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Bloqueio nas estradas já causa falta pontual de combustível no Sul e Centro-Oeste

Um dos itens mais sensíveis ao bloqueio de rodovias federais, os combustíveis, já começaram a faltar em postos de cidades do Sul e Centro-Oeste do País, segundo entidades que representam varejistas do setor. A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) diz se tratar de focos de desabastecimento pontuais e nega o risco iminente de uma crise de nível nacional. Desde domingo à noite, bolsonaristas protestam contra o resultado das eleições e fecharam centenas de rodovias federais, travando a livre circulação de pessoas, bens e serviços. "Até aqui, são casos pontuais de falta de combustíveis. O que está nos chamando atenção é uma parte do estado de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. Essas regiões concentram os bloqueios que estão afetando o transporte rodoviário de combustível", diz o presidente da Fecombustíveis, James Thorp. Segundo o executivo, ainda não há desabastecimento, situação em que nenhum posto de uma cidade tem combustível para venda, mas há preocupação crescente. Ele avalia que, embora haja movimentações de bloqueios desde domingo à noite, ontem foi o primeiro dia efetivo de dificuldades ao transporte de cargas de combustíveis nas estradas. O primeiro estado a registrar falta pontual de produto foi Santa Catarina. No fim da tarde de ontem, 31, postos do município de Joinville (SC) já não tinham mais produto para vender, informou o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro). Houve corrida para encher os tanques, com filas de carros pelas ruas e aumento de preço onde ainda havia insumo. No Centro-Oeste, há problemas no Distrito Federal e Goiânia. Segundo o presidente do Sindicombustíveis-DF, Paulo Tavares, o bloqueio total ou parcial das vias de acesso à Brasília, já prejudica caminhões que transportam para a região o etanol anidro, insumo que responde por 27% da mistura da gasolina comum. Por essa razão, as distribuidoras impuseram, desde ontem à noite, quotas diárias para entrega de combustível por revendedores. "Cremos que os estoques possam durar por até 7 dias, mas é preciso confirmar com as distribuidoras. Postos do entorno (do DF), que recebem combustível de Goiânia, já estão sem produto devido aos bloqueios", informou Tavares por meio de nota. Durante a greve dos caminhoneiros de 2018, que tinha como foco o aumento do preço do diesel e mudanças na tabela de frete, começou a faltar combustível em postos de todo o país a partir do quarto dia efetivo de bloqueios, em 24 de maio. Um dia depois, passou a faltar combustível de aviação em 11 aeroportos, incluindo o de Brasília, e outros dois, Confins (MG) e Rio Grande do Sul entraram em estado crítico. Dois dias depois, em 27 de maio, o então governo Michel Temer (MDB) fechou um acordo com os caminhoneiros que, além de outras concessões, incluiu redução no preço do diesel de R$ 0,46 por litro. Desta vez, lideranças de movimentos de caminhoneiros já descartaram envolvimento com as mobilizações. Em nota, a Fecombustíveis afirma que "o direito à manifestação não pode estar à frente do bom senso, podendo causar prejuízos à economia do país e à liberdade de ir e vir dos cidadãos que estão em trânsito". O Sindicombustíveis-DF diz esperar que "manifestações de cunho político provocadas por uma minoria", possam terminar com brevidade para evitar transtornos a toda população.

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Fecombustíveis espera retorno à normalidade nas rodovias

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) aguarda a liberação das estradas pelos caminhoneiros o mais breve possível, em prol do restabelecimento da normalidade do abastecimento nacional. A Fecombustíveis entende que o direito à manifestação não pode estar à frente do bom-senso, podendo causar prejuízos à economia do país e à liberdade de ir e vir dos cidadãos que estão em trânsito.

