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Gasolina sobe pela 5ª semana seguida e volta a ficar acima de R$ 5

A gasolina subiu de preço nos postos de abastecimento pela quinta semana consecutiva, e voltou a ultrapassar a barreira dos R$ 5,00 por litro, aponta levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A última vez que a gasolina esteve acima de R$ 5,00 foi na segunda semana de setembro. Desta vez, entre os dias 6 e 12 de novembro, diz a ANP, o preço médio do litro do combustível nas bombas subiu 0,8%, para R$ 5,02, ante R$ 4,98 na semana imediatamente anterior. Os cinco aumentos seguidos ao consumidor vieram mesmo com a Petrobras mantendo o preço do combustível congelado há 73 dias. A gasolina sobe desde 2 de outubro, quando o litro chegou a R$ 4,79. Desde então, o produto já acumula alta de 4,8% nas bombas. Isso se deve a aumentos praticados por refinarias privadas, como a de Mataripe (BA), da Acelen, empresa do fundo Mubadala, importadores e varejistas. Também contribuíram para a escalada dos preços do insumo a alta no preço do etanol anidro, que compõe 27% da mistura da gasolina e, mais recentemente, no início do mês, o fechamento de estradas por bolsonaristas que protestavam contra o resultado das eleições. Os bloqueios pressionaram os preços da gasolina em estados do Sul do País, como Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, além de regiões de São Paulo. A redução no preço da gasolina foi uma das bandeiras da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). O preço começou a cair no fim de junho, quando o preço médio do litro da gasolina chegou a um pico de R$ 7,39 por litro. Então, o governo conseguiu reduzir impostos federais e estaduais, medidas que foram seguidas de quatro reduções no preço praticado pela Petrobras nas refinarias. A ofensiva a pouco mais de três meses das eleições baixou o preço do combustível em 35%, mas, com a alta das cotações internacionais do petróleo e dos derivados, a Petrobras ficou sem espaço para novas reduções e altas no preço final ao consumidor foram verificadas ainda entre o primeiro e segundo turno das eleições. Diesel Já o preço do diesel S10 ficou estável em R$ 6,71 por litro no período. O preço do diesel tem flutuado nas últimas semanas alternando entre altas e baixas, mesmo sem mudanças nos preços praticados pela Petrobras nas refinarias. Com as cotações internacionais a patamares altos, a estatal não pode reduzir preços por força de sua política de precificação, de alinhamento ao preço de paridade internacional. Ao contrário, dizem analistas ouvidos pelo Broadcast, a Petrobras já deveria ter majorado seus preços. Gás de cozinha O botijão de 13 quilos de gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha, viu o preço ao consumidor subir 0,5% de R$ 109,86 na semana passada, para média de R$ 110,42 entre os dias 6 e 12 de novembro. Assim como o diesel, esse preço tem variado, mesmo sem mudanças nos preços da Petrobras.

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Governo Lula: como o petróleo pode ser 'calcanhar de Aquiles' da política ambiental

Na próxima semana, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá desembarcar no balneário egípcio de Sharm El-Sheik para participar, como convidado, da Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP27). O evento reúne chefes de Estado de dezenas de países para discutir os rumos do combate à emergência climática que afeta o planeta. Parte da comunidade internacional aguarda a chegada de Lula ao evento com a expectativa de que ele possa anunciar quem irá ocupar o ministério do Meio Ambiente. Uma das principais cotadas é a ex-ministra da pasta e deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), que já está no Egito. Também há a expectativa de que o presidente eleito anuncie quais serão as linhas mestras de sua política ambiental para os próximos quatro anos. Mas apesar de sua vitória ter sido comemorada por ambientalistas e líderes preocupados com o futuro da Amazônia, especialistas e políticos ouvidos pela BBC News Brasil apontam que as diretrizes apontadas pelo PT durante a corrida eleitoral contém uma contradição que não pode ser ignorada. De um lado, o partido do presidente se compromete com o combate ao desmatamento ilegal na Amazônia. Por outro, porém, continua apostando pesado na exploração petrolífera como fonte de geração de riqueza e como motor do desenvolvimento