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Postos de combustíveis reduzem preço da gasolina em até R$ 0,40

Um dia após a Petrobras anunciar reduções nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha e mudanças em sua política de preços, postos de combustíveis começaram a reduzir o valor cobrado nas bombas. Mas a diminuição não foi tão rápida quanto a verificada em momentos de reajustes de preços. A maior redução encontrada pela reportagem nesta quarta (17) na capital paulista foi de R$ 0,40 no litro da gasolina em um posto da rede Shell na rua da Consolação. O litro do combustível comum era vendido a R$ 4,99, mesmo patamar da gasolina aditivada, que viu seu preço recuar R$ 0,60. Já o litro Diesel S-10 estava sendo vendido a R$ 5,99, depois de passar por uma redução de R$ 0,50. Segundo o gerente do posto, Arlindo Alves, os preços não eram alterados há cerca de duas semanas. O preço da gasolina nas refinarias da estatal caiu 12,6%, ou R$ 0,40 por litro. O preço do diesel foi reduzido em 12,8%, ou R$ 0,44 por litro. Já o preço do gás de cozinha diminuiu 21,3%, ou R$ 8,97 por botijão de 13 quilos. Os novos valores entraram em vigor nesta terça (16) e já refletem a nova política de preços, que abandonou o conceito de paridade de importação, que simula quanto custaria para importar os produtos. O repasse para o consumidor, porém, depende de políticas comerciais de distribuidoras e postos. No caso da gasolina, parte do ganho será compensado pelo aumento do ICMS, no início de junho. Na região metropolitana de Porto Alegre (RS), às margens da BR-116, onde costumam ser praticados os menores preços, os postos mais em conta vendiam a gasolina entre R$ 4,79 e R$ 4,99. Segundo João Carlos Dalersquo;Aqua, presidente do Sulpetro (Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do RS), a adaptação dos preços à nova política da Petrobras dependerá ainda dos estoques das distribuidoras nos próximos dias. Para Dalersquo;Aqua, a queda pode ou não ser percebida no Rio Grande do Sul ou ocorrer por um período muito curto, pois a partir de junho passa a vigorar a alíquota única de R$ 1,22 de ICMS. No RS, atualmente, o imposto corresponde a cerca de R$ 0,95 do preço do litro de gasolina. Em bairros centrais de Curitiba (PR), postos de combustíveis chegaram a exibir reduções de R$ 0,20 a R$ 0,30 no preço da gasolina comum. Em um posto localizado em uma das principais vias do bairro Rebouças, o preço cobrado pelo litro caiu de R$ 5,79 para R$ 5,49. No posto de uma grande avenida do bairro Mercês, a mudança foi de R$ 5,49 para R$ 5,29. Outros postos do mesmo bairro registraram queda de R$ 0,20. O Paranapetro (Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná) informou que não faz pesquisas de preço, mas, em nota, disse que "a velocidade e dimensão do repasse depende principalmente da política de preços das distribuidoras", já que os postos de combustíveis não podem comprar diretamente das refinarias. "Em situações anteriores, de forma geral as distribuidoras repassaram as baixas aos postos de maneira escalonada. Por outro lado, nas altas, as distribuidoras costumam repassar para os postos com grande agilidade", afirmou o comunicado do sindicato. Procurado, o Procon disse que prepara medidas de fiscalização. O governo do Paraná mantém um aplicativo chamado "Menor Preço", ligado ao programa Nota Paraná, que promete atualizar em tempo real os valores praticados em alguns estabelecimentos. A ferramenta é atualizada sempre que uma nova venda é efetivada. Em Belo Horizonte, os postos iniciaram nesta quarta(17) redução no preço dos combustíveis praticados na cidade. Na Savassi, região centro-sul da capital, o preço praticado em um dos postos mais movimentados da região era de R$ 5,19, ante R$ 5,29 antes da redução. O Minaspetro, sindicato dos postos de combustível no estado, diz que não faz levantamento de preços e que defende o modelo anterior de reajuste. "Desde que a política de preços da Petrobras foi adotada em 2016, que balizou os valores da gasolina e do diesel com o mercado internacional, o Minaspetro se posicionou favorável à estratégia, tendo em vista que o PPI [preço de paridade de importação] proporciona maior previsibilidade ao mercado e coloca a estatal mais competitiva e alinhada com as boas práticas internacionais de gestão", diz o sindicato. A entidade afirma avaliar com receio a nova política de preços anunciada pela empresa. "Inicialmente, os preços dos combustíveis podem, de fato, cair, mas a influência política nos valores de um produto que possui variáveis geradas por uma complexa indústria pode ser arriscada do ponto de vista gerencial para a estatal e tira a previsibilidade dos empresários varejistas e de outros elos do mercado", afirma a entidade. Senacon recomenda monitoramento de preços A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) emitiu um ofício aos Procons estaduais e municipais de todo o país nesta terça para pedir um monitoramento do preço dos combustíveis em todas as regiões do país. Segundo o órgão, o acompanhamento serve para garantir que a redução anunciada pela Petrobras chegue ao consumidor final. O Procon-SP disse, em nota, que no Brasil não existe controle ou tabelamento de preços, inclusive de combustíveis, e por isso recomenda que os consumidores monitorem os valores médios praticados.

