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Petróleo sobe com planos dos EUA de reabastecer reserva estratégica

Os preços do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, revertendo uma queda de mais de 2% no início da sessão, diante de planos do governo dos Estados Unidos para reabastecer a reserva emergencial de petróleo do país e antecipando uma demanda sazonal mais alta. O petróleo Brent subiu 0,43 dólar, ou 0,6%, a 77,44 dólares o barril, enquanto o petróleo nos EUA (WTI) avançou 0,55 dólar, ou 0,8%, a 73,71 dólares. Ambos os contratos de referência caíram cerca de 2,5% no início da sessão, após dois dias de ganhos. Os planos do governo do presidente Joe Biden de começar a comprar petróleo para reabastecer a Reserva Estratégica de Petróleo ajudaram a cobrir posições vendidas especulativas, disse Robert Yawger, diretor executivo de futuros de energia da Mizuho. A secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, disse que o governo poderia começar a comprar de volta o petróleo bruto para a Reserva Estratégica de Petróleo no final deste ano, depois que Biden no ano passado determinou a maior venda até agora do estoque. Um relatório da Energy Information Administration (EIA) apontando para uma maior demanda sazonal e uma produção menor do que o esperado também apoiou os preços.

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IBP discute transição energética na Câmara dos Deputados

O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, participou nesta terça-feira (09/5) de audiência pública na Comissão de Minas e Energia, da Câmara dos Deputados, que discutiu as oportunidades e desafios da implementação da transição energética no Brasil. Para Ardenghy, o processo de transição energética é uma realidade e o Brasil se encontra em posição privilegiada. eldquo;Para se ter ideia, no mundo o setor de óleo e gás representa 76% das emissões globais e no Brasil apenas 18%. Nós praticamente já atingimos algumas metas do acordo de Pariserdquo;. O executivo lembrou que a demanda por energia continuará crescendo, com a sociedade demandando um petróleo cada vez mais descarbonizado. eldquo;Até 2050, o consumo de energia mundial aumentará em 50%. Somos capazes de produzir petróleo com fator de emissão muito abaixo da média mundial, comparado com Rússia, Canadá, por exemplo. No futuro, o cliente vai exigir um produto cada vez mais descarbonizadoerdquo;, disse Ardenghy. Na visão do presidente do IBP, a transição enérgica congregará diversas tecnologias e soluções simultaneamente, escalando até atingir uma energia totalmente renovável. Ardenghy reforça que o gás natural é o energético para realizar a transição em todo o mundo e acredita que o biorrefino é uma opção para o futuro do setor de combustíveis. eldquo;O Brasil é um grande produtor de biocombustíveis derivados de biomassa. Temos o HVO, de origem vegetal, por exemploerdquo;, lembrou. O executivo reforçou ainda o pleito do setor para diversificar o portfólio de combustíveis ofertados com a produção de novas rotas tecnológicas. eldquo;Pedimos ao governo que nos autorize a produzir esse diesel verde, com a vantagem do Renovabio, que podemos utilizar na produção do SAF (combustível de aviação). Temos muitas alternativas, queremos dar um futuro ao refino brasileiro para continuarmos gerando emprego e rentabilidade para o setorerdquo;, concluiu Ardenghy.

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Petrobras nega parceria com Mubadala para trocar ações da refinaria de Mataripe por Braskem

A Petrobras informou que eldquo;não são verídicas as informações que a companhia está discutindo parceria com o fundo Mubadala, o fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, para trocar as ações da refinaria de Mataripe, na Bahia, por ações da Braskemerdquo;. A estatal ainda nega conduzir estruturação de operação de venda no mercado privado e afirma que não participa de negociações citadas pela imprensa local. Segundo a Petrobras, eldquo;todas as ações relacionadas à sua participação na Braskem exigem análise cuidadosa sob a perspectiva de gestão de portfólio e devem ser conduzidas com observância das práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveiserdquo;. O Mubadala anunciou no mês passado o investimento de R$ 12 bilhões, nos próximos dez anos, na refinaria de Mataripe. A expectativa é produzir anualmente 1 bilhão de litros de eldquo;diesel verdeerdquo; ou HVO (Hydrotreated Vegetable Oil), o que vai reduzir em até 80% as emissões de COe#8322; com a substituição do combustível fóssil. A nova planta vai utilizar a infraestrutura da Refinaria de Mataripe, como água, energia, vapor e o Terminal Madre de Deus (Temadre), adquirido com a unidade. Será construída uma unidade de geração de hidrogênio sustentável, para o hidrotratamento dos combustíveis. A previsão é iniciar as obras já em janeiro de 2024.

