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Arena do Conhecimento da ExpoPostos discute o papel do etanol na transição energética

Nesta quarta-feira, 11, a Arena do Conhecimento da ExpoPostos, área de apresentações integrada à feira destinada a receber palestras, workshops e apresentações que abordam as novas tendências, tecnologias, leis e regulamentações para postos de serviços e lojas de conveniência, trouxe aos presentes diversas palestras que trataram de temas relevantes, dentre os quais, os painéis eldquo;Energia do Futuroerdquo; e o canal de conveniência na visão da indústria. A importância da transição energética, de uma matriz de combustíveis fósseis para renováveis, por exemplo, foi um dos temas explanados, e ganhou destaque a partir de iniciativas que estão sendo desenvolvidas pela Raízen (Joint-Venture entre a Shell e a Cosan), marca que representa o grupo Shell no Brasil. Ricardo Berni, diretor de Marketing e Digital da Raízen, destacou em sua explanação que a Shell tem investido significativamente em um combustível limpo de segunda geração. eldquo;Um dos princípios estratégicos da nossa empresa é o processo de transição energética e a busca por fontes renováveis e a Shell tem feito isso através do que chamamos de E2G endash; Etanol de Segunda Geração, o qual é produzido a partir do bagaço da cana-de-açúcarerdquo;, explica. De forma paralela ao painel sobre eldquo;Energia do Futuroerdquo; ocorreu a apresentação sobre Dados e Tecnologia: a nova era digital dos postos. Durante a explanação, Renato Mascarenhas, da Endered, ressaltou a importância da integração diretamente na bomba e explicou que eldquo;o avanço tecnológico mostra que é importante fazer controles, fazer gestãoerdquo;. No painel, "O canal de conveniência na visão da indústria", importantes líderes do setor, como André Lopes (Nestlé), Carolina Miyaki (BAT), Bruno Carvalho (Monster), Glauber Marinho (Coca-Cola), Igor Guerra (Mondelez), Luiza Gatti (Redbull) e Rodrigo Caldas (Heineken), discutiram os resultados recentes e as perspectivas para o futuro das lojas de conveniência. Os especialistas trouxeram insights sobre as tendências e estratégias que impulsionarão o crescimento do segmento no próximo ano. Glauber Marinho, da Coca-Cola, destacou o crescimento expressivo do setor no pós-pandemia: "Antes da pandemia, tínhamos 800 lojas de minimercados de condomínios e empresas, agora já ultrapassamos a marca de 12 mil. Este conceito de loja está ganhando força e transformando a experiência do consumidor." Os desafios enfrentados pela indústria de cigarros, especialmente com o aumento do preço mínimo, foram pontos destacados por Carolina Miyaki, da BAT. "O cenário atual força o consumidor a reavaliar suas escolhas de marca, o que nos coloca diante de novos desafios e oportunidades." Rodrigo Caldas, da Heineken, comentou sobre o consumo imediato e a competitividade dos preços: "O mercado de conveniência exige cada vez mais que ofereçamos soluções de consumo rápido, mantendo preços atrativos e acessíveis." Para Berni, eldquo;a marca que vai ser eternamente lembrada precisa estar conectada com a atualidade e a Shell, ao se atentar à eldquo;Energia do Futuroerdquo;, tem feito isso sem aumentar um hectare sequer, o que está em linha com a diretriz da companhiaerdquo;, observa, destacando que eldquo;a empresa está vinculada ao varejo de combustíveis com os postos e já são mais de oito mil pontos na América Latina, sendo seis mil no Brasil e, por isso, a Shell precisa garantir, especialmente no varejo, o melhor atendimentoerdquo;, conclui. André Lopes, da Nestlé, enfatizou a importância de ampliar o foco nas bebidas quentes e no segmento de food service: "Estamos vendo uma competição acirrada, e as lojas de conveniência estão cada vez mais se posicionando como hubs de alimentos e bebidas." O crescimento no mercado de energéticos foi celebrado por Luiza Gatti, da Redbull. "Nos últimos anos, as vendas de RedBull aumentaram 22%, com uma expansão de 16% no consumo geral de energéticos. Mas ainda temos um grande potencial a ser enfrentado, já que oito em cada 10 pessoas ainda não consomem energéticos." Bruno Carvalho, da Monster, reforçou o papel do Brasil como um mercado em expansão: "O Brasil é o país que mais cresce em termos de consumo de energéticos, e isso abre inúmeras oportunidades para inovarmos e expandirmos." Por fim, Igor Guerra, da Mondelez, abordou a importância da exposição de produtos e do gerenciamento por categorias: "A correta organização nas prateleiras é essencial para impulsionar vendas e garantir uma experiência eficiente para o consumidor." Simultaneamente acontecia o painel "Eletricus - Infraestrutura de recarga para veículos elétricos - Desafios e oportunidades para postos de combustíveis", Evandro Mendes discutiu as mudanças que a mobilidade elétrica traz para o setor de combustíveis. O debate focou nos desafios e nas oportunidades para a infraestrutura de recarga, com ênfase em como os postos podem se adaptar a essa nova realidade em expansão.

