Ano:
Mês:
article

Ministro do TCU determina que órgão continue monitorando abastecimento de diesel no País

O Tribunal de Contas da União (TCU) informou nesta quarta-feira, 16, que o ministro Augusto Nardes determinou que o órgão continue fiscalizando o abastecimento de diesel no País, tendo em vista a nova política de preços implementada pela Petrobras neste ano. Segundo a nota, a mudança eldquo;tem sido apontada como causa dos recentes desabastecimentos de óleo diesel verificados em algumas regiões do país.erdquo; eldquo;Tendo em vista a nova política de preços implantada em 2023 pela Petrobras, a qual tem sido apontada como causa dos recentes desabastecimentos de óleo diesel verificados em algumas regiões do país, o ministro Augusto Nardes, relator do processo, determinou que o monitoramento fosse continuado ao longo deste anoerdquo;, informou o TCU em nota. Segundo o Tribunal, para o ministro Nardes, a continuidade do acompanhamento se eldquo;justifica devido a duas iniciativas regulatórias adotadas pelo governo anterior que ainda se encontram em andamento, bem como possíveis impactos da nova política de preços a ser adotada pela Petrobraserdquo;. O ministro foi relator do processo que acompanhou ações governamentais adotadas para garantir a segurança no abastecimento de derivados de petróleo em virtude da guerra da Ucrânia. eldquo;Diante de rumores de riscos elevados de escassez global do óleo diesel e consequente desabastecimento do mercado interno brasileiro, o TCU acompanhou, até o final daquele ano, as medidas adotadas pelo governo federal para garantir o abastecimento desse combustível no país. A partir desse monitoramento, o TCU fomentou a articulação entre os órgãos envolvidos e a adequada gestão do risco de desabastecimento.erdquo;

article

Reajuste da gasolina foi para evitar que Petrobras perca dinheiro, diz presidente da estatal

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta terça-feira (16) que o aumento no preço dos combustíveis foi realizado para ajustar a operação da estatal à realidade do mercado internacional e evitar que a empresa perca dinheiro. Nesta terça (16), a estatal anunciou o aumento de 16,2% na gasolina, ou R$ 0,41 por litro, para R$ 2,93. Já reajuste do diesel foi de 25,8%, ou R$ 0,78 por litro, para R$ 3,80. Prates disse que, levando em consideração o cenário internacional, o reajuste teria que ser ainda maior, mas que a empresa conseguiu um percentual abaixo desse crescimento por ter condições especiais em sua produção. "Corríamos o risco de começar a perder dinheiro [se mantivéssemos o preço como estava] e nós não aceitamos isso", afirmou ele, na Comissão de Infraestrutura do Senado. Ele afirmou que a manutenção dos preços nos últimos dois meses ocorreu mesmo com variações nas cotações do mercado internacional. Mas que a situação se alterou recentemente, com o valor internacional atingindo um "patamar novo", uma vez que o preço do petróleo cru subiu de dois a quatro pontos percentuais desde o final de julho. Prates defende que isso acontece ainda pelos efeitos da guerra da Ucrânia, mas também pelo aquecimento das economias de Estados Unidos e China e, principalmente, por novas estratégias da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). "Nem a gente está perdendo dinheiro, nem a gente está descontando [o custo] no brasileiro. No nosso túnel de volatilidade entre o preço mais baixo e o preço mais alto, estamos ficando dentro dessa margem", disse. Prates reconheceu que a Petrobras tem um peso importante na definição do valor em que o combustível é comercializado no Brasil, mas que o preço final depende de diversas outras influências. "A Petrobras faz seu próprio preço, não faz o preço do Brasil", disse. "O mercado brasileiro é alvo de operadores internacionais, as tradings trazem óleo de todas as refinarias do mundo, então em tese estamos competindo com todas as refinarias do mundo." Prates afirmou após a audiência que a Petrobras conversa constantemente com União e estados para administrar o possível pagamento de passivos judiciais, mas disse que isso não significa fazer acordos como quem compra ou vende algo. "A Petrobras negocia, trabalha, e não é negociação como quem compra ou vende alguma coisa. É um trabalho, estudo, coletivo. Com várias entidades fiscais, em várias instâncias nacionais. União, estados, municípios. O tempo todo. Tem processos administrativos, judicias, há partes controversas, outras não", disse. "O que estamos fazendo na gestão nova é fazer um trabalho de procurar essas autoridades fiscais e ver como a gente pode resolver de forma mais produtiva, para os dois lados. Isso não é um acordo. Não é uma coisa de sentar com o ministro, fazer um acordo e resolver o problema em dois minutos, ou prometer uma meta de arrecadação. Não tem absolutamente nenhuma coerência, nenhum fundamento, isso não aconteceu", afirmou.