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Impostos explicam altos preços dos carros no País

Surpreso com os preços dos carros no País, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu transformar a questão em pauta de governo, para permitir que os mais pobres possam comprar o seu carrinho. Nada mais justo. Afinal, com os carros mais baratos à venda no mercado custando quase R$ 70 mil, o equivalente a 27 vezes a renda média mensal dos brasileiros, de cerca de R$ 2.800, segundo o IBGE, ficou difícil, quase impossível, para um contingente significativo da população, conseguir comprar um carro zero. Agora, como ex-metalúrgico e presidente da República pela terceira vez, Lula deveria saber endash; se é que não sabe endash; que o alto custo dos veículos aqui se deve principalmente a um único fator: IMPOSTOS, IMPOSTOS E IMPOSTOS. Se quiser realmente baixar os preços dos automóveis, em especial os mais eldquo;populareserdquo;, Lula não precisaria eldquo;quebrar a cabeçaerdquo; nem realizar reuniões de ministros e seus assessores com executivos das montadoras e dos bancos, para encontrar uma solução para a questão. Bastaria propor um corte de impostos que os preços dos carros cairiam quase pela metade, ampliando da noite para o dia o acesso da população ao produto. Segundo um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), os impostos representam 42% dos preços dos veículos no País endash; 30% relativos a tributos federais e 12%, estaduais. Um carro de R$ 70 mil, por exemplo, custaria R$ 40,6 mil (US$ 8,1 mil ao câmbio atual) sem os tributos, aproximando-se dos preços dos veículos no exterior. Considerando só os impostos federais, o preço cairia para R$ 49 mil (US$ 9,8 mil). Em uma pesquisa com 13 países que realizei 2010, para uma reportagem que produzi sobre o tema para a revista Época, onde trabalhava na ocasião, o Brasil tinha o preço mais caro de carro. Um Corolla XEI 2.0 com câmbio automático, por exemplo, que custava R$ 75 mil no Brasil, saía por R$ 32, 8 mil nos Estados Unidos, R$ 37,2 mil no México, R$ 46,8 mil na Argentina, R$ 50,3 mil na Índia e R$ 50,7 mil na Alemanha. Embora os preços obviamente tenham subido desde então e tenham sido afetados em reais pela variação cambial registrada no período, pouca coisa mudou de lá pra cá na área tributária. Resta saber se, com as contas públicas no vermelho e as incertezas sobre o equilíbrio fiscal do País em alta, faz sentido o governo cortar impostos incidentes sobre os automóveis e abrir mão de uma arrecadação considerável, para turbinar as vendas. De acordo com informações do setor, a indústria automobilística recolhe perto de R$ 70 bilhões por ano só em impostos diretos, o equivalente a cerca de 30% do déficit público de 2,3% do PIB (Produto Interno Bruto) previsto no Orçamento federal em 2023. Fica a dúvida também se um governo que está propondo uma reforma tributária para acabar com privilégios setoriais e um ajuste fiscal pelo aumento da receita, apesar de a carga de impostos já ser equivalente a 35% do PIB, estaria disposto a seguir por esse caminho, depois de criticar e rever o corte de tributos sobre os combustíveis adotado no governo Bolsonaro. A solução para o problema, porém, está ao alcance de suas mãos.

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Inflação do Nordeste supera média de outras regiões do Brasil, diz FGV

