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Carro popular de R$ 45 mil está longe da realidade

Depende de muitas variáveis ao mesmo tempo: corte expressivo ou isenção de impostos estaduais e federais; financiamento de longo prazo a juros muito baixos, em um projeto de automóvel com todos os itens de segurança obrigatórios, mas talvez sem confortos como ar-condicionado. Os benefícios seriam econômicos (aumento de vendas), segurança automotiva (com mais itens de proteção ao motorista, passageiros e pedestres) e ambientais (carros que poluem menos). Percebe-se, imediatamente, que os entraves ao carro bom e barato são difíceis de ser vencidos. Está em discussão um arcabouço fiscal que substitua o teto de gastos, com sobra de recursos públicos para investimentos sociais e em infraestrutura. Nesse contexto, renunciar a tributos que representam em torno de 30% do preço do carro é tão provável quanto a paz universal. A Selic, taxa básica de juros da economia, está em 13,75%, o que tem provocado um braço de ferro entre governo federal e Banco Central independente. Os índices inflacionários (razão alegada para as elevadas taxas de juros) caíram nas últimas semanas, mas há previsões de que subam no segundo semestre. O custo do dinheiro, portanto, está nas nuvens. Seria necessário subsidiar empréstimos para a compra de veículos, em prazos a partir de 60 meses (cinco anos), para caber no bolso de famílias de renda média. Quanto ao projeto de um carro bem simples endash;sem confortos como ar-condicionado, que está longe de ser supérfluo em um país tropicalendash;, com um motor 1.0, dependeria da adesão das montadoras e das empresas de autopeças. Deve-se considerar, também, as diretrizes do Projeto Rota 2030, criado pelo governo federal em 2019, destinado à cadeia automotiva, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento tecnológico, a competitividade, a inovação, a segurança veicular, o meio ambiente, a eficiência energética e a qualidade dos automóveis. Segundo esse projeto, novos itens de segurança automotiva devem ser obrigatórios até 2030: Teste de impacto lateral; alerta de cinto de segurança solto; repetidores laterais de seta; luzes de rodagem diurna e alerta de colisão, para veículos novos e que já estejam no mercado a partir de 2024. Controle de estabilidade, em duas fases: 50% dos veículos novos este ano, e 100% a partir de 2024. Proteção de impacto ao pedestre a partir de 2025 para veículos não lançados, e 2030 para os novos. Proteção contra impactos frontais, específica para SUVs, integrada aos carros não lançados até 2024, e 2026 nos novos. A câmera de ré ou sensor sonoro a partir de 2025 para carros não lançados, e 2027 nos novos. Proteção para impacto lateral contra poste em 2026 para veículos ainda não produzidos, e 2030 aos novos. Ou seja, mesmo um carro popular terá de contar com todos esses itens de segurança, fundamentais para aumentar a segurança no trânsito, mas que têm custos. Hoje, o veículo mais barato é vendido por quase R$ 70 mil. Nas versões para PCD (pessoas com deficiência), que ficam até 30% mais baratas devido à isenção de impostos, aproxima-se, portanto, do valor pretendido pelo governo. Pelo visto, o sonho do carro zero, com os benefícios já citados, está mais para sonho do que realidade, ao menos por enquanto. Sem contar que a venda de milhares de veículos exigiria acentuada melhoria da infraestrutura viária endash;estradas, túneis, pontes, ruas e avenidas. E isso, novamente, depende de dinheiro nos cofres públicos. Talvez um programa para melhorar o transporte público em todo o país, com mais metrôs, veículos leves sobre trilhos, trens e ônibus modernos (com uso de combustíveis não poluentes) fosse mais viável, além de social e ambientalmente relevante.

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Petróleo fecha sem direção única, com tensões bancárias, risco de recessão

O petróleo fechou misto nesta quinta-feira (4), à medida que investidores digerem temores de recessão nos Estados Unidos, devido à renovação das turbulências bancárias, e diante do recuo na atividade industrial da China, sinalizando possível enfraquecimento da demanda. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho caiu 0,06% (-US$ 0,04), a US$ 68,56 por barril. Já o Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,23% (+US$ 0,17), a US$ 72,50 por barril. Os contratos mais líquidos do petróleo operaram em volatilidade, diante do agravamento das turbulências bancárias nos Estados Unidos, na esteira também de nova alta dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Mais cedo, o petróleo WTI chegou a sofrer um eldquo;mini crash relâmpagoerdquo; no começo das negociações da Ásia e caiu 7,3%, à mínima de US$ 63,57 por barril, antes de se recuperar. Segundo um gerente de fundos de hedge, o movimento, que não atingiu o Brent, pode ter sido causado por eldquo;dedo gordoerdquo;, jargão utilizado por um negócio erroneamente grande que derruba os preços de um ativo. Analista da Oanda, Edward Moya alerta que as preocupações com a estabilidade financeira dos EUA não devem terminar tão cedo e devem fazer com que o mercado de petróleo precifique uma recessão muito pior para os país, o que seria má notícia para as perspectivas de demanda da commodity. eldquo;Se as ações de bancos continuarem a cair, o petróleo pode ter dificuldade em encontrar suporte em torno de US$ 60. As perspectivas ruins para a economia estão tornando mais fácil para os traders de energia aproveitar o impulso de venda que está atingindo o petróleo WTIerdquo;, avalia Moya. Para a Capital Economics, a queda do petróleo nesta semana, que até agora acumula perdas de mais de 7,5% em ambos os contratos, pode levar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) a considerar novos cortes na produção. No radar, mais de metade dos 22 navios petroleiros da frota da Venezuela estão danificados ao ponto de precisar de reparos imediatos ou de interrupção dos serviços, segundo relatório interno da estatal PDVSA, informou a Reuters. (Estadão Conteúdo)