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Nova política de preços pode gerar risco de crédito para a Petrobras, diz Moody's

Incertezas sobre a nova política comercial da Petrobras podem gerar risco de crédito à estatal, segundo analistas da agência de classificação de risco Moodye#39;s. A avaliação é que, sem uma fórmula definida, a empresa pode ser levada a perdas por represamento de preços do mercado interno. Entre analistas do mercado financeiro, uma das grandes preocupações após a divulgação da nova estratégia comercial é a possibilidade de a estatal ter que assumir importações com prejuízo em momentos de alta das cotações internacionais do petróleo. "A nova política é negativa para o crédito da Petrobras porque adiciona incerteza à continuidade das práticas de paridade de importação, o que pode levar a perdas se a Petrobras não repassar volatilidades das cotações internacionais do petróleo aos preços domésticos dos combustíveis", diz a Moodye#39;s. O relatório da agência diz não acreditar, neste momento, que a Petrobras se desviará significativamente das cotações internacionais, já que o mercado deve se manter pressionado, mas ainda abaixo do patamar atingido após o início da guerra na Ucrânia. "Contudo, se variáveis macroeconômicas como a taxa de câmbio ou a cotação do petróleo estiverem estressadas, a Petrobras pode segurar aumentos de preços e ter perdas", afirma, lembrando que a nova estratégia comercial da estatal não definiu uma fórmula de reajustes. A preocupação é a mesma de analistas que cobrem a estatal, segundo relatórios divulgados após teleconferência com o diretor financeiro da companhia, Sergio Caetano Leite, sobre as mudanças na política de preços. Leite reforçou aos analistas que a companhia seguirá vendendo produtos com margem de lucro, em algum patamar entre a paridade de importação e o custo de produção, segundo relataram analistas do UBS BB. Em geral, os participantes do encontro afirmam que a política, porém, será testada de verdade em cenário de alta das cotações internacionais ou de desvalorização abrupta do real frente ao dólar. Para o UBS BB, a nova política tem menos "freios e contrapesos" para forçar a empresa a elevar os preços em um cenário de disparada do petróleo e deterioração da taxa de câmbio, como ocorreu em 2022, por exemplo. "Isso pode ser visto de forma negativa pelo mercado e pode pressionar as margens", diz o banco. "Além disso, se o petróleo dispara e a Petrobras se mantém estruturalmente abaixo da paridade, a companhia pode ter que importar para garantir o abastecimento do mercado. "Mesma visão tem o analista Daniel Cobucci, do BB Investimentos. "Caso os preços se descolem demais da referência internacional, existe risco de desabastecimento ou de prejuízo pela Petrobras na importação", escreveu. Os importadores privados consideram que a janela para importação de diesel se fechou após o corte de R$ 0,44 por litro anunciado pela estatal na terça-feira (17). De acordo com a Abicom (Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis), o preço médio do diesel nas refinarias brasileiras está R$ 0,12 por litro abaixo da paridade de importação. Nos pontos de entrega da Petrobras, a diferença é maior, de R$ 0,14 por litro. Cerca de 25% do mercado brasileiro de diesel é abastecido com produto importado.