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Petrobras inicia procedimentos para operar a maior unidade de gás natural do País

A Petrobras iniciou os procedimentos para a entrada em operação da maior unidade de processamento de gás natural (UPGN) do País, localizada em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. No estágio atual, estão sendo realizadas as etapas finais de preparo da UPGN, com a calibração de processos e equipamentos. Nessa fase, o gás ainda não é disponibilizado para o mercado. O início das operações comerciais está previsto para a primeira quinzena de outubro. A estatal ainda informa, em comunicado, que a unidade receberá gás do pré-sal da Bacia de Santos, transportado por meio do gasoduto Rota 3, que também iniciará operação. eldquo;O Projeto Integrado Rota (PIR3), do qual faz parte a UPGN, é estratégico para a Petrobras, pois possibilitará o aumento da oferta de gás natural ao mercado brasileiro, com rentabilidade para a companhiaerdquo;, afirma. A empresa ainda informa que passou a nomear o Polo Industrial de Itaboraí, onde está instalada a UPGN, como Complexo de Energias Boaventura, em referência ao Convento São Boaventura, localizado dentro do polo industrial. O Complexo será inaugurado nesta sexta-feira, 13. Além do gasoduto implantado para o escoamento de gás natural e da UPGN, a estatal informa que está trabalhando em outros projetos no Complexo, como duas termoelétricas a gás para participação nos leilões previstos pelo setor elétrico, e ainda prevê construir outras unidades de refino para produção de combustíveis e de lubrificantes. Após a conclusão das obras de todo o Complexo, o conjunto de unidades terá capacidade aproximada de produzir 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes de Grupo II, 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1). A planta vai operar em sinergia com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc).

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Câmara aprova 'combustível do futuro' sem 'jabuti' de R$ 24 bi; projeto vai à sanção

