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Oxxo chega a 350 unidades no Brasil em menos de três anos; expansão continuará acelerada

Em menos de três anos de atuação no Brasil, a Oxxo já alcançou 350 unidades dos seus mercadinhos de bairro em São Paulo e na região metropolitana. De junho de 2022 a junho deste ano, foram inauguradas 216 novas lojas - média de um a cada dois dias. A empresa, que pertence à mexicana Femsa e opera no Brasil em parceria com a Raízen, vai manter um ritmo frenético de abertura de lojas que adota desde dezembro de 2020, quando se estabeleceu no País. De maio para agosto deste ano, foram abertas 25 novas lojas. Hoje a marca está presente em São Paulo, Campinas, Osasco, São Bernardo do Campo, Piracicaba, Guarulhos, Santo André, São Caetano do Sul e Sorocaba. Segundo analistas, a estratégia da empresa é conquistar o mercado ao marcar presença em todos os bairros das cidades. Por isso, há lojas da companhia em áreas nas quais os concorrentes Carrefour Express, GPA e Hirota não atuam. Nos resultados de junho, a Raízen afirma que o ritmo de abertura de unidades segue um plano de crescimento eldquo;acelerado e sustentável para liderar o setorerdquo; e que a média de vendas vem subindo. A proposta de negócio é simples e, ao mesmo tempo, complexa de se executar. Com adensamento de unidades sem igual no País, a empresa se propõe a ser um intermediário entre a loja de conveniência de postos de combustível e o supermercado. Todas as unidades da Oxxo são próprias, e não franquias. Na regionalização do negócio, a Oxxo colocou no sortimento de produtos o pão francês, indispensável para o brasileiro ao ponto de ser considerado uma das mercadorias mais importantes para a recorrência de consumo. Porém, é possível encontrar praticamente de tudo para necessidades do dia a dia nas lojas da empresa atualmente, especialmente alimentos e bebidas. O especialista em varejo e fundador da Varese Retail, Alberto Serrentino, afirma que a abertura de unidades da Oxxo em ritmo acelerado tem a ver com a própria viabilidade econômica do negócio. eldquo;O modelo da Oxxo é o adensamento e isso requer uma capacidade de otimizar a rota logística. A loja de conveniência tem de ser reabastecida todos os dias, porque tem pouco estoque. Isso é muito caro e complexo de se fazer. Com poucas lojas, isso não se sustenta. Para o negócio ser sustentável, é preciso ter muitas lojas na rota de entrega logística para diluir o custo operacionalerdquo;, diz. Jean Paul Rebetez, sócio-diretor da Gouvêa Consulting, diz que a Oxxo aproveitou a pandemia, quando muitas empresas pequenas fecharam ou faliram, para se estabelecer na capital paulista. eldquo;A Oxxo tem mais de 19 mil lojas na América Latina, em países como México, Colômbia, Chile e Brasil. É o jeito da empresa de estar muito próxima do consumidor final. O número parece bastante expressivo hoje, mas é o começo de uma expansão para o Brasil inteiroerdquo;, afirma. Padronização operacional Para Ana Paula Tozzi, CEO da AGR Consultores, manter as unidades como parte de uma rede própria em vez de franquias ajuda na padronização operacional, apesar do custo elevado. eldquo;Para o mercado brasileiro, a visão da Oxxo é de longo prazo. Sabem quanto tempo precisam investir para conquistar um novo mercado. Eles planejam cidade por cidade, quantas lojas precisam ter e não há imediatismo de geração de caixa no curto prazoerdquo;, diz. Entre lojas Oxxo e Shell Select, a Raízen tem 1.638 pontos de venda no País, 19,2% mais do que o mesmo período de abril a junho do ano passado. Entretanto, a Shell Select tem crescimento de unidades baseado no modelo de franquias, algo ainda inexplorado pela Oxxo. Para enfrentar a concorrência, o Carrefour Express adotou o modelo de franquia no fim de junho deste ano, com investimento a partir de R$ 150 mil. A empresa tem 151 unidades em São Paulo. Já o concorrente GPA tem 280 lojas. O crescimento da Oxxo não é livre de dificuldades. Além da concorrência, a própria estruturação da companhia é um dos entraves. eldquo;O desafio é escalar de maneira sustentável e lucrativa, o que não é fácil no Brasil. Há altos custos de operação, imobiliários, logísticos, de segurança e de quebra. Como eles não abrem números, não sabemos como é a saúde financeira desse negócioerdquo;, diz Serrentino.

