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GM propõe suspensão de contrato de trabalho de 1.200 em São José dos Campos

A General Motors está propondo suspender o contrato de 1.200 trabalhadores da fábrica de São José dos Campos através do layoff a partir do dia 3 de julho. Com a decisão, a produção no segundo turno ficaria suspensa por até dez meses. A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região nesta quarta-feira. Procurada, a GM informou que está negociando com o Sindicato medidas para ajustar a produão à atual demanda do mercado. eldquo;A GM informa que está negociando com o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos medidas para ajustar a produção à atual demanda do mercado, de forma a garantir a sustentabilidade do negócio. Neste sentido, a empresa propôs a realização de um layoff de cinco meses na fábrica de São José dos Campos, com início programado para o dia 3 de julho, podendo ser prorrogado por mais cinco meses", disse a empresa em nota. A GM já tinha dado férias coletivas no início do ano. Neste mês de junho, a empresa tinha anunciado uma parada de dez dias em parte da produção na unidade de São José dos Campos, mas decidiu estender essa parada, em que haverá compensão dos dias mais à frente, para toda a unidade. Não se trata de um layoff, mas sim de e#39;dayoffe#39;. A parada começou na segunda dia 12, e vai até 23 deste mês. Vai atingir os metalúrgicos da produção de motores dos veículos Onix Joy e Prisma Joy, além de parte do administrativo. Haverá ainda férias coletivas para trabalhadores do setor de transmissão, no período de 19 a 28 de junho. O lay off é uma ferramenta prevista no contrato de trabalho e prevê que os trabalhadores fiquem em casa, façam cursos de requalificação e recebam parte dos salários com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Mas é necessária a aprovação dos trabalhadores em assembleia. O Sindicato está propondo, em vez da adoção do layoff, a redução da jornada de trabalho sem redução de salário. "A General Motors lucrou muito no último período e não tem por que suspender o contrato dos trabalhadores, que acabam sendo prejudicados", informou em nota o vice-presidente da entidade, Valmir Mariano. A GM em São José dos Campos conta com 3.958 trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer. Só no primeiro semestre, foram registradas 14 paralisações para ajustar a produção de veículos à demanda mais fraca. As fábricas recorreram a férias coletivas, layoff e redução de turnos para evitar demissões. Essas paradas, provocaram um efeito dominó nas fornecedoras de autopeças, que também estão tendo que adequar sua produção ao atual cenário de queda de vendas. Essa situação preocupa o governo, que criou um programa de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 500 milhões em créditos tributários para carros de até R$ 120 mil. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, admitiu que um dos objetivos é evitar paralisações e demissões no setor, que, segundo ele, emprega 1,2 milhão de pessoas.

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Demanda por petróleo vai desacelerar nos próximos anos, e preço dos combustíveis pode cair, diz AIE

O crescimento da demanda global por petróleo vai perder força nos próximos anos, segundo a Agência Internacional de Energia, à medida que os preços altos e a invasão da Ucrânia pela Rússia aceleram a transição para reduzir o uso de combustíveis fósseis. O consumo em 2024 deve crescer na metade do ritmo observado nos dois anos anteriores, e um limite final para a demanda é previsto para esta década, com o avanço de veículos elétricos e diminuição do uso de gasolina por carros, de acordo com o cenário de médio prazo da AIE, sediada em Paris. Com a capacidade de produção ainda em expansão, os mercados permanecerão eldquo;adequadamente abastecidoserdquo; até 2028, afirmou a agência. A redução na demanda, no entanto, pode reduzir os preços dos combustíveis. eldquo;O crescimento da demanda mundial por petróleo deve se desacelerar quase até uma interrupção nos próximos anoserdquo;, disse a AIE, que assessora as principais economias. eldquo;A mudança para uma economia de energia limpa ganha ritmo, com um pico da demanda global por petróleo no horizonte antes do final desta década.erdquo; Há anos, nações consumidoras se empenham em abandonar os combustíveis fósseis para limitar as emissões de gases de efeito estufa e evitar mudanças climáticas catastróficas. Essa ambição foi fortalecida quando os preços do petróleo e do gás dispararam depois que a Rússia atacou a Ucrânia no início de 2022. Os cenários de curto e longo prazo diferem muito. Os mercados mundiais de petróleo podem passar por um aperto eldquo;significativoerdquo; nos próximos meses, à medida que o consumo de combustível da China se recupera da pandemia, enquanto produtores da Opep+ liderados pela Arábia Saudita reduzem a produção, disse a agência. O petróleo é negociado perto de US$ 75 o barril em Londres. O mercado também parece apertado no ano que vem, especialmente no segundo semestre, com os estoques de petróleo em queda mesmo com a desaceleração do crescimento da demanda global para 860 mil barris por dia, em comparação com 2,4 milhões de barris diários este ano, ou cerca de 2%. No entanto, os anos seguintes sinalizam um mundo menos dependente de hidrocarbonetos. O crescimento global do consumo de combustíveis vai totalizar apenas 400 mil barris por dia em 2028, de acordo com o relatório da AIE. A estimativa para a demanda global é de 105,7 milhões de barris por dia nesse ponto. O uso de gasolina endash; o segundo maior produto petrolífero endash; entrará em declínio a partir de 2023. E, no caso do petróleo como combustível de transporte, a queda ocorrerá três anos depois. O crescimento restante da commodity ficará limitado a produtos petroquímicos e combustível de aviação, prevê a AIE. A necessidade de combustíveis fósseis atingirá um pico absoluto de 81,6 milhões de barris por dia em 2028.

