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Com redução dos preços dos combustíveis, lucro da Vibra despenca 75% no 1º trimestre

A Vibra Energia (ex-BR Distribuidora) fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 81 milhões, o que significou um recuo de 75,1% na comparação com os R$ 325 milhões de igual período do ano passado. A receita líquida ajustada subiu 1,8% na mesma comparação, para R$ 39,2 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado recuou 36,9%, para R$ 688 milhões. Segundo a companhia, os resultados do primeiro trimestre tiveram forte influência da redução de preços de derivados de petróleo ocorridas no fim de 2022 e ao longo dos três primeiros meses deste ano, eldquo;trazendo impacto contábil relevante nos inventários de produtos, especialmente em diesel, óleo combustível e combustível para aviaçãoerdquo;. A companhia também destacou a redução da dívida líquida em cerca R$ 1,2 bilhão, o que manteve a alavancagem em cerca de 2,7x na relação dívida líquida/Ebitda Ajustado. O volume de vendas da rede de postos da companhia no primeiro trimestre frente a igual período do ano passado subiu 7,1%, para 5,831 milhões de metros cúbicos. A empresa destacou o avanço de 12% na venda de combustíveis no ciclo otto e de 1% nas vendas de diesel.

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Lula monta estratégia para blindar salário mínimo e Bolsa Família no arcabouço fiscal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) traçou nesta segunda-feira (15) uma estratégia para a negociação do arcabouço fiscal no Congresso Nacional. Em reunião com o núcleo de governo, o petista definiu como prioritária a preservação de uma política de valorização do salário mínimo e do programa Bolsa Família. A orientação de Lula é que esses dois itens fiquem imunes a sanções em caso de descumprimento das regras a serem fixadas pelo novo arcabouço fiscal. A tendência é impor, no texto, restrições a gastos com funcionalismo e à concessão de benefícios fiscais se as metas não forem alcançadas. Ainda durante a reunião da coordenação, foi desenhada uma ação conjunta dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, na articulação no Legislativo. Nesta segunda, Haddad se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com o relator do arcabouço fiscal na Casa, Cláudio Cajado (PP-BA). Após o PT receber Haddad para discutir o tema, o ministro se dirigiu à residência oficial da Câmara dos Deputados para discutir o texto com Lira e outras lideranças da Câmara. A reunião, iniciada por volta das 19h, ainda ocorria no momento de publicação deste texto. "Estou colocando a equipe técnica à disposição para que tenham consciência do impacto no Orçamento de cada dispositivo", apontou. Isso é feito, prosseguiu ele, olhando tanto a responsabilidade fiscal quanto a social. Cajado, por sua vez, afirmou que o texto terá gatilhos e penalizações para caso o governo federal não cumpra metas, mas descartou que a gestão seja criminalizada por isso. "A questão de você ter medidas, gatilhos e e#39;enforcementse#39; é necessária. Vamos apresentar no relatório qual será a graduação que se encaixa melhor", disse. "Vão existir movimentos, gatilhos, vão existir possibilidades de que haja o perseguimento da meta do ponto de vista da gestão. A parte de criminalização fica fora do texto, até porque é [uma parte prevista em] outra legislação", completou. Após o PT receber Haddad para discutir o tema, o ministro se dirigiu à residência oficial da Câmara dos Deputados para discutir o texto com Lira e outras lideranças da Câmara. Em busca de adesões, Padilha ainda terá reuniões com partidos emdash;com foco em MDB, PSD, Republicanos e Podemos. Caberá ao líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), conter o PT e negociar com os demais partidos de centro-esquerda na tentativa de deter a apresentação de propostas alternativas ao texto que exijam esforços do governo na articulação. Conforme mostrou a Folha, o Congresso e a gestão petista discutem incluir no arcabouço fiscal um trecho que suspende a alta real do salário mínimo caso a meta de resultado primário seja descumprida por dois anos seguidos. Nessa situação, o salário mínimo ainda seria corrigido pelo índice oficial da inflação, para preservar seu poder de compra, mas sem o aumento adicional previsto na política de valorização apresentada pelo governo petista. Para economistas, a política de valorização do salário mínimo defendida por Lula pode pressionar a sustentabilidade do arcabouço fiscal desenhado por Haddad. É possível que o salário mínimo avance num ritmo mais célere do que a regra geral das despesas, o que tem sido apontado por economistas como uma incongruência entre políticas. A elevação do mínimo planejada pelo governo deve custar R$ 82,4 bilhões entre 2024 e 2026. Só no ano que vem, o cálculo indica um gasto extra de R$ 18,1 bilhões, ainda não contemplado na proposta de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Nos anos seguintes, o impacto será ainda maior: R$ 25,2 bilhões em 2025 e R$ 39,1 bilhões em 2026. A proposta de Lula resgata a fórmula já usada em gestões petistas: reajuste pela inflação mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. A previsão dos envolvidos é que Cajado apresente seu texto nesta terça (16). Foi diante da possibilidade de definição de sanções rígidas em seu relatório que Lula traçou sua estratégia.