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Petrobras desiste de vender campos de petróleo na Bahia e Amazonas e subsidiária na Argentina

A diretoria executiva da Petrobras decidiu encerrar os processos de desinvestimento no segmento de exploração e produção de petróleo e gás (Eeamp;P), que incluíam a venda dos polos Urucu (AM) e Bahia Terra (BA), o campo de gás Manati (BA) e a Petrobras Operaciones S.A. (subsidiária na Argentina). Segundo a empresa, a decisão considerou a eldquo;aderência estratégica ao portfólioerdquo; e o perfil de rentabilidade dos negócios. Além disso, a estatal preferiu dar continuidade aos processos de desinvestimentos no segmento de geração e energia (Geamp;E) relativos à participação de 20% na sociedade Brasympe, proprietária da unidade termoelétrica (UTE) Termocabo, movida a óleo combustível; à participação de 20% na UTE Suape II, também movida a óleo combustível; e à participação de 18,8% na usina elétrica a gás (UEG) Araucária S.A. Outros ativos no segmento de exploração e produção serão reavaliados periodicamente com base em premissas atualizadas de rentabilidade, aderência estratégica, oportunidades de descarbonização e estágio de sua vida produtiva. Segundo comunicado ao mercado, a Petrobras deverá eldquo;maximizar o valor do portfólio com foco em ativos rentáveis, repor a reservas de óleo e gás, inclusive com a exploração de novas fronteiras, aumentar a oferta de gás natural e promover a descarbonização das operaçõeserdquo;.

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Diesel sobe R$ 0,11 por litro na bomba com retorno de PIS e Cofins

A partir desta terça-feira (5) volta a ser cobrada uma parte da alíquota do PIS/Cofins sobre os preços do diesel. O imposto estava zerado desde 2021, e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva havia decidido prorrogar a desoneração até 31 de dezembro de 2023, mas precisou antecipar a cobrança para compensar o programa de descontos para carros novos. O diesel ficará cerca de R$ 0,11 por litro mais caro nos postos a partir de hoje, caso as distribuidoras decidam repassar integralmente os impostos. Em outubro, haverá uma nova incidência que somará R$ 0,13 por litro. Em janeiro, o imposto volta a ser cobrado integralmente: R$ 0,35 por litro de diesel. A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) diz que os postos são prejudicados com o aumento dos preços, já que a expectativa é que haja uma redução no volume de vendas. O presidente da Fecombustíveis, James Thorp Neto, explica que, ainda que fossem esperados, os aumentos vêm em um momento de alta dos preços internacionais do petróleo e logo após um reajuste pela Petrobras: eldquo;O diesel é um combustível sensível. Há quem pense que os postos preferem os combustíveis mais caros, mas é pior porque reduz o volume de vendas.erdquo; Para ler esta notícia, clique aqui.

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Vendas de veículos novos caem 0,41% e de motos crescem 20% em agosto

As vendas de veículos novos caíram 0,41% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2022, segundo dados da Fenabrave - associação que reúne as concessionárias. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 207.717 unidades foram vendidas no mês passado, quase mil a menos do que em agosto do ano anterior (208.577). Na comparação com julho, quando foram emplacadas 225.597 unidades, as vendas caíram 7,93% na série sem ajuste sazonal. O recuo ocorreu após o fim do impulso gerado pelos descontos patrocinados pelo governo nos carros, que abateram de R$ 2 mil a R$ 8 mil dos preços de veículos com custo de até R$ 120 mil. eldquo;As Medidas Provisórias foram muito importantes para aquecer, momentaneamente, o mercado, mas o resultado de automóveis em agosto, agravado pela piora na oferta de crédito, já deixa clara a necessidade de uma política de fomento industrial de longo prazoerdquo;, afirmou o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, no relatório de divulgação dos dados. Segundo o executivo, o resultado de agosto só não foi pior porque algumas marcas ainda tinham oferta de veículos com descontos patrocinados. Hoje, a Fenabrave estuda alguns projetos que podem ser propostos ao governo federal com o objetivo de estimular as vendas de automóveis e comerciais leves ao consumidor de menor renda. As vendas de veículos novos acumulam alta de 9,41% de janeiro a agosto de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022. eldquo;Mas devemos lembrar que os emplacamentos tiveram um desempenho abaixo da média histórica no primeiro semestre do ano passado, devido a uma série de fatores (escassez de peças e componentes, guerra na Europa, alta nos combustíveis), e se recuperaram no segundo semestreerdquo;, destacou Andreta Júnior. Motos Já as vendas de motos novas cresceram 20,38% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2022. Os emplacamentos atingiram 142.714 unidades no mês passado, um crescimento de 15,98% em relação às 123.051 unidades vendidas em julho, na série sem ajuste sazonal. Desde o início do ano, foram vendidas 1,045 milhão de motos novas no País, uma alta de 21,17% em relação ao mesmo período de 2022 (862.847). eldquo;O mercado de motocicletas continua aquecido, se confirmando como opção de transporte individual e para uso comercial, como entregaserdquo;, diz o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, no relatório de divulgação dos dados.

