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Petróleo fecha em baixa, após dados fortes de emprego nos EUA

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta sexta-feira, 2, após um robusto payroll (relatório de emprego) norte-americano, que influenciou o dólar positivamente no começo do dia, e com a notícia de que a União Europeia, os membros do G7 e outros países finalizaram o acordo para colocar teto ao óleo russo. O petróleo WTI para janeiro fechou em baixa de 1,53% (US$ 1,24), em US$ 79,98 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro recuou 1,51%% (US$ 1,31), a US$ 85,57 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, entretanto, a commodity apresentou alta de 4,85% e 2,32%, respectivamente. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta sexta em vídeo publicado em seu Twitter que a UE, o G7 e outros países fecharam um acordo para impor um teto sobre o preço do petróleo da Rússia. Segundo diplomatas ouvidos pela Dow Jones Newswires, o acordo envolve o teto de US$ 60 por barril, abrindo caminho para o G7 lançar o mecanismo na próxima segunda-feira. Por outro lado, de acordo com a Interfax, o embargo da UE à compra de petróleo russo, que entra em vigor em 5 de dezembro, não afetará o nível de produção de petróleo na Rússia em dezembro, pois os contratos já foram assinados, disse o vice-primeiro-ministro Alexander Novak. Segundo análise da Capital Economics, investidores também aguardam a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) deste domingo para discutir a política de produção de petróleo em sua última reunião agendada até junho de 2023. eldquo;Acreditamos que é improvável que as cotas de produção sejam alteradas, pois há muita incerteza em torno da produção russa, especialmente porque o G7 ainda não se estabeleceu no nível de qualquer teto de preço.erdquo; Também nesta sexta-feira, a Baker Hughes, empresa que presta serviços ao setor, indicou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA se manteve na semana em 627.

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Acordo por compensação de ICMS entre Estados e União fica para 2023

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), encerrou nesta 6ª feira (2.dez.2022), a comissão criada para que os Estados e a União entrassem em acordo sobre a perda arrecadatória causada com as mudanças na cobrança do ICMS sobre combustíveis. Mendes é relator de ações na Suprema Corte sobre a limitação do tributo e a adoção de alíquota única do imposto pelos Estados. As unidades federativas não conseguiram negociar a compensação da falta de arrecadação e decidiram criar um novo grupo de trabalho para o assunto, com prazo de 120 dias. Em contrapartida, houve o consenso de que os representantes dos Estados devem se comprometer a estabelecer o ICMS uniforme e monofásico para os combustíveis, exceto a gasolina, até 31 de dezembro de 2022. Leia a íntegra do acordo (110 KB). Eis outros pontos acordados pela comissão: - necessidade de eldquo;aperfeiçoamento legislativoerdquo; para reconhecer o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) como órgão legítimo para implementar a cobrança do ICMS sobre combustível por meio de alíquota ad rem (incide por litro) ou ad valorem (incide sobre o preço médio); - União concorda em encaminhar proposta para revogar trecho que estabelece alíquotas ad rem para combustíveis; - discussão sobre tarifas de energia elétrica dos serviços de transmissão e distribuição continuam em grupo de trabalho para conclusão em até 120 dias; - Estados e o Distrito Federal, por meio do Confaz, reconhecerão, de imediato, a essencialidade dos seguintes combustíveis: diesel, GLP e gás natural; As propostas serão encaminhadas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e governadores, para se manifestarem, eldquo;na esfera política de suas atribuições, quanto à concordância com o referido acordoerdquo;. Para ler esta notícia, clique aqui. ...

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Venda de veículos volta a crescer em novembro

Os emplacamentos de veículos leves e pesados registraram o segundo mês acima de 200 mil unidades em 2022. Novembro terminou com 204 mil licenciamentos, número que inclui carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões. Os dados são baseados no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). Na comparação com outubro, houve alta de 12,8%. Já em relação a novembro de 2021, o crescimento é de 17,9%. O resultado, contudo, reduz as chances de o ano superar os números de 2021. Por enquanto, no acumulado de 2022, há uma queda de 1,3% na comercialização de veículos leves e pesados. A Anfavea (associação das montadoras) vem mantendo a projeção feita em julho, em que calcula uma alta de 1% em vendas na comparação com o ano passado. Para que o objetivo seja atingido, o mês de dezembro terá de terminar com 253.210 unidades emplacadas. Por enquanto, o melhor resultado do ano, obtido em agosto, foi de 208,6 mil licenciamentos. Mesmo que, historicamente, o último mês do ano registre sempre o melhor resultado, a Anfavea já considera que a meta dificilmente será batida. Ainda assim, deve celebrar o resultado de 2022. A crise no fornecimento de semicondutores persistiu durante todo o ano de 2022, com poucos períodos de alívio endash;concentrados na virada do terceiro para o quarto trimestres. Além disso, o encarecimento dos produtos e do crédito dificultaram o fechamento de negócios.

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Mudança em plano da Petrobras levará tempo, diz diretor

A nova administração da Petrobras e o novo governo Lula devem rever, a partir de janeiro, o plano estratégico 2023-2027 da companhia para considerar maiores investimentos em projetos de energia renovável, como eólicas offshore e hidrogênio verde, mas a tarefa não será fácil nem rápida, segundo indicaram ontem os atuais diretores da petroleira. A dificuldade está no fato de que a governança da empresa exige que as decisões de investimento passem por várias instâncias até chegar ao conselho de administração, etapa final de análise. A complexidade para alterar o plano, porém, já é conhecida pela equipe de transição. Para ler esta notícia, clique aqui.

