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Inpasa investirá R$ 1,2 bilhão para construir usina de etanol de milho na Bahia

A Inpasa, a maior produtora de etanol de milho do país, anunciou que investirá R$ 1,2 bilhão para construir uma usina de etanol em Luís Eduardo Magalhães (BA). Segundo a empresa, a unidade deverá ficar pronta em 2026 e terá capacidade de processar 1 milhão de toneladas de grãos, principalmente milho e sorgo. A usina terá capacidade de produzir, por ano, 460 milhões litros de etanol, 230 mil toneladas de DDGS, 23 mil toneladas de óleo vegetal e 200 Gwh de energia elétrica. A Inpasa estima que as obras vão gerar 2,5 mil empregos e que, com o início das operações, a usina vá criar 450 empregos diretos. O projeto deverá ter a participação de cerca de 200 fornecedores diretos e o transporte de mais de 10 mil cargas, afirma a empresa. Com a nova usina, a Inpasa passará a ter seis unidades no Brasil e duas no Paraguai. Em 2023, a companhia processou 6 milhões de toneladas de milho. Incentivos fiscais Segundo comunicação do governo baiano, a unidade da Inpasa receberá incentivos fiscais por meio do crédito presumido de 75% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) apurado nas operações com etanol anidro (puro, que é misturado à gasolina) e hidratado (comercializado nos postos de combustíveis), além dos chamados DDGs (coproduto da indústria de etanol de milho que pode ser usado na alimentação animal) e óleos diversos. eldquo;O Estado tem atraído empresas que aliam geração de emprego e renda e desenvolvimento sustentável. A alteração da legislação significa mais investimento em energia limpaerdquo;, disse o governador Jerônimo Rodrigues, em nota. Atualmente, a Bahia importa 80% do etanol que consome. O decreto saiu na edição desta quarta-feira (11/9) do Diário Oficial do Estado (DOE). O texto prevê ainda a desoneração de bens do ativo importados e do diferencial de alíquotas em relação a equipamentos que a empresa comprar no país.

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Governo enviará ao Congresso projeto do "ONS dos combustíveis"

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo encaminhará ao Congresso ainda em 2024 o projeto para criar o Operador Nacional do Sistema de Combustíveis. Apelidado de eldquo;ONS dos combustíveiserdquo;, em referência ao órgão operador do sistema elétrico, terá como função monitorar os preços dos combustíveis. Em entrevista ao Poder360, Silveira disse que o projeto já foi finalizado pela Secretaria Nacional de Petróleo e Gás Natural e agora passa por análises jurídicas. A ideia de criar o novo órgão foi tornada pública pelo ministro em 2023 para fiscalizar os repasses de reajustes por distribuidoras e postos. eldquo;A criação do Operador Nacional do Sistema de Combustíveis vai ser muito importante para que a gente ajude na fiscalização dos preços, no controle da garantia de suprimento e para ajudar inclusive na questão tributária, combatendo a sonegaçãoerdquo;, afirmou o ministro. Alexandre Silveira afirmou que, assim como o ONS, o novo operador para o segmento dos combustíveis será constituído no formato de uma entidade de direito privado, com sua estrutura financiada pelo próprio setor. O ministro afirmou que embora os preços dos combustíveis estejam mais baixos do que no governo de Jair Bolsonaro (PL), há uma captura de parte das reduções estruturais feitas pela Petrobras pelos revendedores. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem cobrado soluções contra isso. eldquo;Muitas vezes a Petrobras faz um esforço enorme para reduzir os preços, mas na ponta isso é capturado pela revenda. É um problema que a gente enfrenta. Não é generalizado, mas também não é pontual. Todos os mecanismos ao nosso alcance temos utilizado e vamos buscar um maior controle, mas respeitando a política de mercado, sem prefixar preço. Isso não está em discussãoerdquo;, afirmou. Em agosto, o ministro enviou ofícios à ANP (Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural), Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública) pedindo mais fiscalização sobre as revendas de combustível e de gás de cozinha. Para ler esta notícia. clique aqui.

