesa exporte até 1 milhão de m3/dia dos campos operados pela companhia no offshore da Terra do Fogo; e até 1 milhão de m3/dia de gás não-convencional da formação onshore de Vaca Muerta. O preço na fronteira com a Bolívia é de US$ 9,18 o milhão de BTU, segundo dados apresentados no pedido de autorização para exportação. O gás passará pela infraestrutura boliviana de gasodutos até chegar à fronteira com Corumbá (MS). No Brasil, a Total também já conta com o aval da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), para importar gás da Bolívia. Recentemente, o governo da Bolívia publicou um decreto que amplia as competências da estatal YPFB e formaliza, assim, a criação do serviço de trânsito internacional que permitirá o envio de gás argentino ao Brasil, pela malha de gasodutos do país andino. Janela de importação da Argentina à vista O verão 2024/2025 surge no horizonte como a 1ª janela de oportunidade para importação de gás argentino e os agentes do mercado movimentam suas peças no tabuleiro, em busca dos primeiros contratos para testar a integração com o país vizinho. Ao todo, cinco empresas já têm autorização do governo argentino para importar gás do país: a Gas Bridge, Pan American Energy, Tradener, MGás e a Matrix Energy. A Edge, o braço de comercialização da Compass, é outra empresa que está eldquo;acompanhando de pertoerdquo; as oportunidades de importação da Argentina. Do lado dos produtores, Pluspetrol, TotalEnergies, Tecpetrol e Pan American Energy se mobilizam.

article

Indústria global de hidrogênio reporta US$ 75 bilhões em investimentos

A quantidade de projetos globais de hidrogênio de baixo carbono aumentou sete vezes nos últimos quatro anos, saltando de 228 em 2020 para 1.572 em 2024, segundo o mais recente relatório Hydrogen Insights 2024, publicado esta semana pelo Hydrogen Council em parceria com a McKinsey eamp; Company. O Hydrogen Council é uma iniciativa global, liderada por CEOs, que reúne mais de 140 empresas de 20 países, incluindo gigantes do setor de energia como Aramco, bp, Equinor, Shell, ExxonMobil e Engie. O valor do capital comprometido seguiu o mesmo ritmo de crescimento, passando de US$ 10 bilhões em 2020 para US$ 75 bilhões em 2024, distribuídos em 434 projetos que já alcançaram a decisão final de investimento (FID). Para Ivana Jemelkova, CEO do Hydrogen Council, o relatório envia uma mensagem clara de que o eldquo;hidrogênio está acontecendoerdquo;. eldquo;Agora que o hidrogênio é uma realidade na transição energética, é hora de impulsionar significativamente mais investimentos até 2030 para atingir nossas metas de meados do séculoerdquo;. O relatório aponta um aumento de 90% nos investimentos em projetos que já passaram pela decisão final de investimento e 30% naqueles em fase de engenharia de detalhamento (FEED). E um aumento de 20% no total de investimentos anunciados até 2030, que passou de US$ 570 bilhões para US$ 680 bilhões. Contudo, o levantamento mostra que projetos adicionais são necessários em toda a cadeia de valor para estarem alinhados com um cenário de emissões zero até 2050. A lacuna total de investimento é ainda de US$ 335 bilhões, 10% a menos em comparação à publicação anterior. Desafios econômicos e regulatórios Apesar do progresso, o setor de hidrogênio enfrenta desafios importantes. Problemas macroeconômicos, como a inflação crescente, taxas de juros em alta e tensões geopolíticas que afetam os mercados de energia, estão impactando o desenvolvimento de projetos, especialmente no que diz respeito ao hidrogênio renovável. O estudo destaca o aumento de custo para energia renovável e eletrolisadores, que levou a atrasos e cancelamentos de projetos. Ao mesmo tempo, algumas incertezas regulatórias que ainda precisam ser definidas seja pela União Europeia, seja pelo programa incentivos públicos dos Estados Unidos, o IRA. Por outro lado, o relatório destaca que o IRA foi responsável por tornar a América do Norte o lar de mais de 90% da capacidade global de hidrogênio de baixo carbono que passou pela decisão final de investimento no ano passado. No total de projetos com FID, a participação da Europa foi reduzida para 40%, embora o número de projetos tenha crescido de 125 para mais de 600. A segunda maior região agora é a América do Norte (20%), seguida pela China e América Latina (10% cada). Sanjiv Lamba, CEO da Linde e co-presidente do Hydrogen Council, ressaltou a importância de um esforço de governos para criar um ambiente regulatório favorável e incentivos direcionados para garantir que mais projetos avancem para a fase de execução. eldquo;Com uma estrutura regulatória de suporte e incentivos direcionados, os investidores terão a certeza de que precisam para mover projetos para FID endash; contribuindo, em última análise, para atingir as metas climáticas globaiserdquo;. Jaehoon Chang, CEO da Hyundai e copresidente do Hydrogen Council, defende que mais ações são necessárias eldquo;para garantir um suprimento de hidrogênio acessível e barato, permitindo a adoção generalizada do hidrogênioerdquo;.