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BC altera regras do Pix; sistema poderá pagar salários e pensões

O Banco Central (BC) anunciou ontem mudanças operacionais no Pix para viabilizar o pagamento de salários, aposentadorias e pensões pelo Tesouro Nacional por meio do sistema de pagamentos instantâneo. O órgão também anunciou novas regras para os limites de valor para as transações noturnas. O BC pôs fim à obrigação do limite por transação e manteve apenas o limite por período de tempo. Nesse caso, as regras para alteração dos limites a pedido dos clientes continuam, de maneira que pedidos de redução devem ser acatados imediatamente, enquanto as solicitações para aumento dos limites são processadas entre 24 e 48 horas. Segundo o BC, a customização do horário noturno diferenciado passa a ser opcional e fica a critério do banco oferecer a possibilidade de o usuário solicitar que o período noturno fique entre 22h e 6h endash; normalmente, o período vai das 20h às 6h. As novas regras passam a valer em 2 de janeiro de 2023, com exceção dos ajustes feitos na gestão dos limites para os clientes por meio dos canais digitais, que, nesse caso, valem a partir de 3 de julho do ano que vem. Em agosto de 2021, o BC estabeleceu um limite de R$ 1 mil para transferências noturnas, para tentar dificultar a ação de criminosos, como assaltos e sequestros relâmpagos. Mas permitiu que os usuários alterassem o horário de início desse período, assim como o valor permitido por operação durante o dia. Essa flexibilidade, contudo, foi considerada pouco demandada pelos usuários, com baixa efetividade para limitar os crimes. O BC também determinou que as instituições poderão definir os limites para pessoas jurídicas. Outra mudança foi a alteração do balizador para definição dos limites transacionais nas operações com finalidade de compra, que passa a ser a TED em vez do cartão de débito. eldquo;O Banco Central (BC) atualizou as regras sobre os limites de valor para as transações no âmbito do Pix com o objetivo de simplificar as regras de implementação e de aprimorar a experiência dos usuários ao efetuar a gestão de limites por meio de aplicativos, mantendo o atual nível de segurançaerdquo;, diz o órgão, em comunicado sobre o assunto. PIX SAQUE E TROCO. Outra mudança nos limites foi o aumento para a retirada de dinheiro por meio de transações de Pix Saque e Pix Troco. O limite para o saque com Pix passa de R$ 500 para R$ 3 mil, durante o dia, e de R$ 100 para R$ 1 mil durante a noite. eldquo;Essa medida tem como objetivo adequar os limites usualmente disponibilizados nos caixas eletrônicos para saques tradicionais. Assim, com o Pix Saque, os usuários terão acesso ao serviço com condições similares às do saque tradicionalerdquo;, informou o BC. A autarquia ainda informou que mudou as regras do Pix para facilitar o recebimento de recursos por correspondentes bancários, a exemplo do que já acontece nas lotéricas, e viabilizar o pagamento de salários, aposentadorias e pensões pelo Tesouro Nacional por meio do sistema. Segundo o BC, as mudanças no Pix atendem a uma demanda do próprio Tesouro, que não estava preparado operacionalmente para realizar pagamentos de servidores pelo sistema. eldquo;Do ponto de vista do Tesouro, o pagamento por meio do Pix diminui bastante os seus custos operacionaiserdquo;, disse o BC. ebull;

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Desaceleração da economia traz dilemas para o próximo governo

O PIB do terceiro trimestre deu sinais de desaceleração da economia brasileira, a despeito do forte empuxo fiscal que o governo tentou fazer no período. Mesmo com o aumento do Auxílio Brasil em agosto, e todas as benesses que o governo concedeu, o crescimento perdeu fôlego. Mas vale dizer que grande parte da responsabilidade do crescimento brasileiro desde o ano passado tem sido muito mais das commodities do que da política fiscal. O forte empuxo de preços em reais, especialmente no agronegócio, tem tido o impacto de forte expansão de renda, emprego e PIB nos Estados em que esse setor tem forte presença. A história do crescimento brasileiro nos últimos dois anos tem mais a ver com isso do que com o voluntarismo fiscal do governo. Isso tende a se inverter ano que vem. Com commodities estáveis na agropecuária e em queda nas metálicas e petróleo, não haverá fonte de crescimento tão forte como tivemos desde o ano passado. Além disso, a taxa de juros já começa a ter efeito. Parte dessa desaceleração no terceiro trimestre tem a ver com um consumidor de baixa renda impactado pela alta da inflação. Importante aqui lembrar que diminuir preço de combustível ajuda muito mais a classe média do que a classe de renda mais baixa, que segue fortemente impactada pela inflação de alimentos. Essa combinação de renda real crescendo lentamente com juros elevados tem aumentado a inadimplência e diminuído a capacidade de consumo das famílias. Essas questões estarão fortemente presentes no ano que vem. Tanto as commodities quanto os juros serão responsáveis pela nossa desaceleração, sem falar de um mundo desenvolvido em recessão, que também não ajudará. A tentação nesse cenário tão adverso é o governo querer usar a política fiscal para reativar a economia, e aqui está nosso dilema: precisamos ajustar a política fiscal em um ano de crise e com um tipo de governo que gosta de olhar o fiscal como solução para o crescimento, especialmente porque não virá ajuda do Banco Central. Será importante o governo dar os sinais certos na área fiscal para que essa desaceleração que agora começa não vire algo pior lá na frente.

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