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Distribuidoras que devem ser as "vencedoras" com a nova política preços da Petrobras

Enquanto há debates sobre se a nova política de preços da Petrobras (PETR3;PETR4) é positiva ou negativa para a estatal (ou apenas se a mudança é menos negativa do que o esperado), analistas destacam que o que se sabe até agora sobre os novos parâmetros para decidir os valores de gasolina e de diesel serão positivos para um setor: o de distribuição de combustíveis. Neste segmento, destaque para os grandes, como os listados em Bolsa, no caso Raízen (RAIZ4), Ultrapar (UGPA3) e Vibra (VBBR3), esta última valendo destacar que está a voltas com os rumores de que a Petrobras quer recomprá-la, o que também pode impactar as ações. A nova estratégia comercial utilizará referências de mercado como: o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação; e o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo do cliente considera como principal alternativas de fornecimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou substitutos. Já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade, dadas as diversas alternativas para a empresa, como produção, importação e exportação do produto e/ou dos óleos utilizados no processo de refino. Os reajustes continuarão a serem feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da variação cíclica da volatilidade dos preços internacionais e da taxa de câmbio, aponta o BBA. A nova política tem como um dos objetivos reduzir a volatilidade dos preços de combustíveis aos consumidores. Ela tentará atingir isso por meio de um equilíbrio entre alternativas para clientes no mercado, limitadas àquelas que sejam financeiramente viáveis para o negócio da Petrobras. Mas isso não significa que os preços não serão mais reajustados de acordo com o sobe e desce do petróleo nos mercados internacionais. E sim, que esses passarão a ser feitos sem uma periodicidade predefinida, destaca a Rico Investimentos. Pontos positivos para o setor Assim como destacado acima, os novos preços de gasolina e diesel serão formados levando em consideração o custo do cliente, valorizando a perspectiva dos compradores de longa data ou que adquirem um volume maior, o que pode ser positivo para distribuidores, como Ultrapar, Raízen e Vibra, que podem ter acesso a valores mais competitivos. Além disso, durante teleconferência com analistas, ao falar sobre a estratégia da estatal para ganhar mercado, o CFO da estatal, Sergio Leite, esclareceu que a Petrobras não vai poder diferenciar preços na mesma região devido à regulamentação da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). No entanto, outros aspectos da oferta comercial total podem ser melhor explorados do que são atualmente, como condições de pagamento, prazo de entrega e quantidade disponibilizada. eldquo;Isso, combinado com nossa visão de que o país terá menos importações de players independentes, pode ser marginalmente positivo para os principais distribuidores do paíserdquo;, avalia a XP. O Bradesco BBI também destaca que as distribuidoras podem ser vencedoras neste cenário. Em primeiro lugar, uma volatilidade de preço muito menor implica em menores flutuações de estoque, menores perdas de hedge e maior volatilidade de margem. Além disso, os players maiores provavelmente podem ter condições de pagamento diferenciadas, o que deve contribuir para o capital de giro e a desalavancagem. O nome preferencial no setor de distribuição de combustíveis do BBI é a