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Produção de petróleo terá pico em 2029 e entrará em declínio

Ao defender a exploração de petróleo na Margem Equatorial, região que é considerada a nova fronteira petrolífera no Brasil e que foi eleita pela Petrobras como uma de suas prioridades, o Ministério de Minas e Energia afirma que o Brasil precisa repor suas reservas de óleo e gás pois o país atingirá seu pico de produção dentro de seis anos. Essa região se estende por uma área de mais de 2.200 quilômetros do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte, próxima à Linha do Equador. A área em que se estima haver mais petróleo é na bacia da chamada foz do Rio Amazonas, alvo de divergências entre as áreas ambiental e energética do governo. Pelos cálculos da área de planejamento energético do governo, a produção de petróleo no Brasil atingirá 5,4 milhões de barris por dia em 2029, quando será seu pico, e entrará em declínio. Hoje, o país é autossuficiente e produz entre 3 milhões e 4 milhões de barris por dia, volume suficiente para que o país seja exportador líquido de petróleo. Novas frentes A previsão, contudo, é que o declínio das reservas faça o país voltar a ser importador de petróleo em dez anos. O diagnóstico também é que o pré-sal emdash; que já foi classificado como eldquo;bilhete premiadoerdquo; pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no seu segundo mandato emdash; enfrenta eldquo;claros sinais de esgotamento exploratórioerdquo;. Principal área de exploração de óleo e gás do Brasil hoje, o pré-sal teve a última declaração de comercialidade relevante emdash; quando uma empresa vê condições comerciais de tocar um bloco de petróleo emdash; notificada em 2019. Dos 11 blocos do pré-sal ofertados pelo governo em dezembro do ano passado, apenas quatro foram arrematados. Além disso, dois blocos foram devolvidos pelas empresas. Por fim, algumas reservas de produção da Petrobras já estão caindo e, se quiser manter o mesmo nível de produção, a empresa terá que abrir novas frentes de trabalho. É esse cenário que faz os setores de energia do governo defenderem a ampliação da produção nacional, tendo a Margem Equatorial como maior aposta. A região da bacia da Foz do Amazonas é considerada a mais promissora, porque ali perto, em Guiana e Suriname, há descoberta de bilhões de barris de petróleo. Na fronteira brasileira, estimativas do Ministério de Minas e Energia (MME) apontam que há cerca de 10 bilhões em barris de petróleo recuperáveis. Para se ter uma ideia do que isso significa, o Brasil tem hoje 14,856 bilhões de barris de petróleo de reservas provadas. O MME calcula que a área pode gerar US$ 56 bilhões em investimentos, além de arrecadação da ordem de US$ 200 bilhões. Transição energética Ambientalistas não veem sentido na preocupação com o declínio na exploração de petróleo, porque essa fonte de energia deve perder força no processo de transição energética. Na área de energia, porém, o argumento é que só a partir de 2040 se vê uma redução mais forte da demanda por petróleo, segundo dados da Agência Internacional de Energia. Mesmo assim, ainda serão consumidos cerca de 60 milhões de barris diariamente, no cenário mais otimista, com aplicação de fontes renováveis de energia emdash; hoje é algo próximo de cem milhões de barris. A Petrobras apresentou recurso na semana passada para que o Ibama reveja a decisão que não liberou licença para a estatal perfurar o bloco da bacia da Foz do Amazonas, localizado a 175 quilômetros de Oiapoque (no extremo norte do Amapá). O órgão ambiental disse que vai analisar novamente a proposta e discutir tecnicamente as alterações apresentadas no novo pedido. Um dos pontos reclamados pelo Ibama é que a base de socorro a animais em caso de desastre fica em Belém. A empresa vai ampliar a base em Oiapoque, além de propor mais embarcações de contenção de vazamento.

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Morre no Rio o ex-presidente da Petrobras Armando Guedes Coelho

O empresário Armando Guedes Coelho, ex-presidente da Petrobras e ex-presidente do Conselho Empresarial de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), morreu no Rio. Goiano, Armando se formou em Engenharia Química e Química Industrial na Escola Nacional de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1964, por meio de concurso público, iniciou carreira na Petrobras, onde exerceu diversas atividades. Entre 1981 e 1982, por exemplo, negociou a associação com a Akzo Chemie, na Holanda, e a Oxiteno para a construção da primeira fábrica no Brasil de catalisadores para unidade de craqueamento fluído. Em 1985, presidiu a Petrobras Comercio Internacional S.A (Interbras) e, no ano seguinte, a Petrobras Distribuidora (BR). Em 1987, no governo José Sarney, assumiu a presidência da Petrobras, sendo o primeiro funcionário de carreira a ocupar o posto. Nesta oportunidade, defendeu o Programa do Álcool. Após pedir demissão da Petrobras, iniciou carreira na iniciativa privada, presidindo a Fábrica Carioca de Catalisadores, e posteriormente assumiu a direção da divisão de petroquímica da Companhia Suzano de Papel e Celulose. Na Firjan, por anos, presidiu o Conselho Empresarial de Energia da federação. Também foi presidente do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Firjan e foi eleito conselheiro emérito da federação. Em 2012, recebeu a medalha de Mérito Industrial da Firjan. "Armando prestou inestimáveis serviços a esse país. Era um negociador de habilidade e criatividade admiráveis. Se o Brasil evitou um racionamento de combustível na década de 70 deve muito a ele e sua atuação como funcionário de carreira da Petrobras. Sacrificou sua vida pessoal cruzando o mundo em aviões para não deixar o país pararerdquo;, lembrou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, em nota. O velório será neste domingo (28), das 9h às 12h, no Cemitério da Penitência, no Caju, seguido de cremação.