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Combustível do Futuro: como governo planeja aumento do etanol na gasolina

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o Projeto de Lei apelidado de "Combustível do Futuro" está em fase final de aprovação dentro da Casa Civil e deve ser encaminhado ao Congresso Nacional na próxima semana. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (14), durante o seminário "ANFAVEA - Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil". O texto vai reunir diversas medidas para ampliar o uso de combustíveis sustentáveis no país, com baixa emissão de carbono, entre eles, o etanol. Entre as possíveis novidades do Projeto de Lei, uma das mais aguardadas e polêmicas é a elevação do nível de etanol na gasolina, também devem ser criados incentivos fiscais para o investimento em energia limpa. O ministro não deu detalhes, mas prometeu que o texto trará previsibilidade para o setor. "O Brasil tem a matriz energética mais limpa dentre as grandes economias do mundo, e os biocombustíveis fazem parte da estratégia nacional para o cumprimento da contribuição determinada no Acordo de Paris. Quando consideramos o efeito ambiental, o Brasil já conta com uma solução tecnológica altamente competitiva e eficiente, que são os veículos híbridos flex fuel rodando a etanol", disse Alexandre Silveira. O ministro disse que o novo Projeto de Lei vai integrar a Rota 2030 e o Acordo de Paris para que o Brasil tenha, do poço à roda, uma emissão de carbono muito menor. "Além de incentivos e investimentos, na medida em que a descarbonização vai acontecendo, vai acontecer também a desoneração de setores pontuais. Nós temos ali toda uma integração em um único Projeto de Lei que vai permitir mais clareza para o mundo e mais segurança jurídica para que essa descarbonização aconteça aqui", afirma o ministro, que diz ter certeza de que o Brasil será protagonista da descarbonização no mundo. O mandatário da pasta aborda a elevação do nível de etanol na gasolina como algo natural e inevitável. "A política clara do nosso governo, que já foi anunciada por mim, é aumentar a mistura do etanol na gasolina. Nós temos que descarbonizar e vamos conseguir isso com o tempo. O país tem terra, tem clima, tem energia, tem água. Então temos que fazer uma transição segura. Temos um caminho a trilhar até chegar aonde queremos: uma economia completamente verde e limpa", afirma. Anfavea aguarda estudos. Anfavea aguarda estudos Questionado sobre como anda o diálogo com o governo sobre a elevação da quantidade de etanol na gasolina, que hoje está em 27%, o presidente da Anfavea - associação das montadoras - Márcio de Lima Leite, afirmou que a entidade tem participado da discussão com técnicos. "Mas é difícil dizer qual será o novo percentual, se é 30%, 31%, 35% 40%... Ainda está em fase de estudo". Sobre o Projeto de Lei, o executivo diz que o setor busca previsibilidade. "[Sobre o carro elétrico], o que queremos no momento são incentivos para pesquisas e desenvolvimento, não só fiscal.Hoje, por exemplo, temos um modelo para veículos elétricos que está em vigor há alguns anos, que é a taxa de 0% para importação, mas sabemos que isso está em estudo para processo de transição. Enquanto não se tem clareza, você não atrai investimento, o que o mercado mais quer é previsibilidade", explica.

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Anfavea quer postos de combustível em campanha para incentivar uso de etanol

Montadoras e governo estudam medidas para incentivar o uso do etanol em carros flex, medida que contribuiria para a redução de emissões enquanto o País espera uma política mais consistente voltada a carros híbridos flex e, futuramente, elétricos. Uma das possibilidades é usar os postos de combustíveis nessa missão, com os próprios frentistas informando as vantagens para o meio ambiente no uso do etanol e até oferecendo brindes, como lavagem gratuita ou a criação de um programa de pontos que seriam acumulados no abastecimento com etanol. eldquo;Hoje há um desconhecimento sobre o uso do etanol; o consumidor não sabe a pegada ambientalerdquo;, disse o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea), Márcio de Lima Leite. Atualmente, mais de 70% dos consumidores abastecem os automóveis flex com gasolina. Segundo as fabricantes, um carro flex movido a etanol emite 60% menos COe#8322; na atmosfera na comparação com um abastecido com gasolina. Redução de preços Eventual redução do preço do combustível ainda não está na agenda. Questionado sobre o tema, o vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, limitou-se a relembrar que, quando era governador em São Paulo, reduziu o ICMS do etanol para 12%, enquanto o da gasolina foi mantido em 25%. Alckmin disse também que há estudos para ampliar a mistura do etanol na gasolina de 27% para 30%. O presidente da Anfavea informou que as montadoras trabalham na melhora da eficiência do uso do etanol nos automóveis, hoje de 70% em relação à gasolina. O vice-presidente participou na tarde desta quarta-feira, 14, de seminário promovido em Brasília com o tema eldquo;Conduzindo o futuro da eletrificação no Brasilerdquo;. Realizado durante todo o dia no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o evento reuniu executivos da maioria das montadoras, das fabricantes de autopeças, do setor de revenda de veículos e membros de vários ministérios, como o de Minas e Energia, Desenvolvimento e Meio Ambiente.