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Agência prevê aumento menor de demanda de petróleo para 900 mil barris diários

A AIE (Agência Internacional de Energia) revisou e reduziu a previsão de crescimento da demanda de petróleo para 2024, afetada pela desaceleração da economia chinesa, que está provocando uma queda do preço do barril. A demanda mundial de petróleo deve crescer 900 mil barris diários (bd) em 2024, 70 mil a menos que a previsão anterior da agência. A AIE revisou diversas vezes para baixo suas previsões. No início de 2024, a agência projetava um crescimento de 1,2 milhão de barris diários, 300 mil a mais que na previsão atual. A demanda total em 2024 não deve superar 103 milhões de barris diários, segundo a organização com sede em Paris. A queda na demanda é explicada pela desaceleração da economia chinesa e provocou uma redução expressiva nos preços do barril. O preço do Brent foi negociado abaixo dos US$ 70 (R$ 395,45) na terça-feira pela primeira vez desde dezembro de 2021, "menos US$ 20 que em abril de 2024", observa a AIE. (AFP)

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Revisão de planos de petroleiras para ampliar oferta de gás não fica pronta no atual mandato de Lula

As medidas do governo encabeçadas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para tentar baratear o preço do gás natural no País não terão efeito no curto prazo ou no atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A principal aposta do governo, de forçar uma redução na reinjeção de gás natural nos campos de petróleo em exploração, enfrenta limitações técnicas e econômicas, afirmam as empresas que atuam no setor de óleo e gás. Procurado, o Ministério de Minas e Energia não se manifestou. As duas mais importantes fronteiras de exploração de óleo e gás dos próximos anos são operadas pela Petrobras e pela Equinor na Bacia de Santos. São os campos de Búzios e de Bacalhau, respectivamente. Procurada, a Petrobras informou que tem 14 plataformas de exploração já encomendadas no plano de investimentos até 2028. Destas, apenas três são dedicadas exclusivamente para ampliar a extração de gás natural e seis foram desenhadas para extrair apenas petróleo. A primeira plataforma da Equinor em Bacalhau, cuja produção deve começar no ano que vem, só extrai petróleo. eldquo;A decisão final de investimento, de aproximadamente US$ 8 bilhões, foi tomada em junho de 2021, em um momento de muita incerteza no mercado de gáserdquo;, afirma a empresa. A plataforma deve chegar ao Brasil no fim do ano. O decreto baixado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva há 15 dias determina que os planos de desenvolvimento de campos de exploração, inclusive os já em andamento e os maduros, sejam revistos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Nessa reavaliação, a ANP poderá determinar a redução da reinjeção e estabelecer um volume de gás natural a ser extraído obrigatoriamente. Caso as empresas não cumpram a determinação, o decreto fala em sanções contratuais e legais contra as empresas. A reinjeção de gás é benéfica para as petroleiras porque aumenta a pressão nos reservatórios endash; o que faz com que o petróleo seja retirado mais rapidamente. A ideia do governo é limitar a medida, para que mais gás seja enviado até a costa, provocando aumento da oferta e queda nos preços. O problema, explicam executivos do setor, é que cada plataforma de petróleo é customizada para cada campo, seguindo os planos de desenvolvimento de produção aprovados pela ANP. Ou seja, o porcentual de gás que será extraído em alto-mar e levado até à costa já é pré-determinado durante a construção da plataforma, com equipamentos específicos para este fim. Custos Cada plataforma de petróleo custa cerca de US$ 3 bilhões e leva até três anos para ser construída. Os relatos no setor são de que nunca houve um único caso de que uma plataforma tenha interrompido a sua produção para ser refeita em estaleiros de países como China, Coreia do Sul e Singapura. Ainda que o decreto preveja que as empresas sejam ouvidas neste processo de revisão e que a viabilidade seja levada em conta, as petroleiras avaliam que o texto tem potencial de gerar insegurança jurídica e elevar a percepção de risco aos olhos dos investidores. Segundo Sylvie Dersquo;Apote, diretora-executiva de gás natural do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), associação que reúne as petroleiras, o decreto torna potencialmente afetados todos os campos em produção. eldquo;A gente sabe que a ANP tem muitas atribuições e já está atrasada na agenda regulatória de gás e agora vai ter mais atribuições. Quantos planos serão reabertos? Potencialmente, é um número importante de campos, não somente os do pré-salerdquo;, afirma. eldquo;Nossa preocupação não é com os campos futuros, daqui a dez anos; porque nestes, se você ainda não tiver a sua decisão de investimento, se não tiver contratado as infraestruturas, ok. Mas tem campos que vão entrar em operaçãoerdquo;, afirma ela. A executiva diz ainda que o próprio processo de revisão de planos de desenvolvimento não é tarefa fácil. Nesses planos, as empresas entregam para a ANP detalhes sobre como e em quanto tempo pretendem explorar os reservatórios obtidos por meio