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IPC-M cai 0,3% na 1ª semana de junho, puxado por combustíveis, passagem aérea e produtos de higiene

A primeira prévia do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) recuou 0,30% ante alta de 0,64% em igual período de maio, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Seis das oito classes de despesas que compõem o indicador registraram decréscimo nesta leitura: transportes (0,49% para -1,74%), saúde e cuidados pessoais (1,72% para 0,37%), alimentação (0,55% para -0,31%), educação, leitura e recreação (-0,13% para -1,06%), comunicação (1,06% para 0,02%) e vestuário (1,05% para 0,79%). Nessas classes de despesa, vale mencionar o comportamento de gasolina (-0,06% para -5,39%), medicamentos em geral (4,26% para 0,46%), hortaliças e legumes (5,38% para -2,57%), passagem área (-1,55% para -6,78%), tarifa de telefone móvel (2,92% para -0,02%) e roupas (0,90% para 0,48%), respectivamente. Por outro lado, houve aceleração de habitação (0,39% para 0,45%) e despesas diversas (0,22% para 0,29%), puxadas por taxa de água e esgoto residencial (0,00% para 1,98%) e jogo lotérico (1,26% para 3,30%). Influências As maiores pressões para baixo sobre o IPC-M na primeira prévia de junho partiram de gasolina (-0,06% para -5,39%), passagem aérea (-1,55% para -6,78%) e etanol (4,64% para -7,03%), além de shampoo, condicionador e creme (0,46% para -4,29%) e óleo diesel (-2,38% para -9,50%). Na outra ponta, puxaram o índice para cima plano e seguro de saúde (1,07% para 1,05%), taxa de água e esgoto residencial (0,00% para 1,98%) e tarifa de eletricidade residencial (0,59% para 0,90%), junto com condomínio residencial (0,56% para 0,94%) e empregado doméstico (0,32% para 0,59%).

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Gasolina sobe 2% na 2ª semana de junho nos postos, aponta ValeCard; etanol cai 0,12%

O preço da gasolina nos postos no Brasil subiu 2,02% na semana de 5 a 11 de junho em comparação com a semana anterior, alcançando uma média de 5,601 reais por litro, segundo levantamento da Valecard com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados. O combustível registrou a segunda alta semanal consecutiva nos postos, como consequência da mudança na forma de cobrança do ICMS sobre combustíveis que passou a valer em 1º de junho, lembrou Brendon Rodrigues, Head de inovação e portfólio na ValeCard. "Nas próximas semanas, os consumidores podem observar mais aumentos nas bombas, já que há pressão vinda também do etanol anidro, que compõe 27% da mistura da gasolina comum", disse, em nota. Segundo o indicador Cepea/Esalq, o preço do etanol anidro nas usinas produtoras de São Paulo (principal produtor do Brasil) teve aumento de 1,51% entre os dias 29 de maio e 2 de junho e de 0,99%, entre 5 e 9 de junho. Já o preço médio do etanol hidratado (usado diretamente pelos veículos) caiu 0,12%, na quinta semana seguida de baixa, alcançando a média de 3,849 reais o litro. Segundo a Valecard, isso reflete o repasse gradual da redução do biocombustível nas usinas produtoras. Nas usinas paulistas, os preços do hidratado recuaram 1,56% na última semana, conforme dados do Cepea/Esalq, após registrarem alta de 4,38% entre 22 de maio e 2 de junho. Com os preços em queda, tornou-se vantajoso abastecer com o biocombustível nos Estados de Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo. Por sua vez, o preço médio do diesel S-10, o tipo mais usado no Brasil, apresentou queda de 2,10% nos postos na segunda semana de junho em comparação com a semana anterior. No período, a média cobrada no país foi de 5,348 reais por litro. (Reuters)

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Comissão debate exploração de petróleo e gás natural na margem equatorial do rio Amazonas

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realiza audiência pública na quarta-feira (14) sobre a exploração de petróleo e gás natural na Margem Equatorial, área que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte. O Ministério de Minas e Energia afirma que a exploração petrolífera nessa área é essencial para manter a produção brasileira, que tem tendência de queda a partir de 2029. A Petrobras pediu autorização ao Ibama para fazer testes de exploração de petróleo e gás em uma área a 500 km da foz do rio Amazonas. O pedido foi negado; porém, novo pedido foi feito e o Ibama anunciou que vai analisar a demanda. "A ampliação e até mesmo a manutenção dos níveis de produção de petróleo e gás natural dependem de novas descobertas, porquanto os campos de petróleo apresentam declínio natural de produção. Para que isso aconteça, é necessária a realização de investimentos em exploração de petróleo e gás natural", diz o deputado Rodrigo de Castro (União-MG), autor do pedido para a realização do debate. Foram convidados, entre outros: - o diretor do Departamento de Políticas de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Rafael Bastos; - a diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Symone Christine de Santana Araújo; e - o gerente-geral de Ativos Exploratórios da Petrobras, Rogério Soares Cunha. A audiência pública será realizada às 10 horas no plenário 14. (Agência Câmara)