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Defasagem do diesel salta para 27,78% com dólar, apesar de queda do petróleo

A alta do dólar em relação ao real vem intensificando a defasagem dos preços internos dos combustíveis nas refinarias da Petrobras em relação ao mercado internacional, informou nesta segunda-feira (31), o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Segundo o relatório diário, a defasagem do diesel atingiu 27,78% e da gasolina, 18,38%. Para alinhar os preços da Petrobras com o mercado internacional, a empresa deveria reajustar seus dois produtos em R$ 1,88 e R$ 0,74 por litro, respectivamente. Em reunião do Conselho de Administração da estatal, realizada na semana passada, foi avaliado que os preços estão alinhados com o mercado externo. A diferença da avaliação da Petrobras com as projeções do Cbie e da Associação dos importadores de Combustíveis (Abicom), que também vê defasagem nos preços dos dois produtos, foi explicada pela Petrobras pelo uso de fórmulas distintas de cálculo, mas a empresa não deu detalhes. De acordo com o CBIE, os contratos futuros do petróleo e seus derivados foram impactados pelo retorno das medidas restritivas de coronavírus (covid-19) na China. eldquo;Contrariando a expectativa de investidores, de que após assegurar seu poder o presidente do país, Xi Jinping, aliviaria a política de Covid-Zero, o governo chinês impôs uma série de lockdownseldquo;, explicou no relatório. De acordo com o levantamento, apesar do potencial de desaceleração econômica e a queda na demanda por energia impactar o preço do petróleo, os preços também receberam influência de um desempenho positivo do índice do dólar, que havia apresentado tendência negativa ao longo da semana passada.

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Redução de 5% no gás natural para distribuidoras passa a valer nesta terça-feira

Começa a valer nesta terça-feira (1º) a redução de 5% no preço do gás natural vendido para as distribuidoras pela Petrobras. O reajuste, que faz parte das atualizações trimestrais previstas nos contratos com as empresas, chega aos consumidores de forma diferente nos estados, a depender dos contratos de concessão firmados, e não atinge o gás de cozinha (GLP). A CNN entrou em contato com as distribuidoras e agências reguladoras do país para saber como o reajuste chega aos consumidores. Entre as formas de uso do gás natural, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulga um levantamento de preços do Gás Natural Veicular (GNV). Atualmente, a média nacional de revenda é de R$ 4,88. Em São Paulo, estado mais populoso do país, o reajuste chega primeiro aos grandes usuários, como indústrias, postos de GNV e usinas térmicas, já que o componente eldquo;custo do gáserdquo; é revisado a cada três meses, assim como é feito pela Petrobras. Já para usuários residenciais e comerciais, o custo da molécula é corrigido por ano. Na capital paulista, por exemplo, as pessoas atendidas pela Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) só vão sentir a diferença em seis meses, já que a empresa utiliza a data-base anual em maio. A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) não soube informar o valor das tarifas para os próximos meses. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), as distribuidoras não têm qualquer ganho com o preço da molécula, isto é, o gás em si, e repassam integralmente qualquer reajuste de fornecimento. Entretanto, a tarifa que chega ao consumidor é composta, além da molécula, pela tarifa de transporte, impostos e a margem de distribuição, que podem minimizar o repasse aos consumidores. No Rio de Janeiro, a companhia de gás Naturgy informou que as tarifas sofrerão redução já a partir desta terça-feira (1º). Para os clientes localizados na Região Metropolitana, a conta cairá, em média, 2,80% para o segmento residencial, 2,89% para o comercial, 5,84% nas indústrias e 6,54% nos postos de Gás Natural Veicular (GNV). No interior do estado, no entanto, o impacto será de -3,66% para residências, -4,18% para o comércio, -6,62% nas indústrias e -6,82% nos postos de GNV. Ainda na região sudeste, a ES Gás, do Espírito Santo, anunciou a redução de 4,48% no gás canalizado. A empresa também informou que a molécula representa 57,9% na composição da tarifa, enquanto os impostos somam 24,7%, o transporte toma 9,7% da tarifa e a distribuição leva os demais 7,7% da conta. Já em Santa Catarina, no sul do país, a redução no custo do gás canalizado está prevista em 6% para janeiro de 2023 e 12% no segundo semestre do próximo ano. No Nordeste, a Cegás, Companhia de Gás do Ceará, ainda não definiu as tarifas, mas informou que a Petrobras não é o principal fornecedor de gás da empresa. No Amazonas, no norte do país, a tarifa não será reajustada. O contrato firmado entre a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) e a Petrobras prevê o reajuste anual apenas pelos índices de inflação. A MS Gás, que fornece o gás natural em Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste brasileiro, irá repassar o reajuste do preço de compra de gás somado à atualização anual da margem da distribuidora a partir de 15 de novembro. A previsão é de um reajuste de, no máximo, 3%. Os contratos da Petrobras com as distribuidoras vinculam a variação do preço do gás às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio. Segundo a companhia, no trimestre entre agosto e outubro, que foram referência para a redução, o petróleo teve queda de 11,5% e a moeda estadunidense valorizou 6,5%. A CNN segue aguardando o posicionamento das demais agências e distribuidoras dos outros estados.

