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Preços do petróleo caem ao menor patamar em um ano com percepção de EUA a caminho da recessão

Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão em queda firme, para os menores níveis em um ano, depois que dados mostraram que os estoques de gasolina dos Estados Unidos subiram bem mais do que o esperado e a despeito da queda do dólar, que normalmente dá apoio aos preços. O fato acontece ao mesmo tempo que aumenta a percepção de que o país está a caminho de uma recessão - o que colocaria em risco a demanda pela commodity - enquanto agentes do mercado se preparam para a reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), que acontece semana que vem. No fim das negociações, os preços dos contratos para fevereiro do Brent, a referência global, terminaram em queda de 2,8%, a US$ 77,11 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os preços dos contratos para janeiro do WTI, a referência americana, caíram 3,00%, a US$ 72,01 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), no menor preço desde o início do ano. Mais cedo, foi divulgado que os estoques de gasolina subiram bem mais do que o esperado, aumentando 5,319 milhões de barris, enquanto a estimativa dos economistas era de alta de 1,5 milhão de barris, totalizando 219 milhões de barris, conforme apontou o Departamento de Energia do país na tarde de hoje. Já os estoques de petróleo caíram 5,186 milhões de barris na semana passada, terminada em 2 de dezembro. eldquo;Em última análise, os movimentos nos mercados de petróleo dependem de várias partes móveis, e é por isso que vemos tanta volatilidade, mas a tendência tem sido negativa por várias semanaserdquo;, avalia o analista de mercado da Oanda, Craig Erlam. eldquo;A questão é quanto mais fraco ele ficará antes que a Opep entre em ação mais uma vezerdquo;, completa. Ao fim da tarde, o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, operava em queda de 0,38%, aos 105,172 pontos.

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Com direito à reaparição de Bolsonaro nas redes, queda da gasolina terá limitação sobre etanol

O presidente Jair Bolsonaro reapareceu nas redes sociais para comemorar a queda de R$ 0,20 no litro da gasolina e de R$ 0,40 no diesel, em movimento da Petrobras (PETR4) que não chamou diretamente de elsquo;seuersquo; na mensagem, mas não lembrará aos consumidores de etanol que a volta do PIS/Cofins sobre os combustíveis é obra sua. Ele deixará a presidência e os impostos federais voltam a partir de 2 janeiro, depois de zerados por Medida Provisória do Executivo em junho, com potencial para voltar a tirar competitividade da gasolina. Com isso em vista, a redução do preço do combustível fóssil nas refinarias da Petrobras, a partir desta quarta (7), exercerá poder limitador nas baixas esperadas do etanol hidratado. As usinas deverão moderar os preços às distribuidoras, isso se houver, por parte delas, a necessidade de buscar maior competividade frente à gasolina. Paulo Strini, do grupo comercializador Triex, acredita nesta tendência de cautela, depois que os preços nas indústrias já haviam cedido bem na semana passada, 1,20% (R$ 2,77,57), seguindo duas semanas anteriores também em redução, em levantamento do Cepea. Martinho Ono, da SCA Trading vai na mesma linha, se dizendo surpreso com a redução da estatal já que o petróleo segue em muita volatilidade, cenário no qual a companhia sempre se disse avessa a conduzir reajustes em qualquer direção. Ele ainda a possibilidade de limitação nas indústrias de etanol às chuvas, na medida em que já há um atraso e várias usinas continuam operando quando o normal é praticamente fim das operações nesta época do ano. A safra seguinte também fica no radar do clima durante a entressafra e combinará com a subida ao cargo do presidente Lula e a expectativa se ele vai reeditar a MP dos tributos federais ou manter a decisão do presidente que sai.

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Etanol está menos competitivo que a gasolina em todo o Brasil

Na semana passada, o etanol não era competitivo em relação à gasolina em nenhum dos 26 Estados ou o Distrito Federal. Conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas, referente à semana passada, na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 76,54% ante a gasolina, portanto desfavorável ante o derivado do petróleo. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. (Estadão Conteúdo)

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Inmetro credencia a primeira certificadora digital para produtos do Brasil