article

Preço do etanol cai em 14 Estados, sobe em 9 e no DF e fica estável em 3 na semana

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 14 estados, subiram em 9 estados e no Distrito Federal e ficaram estáveis em 3 outros nesta semana. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela agência em todo o país, o preço médio do etanol caiu 0,49% na comparação com a semana anterior, para R$ 4,07 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 0,52%, para R$ 3,86. A maior queda percentual na semana, de 3,21%, foi registrada na Bahia, onde o litro passou de R$ 4,67 para R$ 4,52. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,19 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,06, foi registrado em Santa Catarina. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,75, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Ceará, de R$ 5,02 o litro. Etanol x gasolina O etanol seguiu mais competitivo em relação à gasolina em sete estados e no Distrito Federal nesta semana. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tinha paridade de 66,83% ante a gasolina no período, portanto, favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol era mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Acre (68,33%), Goiás (68,49%), Mato Grosso (61,58%), Mato Grosso do Sul (65,25%), Minas Gerais (68,67%), Paraná (68,60%) e São Paulo (65,09%), além do Distrito Federal (69,08%). No restante dos estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. (Estadão Conteúdo)

article

Petróleo cai na sessão, mas fecha semana em alta após corte de taxas do Fed

Os preços do petróleo caíram nesta sexta-feira, mas registraram uma segunda semana consecutiva de ganhos, recebendo apoio de um corte na taxa de juros dos Estados Unidos e de uma queda na oferta norte-americana. Os futuros do petróleo Brent caíram 0,39 dólar, ou 0,52%, a 74,49 dólares o barril. Os futuros do petróleo WTI dos EUA caíram 0,03 dólar, ou 0,4%, a 71,92 dólares. Sinais de uma economia em desaceleração na China, grande consumidora de commodities, deram aos preços um teto. Mas, na semana, ambos os contratos de referência acumularam alta de mais de 4%. Os preços se recuperaram depois que o Brent caiu abaixo de 69 dólares pela primeira vez em quase três anos em 10 de setembro. eldquo;O mercado concluiu que um nível abaixo de 70 dólares, combinado com fundos de hedge mantendo uma crença fraca recorde em preços mais altos de petróleo e derivados, exigiria uma recessão para ser justificada, um risco que o forte corte nas taxas dos EUA nesta semana ajudou a reduzirerdquo;, disse Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank. Os preços subiram mais de 1% na quinta-feira, um dia após a decisão do banco central dos EUA de cortar as taxas de juros em meio ponto percentual. Cortes nas taxas de juros normalmente impulsionam a atividade econômica e a demanda por energia, mas alguns analistas estão preocupados com a fraqueza do mercado de trabalho dos EUA. eldquo;Os cortes nas taxas de juros dos EUA deram suporte ao sentimento de risco, enfraqueceram o dólar e deram suporte ao petróleo esta semanaerdquo;, disse Giovanni Staunovo, analista do UBS. eldquo;No entanto, leva tempo até que os cortes nas taxas sustentem a atividade econômica e o crescimento da demanda por petróleoerdquo;, acrescentou. O Fed projetou mais 50 pontos-base de cortes nas taxas até o final deste ano, um ponto percentual inteiro de cortes no ano que vem e mais uma redução de meio ponto percentual em 2026. (Reuters)

article

O efeito de aprendizado: a oportunidade da energia solar superar os combustíveis fósseis até 2030