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Governo prepara anúncio de cortes nos tributos sobre automóveis

O governo federal deve lançar no dia 25 de maio, Dia da Indústria, um plano de incentivo com foco no setor automotivo. Em discurso no 5.º Fórum Paulista de Desenvolvimento ontem o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que o Executivo prepara eldquo;boas notícias para a indústriaerdquo;, sem detalhar as medidas. Em conversa reservada com autoridades que participavam do evento, porém, ele disse que o programa vai incluir, por exemplo, a redução da carga tributária para incentivar a venda de carros populares. Como mostrou o Estadão, o retorno ao mercado brasileiro do chamado carro popular entrou na agenda do governo e, nas últimas semanas, tem sido citado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para algumas montadoras e para os concessionários, o tema é visto com certa urgência em um momento de queda de vendas, fábricas suspendendo a produção e sindicatos de trabalhadores temendo demissões. Segundo o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, anfitrião do Fórum de Desenvolvimento, o vicepresidente indicou que a desoneração da carga tributária deve valer para veículos abaixo de R$ 100 mil. eldquo;Nós esperamos medidas efetivas para aquecer a indústria. Ele deu pontos que possam estar envolvidos, não há nada conclusivo, mas existe uma expectativa muito grande para veículos abaixo de R$ 100 mil terem redução na carga tributária como um todoerdquo;, disse. Empresários do setor também cobraram Alckmin pela volta de mecanismos de financiamento. eldquo;O grande instrumento para aquecer a volta da venda de veículos, além da redução da carga, é dar uma garantia que o dr. Geraldo deixou claro, que é usar o FGTS como fundo garantidor. Nós precisamos oferecer ao órgão financiador uma facilidade de retomar o bem caso o credor se torne insolventeerdquo;, disse. O prefeito também apresentou demandas para que o pacote inclua benefícios tributários para pessoas jurídicas, como as montadoras. A volta do tema ganhou corpo no início de abril, quando a Fenabrave, a associação de concessionários de veículos, e algumas montadoras passaram a defender a necessidade de oferta de carros mais baratos para tentar recuperar o mercado. PPPs. Durante o discurso, Alckmin ainda enumerou pontos para melhorar a competitividade do País. Segundo ele, o governo prepara um programa de Parcerias Público-Privadas e concessões para reduzir o custo de logística despendido pela indústria. Ele também voltou a argumentar a favor de dois projetos estruturantes encampados pelo governo federal: a reforma tributária e a nova âncora fiscal. Outro ponto destacado por Alckmin foi a estabilidade do preço do dólar. eldquo;Hoje, o câmbio de R$ 5 o dólar, é o câmbio competitivo, câmbio bom, não pode ter grandes oscilaçõeserdquo;, disse. Sobre a disputa com o Banco Central pela redução da taxa de juros, Alckmin afirmou estar eldquo;otimistaerdquo; de que eldquo;os juros vão cairerdquo;. eldquo;Você não tem uma inflação de demanda. Não está tendo fila para comprar carro, caminhão. O juro futuro, do mercado, já aponta abaixo de 6%, indica queda. Com câmbio bom, melhorando o sistema tributário e juros para baixo, economia cresce e com uma agenda de competitividadeerdquo;, disse. ebull;

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Petróleo sobe 1,5% e tenta recuperação com otimismo sobre dívida dos EUA e dólar fraco

Os contratos futuros do petróleo fecharam o dia em alta, após quatro quedas semanais consecutivas, em meio ao otimismo sobre a possibilidade de um acordo envolvendo o teto da dívida dos Estados Unidos e impulsionado pelo dólar fraco. O barril do petróleo do Brent - referência global - para julho subiu 1,43%, a US$ 75,23, enquanto o WTI - referência americana - com entrega prevista para o mesmo mês avançou 1,53%, a US$ 71,11. Durante o fim de semana, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que espera realizar negociações sobre o teto da dívida com o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy, amanhã. O assunto foi um dos principais motivos para o movimento da commodity e demais ativos. eldquo;As negociações do teto da dívida dos EUA se destacam como um risco significativo para os preços globais do petróleo, tanto devido ao potencial de consequências econômicas mais amplas quanto à importância do valor do dólar americano na precificação do petróleo", disse Robbie Fraser, gerente de pesquisa global e análises, na Schneider Electric. Ainda assim, as condições de oferta permanecem relativamente apertadas, eldquo;mantendo os estoques em foco", completa Fraser. O dólar enfraquecido também favoreceu o desempenho do petróleo. Por volta das 16h20, o índice DXY, que mede a relação do dólar com uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, tinha queda de 0,25%, a 102,427 pontos Além do dólar, as notícias sobre a potencial recompra de petróleo para a Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA também forneceram suporte para a commodity.