nacional. "Neste momento, podemos dizer, sim, que esta é uma contradição", disse o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), coordenador da campanha presidencial para temas ambientais. Contraste de discursos A comemoração de ambientalistas pela vitória de Lula nas eleições sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) se deveu, em parte, pela condução da política ambiental do atual mandatário. Durante a gestão de Bolsonaro, o desmatamento na Amazônia aumentou de 10,1 mil quilômetros quadrados em 2019 para 13 mil quilômetros quadrados em 2021, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em meio ao aumento no número de queimadas na Amazônia, Bolsonaro chegou a responsabilizar índios e ribeirinhos pelos incêndios emdash; que chamaram atenção da comunidade internacional. Além disso, o governo Bolsonaro defendeu a regulamentação da mineração em terras indígenas e prometeu acabar com a chamada "indústria da multa", termo usado pelo presidente para designar a atuação de órgãos ambientais contra infratores. Na contramão, Lula é conhecido internacionalmente por ter conseguido reduzir em 72,3% a taxa anual de desmatamento. Em 2003, ano em que assumiu, o desmatamento na Amazônia foi de 25,3 mil quilômetros quadrados. Em 2010, ano em que deixou o governo, a taxa foi de 7 mil quilômetros quadrados. Ainda durante seu governo, Lula criou o Fundo Amazônia, que recebeu doações de países como Alemanha e Noruega para financiar ações de preservação da floresta amazônica. Durante a campanha eleitoral deste ano, Lula prometeu retomar a política ambiental pela qual ficou conhecido entre 2003 e 2010, o que animou parte da comunidade internacional e de ambientalistas. Seu principal foco foi a promessa de que irá combater o desmatamento ilegal na Amazônia e a atividade dos garimpos ilegais. A animação foi tamanha que logo após a sua vitória, o governo da Noruega anunciou que retomaria sua participação no Fundo Amazônia, paralisada desde o início da gestão do presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Logo em seguida, o presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, convidou Lula para participar da COP 27. Lula deve chegar ao evento na próxima quarta-feira (16/10). Contradição: Amazônia e petróleo O entusiasmo em relação ao retorno de Lula ao poder, porém, não esconde a preocupação de um grupo significativo de ambientalistas com a contradição da política ambiental desenhada pelo PT e divulgada durante a campanha eleitoral. No documento "Diretrizes para o programa de reconstrução e transformação do Brasil" registrado pelo PT junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o partido elenca algumas das suas prioridades para os próximos quatro anos. Nele, a chapa se compromete a promover um modelo de desenvolvimento ambiental e economicamente sustentável e a enfrentar as mudanças climáticas. "Temos compromisso com a sustentabilidade social, ambiental, econômica e com o enfrentamento das mudanças climáticas. Isso requer cuidar de nossas riquezas naturais, produzir e consumir de forma sustentável e mudar o padrão de produção e consumo de energia no país, participando do esforço mundial para combater a crise climática", diz um trecho do documento. Em outro trecho, o partido promete combater de forma "implacável" o desmatamento ilegal. "Combateremos o crime ambiental promovido por milícias, grileiros, madeireiros e qualquer organização econômica que aja ao arrepio da lei. Nosso compromisso é com o combate implacável ao desmatamento ilegal e promoção do desmatamento líquido zero, ou seja, com recomposição de áreas degradadas e reflorestamento dos biomas", diz outro trecho do documento. O documento também menciona a necessidade de conduzir o Brasil para uma transição energética e ecológica e fala em diversificar a matriz energética do país com fontes renováveis, mas também fala em aumentar a capacidade de produção de derivados do petróleo no Brasil. "É necessário expandir a capacidade de produção de derivados no Brasil, aproveitando-se da grande riqueza do pré-sal, com preços que levem em conta os custos de produção no Brasil", diz um trecho das diretrizes. Para o secretário-executivo da organização não-governamental Observatório do Clima, Márcio Astrini, o foco na Amazônia e a aposta em combustíveis fósseis é a principal contradição das diretrizes do que deverá ser a política ambiental do novo governo. Ele