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IBGE: vendas em supermercados sobem 3,2% e salvam varejo do vermelho em abril

O aumento nas vendas de supermercados salvou o varejo do vermelho em abril. O volume vendido pelo comércio varejista teve ligeira alta de 0,1% em relação a março, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados nesta quarta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O comércio varejista brasileiro completou os quatro primeiros meses de 2023 sem registrar perdas, e o volume vendido está 4,7% acima do nível que encerrou o ano de 2022. No entanto, assim como ocorreu em fevereiro, o desempenho de abril deve ser encarado como uma estabilidade, ponderou Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE. eldquo;A resiliência do mercado de trabalho, o aumento das transferências de renda do governo e a queda da inflação (especialmente em alimentos e bens industriais) permitem uma desaceleração suave dos gastos pessoais este anoerdquo;, destacou o economista Rodolfo Margato, da gestora de recursos da XP Investimentos. Na passagem de março para abril, apenas três das oito atividades pesquisadas registraram avanços: artigos farmacêuticos e de perfumaria (0,3%), livros e papelaria (1,0%) e hipermercados e supermercados (3,2%). O setor de supermercados tem o maior peso na Pesquisa Mensal de Comércio, uma participação de 57%. O avanço em abril foi impulsionado pela inflação mais baixa e pelas compras para a Páscoa, disse Cristiano Santos. eldquo;Os supermercados, pelo fato de concentrarem bens mais essenciais, se descolam do restante do varejoerdquo;, frisou o pesquisador do IBGE. Na direção oposta, as quedas ocorreram em equipamentos para informática e comunicação (-7,2%), tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), combustíveis (-1,9%), outros artigos de uso pessoal e doméstico, que incluem as lojas de departamento (-1,4%) e móveis e eletrodomésticos (-0,5%). O juro alto e o crédito mais escasso afetaram as vendas de bens de maior valor agregado, justificou Santos. A queda nas concessões de crédito para pessoas físicas, a redução recente na massa de salários em circulação na economia e a diminuição da população ocupada também ajudam a explicar o menor dinamismo no varejo em abril. Supermercados, pelo fato de concentrarem bens mais essenciais, se descolam do restante do varejo, diz pesquisador do IBGE eldquo;Esses são indicadores que demonstram essa perda de fôlegoerdquo;, afirmou Santos, lembrando, que, por outro lado, a inflação vem perdendo ímpeto e pressionando menos o desempenho do varejo. No comércio varejista ampliado emdash; que agora inclui as atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício emdash; houve retração de 1,6% em abril ante março. O segmento de veículos, motos, partes e peças registrou queda de 5,9%, enquanto material de construção caiu 0,8%. Não há divulgação de dados individuais para o atacado de produtos alimentícios na série com ajuste sazonal. Os resultados da pesquisa mostram que a demanda doméstica está concentrada em segmentos específicos, afirmou o economista Homero Guizzo, da gestora de recursos Terra Investimentos. eldquo;Esse dado do varejo não desfaz aquela impressão que tivemos com o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, em que vimos o crescimento da atividade (econômica) concentrada em poucos segmentos, como foi com o agro, e mais ligado à ofertaerdquo;, disse Guizzo. À frente, porém, Guizzo pontua que as vendas do varejo podem ser beneficiadas pela expectativa de materialização de cortes na taxa básica de juros, a Selic, no segundo semestre do ano. Outro vetor que pode contribuir positivamente para o varejo ampliado, segundo o economista, é o programa de incentivo às montadoras, anunciado pelo governo neste mês. O impacto, contudo, seria apenas de antecipação de algumas compras, e não necessariamente de incentivo para novos compradores. eldquo;Não sei se esse desconto sozinho converteria uma pessoa que não compraria carro em alguém que compraria. Por isso o impacto deve ser de concentração dessas vendas em um curto períodoerdquo;, explicou o economista da Terra Investimentos, que projeta, por ora, um crescimento de 2,3% no PIB em 2023.

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Vendas de combustíveis recuam em abril mesmo com queda de preços, diz IBGE

Apesar da queda dos preços em abril, as vendas de combustíveis e lubrificantes recuaram 1,9% no mês, ante março, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No indicador de receita, a queda foi ainda mais expressiva, de 8,7%. Pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço de combustíveis caiu 0,44% em abril. Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, nem sempre este é o comportamento padrão quando ocorre queda de preços de determinado item. Leia mais clicando aqui.

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