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Sem dizer quando, Campos Neto fala em reduzir juros à frente

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda (12) que os juros futuros no Brasil têm tido queda relevante, abrindo espaço para um corte da Selic, a taxa básica de juros, sem especificar quando a redução poderia ocorrer. "A curva de juros futuros tem tido queda relevante. Isso significa que o mercado está dando credibilidade ao que está sendo feito, o que abre espaço para a atuação da política monetária à frente", afirmou o presidente do BC. Atualmente, a taxa Selic está em 13,75% ao ano. O presidente da instituição também aproveitou para afagar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao dizer que a equipe econômica tem trabalhado para criar um cenário que permita a queda dos juros, inclusive com a aprovação do arcabouço. "Acho que o ministro Haddad tem feito um grande esforço, às vezes contra um movimento grande do próprio governo. A gente reconhece isso sempre, desde o começo, com a reoneração [de combustíveis]. Lembrando sempre que o ano de eleição foi muito ruim, foi meio que um campeonato de promessas em que no fim das contas teve um efeito fiscal." Campos Neto participou de um evento do IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo), que contou com a participação de líderes de empresas como Magazine Luiza, Zara, Raia Drogasil e Arcos Dourados (franquia do McDonalde#39;s). "A gente deve ter um número de inflação em junho negativo e depois vai subir lentamente, [fechando em] 4,5% de inflação no ano." O presidente do BC também destacou que um dos efeitos da pandemia foi o aumento na quantidade de horas trabalhadas e de parte do capital investido, mas a produção industrial está parada, o que caracteriza perda de produtividade. "Nas condições de crescimento, o que a gente vê são sinais não muito bons. O que a gente viu é que tem uma percepção de que a taxa de juro real neutra subiu. Por outro lado, uma das perguntas é o crescimento estrutural que o Brasil tem, esse número caiu." "Subimos juros parecidos com o que subiram os nossos pares, hoje o juro real brasileiro comparado com a média é menos alto do que a média histórica, a gente precisa ter um pouco de paciência, a gente tem de entender que a nossa tarefa é fazer a inflação convergir." Campos Neto também afirmou que o trabalho para manter a inflação sob controle está sendo feito e que as perspectivas mais otimistas para o crescimento do país ajudam. "Tem um cenário de crescimento sendo revisado para cima, com a inflação sendo revisada para baixo. Sou um voto [no Copom, Comitê de Política Monetária do BC], não posso adiantar nada, mas a gente tem de fazer as coisas com paciência e parcimônia, se for interrompido no meio tem um custo muito maior." Após forte recuo na sessão anterior, as taxas dos contratos futuros de juros fecharam nesta segunda em nova baixa na ponta curta, em meio à expectativa de início do ciclo de cortes da Selic, enquanto a ponta longa apresentou elevação, na esteira do avanço dos rendimentos dos Treasuries no exterior. Analistas também reduziram suas expectativas para a inflação de 2023 a 2026 na pesquisa Focus, na esteira de uma desaceleração mais forte do que o esperado no aumento dos preços ao consumidor em maio. O levantamento divulgado nesta segunda pelo Banco Central mostra que as projeções para a alta do IPCA (a inflação oficial, medida pelo IBGE) são agora de 5,42% em 2023, 4,04% em 2024, 3,90% em 2025 e 3,88% em 2026. Na semana anterior, essas contas estavam em 5,69%, 4,12%, 4,00% e 4,00%, respectivamente. Para a Selic, os analistas continuam vendo os juros básicos em 12,5% no fim deste ano, em 10% no fim de 2024 e em 9% no fim de 2025. Para 2026, a perspectiva foi reduzida de 9% para 8,75%. "Vamos ter um pouco de paciência, as coisas estão indo no caminho certo. É um processo lento, demora, tudo o que o BC faz hoje não tem efeito imediato. A expectativa tem um efeito forte e ela está indo na direção correta." Agentes do mercado têm reduzido prêmios embutidos na curva a termo brasileira, na esteira dos dados mais recentes de inflação e do otimismo em torno do andamento do novo arcabouço fiscal no Congresso. (Com Reuters)