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Para o comércio, Pix é rota de fuga dos juros altos, dizem especialistas

Com a estratégia de estimular o Pix, varejistas têm registrado um salto expressivo na utilização desse meio de pagamento. Nas vendas online do Magazine Luiza, por exemplo, o uso já aumentou 11 pontos porcentuais no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2022. Já a Via não detalha o avanço do Pix, mas informa que o pagamento à vista cresceu 4,2 pontos no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2022 e acrescenta que o avanço foi especialmente devido ao Pix. Conforme a companhia, já antes da Black Friday do ano passado (no final de novembro), a rede começou a dar desconto nessa forma de pagamento. Em visita a uma loja da Americanas na última semana, a reportagem recebeu a sugestão do operador de caixa para pagar com Pix a compra, em troca de eldquo;algum descontoerdquo;. O funcionário contou que tem meta diária de vendas por meio do Pix. Havia na loja caixas sinalizados para atender só clientes que quisessem usar esse meio. Procurada, a Americanas disse que incentiva o tipo de pagamento, mas sem desconto. No McDonaldersquo;s, a situação se repetiu. Em uma lanchonete visitada, o atendente ofereceu a possibilidade de pagamento com Pix vinculado ao aplicativo para obter desconto e relatou que tinha meta diária a cumprir de venda no Pix. A empresa, porém, informou que não tem nenhuma campanha de incentivo ao meio de pagamento. eldquo;O Pix está virando uma grande avenida para os varejistas neste momento de juros muito altos e de falta de liquidez no mercadoerdquo;, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra. O diretor de Operações do Magazine Luiza, Felipe Gomes Cohen, diz que a crise de crédito não foi o principal alavancador do Pix. eldquo;Estamos com uma posição de caixa supersólida e robusta.erdquo; Mas o diretor admite que eldquo;qualquer dinheiro em caixaerdquo; sempre ajuda. CAPITAL DE GIRO. Terra observa que o principal motivo para uma varejista ir ao banco não é o investimento em abertura de loja, mas a busca por capital de giro, hoje caro e escasso. Segundo ele, pelas experiências relatadas em conselhos de varejistas dos quais participa, só o fato de o operador de caixa oferecer a possibilidade de pagar com Pix pode dobrar a participação desse meio de pagamento no faturamento. Com isso, é possível ganhar muito dinheiro, entre 3% e 6% da venda, que é a economia de custos de operação que o Pix proporciona em relação a outros meios, de acordo com os cálculos do consultor. Para Carlos Netto, uma das mentes por trás da criação do Pix e presidente da empresa de pagamentos Matera, a transferência instantânea ajuda a aumentar a margem de lucro. eldquo;Para o lojista, o pagamento por Pix é muito mais barato. Quem amadureceu mais com o Pix recebe muitos pagamentos por esse tipo de transferência. Hoje, o banco ganha zero real quando o cliente paga por Pix. No cartão de crédito, ganha 0,5%erdquo;, diz. Segundo a SBVC, o Pix responde ainda por uma pequena fatia do varejo. Nas lojas físicas, é de 4%; e no comércio online, de 18%. Mesmo assim, segundo o Banco Central, 128 milhões de brasileiros usam hoje o Pix, e as transações entre pessoas e empresas saltaram 163% em abril ante o mesmo mês de 2022: de 268 milhões para 705 milhões. USO DO CARTÃO. As empresas de cartão crédito ainda respondem pela maior fatia das vendas nas lojas físicas e online. A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) diz que há espaço no mercado para os diferentes meios de pagamento. Em comunicado, a entidade diz que eldquo;os cartões continuam crescendo por apresentar características específicas que agregam valor ao cliente e ao comércio, como a possibilidade de contestar despesas, a segurança e a fluidez do pagamento em compras pela internet, aplicativos e também por aproximaçãoerdquo;. De acordo com a Abecs, nos últimos três anos, os pagamentos com cartão por aproximação tiveram crescimento exponencial, de mais de 9.000%. Em março de 2023, já representavam 44% do total de pagamentos com cartões realizados presencialmente. A Abecs informa ainda que os cartões de crédito, débito e pré-pagos representam cerca de 60% do consumo das famílias e continuam crescendo de maneira importante. No primeiro trimestre, movimentaram R$ 840 bilhões em compras, alta de 10,7% ante o mesmo período de 2022. ebull;