de concessão ou permissão. Uma revisão demandará novos estudos e investimentos. eldquo;É muito difícil modificar um projeto já existente ou que a infraestrutura já tenha sido contratada. Pode significar meses de adiamento para entrar em operação ou, se tiver que modificar a plataforma, vai perder meses de produção de petróleo. Se tecnicamente for possível fazer isso, economicamente vai gerar muitos custoserdquo;, afirma ela. O pesquisador do Instituto de Energia da PUC-Rio Edmar Almeida afirma que as revisões dos planos, mesmo que sejam feitas de forma célere, não ocorreriam no médio prazo. eldquo;A revisão de um processo de desenvolvimento leva um ano, talvez mais. Depois que você revisou e colocou algo a mais no plano, pode levar mais alguns anos para você implementar. Então, nós estamos falando de um horizonte para além desse governo, com certeza. Pelo menos para além deste mandato (de Lula)erdquo;, afirma. eldquo;Nos próximos cinco, seis anos, vão entrar em operação as plataformas já encomendadas. Pode ficar mais barato comprar o gás do que modificar as atuais plataformaserdquo;, diz Edmar. Ministro diz que gás não pode ser elsquo;jogado foraersquo; Nesta quarta-feira, 11, em evento sobre gás natural em Brasília, o ministro Silveira voltou à carga em críticas contra as petroleiras. eldquo;Temos que discutir de forma técnica, serena e equilibrada, mas com o direito dos brasileiros de entenderem que esse potencial energético é estratégico para o Brasil. Não pode ser, por uma questão econômica simplesmente ou de falta de infraestrutura, (que o gás seja) reinjetado, ou seja, jogado fora enquanto o Brasil necessita tornar mais competitiva a nossa indústria nacionalerdquo;, disse. Desde que o decreto foi publicado, em 26 de agosto, Silveira não se reuniu com representantes do setor para discutir a medida. Auxiliares do ministro afirmam que, apesar da recepção negativa, o intuito do governo não é alterar planos já em curso ou quebrar contratos, mas alterar as regras para o futuro. Até o fim deste mês, a Petrobras deverá anunciar a abertura de um importante duto de escoamento na Bacia de Santos que aumentará a oferta de gás no País, indo na direção do que pretende o governo Lula. Este empreendimento, chamado de Rota 3, é o mais marcante movimento para aumentar a oferta endash; a capacidade inicial é de 10,5 milhões de metros cúbicos por dia, o equivalente a 18% da demanda do País, segundo dados de abril. O projeto começou em 2014 e acabou atrasado em razão de dificuldades financeiras e operacionais para se concluir a obra, então tocada pela Odebrecht. Outros dois campos dedicados à produção de gás estão previstos apenas para 2028, após o fim do atual mandato de Lula. A Petrobras e a Equinor são sócias no projeto Raia, na Bacia de Campos, que tem capacidade estimada em 16 milhões de metros cúbicos de gás por dia. O segundo fica no litoral de Sergipe, mas a Petrobras não conseguiu fornecedores de plataformas para explorar gás e agora se prepara para licitar a construção de dois navios próprios. Segundo pessoas a par do processo, a contratação das plataformas de gás não ocorreu em razão do preço menos vantajoso em relação ao petróleo aos olhos de investidores. Regulação da ANP Enquanto as petroleiras debatem a viabilidade de atender aos pedidos de Brasília no quesito da reinjeção nos reservatórios, grandes consumidores de gás natural se fiam em alterações legais produzidas pelo decreto na parte de escoamento, tratamento e transporte do gás natural. O decreto afirma que essas estruturas passarão a ser reguladas pela ANP, inclusive empreendimentos que foram construídos e são utilizados por seus proprietários, como é o caso dos dutos que trazem o gás do alto-mar para a costa. A agência poderá determinar o preço cobrado pelo dono da estrutura para ceder espaço a terceiros. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Química, André Passos Cordeiro, observa que o decreto fixa que a ANP faça a revisão dessas tarifas em seis meses. A agência também poderá estabelecer um preço provisório. eldquo;É uma medida que poderá ter impacto no curto prazo. Nossa leitura é que há excessivo valor cobrado na tarifa de transporteerdquo;, afirma Cordeiro. Segundo ele, o preço no Brasil pode ser até quatro vezes mais elevado do que o praticado em outros países. eldquo;Do nosso ponto de vista, esse é um indicador claro de que tem algum elemento na composição da tarifa que está distorcido.erdquo; Cordeiro questiona ainda a reclamação das petroleiras. eldquo;Ninguém conhece os critérios para a reinjeção (do gás), sobre o que está relacionado realmente com a necessidade técnica da empresa e o que está relacionado com o fluxo de caixa do produtor. A transparência é importante, e parâmetros técnicos para se estabelecer isso também são, porque o gás, assim como o petróleo, é um bem da Uniãoerdquo;, diz. Sylvie Dersquo;Apote, do IBP, afirma que, neste ponto, o decreto traz inovações que podem levar as empresas a fazer questionamentos na Justiça. eldquo;Fica complicado mudar retroativamente como vai ser o acesso (a essas estruturas). A ANP vai glosar os investimentos e decidir qual será a tarifa? É uma diferença grande em relação ao que está estabelecido na lei do gáserdquo;, diz ela.