A Câmara aprovou nesta quarta-feira, 11, o projeto de lei do combustível do futuro, em votação simbólica, sem o eldquo;jabutierdquo; (item sem relação com o conteúdo original) que havia sido incluído no Senado com benefícios para a geração de energia solar. O texto vai agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com cálculo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o custo do eldquo;jabutierdquo; que acabou rejeitado seria de R$ 24 bilhões até 2045, embutido nas contas de luz por meio da Conta de Desenvolvimento Econômico (CDE). Um destaque para incluir novamente essa medida no projeto chegou a ser apresentado, mas foi retirado no plenário. Na terça-feira, 10, o relator na Câmara, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), havia antecipado ao Estadão a sua posição contrária ao eldquo;jabutierdquo;. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira que a medida era motivo de eldquo;desgostoerdquo; para ele e reforçou que o governo trabalharia para retirar esse trecho do projeto. O combustível do futuro, de autoria da Câmara, foi aprovado no Senado no último dia 4. Como sofreu alterações, voltou para análise dos deputados, que mantiveram algumas das mudanças dos senadores e rejeitaram outras, com o eldquo;jabutierdquo; da energia solar. O eldquo;jabutierdquo;, incluído no Senado de última hora por meio de uma emenda do senador Irajá (PSD-TO), ampliava de 12 para 30 meses o prazo eldquo;para que os minigeradores iniciem a injeção de energia, independentemente qualquer fonteerdquo;. Na prática, a alteração permitiria que mais pessoas com painéis solares recebessem benefícios previstos no marco legal da geração distribuída. O combustível do futuro faz parte da chamada eldquo;agenda verdeerdquo; abraçada pelo Legislativo com o objetivo de tornar o País mais sustentável do ponto de vista ambiental e ampliar as fontes renováveis de energia. O texto prevê uma série de iniciativas para fazer com que o Brasil reduza a emissão de carbono e, dessa forma, cumpra metas internacionais, como as que estão previstas no Acordo de Paris. Repercussão da Frente do Biodiesel A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel comemorou a aprovação da proposta. eldquo;A lei irá garantir a segurança jurídica e previsibilidade para a indústria nacional, bem como desenvolvimento do mercado de biocombustíveis de maneira geral. o aumento da produção do biodiesel impulsiona não só a economia endash; com geração de empregos de qualidade e renda endash;, mas também gera efeitos positivos em termos sociais, ambientais e de saúde públicaerdquo;, disse a FPBio, em nota. eldquo;Além disso, a lei irá impulsionar a cadeia de carnes e derivados pelo efeito indireto de maior oferta de farelo de soja, que é essencial na produção de ração e melhoria da qualidade de vida com a redução da poluição ambientalerdquo;, diz outro trecho da nota divulgada pela frente parlamentar. O projeto propõe o aumento da mistura do biodiesel ao óleo diesel e eleva o porcentual mínimo obrigatório de etanol na gasolina. Também cria os programas nacionais de combustível sustentável de aviação (SAF), diesel verde e biometano, além do marco legal de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono. A proposta inclui ainda a integração entre as políticas públicas RenovaBio, o Programa Mover e o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). Embate da Petrobras com o agro No Senado, o relator, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), manteve os principais pontos da versão aprovada inicialmente na Câmara. Após um embate entre o setor de petróleo e o agronegócio, ele não incluiu na proposta o diesel verde R5, fabricado pela Petrobras, e manteve o mandato de até 10% de biometano ao gás natural. Foi mantida também a centralização das análises de prováveis incrementos das misturas dos biocombustíveis aos combustíveis fósseis sob responsabilidade do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). De acordo com a lei, a mistura de biodiesel ao óleo diesel deverá alcançar 20% até 2030 e poderá atingir 25% a partir de 2031, em porcentuais a serem definidos pelo CNPE. O novo marco legal amplia ainda a adição de etanol à gasolina tipo C, de 27% para 35%. O CNPE deverá considerar os custos ao preço final dos produtos ao consumidor e os benefícios para adição dos biocombustíveis aos combustíveis fósseis, além da disponibilidade de oferta de cada biocombustível, hoje obrigatoriamente em 27% de etanol na gasolina e de 14% do biodiesel ao óleo diesel. O CNPE também será responsável por definir anualmente qual será a participação mínima obrigatória de diesel verde ao óleo diesel ou HVO (fabricado a partir de óleos vegetais) de forma agregada em todo o território nacional, com porcentual máximo obrigatório de 3%. O projeto de lei prevê ainda a criação de um programa com metas anuais de redução de emissões de gases de efeito estufa no mercado de gás natural a partir do biometano, a serem definidas pelo CNPE, com adição de 1% de biometano ao gás natural a partir de janeiro de 2026 a um teto de até 10%. As metas serão facultativas ao volume de biometano disponível no mercado nacional. Para o SAF, o senador estabeleceu metas porcentuais de 2027 a 2037 para os operadores aéreos reduzirem as emissões de gases relacionados ao efeito estufa em suas operações domésticas, podendo ser passível de alteração pelo CNPE por motivo justificado de interesse público.

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Há bons argumentos para manter ou subir os juros, e o mais importante é que decisão seja unânime

O Banco Central tem dois caminhos para combater a inflação: manter a taxa Selic parada em 10,5% ao ano por um tempo bastante prolongado ou começar um ciclo de alta nesta ou na próxima reunião, para cortar a taxa mais rapidamente, depois. Há bons argumentos técnicos para as duas estratégias e qualquer que seja a decisão do Copom na próxima semana, o ideal é que ela seja unânime. Ainda que cada diretor tenha o direito de decidir pela própria análise de cenário, o senso de unidade entre os nove membros do colegiado reforçaria a mensagem de que o caminho escolhido é o melhor para o País. A deflação de 0,02% em agosto, divulgada ontem pelo IPCA, tornou a decisão um pouco mais difícil, pela pressão política que aumentou sobre o Banco Central e pelo barulho provocado nas redes sociais. A ideia endash; equivocada endash; é de que, se houve deflação em um mês, não há motivos para alta dos juros. A visão do BC, no entanto, é de longo prazo, e não restrita apenas a um único indicador. Entre os economistas que defendem o aperto monetário, há o entendimento de que as expectativas de inflação para os próximos anos estão distantes da meta de 3%, e isso significa que a própria reputação do BC está em jogo. Afinal, se ninguém aposta em inflação na meta, é porque ninguém acredita que o Copom fará o que for necessário para cumprir o seu objetivo. Além disso, há uma transição na presidência do Banco, e um ganho de credibilidade agora para a nova diretoria se estenderia por todo o mandato de quatro anos. Entre os que entendem que é possível manter a Selic em 10,5% ao ano endash; a minoria do mercado endash;, a visão é de que os juros reais no País já estão altos demais, e espera-se uma desaceleração da economia nos próximos trimestres. Desse modo, a Selic parada em 10,5% ao ano seria suficiente para trazer a inflação para a meta, sem desestabilizar o mercado de crédito para vários setores importantes da economia, como o financiamento imobiliário, automotivo e grandes obras de construção civil. Nas próximas semanas, é possível que a Petrobras reduza o preço dos combustíveis, pela forte queda do preço do petróleo. Mas haverá aumento de preços com energia elétrica, pelo acionamento da bandeira vermelha, e também dos alimentos, pela seca que atinge o País. O risco de a inflação estourar o teto de 4,5% vem aumentando. Com o PIB forte e o desemprego em queda, se a Selic subir, não será o fim do mundo. Se ficar parada, também pode dar certo, desde que bem explicada e sem divisão entre os diretores do colegiado do Banco. (Por Alvaro Gribel)