Hoje (6/12) o Inmetro dá mais um passo no processo de adoção da certificação digital para bombas de combustíveis. O Instituto entrega a chave criptográfica à primeira autoridade certificadora (AC) de 2º nível para objetos do Brasil, a empresa Soluti. Ao destacar que o Inmetro trabalha focado no desenvolvimento da qualidade no Brasil, Marcos Heleno Guerson, presidente do Instituto, sublinhou que dentro do contexto da transformação digital, a certificação de bombas de combustível trará mais confiança para a sociedade como um todo. eldquo;É um avanço para o Brasil. A assinatura digital, inclusive, torna as tentativas de fraudes muito mais caras em função da estrutura robusta da tecnologiaerdquo;, enfatizou. Além da assinatura digital, as bombas de combustível terão interface metrológica bluetooth. O aplicativo, pelo qual o consumidor poderá conferir in loco o seu abastecimento, já está em fase testes. O app também agilizará a fiscalização do Inmetro e demais órgãos de controle. eldquo;Essa tecnologia permitirá também a rastreabilidade da fraude. É uma demonstração de respeito ao cidadão, que se sentirá empoderado para fazer denúnciaserdquo;, completou Rodolfo Saboia, chefe da Divisão de Metrologia em Tecnologia da Informação e Telecomunicações (DMTIC) do Inmetro. A cerimônia de entrega da chave criptográfica contou com a presença do diretor-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Carlos Fortner. eldquo;Essa realidade não tem volta. As novas bombas chegarão ao mercado com a tecnologia embarcada. Essa porta das fraudes está fechadaerdquo;, assinalou. Segurança A assinatura digital de bombas medidoras de combustíveis (BMCs) está prevista na Portaria Inmetro nº 227/2022, que incluiu novos requisitos de software no regulamento técnico metrológico (RTM) do instrumento. Esses requisitos de segurança visam a mitigar as fraudes eletrônicas amplamente disseminadas em postos de abastecimento do País. Tais fraudes lesam o consumidor na quantidade de combustível recebida. Nas bombas existem o ponto onde é feita a medição do combustível e o ponto onde é feita a indicação para o consumidor. Por meio de ações de fiscalização de campo, o Inmetro constatou que essa comunicação entre os dois pontos sofre interferências eletrônicas que adulteram a quantidade de combustível recebida no tanque dos carros em relação a que foi paga pelo consumidor. A assinatura da medição, portanto, garante a integridade e autenticidade da quantidade abastecida. Dessa forma, caso a medição seja modificada após a assinatura digital, o processo de verificação da assinatura detecta que ocorreu uma modificação, evidenciando eventual fraude. AC Inmetro Para homologar certificadoras de 2º nível, em 2021 o Inmetro se tornou autoridade certificadora de objetos de 1º nível (AC Inmetro) na Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). Todo o processo foi conduzido pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), que é a autoridade certificadora raiz, o órgão legal e tecnicamente competente para estabelecer os padrões criptográficos referenciais para assinaturas nas comunicações que envolvem a administração pública federal. O modelo adotado pelo Brasil é o de certificação com raiz única, sendo que o ITI, além de desempenhar o papel de AC-Raiz, também pode credenciar e descredenciar os demais participantes da cadeia, supervisionar e fazer auditoria dos processos. Todos certificados emitidos por AC de 2º nível serão enviados em cópia ao Inmetro.

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Petrobras acompanha paridade internacional neste momento, avalia Abicom

Quando a Petrobras anunciou a redução do preço da gasolina e do diesel às distribuidoras na terça-feira (6), a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) mostrava que a gasolina era vendida no país R$ 0,24 mais cara do que o mercado internacional, já o diesel, R$ 0,34 maior. Diante desse cenário, o presidente da Abicom, Sérgio Araujo, avalia que a mudança veio para suprir a disparidade. Ele explica que o petróleo vem caindo diante da possibilidade de redução da demanda por parte da China, que ainda lida com as consequências da Covid-19. eldquo;Essa redução está perfeitamente alinhada com a dita política de preços da Petrobras, de acompanhamento do mercado internacional, e com o cálculo que a Abicom faz diariamente. Infelizmente, se a gente olhar o histórico de 2022, em especial das últimas semanas, vemos que a Petrobras não vinha acompanhando a paridade. Basta dizer que ela ficou 95 dias sem reajustar a gasolina e 77 dias sem reajustar o dieselerdquo;, afirmou.

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Transição quer suspender venda de refinarias e "blindar" preços da Petrobras

Cotado para presidir a Petrobras e integrante do grupo de transição que cuida da área de Minas e Energia, o senador Jean Paul Prates (PT) disse à CNN que o plano da equipe do futuro governo é suspender o processo de privatização das refinarias da Petrobras e criar mecanismos para estabilizar o preço dos combustíveis. A mudança na forma como os preços de combustíveis são calculados incluiriam um fundo de estabilização que, segundo ele, poderiam ter recursos provenientes dos royalties de exploração dos campos de petróleo e também dos dividendos pagos pela Petrobras inclusive à União. eldquo;[A ideia] é bancar parcialmente, esporadicamente, temporariamente, uma blindagem ao cidadão brasileiro da oscilação internacional, não é exatamente o subsídio de ajudar um produtor a se viabilizarerdquo;, disse ele à CNN. eldquo;Abrasileirar o preço significa trazer para o preço algum mecanismo de estabilização quando for necessário nas crises de alta. Isso é o mais agudo porque quando nós tivemos agora essa alta muito significativa no mercado internacional, nós não tínhamos nenhum mecanismo e continuamos não tendo porque ele não foi votado. O que foi feito foi um paliativo tirando impostos dos estados. Se houver mais uma alta aguda, nós não vamos ter mais de onde cortar impostos, então você continua vulnerávelerdquo;, completou ele. Senador pelo Rio Grande do Norte, Prates é um dos integrantes da comitiva de emissários de Lula no Rio de Janeiro. O grupo já teve reuniões com a Petrobras, ANP, PPSA e EPE. Nesta quarta-feira (7) o grupo receberá uma série de entidades em uma sala emprestada pela ANP. Prates disse ainda que as mudanças não terão eldquo;traumaerdquo; ou eldquo;sustoerdquo;. eldquo;Eu sempre digo a palavra parcimônia quando a gente fala de refino, de planos de refino, porque há muitas fases anteriores, por exemplo, à análise de construir uma refinaria nova. Você tem os upgrades das refinarias existentes, você tem áreas de expansão dentro das próprias refinarias com novas máquinaserdquo;, diz. Sobre as refinarias ele lembrou do acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) feito para garantir mais competitividade no mercado e afirmou que quer rever os termos dessa negociação. eldquo;Nós temos que suspender o processo e aguardar estudos porque supostamente o Cade fez uma acusação, a Petrobras ofereceu as oito refinarias, esse é o histórico do processo. Agora não, nós vamos com calma discutir com o Cade [ehellip;], isso exige que a gente faça uma suspensãoerdquo;, disse.

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