avalia que esse paradoxo não está em evidência por conta do legado deixado pela política ambiental do atual governo, especialmente na Amazônia. "Essa contradição existe e não é tão debatida porque a gente vem de um cenário de desmatamento e falta de governança na Amazônia que é um escândalo e que dominou o noticiário. Mas essa aposta em combustíveis fósseis é um problema que o novo governo Lula vai ter que resolver", afirmou Astrini. Astrini diz que o tema é sensível dentro do grupo político que apoiou a candidatura de Lula por conta da ligação histórica entre o presidente eleito e setores como os trabalhadores da indústria do petróleo. "Os petroleiros fazem parte da base social de apoio a Lula. É uma base legítima e isso torna o debate em torno do assunto bastante sensível", explicou. A assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Livi Gerbase, também avalia que a aposta em combustíveis fósseis feita pelo novo governo é uma contradição quando comparada com a postura prometida em torno da Amazônia. "É muito difícil que o Brasil se posicione, de fato, como líder na área climática, se mantiver a aposta em combustíveis fósseis. Hoje, o Brasil é o nono maior produtor de petróleo do mundo e as estimativas são de que a produção aumente e o Brasil chegue ao quarto lugar nesse ranking", disse a especialista. Livi Gerbase afirma que o governo precisa apresentar propostas concretas para avançar na transição em matéria de energia uma vez que, nos últimos anos, a matriz elétrica do país ficou mais "suja", com aumento da participação de fontes derivadas de combustíveis fósseis. Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontam que, em 2010, 11,7% da energia elétrica produzida no Brasil vinha de combustíveis fósseis (carvão mineral, gás natural e petróleo ou derivados). Em 2021, esse percentual saltou para 19,7%. Foco no combate ao desmatamento Apesar de reconhecer a contradição da política ambiental proposta pelo novo governo, Nilto Tatto diz que, neste momento, a prioridade do governo está focada em atacar as principais fontes de emissões dos gases do efeito estufa do país. Segundo o relatório do Observatório do Clima divulgado em 2021, 73% das emissões brasileiras são derivadas da agropecuária e da mudança no uso da terra e floresta, item que compreende o desmatamento. Tatto disse que o foco na Amazônia se deve, em parte, ao fato de que o Brasil não teria condições de abdicar do petróleo. "Precisamos levar em consideração que a maior parte da contribuição do Brasil às emissões está relacionada ao uso da terra, desmatamento e agropecuária [...] Por isso o desmatamento é o foco. O Brasil não tem condições de abdicar do uso ou da extração de petróleo", disse o parlamentar, que participa da COP 27. Para o parlamentar Airton Faleiro (PT-PA), que também colaborou com o partido durante a campanha presidencial, a manutenção da aposta em combustíveis fósseis pelo governo se dá pela conjugação de três fatores: divergências internas, falta de compreensão sobre a emergência da crise climática e restrições impostas pela legislação. "O governo Lula é um governo em disputa. Ele é formado por uma grande coalizão com diferentes entendimentos sobre o tema. Além disso, não existe um convencimento na coalizão sobre evoluirmos em novas fontes. E finalmente, temos a legislação e limitações orçamentárias para investir em novas fontes", disse o parlamentar. Dever de casa Nilto Tatto reconhece que a aposta em petróleo é uma contradição na política ambiental que está sendo desenhada pela equipe do novo governo. Ele afirma, no entanto, que o principal vilão climático do Brasil são as emissões de gases do efeito estufa derivadas do uso do solo, especialmente o desmatamento. "Podemos dizer que, neste momento, há, sim, uma contradição. Mas precisamos levar em consideração que a maior parte da contribuição do Brasil às emissões (de gases do efeito estufa) está relacionada ao uso da terra, ao desmatamento e agropecuária", afirmou o deputado. Relatório divulgado pelo Observatório do Clima em 2021 estima que, em 2020, 73% das emissões de gases do efeito estufa no Brasil eram derivadas da mudança no uso da terra (46%) e da agropecuária (27%). No item "mudanças no uso da terra", 90% do total foi causado pelo desmatamento. O setor de energia, segundo o relatório, é responsável por 18% das emissões. O deputado Airton Faleiro disse acreditar, porém, que o novo governo