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Aneel mantém bandeira verde nas contas de luz em maio

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (2) que no mês de maio vai manter a bandeira verde nas contas de luz, ou seja, não haverá valor adicional nas contas de energia elétrica dos consumidores. A bandeira verde está vigorando desde abril do ano passado. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a bandeira verde é válida para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN) e reflete a melhoria dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, beneficiados com o período de chuvas. Apesar do País já ter entrado no período de poucas chuvas, os reservatórios das hidrelétricas estão operando em média com 87,5% do total. No subsistema Norte, o acúmulo de água chega a 98,7%, enquanto o nível mais baixo é constatado no subsistema Sul, de 83,9%, mesmo assim considerado alto para o período. O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 e tem o objetivo mostrar transparência ao custo real da energia, indicando se haverá cobrança extra, o que ocorre principalmente em períodos secos. A bandeira da Aneel pode variar de verde a amarela e vermelha (patamar 1 e 2).

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Petrobras reduz preço do querosene de aviação em 11,5%

Pelo terceiro mês consecutivo, a Petrobras reduziu o preço do querosene de aviação (QAV). Desde 1º de maio, o preço do combustível está 11,5% mais barato nas refinarias da estatal, acumulando no ano queda de 25,6%. Os reajustes do QAV são mensais e definidos por meio de fórmulas contratuais negociadas com as distribuidoras. eldquo;Os preços de venda de QAV da Petrobras buscam equilíbrio com o mercado e acompanham as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo, com reajustes aplicados em base mensal, mitigando a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbioerdquo;, disse a estatal em nota hoje. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o QAV responde por cerca de 40% dos custos das companhias aéreas, que por sua vez têm uma parcela de quase 60% dolarizada.

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Vendas de veículos têm alta de 9,2% em abril, mas continuam longe do período pré-pandemia

As vendas de veículos tiveram em abril alta de 9,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Apesar do crescimento, o mercado segue em ritmo que frustra a indústria e faz as montadoras segurarem a produção na tentativa de evitar um grande acúmulo de estoque. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 160,7 mil unidades foram comercializadas em abril, um volume ainda distante dos resultados de antes da pandemia - quatro anos atrás, as vendas chegaram a 231,9 mil veículos no mesmo mês. Assim como em março, as vendas diárias seguiram abaixo de 9 mil unidades, porém, como abril teve cinco dias úteis a menos, a variação de um mês para o outro foi negativa em 19,2%. Agora, o crescimento acumulado desde o início do ano está em 14,4% frente a igual período de 2022, com 632,5 mil veículos emplacados de janeiro a abril. Esse avanço, no entanto, é explicado pela limitação de oferta de carros de um ano atrás, quando as linhas de montagem sofriam com a falta de componentes eletrônicos. Em 2019, uma referência eldquo;limpaerdquo; de efeitos da pandemia ou da crise de oferta, o mercado já tinha registrado 207 mil unidades a mais nos quatro primeiros meses. Obtido pelo Estadão/Broadcast com fontes da indústria automotiva, os números estão sujeitos a leves ajustes nos balanços oficiais a serem divulgados amanhã pela Fenabrave, a associação das concessionárias, e na segunda-feira pela Anfavea, entidade que representa as montadoras.

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BC anuncia novas mudanças para elevar segurança no Pix a partir de 5 de novembro

Sucesso absoluto, o Pix vai ganhar um reforço de segurança a partir do dia 5 de novembro, informou há pouco o Banco Central. Como o Estadão/ Broadcast antecipou em outubro, o BC vai passar a disponibilizar campos específicos nas notificações de fraude para que sejam especificados os tipos de fraude, como falsidade ideológica ou eldquo;conta laranjaerdquo;, e a razão da notificação, como golpe, estelionato, invasão de conta e coação. A notificação de infração é a funcionalidade que permite que as instituições façam uma marcação das chaves e usuários sempre que houver suspeita de fraude na transação. Outra mudança anunciada pelo BC é a ampliação do conjunto de dados de segurança do Pix que são disponibilizados para a consulta das instituições participantes para as análises antifraude das transações.