O Nordeste registrou inflação maior do que a média das outras regiões do Brasil no acumulado de janeiro de 2020 a março de 2023. A conclusão é de um levantamento divulgado nesta terça-feira (9) pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). A análise foi construída a partir de um novo índice de preços do instituto, o IPC-Regional (Índice de Preços ao Consumidor Regional). Esse indicador estima a inflação para famílias de baixa renda (até 1,5 salário mínimo por mês) e de alta renda (acima de 11,5 salários mínimos por mês) nas diferentes regiões do país. Nesta divulgação, o foco é o Nordeste, pelo fato de a região "ter experimentado um processo inflacionário um pouco mais rigoroso que as demais", de acordo com o FGV Ibre. De janeiro de 2020 a março de 2023, o IPC das famílias de renda baixa acumulou alta de 26,46% no Nordeste. Enquanto isso, o avanço nas demais regiões do país, excluindo o Nordeste, foi de 23,51%. O resultado nordestino está associado em parte à carestia da alimentação, que responde por uma fatia maior do orçamento das famílias mais pobres. No Nordeste, a inflação acumulada pela alimentação para baixa renda foi de 43,24% no intervalo de janeiro de 2020 a março de 2023 endash;nas demais regiões, o grupo teve alta de 42,01%. Para ilustrar a pressão dos preços da comida, o FGV Ibre citou dez alimentos que subiram bem acima da inflação média local: óleo de soja (119,02%), arroz (80,41%), milho de pipoca (76,46%), farinha de mandioca (74,45%), açúcar cristal (59,71%), margarina (59,43%), linguiça (58,49%), ovos (56,48%), leite em pó (54,05%) e pão francês (46,37%). Entre as famílias consideradas de alta renda, a inflação acumulada pelo IPC-Regional foi de 23,04% no Nordeste de janeiro de 2020 a março de 2023. Na média das outras regiões brasileiras, o avanço alcançou 21,42%. Para a camada mais rica da população, o grupo com maior peso no orçamento familiar é o de transportes. No Nordeste, a inflação acumulada por transportes para esses consumidores foi de 24,66% de janeiro de 2020 a março de 2023. Nas demais regiões, o aumento foi de 23,12%. O FGV Ibre afirma que, de 2020 a março de 2023, a inflação foi influenciada por fatores diversos. A pressão inicial, diz o instituto, veio dos reflexos da pandemia de Covid-19. A crise sanitária desalinhou cadeias produtivas globais, gerando escassez de matérias-primas. Em seguida, houve impacto da crise hídrica e do aumento dos preços do petróleo em 2021, aponta o FGV Ibre. A partir de 2022, a Guerra da Ucrânia exerceu pressão adicional sobre as cotações de commodities agrícolas, incluindo trigo e milho, o que pressionou os alimentos. O levantamento do FGV Ibre traz ainda um recorte do IPC-Regional no acumulado de 12 meses. Até março de 2023, a maior alta da inflação das famílias de baixa renda foi registrada no Norte (4,70%). Nordeste (4,57%), Sul (3,12%), Sudeste (3,03%) e Centro-Oeste (2,24%) aparecem na sequência. Entre as famílias de renda alta, o Nordeste teve o maior avanço do IPC-Regional (4,70%) nos 12 meses até março de 2023. O Sul (4,41%) apareceu depois, seguido por Norte (4,14%), Sudeste (4,05%) e Centro-Oeste (3,23%). "A inflação percebida pelas famílias, nas mais diversas regiões do país, segue uma dinâmica muito particular. Famílias com o mesmo nível de renda, mas residentes em diferentes regiões, podem perceber diferenças no comportamento da inflação", diz o FGV Ibre. "Tais diferenças se sustentam em função dos hábitos de consumo, dos impostos, do frete, do clima e de vários outros fatores. Além disso, famílias em diferentes classes sociais também tendem a sentir diferença no comportamento da inflação", acrescenta.

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Etanol sobe pela 4ª semana seguida nos postos do país, diz ANP

O preço médio do litro do etanol nos postos de combustíveis subiu pela quarta semana seguida no país, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A informação, divulgada na segunda-feira (8/5), tem como referência a semana de 30 de abril a 6 de maio. Nesse período, o valor médio do litro de etanol ficou em R$ 4,15, o que representou um avanço de 1,12% em relação à semana anterior. O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 6,50, e o mínimo, de R$ 2,99. A gasolina também subiu na última semana, alcançando R$ 5,52, em elevação de 0,18% sobre os R$ 5,51 da semana anterior. O preço mais alto encontrado pela ANP nos postos foi de R$ 7,35; o mais baixo, de R$ 4,09. O diesel caiu pela décima terceira semana consecutiva, passando, em média, de R$ 5,71 para R$ 5,65, em redução de 1,05%. O litro mais caro encontrado pela ANP foi de R$ 7,69, e o mais barato, de R$ 4,87.

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