Vibra, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 24. Por outro lado, o Credit Suisse faz uma ponderação, apontando que pode haver um ponto negativo para elas se a Petrobras priorizar a mitigação da volatilidade dos preços, já que eldquo;abriria espaço para importações oportunistas em tempo de queda dos preços internacionais, o que seria negativo para as distribuidoras de combustíveis de marcas maioreserdquo;. Levando isso em conta, os analistas do banco suíço apontam que períodos curtos, mas frequentes, de preço doméstico mais alto são prejudiciais para os distribuidores listados, especialmente em comparação com as importações russas, uma vez que Vibra (detentora da marca BR), Raízen (Shell) se abstiveram dessa fonte de combustíveis. O Credit também aponta que o anúncio da nova política pode inicialmente aumentar o risco de importação de combustíveis para o Brasil, já que a nova estratégia comercial ainda passará por testes. eldquo;Essa percepção de risco, juntamente com as reduções significativas de preços anunciadas na véspera, devem limitar muito a atratividade das importações russas, e melhorar a competitividade das três distribuidores de combustíveis listadas na Bolsa, (Vibra, Ultrapar e Raízen), que obtêm a maior parte de seu abastecimento de refinarias locaiserdquo;, apontam. Os distribuidores sem marca têm menos incentivos a incorrer nos riscos relacionados à importação de combustíveis, deixando as três empresas do setor em uma boa posição para capturar parte desse mercado, já que a maior parte da indústria voltará a comprar o máximo que puder de Petrobras. eldquo;A estrutura de custos dos postos de gasolina consiste principalmente em custos fixos (energia, imóveis, mão de obra), portanto vendas menores significam forte desalavancagem operacional. Com potencialmente menos importações no mercado, isso significa que garantir o abastecimento de combustível internamente para diluir uma parcela maior dos custos fixos será essencial. Portanto, o fato de os três principais players provavelmente conseguirem obter combustível em melhores condições também aumentará o valor de suas marcaserdquo;, destacou o BTG Pactual sobre o setor. Cabe ressaltar que, em relatório do início do ano, o BTG havia apontado que eldquo;o setor de distribuiçãoerdquo; está preparado para anos melhores e que poderia se beneficiar relativamente de uma política mais intervencionista do governo no mercado de petróleo, como aconteceu entre 2013 e 2017, anos classificados pelos analistas como a eldquo;era de ouroerdquo; para o setor de distribuição. O início da última década ofereceu aos incumbentes da distribuição de combustível vantagens competitivas muito relevantes que lhes permitiram surfar altos retornos, apontou o banco. Foram elas: (i) abastecimento seguro e estável de combustível da Petrobras, com ofertas limitadas de fontes alternativas, como importações; (ii) concentração de mercado com mais de 70% de market share e infraestrutura que colocam grandes players em posição favorável em termos de escala; (iii) maior valor da marca; e (iv) uma demanda crescente de combustíveis que limitava a disputa por participação de mercado. eldquo;Mesmo a Vibra, então estatal [então BR Distribuidora], apresentou ROIC [Retorno sobre o Capital Investido] médio antes dos impostos de 17% no períodoerdquo;, apontou. Assim, apesar de ainda muitas incertezas no cenário, os analistas destacaram que a história poderia trazer de volta alguns dos diferenciais setoriais de 2013-2017 que suportaram os retornos dos grandes operadores do setor.