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Prestes a completar cem dias na Petrobras, Prates ainda persegue mudanças pedidas por Lula

Prestes a completar, no sábado (6), cem dias como presidente da Petrobras, Jean Paul Prates ainda não conseguiu imprimir as mudanças na empresa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tanto deseja. A principal delas passa por instituir uma nova política de preços dos combustíveis para, nas palavras de Lula, eldquo;abrasileirarerdquo; as cotações do diesel, Apesar das críticas do presidente da República à forma como a Petrobras vem sendo conduzida nos últimos anos, o próprio Lula sabe que Prates não conseguiria assumir a empresa e, em curto espaço de tempo, mudar a política de paridade de importação (PPI), dar uma guinada na venda de ativos e restringir o pagamento de dividendos para ficar, somente, em três alvos preferidos do petista.Para ler esta notícia, clique aqui.

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Reforma terá efeito misto sobre empresas abertas

A reforma tributária sobre consumo deve ter efeito heterogêneo entre as companhias de capital aberto, segundo levantamento feito pelo banco Santander em estudo que considerou 114 empresas distribuídas em 15 setores. O peso do total de tributos sobre consumo cobrados antes e depois de uma reforma com a adoção de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA)de 25% manteria a carga em 9% da receita bruta, considerando o conjunto dos setores. Entre as 15 maiores empresas do Valor 1000 que foram alvo do estudo, Petrobras, Vale e Suzano Papel e Celulose podem ter aumento da tributação indireta como proporção da receita bruta com a adoção de um IVA de 25%. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Marca da Petrobras não preocupa o CEO da Vibra

O presidente da Vibra (antiga BR Distribuidora), Ernesto Pousada, afirmou que a empresa está tranquila sobre o arrendamento da marca Petrobras nos postos de abastecimento da companhia. A marca BR está arrendada à Vibra desde a conclusão da venda da BR Distribuidora, em 2021. Pousada destacou que a empresa, maior distribuidora de combustível do país.O presidente da Vibra falou com jornalistas nesta quarta-feira (3) durante o Web Summit, evento de inovação que acontece no Rio de Janeiro até esta quinta-feira(4), depois de participar de um painel sobre energia.Para ler esta notícia, clique aqui.

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Volkswagen corta um turno de produção em Taubaté e no Paraná

A Volkswagen vai reduzir de dois para um turno a produção nas fábricas de São José dos Pinhais, no Paraná, e Taubaté, no interior de São Paulo, a partir de 1.º de junho. A montadora já tinha parado a produção das duas unidades no mês passado, mas foi forçada a realizar novo ajuste em razão da retração das vendas. Os trabalhadores terão contratos suspensos, o chamado layoff, por dois a cinco meses. Em Taubaté, onde é montado o Polo Track, sucessor do Gol, a medida atinge 799 trabalhadores, segundo o sindicato dos metalúrgicos da região. Já na fábrica paranaense, que produz o SUV T-Cross, o número de operários que entrarão em layoff ainda não foi fechado. A expectativa do sindicato é de que seja algo ao redor de 600. Em São Bernardo do Campo, a Volkswagen segue produzindo em dois turnos. Com juros mais altos e crédito restrito, somados a endividamento das famílias, desaceleração econômica e elevação nos preços dos automóveis nos últimos anos, o mercado segue muito distante dos volumes de antes da pandemia. As montadoras confiavam em desempenho melhor com a normalização no fornecimento de componentes eletrônicos, o que não tem ocorrido. Entre ajustes já realizados e que estão para ocorrer até o mês que vem, pelo menos metade (14) das 27 fábricas de carros e caminhões ativas no País anunciou a interrupção, em algum momento, de ao menos parte de produção desde fevereiro. A lista inclui todas as maiores montadoras de caminhões, cujas vendas caíram drasticamente com a alta de preços após a atualização tecnológica dos motores a diesel para cumprimento dos limites de emissões. Ciente de que os veículos ficariam mais caros, as transportadoras anteciparam compras de caminhões até março, último mês em que a linha anterior, de preços mais baixos, pôde ser vendida. ebull;

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