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Etanol está mais vantajoso que a gasolina em apenas 1 estado, diz ANP

O etanol está com o preço mais vantajoso que o da gasolina em apenas um estado (Mato Grosso), segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) referentes à semana passada (entre 7 e 13 de maio). Nos demais estados e no Distrito Federal, continua mais vantajoso abastecer o carro com o derivado do petróleo. Na média dos postos pesquisados em todo o Brasil pela ANP, o etanol está com paridade de 74,50% ante a gasolina (abastecer com o biocombustível costuma ser mais vantajoso quando essa proporção fica abaixo de 70%). Em Mato Grosso, a paridade está em 69,02%. Executivos do setor dizem que o etanol pode ser competitivo em relação à gasolina mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. (Com Estadão Conteúdo)

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Raízen avalia fontes diversas de importação de combustíveis; monitora Petrobras

A Raízen avalia diversas oportunidades para a importação de combustíveis de forma a se manter bastante competitiva, disse o CEO, Ricardo Mussa, nesta segunda-feira, quando questionado sobre o produto russo, que vem entrando no Brasil mais barato. O executivo disse ainda que aguarda para breve decisão da nova gestão da Petrobras, principal supridora do mercado nacional, sobre próximos passos para sua política de preços. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou na semana passada que faria anúncio nesta semana sobre como será a política de preços de combustíveis da petroleira na nova gestão e que poderá reajustar valores de alguns produtos. O governo Lula prometeu mudanças que beneficiem consumidores nas bombas. O mercado teme, no entanto, que os preços fiquem abaixo de valores internacionais, dificultando as importações de outras empresas. "Como um dos maiores, se não o maior cliente da Petrobras, estamos aguardando para verificar como será o comportamento deles", afirmou Mussa, em teleconferência para comentar os resutados da companhia. Ao ser questionado sobre importações de diesel russo, ele afirmou: "O que posso dividir com vocês é que estamos fazendo todo o possível para sermos competitivos e seremos, então não existe nenhuma restrição do nosso lado. Obviamente, dependendo da posição da Petrobras, nós vamos nos posicionar." Paralelamente, a concorrente Vibra Energia avalia que o efeito de maiores importações de diesel russo barato por outros agentes do mercado brasileiro é restrito a algumas regiões do país, e ainda não tomou decisão de buscar o combustível na Rússia, disse nesta segunda--feira o CEO da companhia Ernesto Pousada, que também aguarda uma posição da Petrobras sobre a política de preços. Distribuidoras menores de combustível têm apostado neste ano em importações do produto russo, considerando as melhores margens que podem proporcionar, enquanto algumas empresas temem sanções no exterior ao evitar o produto da Rússia por conta da guerra da Ucrânia. O executivo da Raízen reiterou que não vê nenhuma limitação para importações. "Nós estamos avaliando o diesel russo de perto", pontuou, sem elaborar. As declarações vêm diante de expectativas do mercado de que a Petrobras apresente mudanças em sua política de preços, que desde 2016 tem buscado seguir indicadores internacionais, mas não sem passar por diversas alterações. Na mudança mais recente, a empresa vem buscando evitar o repasse de volatilidades externas. A capacidade de refino brasileira não atende completamente à demanda interna, tornando o Brasil ainda dependente de importações de combustíveis. Mussa ponderou, no entanto, não antever dificuldades a partir do comportamento dos preços neste ano. A Raízen vê valores globais mais baixos neste ano versus 2022, considerando o atual cenário internacional. "Eu não vejo preços muitos altos de combustíveis este ano em relação ao ano passado, o que fez com que todos os governos refletissem isso nas suas políticas, o Brasil mais ainda por causa das eleições, isso não vai acontecer no Brasil este ano", considerou Mussa. "Os preços vão ser ajustados para menos, isso vai beneficiar o governo se não houver nada novo no mercado. Então vejo menos volatilidade no Brasil e no Paraguai, e mais volatilidade no mercado argentino", disse ele, comentando sobre o cenário nos países onde a Raízen está presente. (Reuters)

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