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O mundo ainda não consegue prescindir dos combustíveis fósseis, diz Marina Silva

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (17), em entrevista à GloboNews, que o mundo ainda não consegue prescindir dos combustíveis fósseis e vive uma imensa contradição por conta da necessidade de descarbonização para caminhar para economia de baixo carbono. A declaração foi dada em resposta a um questionamento sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. eldquo;É uma contradição que acontece no mundo porque as coisas não mudam da noite para o diaerdquo;, comentou. Ela citou o caso da China, que estão fazendo um esforço de transição, mas ainda são muito dependentes do carvão. eldquo;Isso não muda por decreto por vontade, você tem que ter uma alternativa.erdquo; Marina Silva voltou a defender que a Petrobras amplie sua atuação para se tornar uma empresa de energia e não apenas produtora de petróleo e gás. eldquo;A Petrobras tem que apostar mesmo em ser uma empresa de produção de energia e investir muito fortemente em eólica, solar, biomassa, para a produção, inclusive, de hidrogênio verde, que pode ser uma grande solução para os países da Europa, que neste momento, querem um parceiro confiável para garantir segurança energética.erdquo; Decisão sobre a Foz é do presidente do Ibama Marina disse ainda que a decisão final sobre o licenciamento do projeto exploratório da Petrobras para o bloco FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas, cabe ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho. eldquo;O Ministério do Meio Ambiente não dificulta e não facilita. Ele cumpre aquilo que está na legislaçãoerdquo;, afirmou. A ministra destacou que o processo de licenciamento do projeto é complexo e que a campanha exploratória está prevista para uma região muito sensível. eldquo;Essa sensibilidade, com certeza, está refletida no parecer técnico que foi dado pelos agentes públicos do Ibama. E isso tudo será levado em consideração. Quando você lida com a agenda ambiental, há uma ilusão de que se cria dificuldades ou facilidades. Republicanamente, na gestão pública, não se cria dificuldades ou facilidades, você cumpre aquilo que a boa técnica recomenda. E aquilo que os processos republicanos exigemerdquo;, comentou. Ibama muda entendimento sobre simulação na Foz do Amazonas Técnicos do Ibama opinaram pela rejeição e arquivamento do pedido de licenciamento da perfuração na Foz do Amazonas, na costa do Amapá, sem que a Petrobras possa antes realizar uma Avaliação Pré-Operacional (APO) endash; procedimento que simula a resposta a uma emergência na região, como um vazamento. As conclusões da equipe técnica do Ibama foram contestadas internamente pelo chefe da Diretoria de Licenciamento Ambiental (Dilic), Régis Fontana, que sugere que a APO seja feita antes da decisão derradeira sobre o avanço ou não do pedido de licença endash; a última palavra cabe ao presidente, Rodrigo Agostinho. Não se trata de uma excepcionalidade do projeto. A APO faz parte do rito do pedido de licenciamento e tem sido discutida na Foz do Amazonas desde 2017, inicialmente pela bp, antes de a Petrobras assumir a empreitada pelo bloco FZA-M-59, em 2020. Já no ano seguinte, a companhia começou a atender exigências feitas pelo Ibama para que a simulação saísse do papel, em linha com o calendário estabelecido. A previsão inicial era realizar a simulação em agosto de 2022, o cronograma chegou a ser aprovado pela autarquia ambiental, mas houve dificuldades logísticas e demandas por melhorias. Durante a fase de preparação, foram feitas contratações, adequações no escopo original, investimentos de infraestrutura e outros ajustes. Em fevereiro de 2023, cumpridas as exigências, a Petrobras finalmente solicitou o agendamento da simulação para o mês seguinte, o que não ocorreu. Agora, a Petrobras aguarda a autorização para realizar a simulação e dar continuidade ao licenciamento. eldquo;A decisão do Ibama sobre a concessão da licença operacional deve ocorrer após a realização da APO. No momento, a Petrobras aguarda o agendamento do exercício pelo Ibamaerdquo;, manifestou-se a empresa, em nota. Em resposta à agência epbr, a Petrobras afirma ainda que eldquo;está com todos os recursos operacionais e pessoais mobilizados para realização do exercício simulado de resposta a emergências, que é um requisito do processo de licenciamento ambientalerdquo;. Visões opostas Em diversos documentos emitidos ao longo do processo de análises do pleito de licenciamento, o órgão ambiental se debruça sobre questões de política ambiental e climática e a proposta de realização da avaliação estratégica, endossada pela ministra de Meio Ambiente, Marina Silva (Rede). São decisões que competem ao governo. Há, portanto, dois pontos de vista: a Dilic recomenda a realização da simulação; os técnicos, por sua vez, pedem o arquivamento do projeto. Um ex-diretor do órgão, ouvido sob reserva pela epbr, afirma que o próprio Ibama já havia estabelecido, nos últimos anos, as diretrizes e os prazos para que a simulação fosse realizada. Afirmou ainda que a APO seria um ato pragmático, de modo a permitir que a estatal pudesse corrigir falhas apontadas pela área técnica. eldquo;Houve uma mudança de posturaerdquo;, comentou ele. A tese oposta ao parecer do Ibama, portanto, é que simulação tem o objetivo de subsidiar o plano de resposta e não haveria motivo para impedir o exercício.