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Governo propõe redução de metas do RenovaBio em 2023

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou nesta segunda (31/10) a portaria que define as metas de descarbonização da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) no decênio de 2023 a 2032, com a proposta de reduzir as obrigações das distribuidoras no ano que vem. O cálculo é feito a partir da participação das distribuidoras no comércio de combustíveis fósseis e da capacidade de oferta, por parte dos produtores de biocombustíveis, de créditos de descarbonização (CBIOs). Cada CBIO equivale a uma tonelada de CO2. A finalidade é diminuir a intensidade de carbono na matriz brasileira de combustíveis. Para 2023, o governo propõe uma meta de aquisição de 35,45 milhões de créditos de descarbonização emdash; abaixo dos 42,35 milhões aprovados pelo comitê do programa no ano passado. Também é inferior à meta de 2022 (35,98 milhões). Para os anos seguintes, o ministério acompanha o cronograma anterior, e propõe que as obrigações atinjam 99,22 milhões de títulos em 2032. Como as metas são estabelecidas a partir do volume de combustíveis fósseis comercializado no ano anterior, a análise da quantidade de créditos é feita anualmente pelo governo. A revisão para baixo, no entanto, vai na contramão do crescimento do mercado de combustíveis fósseis em 2022. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) calcula crescimento de 2,4% nas vendas de diesel este ano. A previsão também é de aumento para a gasolina em 2022, de 3,1%, refletindo a desoneração do combustível e ganhando mercado no Ciclo Otto, onde concorre com o etanol hidratado. As vendas do biocombustível devem recuar 3,7% este ano. Como justificativa para recuo na meta, a nota técnica do governo aponta para uma baixa na quantidade de CBIOs disponíveis no mercado, com perspectiva de queda na produção de etanol por problemas de safra e maior atratividade para o açúcar. O cálculo do MME também considera o teor de biodiesel no diesel comercializado em 2023 de 10%, como em 2022, e abaixo dos 15% que eram previstos para o ano que vem no cronograma do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Mas deixa claro que não é uma sinalização sobre qual será o percentual do ano que vem. A proposta está em consulta pública e as contribuições serão enviadas para ao CNPE. Após aprovação, cabe à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fazer o rateio entre as distribuidoras.

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Postos de combustíveis registram filas extensas em cidades de MS após bloqueio de rodovias

Filas extensas estão começando a se formar em postos de combustíveis em algumas cidades de Mato Grosso do Sul. Em Dourados (MS), a 229 km de Campo Grande, motoristas estão esperando mais do que o normal para abastecer os veículos. Em Nova Alvorada do Sul (MS), moradores relataram falta de gasolina nas bombas. A "dificuldade dos estoques" dos aditivos é em decorrência aos bloqueios em rodovias estaduais e federais no estado, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS). O sindicato informou que Campo Grande não sofre com falta de combustíveis e no interior do estado houve a recomendação de venda fracionada para evitar contratempos. Em Dourados, fila de mais de um quarteirão foi registrada por motoristas. Em Campo Grande, vários postos de combustíveis estão com filas atípicas. Em Nova Alvorada do Sul (MS), moradores relataram a falta de gasolina nas bombas de combustíveis. "Estamos em Nova Alvorada do Sul. Uma fila enorme. As pessoas estão com medo das paralizações que está acontecendo em todo o Brasil. Esse é o que estamos vivenciando aqui". Através de comunicado, o Sinpetro-MS enviou comunicado ao Procon-MS para informar a dificuldade nos estoques de combustíveis dos postos. Em nota, o sindicato informou que está liberada "as vendas aos consumidores limitadas a critério de cada um. Por exemplo, 20, 30 litros de gasolina ou etanol por veículo, e no diesel fica critério do estoque de cada um". O sindicato reforça que os postos de combustíveis que adotaram a limitação de venda deverão informar aos consumidores por meio de avisos. Já quanto ao aumento de preço, o Sinpetro-MS reforça que "pode ser entendido pelo Procon como preço abusivo devido a situação de emergência, portanto cada posto deve analisar se vai correr o risco ou não de ser fiscalizado e possivelmente autuado", finaliza a nota.

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