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Anfavea pede para montadoras saírem da ABVE, em disputa de poder pelo rumo dos carros elétricos

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) tem orientado suas associadas a se desfiliarem da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Segundo fontes do setor, que falaram sob condição de anonimato, o motivo é garantir seu protagonismo nas negociações com o governo de um programa de eletrificação dos carros no País. A nova entidade, por sua vez, reivindica participação no debate sobre a política automotiva voltada à descarbonização dos meios de transporte. No período de 10 a 14 de abril, três montadoras endash; Stellantis (dona de Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën), Toyota e Renault se desligaram da ABVE. No dia 26 foi a vez da Audi. Todas alegam que o motivo é concentrar representação na Anfavea. Nos bastidores há relatos de que as empresas foram orientadas a escolher uma única entidade, embora a regra não conste em seu regulamento. Entre as fabricantes, duas ainda permanecem na ABVE, a General Motores e a Nissan. A Ford também segue nas duas associações, mas, desde 2021, deixou de produzir veículos no País e passou a ser importadora. No grupo de automóveis leves da entidade também estão as chinesas GWM e BYD, que não estão na Anfavea, e as importadoras de modelos premium Porsche e Volvo. O tema mais urgente a ser discutido, pautado pelo governo, é a volta da alíquota do Imposto de Importação (II) de 35% para carros elétricos e híbridos. A taxação para elétricos está zerada desde 2015 e, para híbridos, vai até 4%. A Anfavea defende o retorno gradual ou total das tarifas, mas com estabelecimento de cotas isentas para modelos prontos ou desmontados (CKD para montagem local). Proposta já entregue pela entidade ao governo prevê cota de 2 mil veículos por ano para cada fabricante e importador. Para empresas com produção de baixo volume haveria a possibilidade de cota adicional de 2 mil veículos e, para as de maior volume, de 2% da produção do ano anterior. O mesmo vale para veículos desmontados. A justificativa da entidade é que as empresas tenham previsibilidade para poder definir investimentos. A ABVE, por sua vez, defende que o imposto continue zerado para modelos 100% elétricos e híbridos plug-in como forma de difundir a tecnologia e o mercado nacional, que em 2022 se restringiu a 0,4% de elétricos e 2,1% de híbridos no total das vendas, mas em constante crescimento. O presidente da ABVE, Ricardo Bastos, afirma respeitar a decisão das empresas, mas acredita ser possível um diálogo para juntar forças. Ele assumiu o posto no dia 14 de abril, logo após o início da debandada de montadoras. Criada em 2006, a ABVE tinha 40 associados até dois anos atrás. Hoje reúne 116 empresas e startups dos setores de componentes (como Weg e Cummins), infraestrutura (como Raízen e Eletrobras), mobilidade urbana (como Amazon e Mobye), leves (montadoras, importadores, locadoras e aplicativos), pesados (ônibus e caminhões) e levíssimos (bicicletas, motocicletas, triciclos etc). No site oficial, a entidade cita que sua missão é eldquo;promover a ampla utilização de veículos elétricos para tornar o transporte de pessoas e cargas mais limpo e eficiente, em benefício do bem-estar da população, do meio ambiente e do conjunto dos seus associadoserdquo;. O texto não tem referências aos veículos híbridos convencionais, e essa pode ser uma das razões do descontentamento da Anfavea. Bastos, porém, afirma concordar que eldquo;o processo no Brasil vai passar antes pela hibridização, porém é preciso já começar o trabalho para a futura eletrificaçãoerdquo;. Menos poder A Anfavea, fundada em 1956, reúne 26 montadoras, a maioria multinacionais, e já teve grande influência em decisões industriais e econômicas, mas nos últimos anos perdeu parte de seu poder, assim como outras entidades empresariais. No meio automotivo também há quem diga que a entidade teme perder espaço para a ABVE, que reúne membros de quase toda a cadeia elétrica. Outro desafio da Anfavea é unir as associadas ao redor de uma política de transição do atual modelo de veículos a combustão para os eletrificados, o que inclui pedido de incentivos, em especial os fiscais. Boa parte das associadas defende que a transição seja feita com carros híbridos flex endash; movidos por um motor a combustão a gasolina ou etanol que gera eletricidade para a bateria. Além de mais baratos que os elétricos, esses veículos colocariam o etanol no topo dos projetos. O combustível, além de menos poluente, já tem infraestrutura de distribuição e sua cadeia gera milhares de empregos. Em nota, a Anfavea informa que a decisão de sair da ABVE eldquo;é soberana e individual de cada empresaerdquo;, sem nenhuma interferência de sua parte. eldquo;Essa informação é um rumor que não faz sentido, a nossa entidade não tem esse tipo de posturaerdquo;, acrescenta. Fontes ouvidas pelo Estadão, contudo, confirmam que houve pressão para as afiliadas deixarem a ABVE. Entre as duas que ainda permanecem na entidade, a GM é a única que já se posicionou a favor de partir direto para a eletrificação, seguindo a estratégia da matriz americana. A Nissan afirma ter produtos em seu portfólio global para atender qualquer das tecnologias, mas ressalta que a opção mundial da marca é pelos elétricos. Ambas devem se manter nas duas entidades. A Stellantis afirma que eldquo;concentra sua representação setorial tradicionalmente na Anfavea, participando e colaborando no debate dos grandes temas nacionais, como a mobilidade, a descarbonização e suas variadas soluçõeserdquo;. A Toyota também diz que decidiu concentrar sua representação setorial na Anfavea e que eldquo;segue empenhada com seu compromisso com o País, com a descarbonização da sua frota por meio das diversas rotas tecnológicas e com o desenvolvimento de novas soluçõeserdquo;. Já a Renault ressalta que se filiou à ABVE quando o tema da eletrificação começou a ser tratado no Brasil e, agora, como a Anfavea abraçou a causa, não faz sentido estar nas duas. A Audi, por sua vez, disse que eldquo;foi uma decisão estratégica em focar esforços em entidades que tenham impacto em todos os negócios da montadoraerdquo;. Das quatro fabricantes, a Toyota já produz carros híbridos flex no País e acaba de anunciar investimento em um novo carro com essa tecnologia. Stellantis e Renault estão desenvolvendo produtos nessa linha, assim como a Volkswagen. A Audi não anunciou projetos de fabricação de eletrificados no Brasil.