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Frente do biodiesel dá largada em debate na Câmara sobre novos biocombustíveis

O presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), Alceu Moreira (MDB-RS), apresentou, na Câmara dos Deputados, um plano decenal com estratégias de longo prazo para estimular a expansão do biodiesel no Brasil. O PL 4196/2023 estabelece que a mistura obrigatória de biodiesel no óleo diesel deve atingir o teor de 15% (B15) no prazo de três meses após a publicação da lei. O texto propõe um mandato progressivo a cada ano, iniciando com 15%, depois 16%, 18% e, finalmente, atingindo 20% em três anos. É uma tentativa de antecipar as metas atuais, estabelecidas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que prevê o B15 até abril de 2026. No momento, a mistura está em 12%. A política para o biodiesel foi prometida pela frente parlamentar em março deste ano. eldquo;Não tem como explicar para o restante do mundo que o país opta por ser verde sem uma política para biodieselerdquo;, defende Moreira. Articulação para B20 O grupo de produtores vinha articulando a inclusão do B20 no PL do Combustível do Futuro, que ainda é discutido internamente no governo federal. O Combustível do Futuro é um programa do governo federal endash; herdado da gestão anterior endash; em que são discutidos os mandatos para combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) e a inserção de alternativas verdes ao biodiesel no transporte. O mandato em B20 já foi, inclusive, defendido pelo vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB). A proposta não avançou na versão final da minuta. A agência epbr apurou que as áreas técnicas consideram arriscado estabelecer em lei uma meta de elevação até 20%, sem condicionar a curva a novos estudos técnicos e de especificação do biocombustível. Em julho, entrou em vigor a resolução mais recente, que ajudou a subsidiar o cronograma atual, até 15%. As especificações são atualizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Dentre as propostas do Combustível do Futuro original incorporadas no PL de Moreira estão os mandatos para redução de emissões na aviação com uso de SAF (sigla em inglês para combustível sustentável de aviação) e para inserção de diesel verde. Prevê também a delegação de competências e regras para a captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês). Além disso, eleva a mistura de etanol anidro na gasolina para 30% (E30), proposta encabeçada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. E atualiza as regras do Rota 2030, que prevê metas para a indústria automobilística. A intenção é fazer a integração, do ponto vista de eficiência energética, com o RenovaBio, usando o conceito de poço à roda endash; considerar emissões do ciclo de vida dos combustíveis, o que favorece os biocombustíveis. À epbr, Alceu Moreira afirmou nesta segunda (4/9) que o foco, contudo, é estabelecer o programa que dê previsibilidade à indústria de biodiesel. O parlamentar deve se reunir com representantes de outros setores essa semana, em Brasília. eldquo;A previsibilidade da demanda de biodiesel é de extrema importância para a viabilização de investimentos na expansão da capacidade produtiva desse combustível no paíserdquo;, diz. Previsibilidade e rastreabilidade da cadeia O presidente da FPBio afirma que a produção não está restrita exclusivamente ao óleo de soja, pois o aumento do percentual pode ser favorecido por diversos insumos já identificados pela Embrapa. Quanto à rastreabilidade da cadeia, o PL atende a uma demanda da indústria que pede o acompanhamento da produção desde a origem até o consumo final do combustível, com a introdução de um sistema de informação de qualidade. eldquo;Esperamos que o setor produtivo de combustíveis, bem como as companhias distribuidoras, possam investigar as causas dos problemas mencionados pelos consumidores por meio do sistema de informação de qualidade, a fim de resolvê-los e alinhar-se às melhores práticas indicadaserdquo;, esclarece a proposta. Preço do combustível A expansão da mistura obrigatória de biodiesel foi interrompida durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) sob a justificativa de impactos no preço final do diesel nas bombas. eldquo;O impacto na bomba é mínimoerdquo;, disse o deputado Alceu Moreira. eldquo;Não dá para fazer essa discussão da política de descarbonização tendo como único fator preponderante o preçoerdquo;, completou. Em março, quando o CNPE definiu a elevação de 10% para 12%, o governo estimou que cada ponto percentual de biodiesel teria um impacto de 1 centavo no preço final.

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Imposto sobre o diesel aumenta nesta terça-feira

O imposto federal PIS/COFINS sobre o diesel vai aumentar 11 centavos a partir desta terça-feira (5/9). A reoneração anunciada pelo Governo Lula vai compensar a perda de arrecadação com o programa de renovação da frota de veículos lançado em junho. Em outubro, haverá um novo aumento de 3 centavos, também para financiar os incentivos para a compra de veículos com desconto. Ao todo, portanto, o imposto sobre o diesel terá um aumento de 14 centavos a partir de outubro. Desoneração do diesel está em 33 centavos Hoje, a desoneração do diesel retira em 32,7 centavos a tributação do litro do combustível: são descontos de 35,15 centavos sobre o litro do diesel A (o fóssil) e 14,8 centavos sobre o biodiesel (que representa 12% da mistura do produto vendido na bomba). O efeito da reoneração de 11 centavos, para o consumidor final, contudo, pode variar, a depender da flutuação dos preços dos produtores, distribuidoras e postos. Em janeiro, o governo Lula decidiu manter a tributação federal do diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP) zerada até dezembro de 2023. A cobrança dos impostos sobre a gasolina comum e etanol hidratado, por sua vez, foi retomada parcialmente em 1º de abril. Uma emenda à constituição (EC 123/2022) aprovada em 2022 obriga o governo federal a manter o imposto da gasolina superior ao do etanol hidratado endash; o que levou o governo a elevar os tributos desses dois combustíveis. A emenda obriga o país a eldquo;manter regime fiscal favorecido para os biocombustíveis destinados ao consumo finalerdquo;, e garante um preço atrativo nos postos em comparação com o combustível fóssil.

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