Lula será cobrado, inicialmente, pela redução do desmatamento na Amazônia. "Acho que o Brasil vai ser mais cobrado pela redução das queimadas e do desmatamento na Amazônia do que pela nossa geração de energia fóssil", avaliou o parlamentar. Faleiro avalia, no entanto, que se o Brasil não caminhar rapidamente rumo a uma transição energética, o país poderá se prejudicar. "Se o Brasil cuidar bem das queimadas, do desmatamento e impedir os ataques às terras indígenas, a imagem do país ficará boa interna e externamente. Mas se o Brasil não acelerar esse processo de transição rumo a novas fontes de geração de energia, aí poderemos ser condenados por não termos evoluído em nossas ambições", disse o parlamentar. Petrobras na mira No papel, as diretrizes para o plano de governo de Lula mencionam a necessidade de transformar a Petrobras em uma empresa de energia, o que englobaria a produção de energia a partir de diversas fontes e não apenas a partir da exploração de petróleo. Ao mesmo tempo, o documento menciona a necessidade de expandir a capacidade de refino do óleo cru extraído pela companhia. Os planos delineados pelo partido de ampliar o portfólio energético da Petrobras, porém, contrastam com a realidade da companhia neste momento. De acordo com o planejamento quinquenal divulgado pela empresa em novembro de 2021 e referente ao período de 2022 a 2026, não há previsão de investimentos da companhia em fontes de energia como eólica ou solar, cujas participações na matriz energética brasileira vêm crescendo ano após ano. Dos R$ 68 bilhões previstos em investimentos até 2026, 84% (R$ 57,3 bilhões) serão destinados à exploração de petróleo. Ainda de acordo com o relatório, somente 4,1% serão destinados a projetos para reduzir as emissões de carbono da empresa, como a produção de diesel renovável. À BBC News Brasil, o diretor de relacionamento institucional e sustentabilidade da Petrobras, Rafael Chaves Santos, admite que a Petrobras não tem um plano estabelecido de energia renovável. "A gente não tem plano de investimento em energia renovável. Hoje a Petrobras não tem (planos de investimento em energia) solar, eólica. Isso aí está claro desde a divulgação do plano (2022-2026). Hoje, a gente não investe em energia solar e eólica. Hoje a gente investe em petróleo, descarbonização e soluções com base na natureza e floresta", disse o diretor. Santos disse que nos cenários com os quais a Petrobras trabalha, o petróleo continuará a ser uma commodity importante até 2050. Por isso, ele diz, a companhia deve acelerar a extração do petróleo do pré-sal e gerar riqueza. "Se você pegar o cenário mais agressivo de transição energética, você vai ter milhões de barris de petróleo sendo consumidos. Isso não é uma dependência, é uma oportunidade que a gente tem de transformar os recursos brasileiros em riqueza. Por isso que a gente fala muito da pressa no pré-sal. A gente tem que tirar o barril de petróleo e vender [...] porque se a gente não tirar e não vender, ele não gera emprego, renda e imposto", disse Santos. Livi Gerbase, do Inesc, diz que o problema da postura adotada pela companhia nos últimos anos "suja" não apenas a matriz energética do país, como a de outros países, na medida em que parte do petróleo produzido pela estatal é exportado. Segundo ela, o momento não seria de adotar uma política de interrupção da exploração de petróleo ou mesmo de não abrir novos poços, mas de ter uma estratégia definida para o futuro baseado em energias renováveis. "Não é uma questão de abandonar o petróleo ou de (ter) nenhum poço a mais. É mais uma questão de entender que, podemos, sim, produzir petróleo, mas que devemos depender cada vez menos das rendas petrolíferas e mais das rendas oriundas de fontes renováveis", disse. (BBC News)

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Carros por assinatura avançam e são alternativa para ter veículo 0 km; veja comparativo