article

Petróleo fecha em queda com temores sobre economia chinesa

Os preços do petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira (16), apesar de um grande recuo nos estoques de petróleo dos Estados Unidos, diante de preocupações de investidores com a economia da China. O petróleo Brent caiu US$ 1,44, ou 1,7%, para US$ 83,45 o barril, enquanto o petróleo nos EUA (WTI) caiu US$ 1,61, ou 2%, para US$ 79,38. Ambos os preços de referência caíram mais de 1% na sessão anterior, para o nível mais baixo desde 8 de agosto. Os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram quase 6 milhões de barris na semana passada devido a fortes exportações e taxas de utilização de refinarias, apesar da produção de petróleo ter atingido seu nível mais alto desde que a pandemia de coronavírus dizimou o consumo de combustível, mostraram dados da Administração de Informação de Energia (AIE) dos EUA nesta quarta-feira. "A queda desta semana simplesmente compensou o aumento inesperado de 6 milhões de barris da semana passada e, olhando para a próxima semana, podemos ver um declínio acentuado nas exportações que provavelmente levará a um aumento de estoque contra-sazonal", disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates LLC em Galena, Illinois. O petróleo também caiu junto com ações depois que a divulgação das atas do Federal Reserve mostrou que os funcionários do banco central estavam divididos sobre a necessidade de mais aumentos nas taxas de juros em sua última reunião. Taxas de juros mais altas aumentam os custos de empréstimos para empresas e consumidores, o que pode desacelerar o crescimento econômico e reduzir a demanda por petróleo. (Reuters)

article

Alta dos combustíveis deve abastecer dividendos e pode levar a salto de 40% das ações

Analistas do Bradesco BBI passaram a ver a ação da Petrobras (PETR4) atrativa para compra. A casa elevou a recomendação dos papéis da estatal, com um preço-alvo de R$ 38, de olho no alto potencial de retorno após acontecimentos recentes. A mudança de rating ocorre após o anúncio de reajuste dos preços da gasolina e do diesel, com aumentos de 16,3% e 25,8%, respectivamente. O BBI enxerga como grandes as chances de que a maior parte do aumento nos combustíveis se traduza em dividendos. eldquo;O CFO da companhia [Sérgio Leite] já afirmou que o aumento dos investimentos para o plano de cinco anos deve ficar próximo a US$ 8 bilhões e, mesmo que o aumento seja maior, esperamos que seja em grande parte retroativoerdquo;, destacam os analistas Vicente Falanga, do BBI, e José Cataldo, da Ágora Investimentos, em relatório divulgado nesta quarta-feira (16). Salto das ações Após os aumentos eldquo;surpreendentes e robustoserdquo; dos combustíveis, a equipe de análise avalia um retorno total potencialmente ultrapassando 30% ou até 40% para as ações da Petrobras em 2024. eldquo;Isso é muito atraente, especialmente em um mercado muito difícil e volátil, e de juros em quedaerdquo;, defende o BBI. Com a elevação dos preços dos combustíveis, o retorno via dividendos da estatal pode variar de 17% a 27% em 2024, a depender do pagamento extraordinário, o que é um patamar bem acima da média global da indústria, reforça a instituição. Segundo o BBI, qualquer acordo com o governo para liquidar passivos fiscais pode ser um risco para os dividendos. Analistas destacam, no entanto, que tal acordo precisaria ser aprovado pelos conselheiros minoritários. eldquo;Além disso, o alto rendimento esperado agora é tão robusto que vemos bastante proteção para esse riscoerdquo;, completa a corretora.

article

Petrobras (PETR4) não repetirá erros do passado em preços de combustíveis, diz CEO

O presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, reforçou que não há interferência do governo federal em relação a reter ou reajustar o preço dos combustíveis. O executivo afirmou que conversa regularmente com o presidente Luiz Inácio da Lula e com ministros, e que o diálogo aberto com o governo não se traduz em decisões artificiais de precificação. eldquo;O presidente Lula nunca prometeu que não haveria aumento de combustível no Paíserdquo;, afirmou Prates durante audiência pública conjunta das Comissões de Serviços de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional do Senado Federal. Segundo Prates, a promessa do governo em relação ao preço dos combustíveis durante a campanha era trazer uma política que pudesse controlar a volatilidade no mercado, bem como um avanço na eficiência do processo de precificação, o que se traduziu no discurso de eldquo;abrasileirar os preçoserdquo;, ou seja, decidir os valores dos combustíveis considerando a realidade operacional no País, algo que não acontecia antes, de acordo com ele. O executivo mencionou que a Petrobras não tem poder de decisão sobre os preços no Brasil, pois é definido pelo livre mercado, apontando a concorrência da estatal com a iniciativa privada, embora tenha reconhecido a influência da petroleira. Prates defendeu que a política de preços da Petrobras é transparente. E se queixou das críticas que a estatal recebe em relação à falta de detalhes sobre os critérios de precificação dos combustíveis. Sem cometer erros do passado Prates disse que a Petrobras não repetirá erros do passado relacionados a preços de combustíveis e contratações de obras. O executivo reiterou em audiência no Senado que não há interferência do governo na decisão de ajustes de preços de combustíveis e que a companhia decidiu elevar valores a partir desta quarta-feira para não correr risco de ter prejuízo. eldquo;Nós não vamos repetir erros do passado, nem em relação a contratação, nem em relação a obras, nem em relação a gestão dos preços dos combustíveiserdquo;, disse Prates, ao participar de audiência nas Comissões de Infraestrutura e Desenvolvimento do Senado. Em gestões passadas, a Petrobras amargou bilhões de dólares em prejuízos ao vender combustíveis no Brasil por preços abaixo dos praticados no mercado externo emdash; em momentos de forte demanda por importação emdash; a pedido do governo como forma de controlar a inflação. Prates vem liderando uma nova estratégia comercial na qual a companhia não está mais obrigada a praticar Preços de Paridade de Importação (PPI), como estava em anos mais recentes, mas que também promete não causar prejuízos para a empresa como no passado. eldquo;Essa política (de preços) não é igual a de governos anteriores, absolutamente, estamos na ponta dos dedos entre valor marginal e custo alternativo do cliente e fizemos o ajuste (anunciado na véspera) para justamente levar o preço que estava começando a tender a desgarrar do nosso túnel de volatilidadeerdquo;, afirmou Prates.

article

Os 8% de defasagem restantes no preço da gasolina

A defasagem do diesel com os preços do combustível da Rússia, país de onde o Brasil mais importa o combustível hoje, foi praticamente zerada com o reajuste anunciado ontem pela Petrobras. Mas no caso da gasolina, resta ainda uma diferença de 8,4% para as cotações internacionais, segundo cálculo da consultoria Stone X. Isso vai se transformar em mais reajuste? Para o responsável pela análise de petróleo e gás da consultoria, Smyllei Curcio, é pouco provável que isso aconteça se houver uma alta pequena do combustível no mercado internacional. Diferentemente do diesel, o Brasil importa pouca gasolina, o que dá à Petrobras um pouco mais de margem para segurar pressões de alta. E o reajuste de ontem foi forte. Ele lembra que, até segunda, um dia antes do anúncio, a defasagem da gasolina estava bem maior, em 26%. - Não esperaria grandes reajustes da gasolina pela Petrobras daqui para a frente. Isso porque o Brasil não importa muito o combustível, diferentemente do diesel endash; avaliou ao blog. - A Petrobras consegue segurar se a cotação não subir muito lá fora. Mas o cenário muda se houver uma nova abertura muito forte na defasagem. Por mais que se diga que o governo não seguirá mais o PPI (paridade de preços internacionais), é difícil não olhar o mercado internacional. No caso do diesel, a Stone X calcula que a defasagem em relação ao petróleo russo, que é de onde o país mais importa atualmente, ficou em apenas 0,8%. - Tudo indica que a premissa da Petrobras foi zerar a defasagem com o diesel russo. Daqui para a frente, há dois fatores principais que devem influenciar na cotação do petróleo no mercado internacional. Por um lado, os países produtores de petróleo trabalham com um cenário de redução de estoques. Com menos da commodity disponível, os preços tendem a subir. Mas por outro lado a China dá sinais de que seu crescimento econômico deste ano será bem mais modesto do que o imaginado, retirando da mesa uma demanda importante.

Como posso te ajudar?