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Feira de postos e conveniências adota ação inédita

A GL events, um dos principais players do mercado de evento do mundo, atenta às diretrizes e normas ambientais estipuladas nos acordos internacionais sobre mudanças climáticas, como o Acordo de Paris e o anterior Protocolo de Kyoto, pela primeira vez vai atuar na Expopostos, feira de postos de serviços, equipamentos, lojas de conveniência e food service de grande relevância na América Latina, para neutralizar a emissão de carbono, possibilitando, inclusive, que essa ação seja realizada pelos expositores. A iniciativa, realizada de forma inédita pela GL, organizadora da feira, tem como o objetivo contribuir ainda mais como o meio ambiente, e a consequente preservação do planeta, uma vez que a ação possibilitará que as organizações presentes possam fazer uso dos protocolos internacionais para atingirem as metas de diminuição da emissão de gases poluentes, ajudando, de forma direta, para a redução do aquecimento da Terra. Todo o processo será explanado na feira, que também vai apresentar o aspecto legal, financeiro e o social, bem como os desafios na implantação de programas que buscam combater o aquecimento global, conforme determina o Acordo de Paris, do qual 196 países são signatários, inclusive o Brasil. Outro ponto de destaque que será discutido na ocasião é a comercialização dos próprios créditos de carbono. De acordo com Tatiana Zaccaro, diretora de unidade da GL events, responsável pela promoção e organização da ExpoPostos, "em um momento crítico, em que as manchetes dos principais jornais relatam que mais da metade dos estados brasileiros enfrenta a pior seca em 44 anos, a GL events reafirma seu compromisso na luta contra as mudanças climáticas, mapeando e neutralizando 100% das emissões diretas de CO2 do ExpoPostos 2024, reforçando sua agenda ESG e toda responsabilidade ambiental. Por meio da aquisição de créditos de carbono, a iniciativa apoia projetos de preservação florestal e reflorestamento na Amazônia (MT), Cerrado (GO) e Mata Atlântica (SP), além de promover a geração de energia renovável. Essa ação neutraliza aproximadamente 200 toneladas de carbono, o que corresponde à preservação de mais de 2.600 árvores por ano", explica. Segundo a executiva, a ação contou com o apoio da Wecarbon, especialista na elaboração de programas de carbono e projetos ligados aos temas ESG e, dessa forma, a empresa não apenas mitiga seu impacto ambiental, mas também contribui ativamente para a proteção dos ecossistemas e a promoção de um futuro mais sustentável. "Poder possibilitar aos expositores algo tão importante, que contribui para o meio ambiente e para a preservação do Planeta, bem como disponibilizar a obtenção de recursos apropriados para tal fim, demonstra o nosso compromisso com a sociedade e o nível de internacionalização que o evento está alcançando", explana. Para Zaccaro, a disponibilização de uma assessoria para emitir Créditos de Carbono também tem como intuito contribuir para o desenvolvimento econômico responsável e seguro, visando, inclusive, uma comunidade empresarial ainda mais consciente em relação ao meio ambiente. "Trata-se de uma iniciativa que está diretamente ligada à conservação de todo o planeta e à qualidade de vida dos seres humanos. Por essa razão, é imperativo que as organizações tenham ciência das ações sustentáveis que melhoram a qualidade de vida na Terra e que podem se tornar uma relevante fonte de recursos. Estamos muito satisfeitos com o crescimento da ExpoPostos 2024, que teve um aumento de 60% no número de expositores e expandiu a área de estandes para quase 10.000 m². No Fórum, tivemos 1.400 participantes confirmados, 50% a mais que no ano anterior, e já ultrapassamos 10.000 inscrições antecipadas para a feira. Com a nova iniciativa de neutralização de carbono, reforçamos nosso compromisso com a sustentabilidade e com o futuro do setor", finaliza. (Dino)