Com a alta do preço dos carros novos nos últimos anos, o modelo de carro por assinatura vem ganhando espaço e oferece cada vez mais opções. Montadoras, concessionárias, locadoras, seguradora e startups estão investindo nesse serviço e disputando os motoristas. Neste modelo, em vez de comprar o carro, o cliente faz uma assinatura por um período a partir de um ano. As mensalidades costumam incluir, além do veículo, as despesas com seguro, impostos, revisões e manutenções programadas. É possível assinar desde carros 1.0 manuais até modelos esportivos blindados e furgões. Veja um comparativo das opções ao final da reportagem. As mensalidades de modelos populares, como Renault Kwid e Fiat Argo ficam entre R$ 1.400 e R$ 2.100. O preço de um mesmo carro pode variar bastante de um serviço para o outro. O tempo mínimo de contrato costuma ser de 12 meses. Quanto mais longo, menor a mensalidade. ANALISTAS FINANCEIROS CALCULAM QUE ASSINATURA CUSTA MENOS QUE COMPRA Analistas financeiros apontam que a assinatura traz mais vantagens porque o cliente deixa de perder dinheiro com juros e depreciação. E também não fica com patrimônio imobilizado: em vez de colocar R$ 100 mil na compra de um carro à vista, a pessoa pode investir o dinheiro e ter rendimentos, por exemplo. "No geral, o modelo de assinatura é em média 40% mais barato que financiar o mesmo veículo e 14% mais barato que adquiri-lo à vista (considerando contratos com duração de 24 meses)", aponta um relatório do banco BTG Pactual. O BTG considera que o mercado de locação está em estágio inicial no Brasil e que tem grande potencial de expansão, especialmente no setor de PME (Pequenas e Médias Empresas) e de pessoas físicas. Dados da ABLA (Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis) indicam que o mercado de assinatura de veículos no país já abrange 106 mil veículos. Entre 2014 e 2019, em média foram vendidos 2.5 milhões de carros por ano no Brasil. A Porto Seguro, por exemplo, teve 76% de crescimento de receita, e 26% de aumento de frota, em sua divisão de assinaturas no serviço no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021. A frota atual supera 14 mil veículos. "Iniciamos em 2016. Desde então, o crescimento tem sido constante. A demanda tem superado nossas expectativas, principalmente em períodos mais recentes", diz Gustavo Fehlberg, responsável pelo serviço na Porto. "O número de assinantes do Movida Zero KM cresceu 40% em 2022 na comparação com o mesmo período de 2021", diz Felipe Zogbi, diretor-executivo do serviço. "A estimativa é que a modalidade continue com esse ritmo de crescimento em 2023. Apenas o Estado de São Paulo representa cerca de 60% do total de clientes." "Este ano teve um saldo muito positivo na locação de veículos em geral. As pessoas voltaram a sair de casa e viajar", diz David Silva, diretor comercial da Livre, ligada à locadora Unidas. "Com a retomada dos eventos e atividades comerciais, a demanda está cada vez mais aquecida." "O preço dos carros novos subiu muito depois da pandemia. Antes, modelos como HB20 custavam R$ 50 mil, R$ 55 mil. Hoje estão na faixa de R$ 75 mil a R$ 80 mil. Mas o preço das assinaturas se manteve mais ou menos estável, o que gera vantagem ao consumidor", avalia Carlos Castro, CEO da Super Rico, uma plataforma de planejamento financeiro. Castro fez um comparativo com a aquisição de um HB20 1.0 manual zero km, no valor de R$ 79.481. Após um ano, o consumidor teria desembolsado ao todo R$ 89 mil, incluindo os gastos com seguro, taxas, revisão e depreciação. Ao alugar, o gasto total seria de R$ 22.788. A comparação dos custos, porém, envolve outros aspectos, como, por exemplo, o tempo que o cliente pretende manter a assinatura (já que a depreciação diminui proporcionalmente com o passar dos anos), se ele tem intenção de comprar o carro ao final da assinatura e como é o mercado de compra e venda nos momentos de decisão. À parte a questão financeira, uma das principais vantagens do serviço é não precisar lidar com várias burocracias que envolvem ter um automóvel, como escolher um seguro, pagar impostos, fazer revisões e negociar a compra e a venda do veículo. "Outro dia, tive um problema no câmbio, acionei a Turbi e me trouxeram outro carro rapidamente, no lugar onde estava", conta o economista Jonatha Mendes, 37. Ele usa carros de locadoras há três anos e disse que teve alguns perrengues. "Tem vez que você faz o cadastro todo, chega para retirar e falam que faltam coisas", conta. "Quando eu tinha carro eu não olhava os prazos e perdia as revisões. Agora me avisam", comenta Aline Amaral, 36, empresária. Ela fez um contrato com a For You Fleet para ela e para outros funcionários de sua empresa. "Queria ter muitas opções de escolha, e encontrei." "As locadoras conseguem obter carros a preços menores que os clientes comuns porque compram em grande quantidade e possuem isenções fiscais", diz André Campos, CEO da For You