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Ministro da Integração prevê impacto da seca na produção de combustível

O ministro de Integração Nacional, Waldez Góes, afirma que o governo trabalha com o cenário de que o auge da crise provocada pela seca e pelas queimadas ocorra entre o final de setembro e o início de outubro, período em que deve haver estabilização da situação em um patamar mais grave que o que já enfrentado atualmente. Um dos impactos analisados é na produção de combustível, o que já levou à criação de um plano de contingência com navios. emdash;Ainda haverá um agravamento e com uma estabilizada numa situação pior, impactando outras regiões da Amazônia, como baixo Amazonas e Amapá emdash; disse Góes ao GLOBO. O governo também já leva em conta a possibilidade de que a falta de chuvas leve ao comprometimento do funcionamento da Hidrelétrica de Santo Antônio, localizada no Rio Madeira, em Porto Velho (RO), e também traga impacto no funcionamento da produção de gás e óleo no Polo Urucu, localizado na Amazônia emdash; o óleo é usado na produção de gasolina. Enquanto o gás é transportado por gasodutos, a logística do óleo é feita por barcaças que estão com sua navegabilidade comprometida pela baixa dos rios. O ministro afirma que o governo já planeja movimentar grandes navios para região na tentativa de evitar o desabastecimento de combustível, que, num cenário pessimista, poderia comprometer a cidade de Manaus, capital do Amazonas. Góes integrou o grupo de ministros que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na visita a comunidades isoladas pela estiagem no interior do Amazonas nesta terça-feira. emdash;É um problema que vai se espalhando. Se tivermos tudo bem planejado, ainda assim vamos enfrentar dificuldades hercúleas. A crise não acontece ao mesmo tempo em todas as áreas. Tem características diferentes no Acre, Roraima, Rondônia, Amazonas. Autoridade Climática será criada Pressionado a dar respostas contra a crise climática que passou a ter efeitos em várias regiões do país, Lula anunciou, em visita ao Amazonas, que vai criar uma Autoridade Climática para enfrentar as tragédias provocadas pelas mudanças nas condições ambientais do Planeta. A criação da nova estrutura era uma promessa de campanha assumida por Lula no momento da adesão de Marina Silva, atual ministra do Meio Ambiente, à sua candidatura em 2022. O presidente também anunciou investimento de R$ 500 milhões em intervenções de dragagem nos rios do estado do Amazonas, para facilitar a navegação em meio à estiagem. Também foi prometida a pavimentação de um trecho de 20 quilômetros da rodovia BR-319, ao custo de R$ 157,5 milhões.

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Etanol: volume negociado na semana é o 2º menor na safra 24/25

A safra de cana-de-açúcar 2024/25 caminha cheia de incertezas, relacionadas especialmente ao volume a ser processado e às produções de açúcar e de etanol, por conta dos impactos da seca e de incêndios no final de agosto. As informações partem de levantamentos do Cepea. Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no WhatsApp! Na última semana, a demanda por hidratado esteve baixa, resultando no segundo menor volume do biocombustível comercializado por usinas paulistas na temporada 2024/25, conforme apontam as pesquisas. Dessa forma, entre 2 e 6 de setembro, o Indicador Cepea/Esalq do hidratado fechou em R$ 2,5081/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 1,88% frente ao do período anterior. Já para o anidro, o indicador subiu 0,65%, a R$ 2,9358/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins).

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