O fim dos combustíveis fósseis está próximo? A energia solar está prestes a dominar o mundo e transformar o mercado de energia para sempre! A energia solar está se consolidando como a opção mais acessível e econômica a longo prazo, e um estudo confirma isso para o ano de 2030. Esse avanço não depende apenas da tecnologia, mas também das políticas energéticas e da redução dos subsídios aos combustíveis fósseis. O preço dos painéis solares está diminuindo? A pesquisa, publicada na revista Nature Communications, desenvolveu a hipótese de que ocorrerá o fenômeno conhecido como eldquo;efeito de aprendizadoerdquo;. Uma tecnologia se torna mais barata devido ao seu uso constante. O estudo observou uma redução no custo da energia solar e, como resultado, um aumento de 25% na capacidade instalada. O intervalo estabelecido no relatório abrange os anos de 2010 a 2020, e os pesquisadores acreditam que, em seis anos, se essa tendência continuar, a energia solar se tornará a mais barata, pois os custos de fabricação cairão e, devido à influência do mercado global, se tornará a fonte mais acessível. A realidade dos combustíveis fósseis As energias renováveis estão ganhando espaço sobre os combustíveis fósseis e, inclusive, tornando-se mais lucrativas. No entanto, os subsídios destinados aos combustíveis fósseis são três vezes maiores do que os investimentos em energias renováveis. Segundo o relatório da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), os países membros do G20 destinaram 1,4 trilhões de dólares em fundos públicos para os combustíveis fósseis, contradizendo seus compromissos ambientais. Por isso, a agência afirma que até 2030, será necessário instalar uma média anual de 1.100 GW de capacidade renovável para superar os combustíveis convencionais. Os desafios e a intermitência sazonal na energia renovável Os cientistas identificaram outros impedimentos que podem atrasar a adoção em massa das energias renováveis. Entre os desafios estão a dependência do sol e do vento, o investimento desigual dos países em energias renováveis, e muitos ainda continuarão optando pela queima de carvão. As renováveis não produzem energia constantemente porque dependem das condições climáticas. Portanto, o armazenamento de energia se torna crucial. Em países como a China, isso representa um desafio, e alternativas estão sendo exploradas em outras indústrias, como o uso de baterias de automóveis para armazenamento estacionário. No entanto, a criação de baterias requer a extração de minerais que são cada vez mais escassos, caros e provocam conflitos sociais. Impacto na conta de luz e o autoconsumo Os pesquisadores acreditam que haverá um impacto positivo nas contas de luz, desde que a redução nos custos continue. Recentemente, foi noticiado que o preço da eletricidade poderia cair quase pela metade na Espanha dentro de seis anos. Contudo, isso só ocorrerá se os subsídios aos combustíveis fósseis forem reduzidos e se houver melhorias no armazenamento de energia. O autoconsumo também está em ascensão. Muitas casas já estão adotando diferentes protótipos para instalar painéis solares, seja em varandas ou por meio de pequenos aerogeradores. Além disso, estão sendo desenvolvidas baterias para armazenar o excedente de energia gerado nas residências. Os compromissos climáticos serão cumpridos? De forma geral, os acordos estabelecidos por nações, como o Acordo de Paris ou o Pacto de Glasgow, têm como objetivo limitar o aumento da temperatura do planeta. Embora muitos países tenham se comprometido a reduzir as emissões, ainda estamos distantes das metas. Por exemplo, a China lidera as energias renováveis, mas ainda depende fortemente dos combustíveis fósseis. Da mesma forma, a União Europeia precisa aumentar sua capacidade instalada de renováveis. No entanto, a predominância das energias renováveis não dependerá apenas das políticas climáticas, mas também das dinâmicas futuras do mercado.

Como posso te ajudar?