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Petrobras ignora petróleo e cai após banco cortar preço-alvo e projeção de dividendos

Os preços do petróleo caíram cerca de 20% desde junho e jogaram lá embaixo as estimativas do banco Goldman Sachs para a cotação da commodity nos próximos meses, ainda que a commodity tenha registrado recuperação nas últimas duas sessões. Com isso, as projeções para o preço-alvo e os dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4) até o fim de 2025 também passaram por revisão. Segundo relatório divulgado pelo Goldman nesta quinta-feira (12), os dividendos extraordinários da petroleira referentes ao ano fiscal de 2024 não devem mais chegar a US$ 7 bilhões (R$ 39,5 bilhões) e, sim, a US$ 6 bilhões (R$ 33,9 bilhões). As ações da empresa apresentaram queda nas negociações em Bolsa nesta quinta-feira (12), sendo um dos motivos principais a revisão pelo banco americano, fazendo com que os ativos ignorassem a sessão de recuperação do petróleo, que subiu cerca de 2%. Os papéis PETR3 caíram 1,17%, a R$ 40,49, enquanto as ações PETR4 perderam 1,13%, a R$ 36,87. Os analistas do banco consideram a faixa de US$ 70 o barril de petróleo para seus cálculos. Eles citam a fraca demanda da China, a produção mais forte do que o esperado nos EUA e os estoques positivos da OCDE como detratores da cotação da commodity. Diante desse cenário, eles escrevem que veem agora eldquo;um potencial de alta menor em relação ao projetado anteriormenteerdquo;. O preço alvo para as ações da Petrobras em 12 meses passou de R$ 53 por ação ordinária (PETR3) para R$ 43,40 e de R$ 48 por papel preferencial (PETR4) para R$ 39,40. A recomendação do Goldman para ações continua sendo de compra, no entanto. O relatório diz que a empresa apresenta um spread de 3 pontos percentuais em seu fluxo de caixa livre no ano em comparação com principais pares globais. eldquo;Combinado com potenciais dividendos extraordinários a serem distribuídos nos próximos meseserdquo;, a ação é vista como atrativa. Os US$ 6 bilhões estimados pelos analistas devem ser pagos em dois momentos, de acordo com os analistas. Um total de US$ 4 bilhões até o final de 2024, e os US$ 2 bilhões remanescentes no primeiro semestre de 2025. Dividendos em risco Além do preço do petróleo, um outro risco apontado no relatório do Goldman para o volume de proventos a ser distribuído pela petroleira é o aumento da dívida bruta. Atualmente, a Petrobras tem um teto estabelecido para a sua dívida, de US$ 65 bilhões até o fim do ano fiscal de 2025. A empresa apresentou um plano robusto de novas unidade de produção para começo de operação prevista em 2025. Com isso, os analistas ponderam sobre a possibilidade de a petroleira exceder o seu limite de dívida para conseguir executar esse plano. Segundo o relatório, caso a administração resolva pagar a dívida para não romper o limite, em vez de ajustar esse teto para cima no novo plano estratégico esperado para novembro, eldquo;isso poderá reduzir a disponibilidade de caixa e representar riscos de queda para nossas estimativas de dividendoserdquo;.

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