Fleet. Criada há dois anos, a empresa não tem frota própria: quando um cliente faz um pedido, a empresa compra o veículo em concessionárias ou fabricantes e o disponibiliza em alguns dias. A tática ajuda a reduzir o prazo de entrega, que pode superar 50 dias ao fazer o pedido em montadoras e locadoras. "Em uma locadora, o prazo de entrega seria de cinco a oito meses. Eu poderia usar um outro carro enquanto isso, mas seria seminovo. Preferi fechar com a Porto Seguro, que entregava em menos de dez dias", comenta José Cyrillo Neto, 32, advogado que assinou um automóvel neste ano. SP TEM MAIS DE DEZ EMPRESAS DE CARROS POR ASSINATURA A Folha analisou mais de dez opções de carro por assinatura e encontrou condições bastante parecidas. Os pacotes incluem gastos com seguro, impostos e taxas e geralmente permitem contratação online. O carro pode depois ser retirado em uma loja ou entregue na casa do assinante. O pagamento é feito via cartão de crédito ou boleto. partir de 500 km. Se o cliente usar além do combinado, paga taxa extra. O saldo não usado no mês geralmente pode ser consumido nos meses seguintes, o que dá alguma flexibilidade. A maioria das marcas permite cadastrar condutores adicionais, que também poderão dirigir o veículo. Alguns serviços, como a Flua! e o da Porto Seguro, incluem manutenção residencial, para resolver pequenos problemas, como vazamentos. Os pacotes costumam incluir revisões e trocas programadas, como de óleo. Mas danos causados ao veículo, como batidas e acidentes, ficam por conta do cliente, que precisa pagar a franquia do seguro se for necessário. Todas as opções consultadas vetam o uso do veículo para fazer corridas por aplicativo, como Uber e 99. Há outros planos para este fim. E, em vários casos, o cliente pode optar por comprar o veículo ao final do período, descontado o valor da depreciação. O QUE OBSERVAR AO COMPARAR OS PLANOS? Tem carros zero km ou usados? Franquia para rodar e valor do km excedente Desconto ao assinar por período mais longo Cobertura do seguro e regras de utilização Manutenções e revisões inclusas Permissão para condutor extra Prazo de entrega do veículo Fornecimento de carro reserva Benefícios adicionais, como assistência residencial ou clube de vantagens Se haverá reajustes ao longo do contrato, e qual o índice utilizado Qual a multa em caso de cancelamento antecipado VEJA UM COMPARATIVO DOS PRINCIPAIS SERVIÇOS: Aceena Funciona como marketplace que conecta os clientes a vários serviços, mas é preciso deixar os dados para receber a proposta depois. Mensalidade mais em conta: Fiat Mobi, R$ 1.744. no plano de 36 meses. Período mínimo: 12 meses Franquia mínima mensal: 1.000 km Área de atuação: nacional Carro por Assinatura Porto Seguro Bank Tem grande variedade de marcas e modelos, de básicos a modelos de luxo, e faz cotação pelo site. Pacote inclui serviços residenciais, como encanador e chaveiro. Mensalidade mais em conta: HB20, por R$ 1.899 no plano de 24 meses Período mínimo: 12 meses Franquia mínima: 12.000 km por ano (1.000 km/mês) Área de atuação: estado de SP e regiões metropolitanas de Rio de Janeiro e Curitiba. For You Fleet Tem carros de mais de 20 marcas, incluindo Audi, Land Rover, Volvo, Mercedes-Benz e Porsche, e oferece adicionais como blindagem, personalização, telemetria e retirada do veículo em casa para as revisões. Mensalidade mais em conta: Chevrolet Ônix automático, por R$ 2.700 mensais Período mínimo: 12 meses Franquia mínima: 1.000 km mensais Área de atuação: nacional Flua! Traz modelos zero km fabricados pela Fiat, Jeep e Peugeot, de 1.0 a SUVs e picapes. Oferece assistência residencial e está com descontos de Black Friday. Tem alguns modelos elétricos, como Fiat 500E e Peugeot E-2008. Cliente pode dar entrada para reduzir valor das parcelas. Mensalidade mais em conta: Fiat Mobi, R$ 2.031 no plano de 36 meses. Período mínimo: 12 ou 24 meses, dependendo do modelo Franquia mínima: 500 km mensais Área de atuação: não informada Ford Go Oferece apenas três modelos: a picape Ranger, a SUV Territory e o furgão Transit. Os veículos podem levar 45 dias para serem entregues. Mensalidade mais em conta: Ford Ranger, R$ 5,500 no plano de 12 meses. Período mínimo: 12 meses Franquia mínima: 1.000 km mensais Área de atuação: nacional Leven A empresa é ligada a um grupo que reúne 50 redes de concessionárias no Brasil e oferece veículos de ao menos 13 marcas, incluindo Caoa Chery, Chevrolet