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Petróleo cai 4% com revisões negativas e investidores olhando para além da decisão do Fomc

Os preços do petróleo caíram cerca de US$ 3 o barril nesta segunda-feira, depois que analistas destacaram o aumento da oferta global e as preocupações com o crescimento da demanda pouco antes dos principais dados de inflação e de uma reunião do Federal Reserve dos Estados Unidos no final desta semana. Os contratos futuros de petróleo Brent caíram US$ 2,95, ou 3,9%, para US$ 71,84 o barril, a menor cotação desde dezembro de 2021. O petróleo bruto West Texas Intermediate caiu US$ 3,05, ou 4,4%, para US$ 67,12 o barril. O Goldman Sachs cortou suas previsões de preço do petróleo no início do domingo, citando ofertas acima do esperado no final deste ano e até 2024. A previsão de preço do petróleo em dezembro do banco agora é de US$ 86 o barril para o Brent, abaixo dos US$ 95 anteriores, e de US$ 81 o barril para o WTI, abaixo dos US$ 89 da última projeção. eldquo;A visão mais negativa do Goldman parece ter sido o catalisador para iniciar as vendas hojeerdquo;, disse Matt Smith, analista da Kpler. A revisão ocorre no início de uma semana movimentada para o Federal Reserve dos EUA, que se reúne na quarta-feira. Embora o Fed deva manter as taxas de juros neste mês, os investidores estão preocupados com a possibilidade de que os aumentos nas taxas sejam retomados no próximo mês, disse o analista do UBS, Robert Yawger. Os aumentos de juros do Fed fortalecem o dólar, tornando as commodities denominadas na moeda dos EUA mais caras para detentores de outras moedas e pesando nos preços. eldquo;A reunião do Fed e as pressões inflacionárias continuam sendo questões importantes para o mercado nesta semanaerdquo;, disse Rob Haworth, estrategista sênior de investimentos do U.S. Bank Asset Management. eldquo;A manutenção mais provável das taxas de juros significa que os investidores acompanharão de perto a conferência de imprensa do presidente do Fed, Powell, sobre o caminho esperado para as taxas de juroserdquo;, disse Haworth. Também pesando na mente dos investidores, a recuperação da demanda por petróleo tem sido silenciosa na China, o maior importador de petróleo bruto e produtos refinados. eldquo;A demanda chinesa não deu sinais de se materializar, e pode chegar a 2 milhões de barris por dia, então é uma quantidade significativa. Definitivamente, há temores de que a Opep e a IEA reduzam suas previsões de demandaerdquo;, disse Yawger. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e a Agência Internacional de Energia divulgarão suas atualizações mensais do mercado na terça-feira. Na semana passada, tanto o Brent quanto o WTI registraram uma segunda queda semanal consecutiva, depois que dados econômicos decepcionantes da China apagaram o aumento de preço após a promessa da Arábia Saudita de cortar a produção em julho. (Reuters)

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STJ autoriza creditamento de PIS/Cofins sobre ICMS-ST

Os ministros da 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram, por unanimidade, que o ICMS recolhido pela sistemática de substituição tributária (ICMS-ST) gera créditos de PIS e Cofins para os contribuintes. O entendimento é o de que os valores referentes ao ICMS-ST integram o custo de compra das mercadorias e, portanto, geram direito ao creditamento. Houve apenas uma ressalva do ministro Paulo Sérgio Domingues. Em todos os casos envolvendo essa controvérsia, o magistrado tem afirmado que, quando estava no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), julgava o tema de modo desfavorável ao contribuinte, ou seja, para negar o direito ao creditamento de PIS e Cofins sobre o ICMS-ST. No entanto, seguiu a posição pacificada da 1ª Turma no processo relatado pelo ministro Sérgio Kukina. O colegiado tem aplicado o mesmo entendimento em uma série de casos. Embora essa seja a posição da 1ª Turma, a 2ª Turma entende de modo distinto, ou seja, que os valores pagos a título de ICMS-ST não geram créditos de PIS e Cofins. O tema ainda deverá ser pacificado pela 1ª Seção, que reúne as duas turmas de direito público. A controvérsia é objeto do EREsp 1428247/RS, ainda sem data marcada para julgamento.

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