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Shell pede que novo imposto de exportação sobre petróleo bruto seja 'temporário e isolado'

O presidente da Shell no Brasil, Cristiano Pinto da Costa, espera que o novo imposto sobre exportações de petróleo bruto, criado para recompor o caixa do governo brasileiro durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seja eldquo;temporário e isoladoerdquo;. Ele chamou a atenção para o possível impacto em competitividade da indústria, que já gasta dois a cada três barris para pagar impostos, citando um estudo do setor. erdquo;Reconheço os desafios do novo governo na tentativa de equilibrar os déficits, mas esse é um precedente que esperamos que seja temporário e isolado para que a indústria consiga manter um progresso competitivo no longo prazoerdquo;, disse Costa, durante a Offshore Technology Conference (OTC), maior evento da indústria de exploração de petróleo e gás no mar, que acontece em Houston, no Texas (EUA), nesta semana. Nas contas do governo, a cobrança temporária do Imposto de Exportação de petróleo terá um impacto financeiro positivo de R$ 6,6 bilhões. A taxação de 9,2% sobre óleo cru e minerais betuminosos será temporária, por quatro meses, com vigência até junho. O executivo ainda teceu críticas ao sistema tributário brasileiro e mencionou a importância do novo arcabouço fiscal, que vai substituir o teto de gastos. eldquo;A complexidade é enormeerdquo;, disse. eldquo;Novamente, o Brasil tem uma oportunidade de implementar uma nova reforma fiscal e estar ativamente engajado entre o governo e a indústria para garantir que simplifiquemos, mas não tenhamos ainda mais carga.erdquo;

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