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Com queda dos combustíveis, Itaú reduz estimativa de inflação em 2023

O Itaú Unibanco revisou para baixo sua estimativa de inflação para este ano, depois do anúncio da redução nos preços dos combustíveis pela Petrobras, na terça-feira (16/5). O banco, que projetava que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminasse 2023 em 6%, agora estima que a inflação fique em 5,8%. Para 2024, a projeção do banco foi mantida em 4,5%. Segundo as economistas Luciana Rabelo e Julia Passabom, a queda nos preços dos combustíveis anulará praticamente todo o impacto da volta da incidência de tributos estaduais e federais sobre a gasolina. eldquo;Cabe lembrar que a nossa projeção para o ano inclui alíquota de R$ 1,22 no ICMS sobre a gasolina no mês de junho e a volta do PIS/Cofins de R$ 0,34 sobre a gasolina em julhoerdquo;, escreveram as economistas no relatório do Itaú. Segundo o Itaú, a tendência é a de uma inflação de apenas 1,5% nos alimentos, ante 13% do ano passado. eldquo;A desinflação se dá com clima favorável para plantio e colheita da safra brasileira e americana neste ano, com El Niño no segundo semestre, bem como pela queda observada no preço de fertilizantes, após o choque observado do ano passadoerdquo;, diz o banco. O Itaú projeta ainda que a inflação de bens industriais fique em 3,3% e a de serviços, em 6,2%. eldquo;O último grupo, mais inercial e com impacto de um mercado de trabalho ainda resiliente e com ritmo de alta de salários robusto, tende a mostrar trajetória de desinflação mais lenta e gradual, o que é compatível com o estágio atual do cicloerdquo;, afirmam as economistas.

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Petróleo fecha em alta de quase 3% com volta do apetite por risco

O petróleo encerrou a sessão de hoje com ganhos robustos, apoiados pela busca por ativos de risco em um ambiente mais otimista em Wall Street acerca da possibilidade de um acordo para elevar o teto da dívida dos EUA. O barril do petróleo WTI - referência americana - com entrega prevista para julho fechou em alta de 2,89%, a US$ 72,89, enquanto o do Brent - referência global - para o mesmo mês avançou 2,74%, a US$ 76,96. O petróleo começou a sessão de hoje em leve alta e chegou a flertar com território negativo após o forte aumento de 5 milhões de barris nos estoques americanos da commodity - que contrariou a expectativa por queda de 800 mil barris. No entanto, os contratos futuros acompanharam a melhora dos mercados em Wall Street, onde investidores parecem mais otimistas sobre a possibilidade de um acordo para que o Congresso dos EUA aprove uma lei que eleve o teto da dívida do país. O otimismo vem depois de uma reunião entre o presidente Joe Biden e autoridades congressistas, entre elas o presidente da Câmara, Kevin McCarthy. Antes de embarcar para viagem ao Japão, onde terá reunião com líderes do G7, Biden afirmou estar eldquo;confianteerdquo; de que um acordo será costurado até o fim de semana. Além do aumento dos estoques de petróleo nos EUA, a alta dos preços da commodity hoje superou ainda um dólar forte no mercado cambial. Por volta de 16h35 (de Brasília), o índice DXY apresentava ganho de 0,29%, a 102,860 pontos. Sobre o dado de estoques, o economista Bill Weatherburn, da Capital Economics, avalia que os ganhos recentes se dão em meio à liberação de barris da reserva estratégica dos EUA, algo que deve se estender por mais algumas semanas eldquo;até que o governo dos EUA passe a comprar petróleo em agostoerdquo;.

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