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Haddad afirma que plano para carros é temporário e deve durar '3 ou 4 meses'

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem que sua pasta e o ministério da Indústria, o Mdic, vão finalizar as contas até amanhã sobre o impacto da desoneração tributária dos automóveis até R$ 120 mil anunciada anteontem. A intenção é apresentar os detalhes do programa, uma tentativa de resgate do carro popular, na próxima semana, antes do prazo de 15 dias dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista à GloboNews, Haddad adiantou que o programa não deve chegar a um quarto do impacto fiscal estimado pelo mercado, de R$ 8 bi. Os cálculos, disse Haddad, vão levar em consideração a perspectiva de redução dos juros, que deve tornar desnecessário o estímulo às vendas. Projeções preliminares já foram feitas, porém, disse o ministro, a equipe econômica precisa fechar a equação seguindo os critérios da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). eldquo;Não posso apresentar conta ao presidente sem estar fechadaerdquo;, disse. Haddad afirmou que os incentivos serão temporários e têm o objetivo de apoiar o setor na transição entre o início do ciclo da queda dos juros e a recuperação do mercado. Ele classificou a tentativa de resgate dos carros populares como um programa eldquo;tópicoerdquo;, que, prometeu, não vai se estender para além deste ano. eldquo;Estamos falando de um programa que pode durar três ou quatro meses, não é estruturalerdquo;, declarou o ministro, acrescentando que a duração ainda está em definição. MONTADORAS. O ministro citou o fechamento de montadoras nos últimos anos ao justificar a preocupação com a estagnação do mercado de carros. Com o início dos cortes de juros, inflação controlada e melhora na perspectiva de crescimento econômico, projetou, as vendas de bens duráveis devem se recuperar com a volta do crédito, tornando os estímulos desnecessários. eldquo;Tem um hiato que está nos preocupando.erdquo;

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Diesel, gasolina e etanol recuam cerca de 4% nos postos na semana, aponta ANP

O preço médio do diesel S10 vendido nos postos do Brasil recuou 4% nesta semana, ante a semana anterior, após a Petrobras ter cortado os valores de combustíveis vendidos em suas refinarias neste mês, apontaram dados da reguladora ANP nesta sexta-feira. O diesel S10, combustível mais comercializado do país, registrou média de 5,24 reais por litro, ante 5,46 reais por litro da semana anterior. O valor da gasolina, por sua vez, recuou para média de 5,26 reais por litro, queda de 3,7% versus 5,46 reais na semana anterior. Na mesma linha, o etanol hidratado, concorrente direto da gasolina nas bombas, teve média de 3,84 reais por litro nesta semana, queda de 3,8% contra 3,99 reais na semana anterior. A Petrobras anunciou na semana passada uma nova estratégia comercial, que deixou de seguir a paridade de preços de importação e buscará menos volatilidade. A gasolina vendida nas refinarias da Petrobras foi reduzida em 0,40 real o litro, ou 12,6%, e o diesel teve um corte de 0,44 real o litro, ou quase 13%, informou a empresa na ocasião. O repasse dos ajustes da Petrobras aos consumidores finais, no entanto, não é imediato e depende de uma série de questões, como margem de distribuição e revenda, impostos e mistura de biocombustíveis.

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Preços do petróleo sobem com EUA perto de fechar acordo de dívida

Os preços do petróleo subiram na sexta-feira (26/05), com as autoridades dos Estados Unidos parecendo perto de fechar um acordo sobre o teto da dívida e com o mercado avaliando mensagens conflitantes sobre a oferta da Rússia e da Arábia Saudita antes da próxima reunião de política da Opep+. O petróleo Brent subiu 0,69 dólar, ou 0,9%, a 76,95 dólares o barril. O petróleo dos EUA (WTI) fechou em alta 0,84 dólar, ou 1,2%, a 72,67 dólares o barril. Ambos os contratos de referência registraram uma segunda semana de ganhos, com o Brent subindo 1,7%, enquanto o WTI subiu 1,6%. Ainda assim, os mercados permaneceram cautelosos, já que as negociações sobre a dívida podem se arrastar e há novas preocupações sobre um aumento da taxa de juros do Federal Reserve no próximo mês, que reduziria a demanda após fortes dados de gastos do consumidor nos EUA e leituras de inflação. (Reuters)

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