e BMW. Mensalidade mais em conta: Fiat Mobi por R$ 1.690 no plano de 48 meses. Período mínimo: 12 meses Franquia mínima : 1.000 km mensais Área de atuação: nacional Livre Ligada à locadora Unidas. A lista de modelos tem nove opções, incluindo Ônix, HB20, VW Taos e FIat Pulse, também em versões automáticas. Aceita maiores de 18 anos, e o pagamento é feito apenas via cartão de crédito. Mensalidade mais em conta: Chevrolet Ônix, por R$ 2.235. Período mínimo: 12 meses Franquia mínima: 1.000 km mensais Abrangência: nacional Localiza Meoo Grande oferta de modelos. Carro pode vir com insulfilm e seguro cobre danos a terceiros. No entanto, não há cotação pelo site: é preciso deixar os dados para receber depois as informações por email. Mensalidade mais em conta: Renault Kwid, R$ 1.759 no plano de 24 meses. Período mínimo: 18 meses Franquia mínima: 1.000 km mensais Área de atuação: nacional Movida Zero KM Tem mais de 60 modelos disponíveis e promete entrega rápida, em até dois dias úteis. Aceita clientes com idade a partir de 18 anos que tenham CNH definitiva. Está com descontos de Black Friday. Mensalidade mais em conta: Fiat Mobi, R$ 1.589. Período mínimo: 12 meses Franquia mínima: 1.000 km mensais. Área de atuação: nacional Nissan Move Traz modelos mais caros, como a picape Frontier, o sedan Versa e o hatch Leaf, 100% elétrico. Permite cadastrar um número ilimitado de condutores extras. Entrega pode demorar mais de 4 meses. Mensalidade mais em conta: Knics automático por R$ 2.519 no plano de 36 meses. Período mínimo: 12 meses Franquia mínima: 1.000 km mensais Área de atuação: nacional Renault On Demand Traz vários modelos da fabricante francesa, incluindo o hatch Sandero, a SUV Duster e a picape Oroch. Entrega pode demorar mais de 50 dias. Mensalidade mais em conta: Renault Kwid, R$ 1.549 no plano de 36 meses. Período mínimo: 12 meses Franquia mínima: 1.000 km mensais Área de atuação: nacional Turbi Oferece só modelos automáticos, que podem ser alugados mês a mês e também por hora, dia ou semana. O valor fica menor conforme aumenta o tempo de empréstimo, que precisa ser pago pelo cartão de crédito. Mensalidademais em conta: Chevrolet Ônix automático, R$ 2.199 Período mínimo: não há Franquia mínima: sem. Cliente tem opção de pagar R$ 0,90 por km rodado, sem pagar diretamente pela gasolina, ou abastecer por conta própria. Área de atuação: Grande São Paulo Usecar Serviço do grupo Carbel, que atua no setor de frotas. Tem veículos de várias categorias, de populares a SUVs, em contratos de até 4 anos de duração. Mensalidademais em conta: VW Voyage por R$ 1.480 mensais no plano de 48 meses. Período mínimo: 12 meses Franquia mínima: 500 km por mês Abrangência: nacional

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Elétricos deverão custar o mesmo que os carros a gasolina em breve

O preço é um dos maiores desafios atuais para a popularização dos carros elétricos, mas eles deverão custar o mesmo que os modelos a combustão em breve. Essa é a expectativa do CEO da Volvo. Jim Rowan acredita que essa paridade de preços deve acontecer até 2025. E isso sem que as montadoras precisem contar tanto com o apoio de governos. Avanços tecnológicos eldquo;barateandoerdquo; os elétricos O CEO da Volvo aponta para os avanços na tecnologia sendo ponto essencial para a redução dos custos com a bateria dos elétricos, item que norteia os altos preços dos veículos. eldquo;A tecnologia aumentará o alcance. Menos baterias, mas mais alcance, com menor custo endash; chegaremos láerdquo;, disse Rowan em uma entrevista ao jornal Automotive News. Uma possível razão para o otimismo do executivo vem de quem fornece baterias para a montadora. A chinesa CATL alcançou uma liderança global em acessibilidade de baterias a 131 dólares por quilowatt-hora. A Volvo quer reduzir esse valor para apenas 100 dólares até 2026. Um movimento que é visto como parte estratégica da montadora sueca para enfrentar concorrentes como Audi, BMW, Mercedes-Benz e, até certo ponto, Tesla. Na parte de popularização dos elétricos, pelo menos nos Estados Unidos, Rowan lembrou dos 1,5 bilhão de dólares que o governo Biden liberou em financiamento para instalação de carregadores ao longo de cerca de 120.000 quilômetros de rodovias no país. Para os próximos cinco anos, um total de 5 bilhões de dólares deverão ser destinados para essa expansão de estações de carregamento nos estados norte-americanos.

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Produção de biocombustível em Mato Grosso é destaque na COP-27

O etanol tem um papel relevante na agenda de transição energética mundial. Proveniente da cana-de-açúcar e do milho, esse combustível é opção mais limpa e eficiente para a mobilidade urbana quando comparado a combustíveis derivados do petróleo. Nesta sexta-feira, a diretora do Sindicato das Indústrias de Bionergia de Mato Grosso, Lhais Sparvoli, falou sobre o assunto no painel eldquo;As perspectivas para a bioenergia no Brasilerdquo;, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente Brasileiro na COP 27, realizada no Egito. Também participaram do debate a Gerente Executiva de Sustentabilidade da Copersucar, Beatriz Milliet, o Diretor de Sustentabilidade da Combio e Roberto de Carvalho Véras, e o Diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Fabio Vinhado da Silva. Hoje o Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e Mato Grosso é o terceiro maior produtor do país, mas com expectativas de crescimento nos próximos anos, com a ampliação de novas usinas no estado. Sparvoli falou que o setor de transporte é um dos principais emissores de gás carbônico, sendo esse um dos principais desafios para a redução dos gases de efeito estufa. No Brasil, 70% da frota de veículos leves é de motor tipo flex, que é menos poluente do que os carros elétricos da Europa, pois esses têm como fonte de recarga energia elétrica de matriz energética que vem de carvão ou gás natural. eldquo;Não podemos analisar apenas a emissão final, mas considerar o ciclo total, de onde está vindo essa energia elétrica que vai abastecer o carro. O Brasil já tem a solução para transporte e energia limpa. Muito se discute sobre o que será feito para atingir metas de descarbonização até 2050. O etanol já é parte da solução, assim como toda essa indústria de bioenergiaerdquo;, afirmou. Representante do Ministério de Minas e Energia, Fabio Vinhado, fez uma retrospectiva da produção de etanol no Brasil, com início na década de 1970, sendo um produto de origem brasileira e programas de incentivos no Brasil para essa produção. eldquo;O etanol é um combustível do passado, do presente e do futuro. É um combustível limpo e competitivo se comparado a outros, por isso ele é do passado, presente e futuroerdquo;, afirmou. A indústria do etanol de milho é nova no Brasil, com início de operação em, com início em 2017, com empresas utilizando tecnologia desenvolvida nos Estados Unidos, maior produtor mundial desse combustível. Quase 75% da produção de etanol de milho de Mato Grosso é com matéria-prima milho e isso tem causado uma mudança positiva no cenário de bioenergia. Além do combustível, as indústrias de etanol de milho também produzem DDG, farelo de milho proteico que é fonte de alimentação para animais e tem aumentado a produtividade e a redução de idade de abate, diminuindo o tempo que os bois ficam no pasto. Ela também afirma que há uma correlação com a diminuição da área de pastagem, que caiu 17% nos últimos anos, liberando mais área para produção de alimentos. eldquo;A indústria de etanol não está só ajudando a produzir energia para transporte e eletricidade, está ajudando a produzir alimentoerdquo;, afirmou a diretora do Sindalcool.

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Fiocruz aponta aumento do contágio por covid-19

O mais recente boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), sinaliza para alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial positivo para Sars-CoV-2 (covid-19) na população adulta de Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Segundo o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, ainda não é possível afirmar que esse crescimento esteja relacionado especificamente com as identificações recentes de novas sublinhagens identificadas em alguns locais do país. Para ler esta notícia, clique aqui.

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