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Brasil segue entre os cinco piores países em ranking global de competitividade

África do Sul, Mongólia, Argentina e Venezuela. Apenas esses países são menos competitivos do que o Brasil, segundo nova edição de ranking da escola de educação executiva suíça IMD. Na lista do ano passado, o País já estava somente à frente desses países. Porém, com a inclusão na relação do Kuwait, outra economia mais competitiva do que a brasileira, o Brasil caiu da 59.ª para a 60.ª posição no ranking. O levantamento considera indicadores econômicos dos países (a maioria relativa ao ano passado), assim como pesquisas de opinião com executivos e empresários. No Brasil, a coleta de dados econômicos e a pesquisa são realizadas pela Fundação Dom Cabral (FDC). A nova edição mostra uma melhora na avaliação do Brasil nas áreas de infraestrutura básica, atração de investimentos internacionais, emprego e preços endash; sobretudo de combustíveis, que tiveram desoneração, e alimentos. Por outro lado, na comparação com outras economias, o Brasil está entre os piores países quando se trata de educação, custo de capital, legislação trabalhista e finanças públicas, assim como em produtividade da força de trabalho e burocracia para abertura de empresas. Entre os destaques do levantamento, pesquisadores da Dom Cabral apontam a percepção de que as empresas brasileiras estão atrasadas na adoção de ferramentas de análise de dados (big data) e de inteligência analítica (analytics), ao passo que a baixa produtividade está associada a deficiências na formação de capital humano. São fatores que ajudam a explicar por que o Brasil, em apenas dois anos, despencou da 49.ª para a 61.ª posição na eficiência dos negócios endash; um dos quatro pilares considerados no ranking. ebull;

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Mercado prevê início do corte da Selic para agosto

A expectativa do mercado financeiro é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central mantenha a Selic em 13,75% ao ano endash; o que, se confirmado, será a sétima prorrogação seguida endash; na sua reunião que começa hoje e vai até amanhã. Mas economistas consultados pelo Estadão/Broadcast já esperam que o comunicado final do encontro traga sinalizações concretas sobre o início do ciclo de queda da taxa básica de juros. Para a maioria desses economistas, o corte deve começar em agosto. eldquo;O modus operandi do Banco Central é fazer uma sinalização e, na reunião subsequente, levar a cabo. Esperamos que ele aja de acordo com essa característicaerdquo;, diz a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, para quem as reduções da taxa devem começar em agosto, com um corte inicial de 0,25 ponto porcentual. A posição de Argenta é a majoritária do mercado: de 46 instituições consultadas, 24 (52,2%) preveem para agosto o início do corte de juros. Outras 17 (37%) projetam cortes começando em setembro e só 2 (4,3%), em novembro. Apenas uma instituição vê uma redução do juro ainda na reunião desta semana, e outras duas preveem o início da queda da Selic em 2024. O relatório Focus divulgado ontem pelo BC vai na mesma direção: corte em agosto, um mês antes das projeções anteriores. A Selic serve de referência para as demais taxas de juros no mercado, e seu peso pode ter influência, por exemplo, na decisão de empresários de colocar a mão no bolso ou engavetar projetos de novos investimentos. Não é por outra razão que existe forte pressão do governo para que o BC endash; que, por lei, tem autonomia de atuação endash; corte os juros, o que já rendeu duras críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Roberto Campos Neto, que comanda o BC (mais informações nesta página). Pelas projeções dos entrevistados, a mediana para o juro no fim de 2023 recuou de 12,5% para 12,25% endash; na prática, isso representaria um corte de até 1,5 ponto porcentual em relação aos 13,75% de hoje. Já a estimativa intermediária para o fim de 2024, que era antes de 10%, caiu para 9,75%. RAZÕES. O que sustenta a expectativa de mudança da política monetária é a rápida queda da inflação nos últimos meses endash; o IPCA de maio ficou em 0,23%, e as projeções do mercado apontam para a possibilidade de uma deflação neste mês endash; e a esperada aprovação no Congresso do novo arcabouço fiscal. O texto já passou pela Câmara, e deverá ser votado nesta semana no Senado endash; primeiro, na Comissão de Assuntos Econômicos e, depois, em plenário. Ontem, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, falou em eldquo;prioridade absoluta do Senadoerdquo;. Também a reforma tributária parece ter ganhado tração no Congresso, apesar da resistência de alguns setores (veja mais na pág. B4). Na avaliação de Carla Argenta, o tom do Copom no comunicado desta semana estará na mira do mercado. eldquo;Se o BC não fizer uma sinalização, o mercado deve reagir de forma bastante abrupta. Agora, se ele já trouxer uma magnitude estipulada, isso também traria uma surpresa para o mercado porque, embora a gente já tenha fatores que podem pavimentar o caminho para baixo no juro, é preciso uma sensibilidade grande na hora de conceber essa magnitude.erdquo; O que eldquo;está no preço hojeerdquo;, diz a economista, é um comunicado que sinalize o início dos cortes em agosto. Já o economista-chefe da Kínitro Capital, Sávio Barbosa, disse esperar um tom mais moderado no comunicado. eldquo;Aquela frase de que elsquo;o BC não vai hesitar em retomar o ciclo de altasersquo; não deve ser repetidaerdquo;, afirmou Barbosa. Ele também espera que haja redução nas projeções de IPCA do BC para 2023, de 5,8% eldquo;para algo mais próximo de 5%erdquo;. DÓLAR. Em reação às estimativas de queda da inflação no ano endash; pelo Focus, está agora em 5,12%, queda de 0,30 ponto porcentual em apenas uma semana endash;, o mercado financeiro teve ontem um dia mais tranquilo. O dólar fechou a R$ 4,77 (recuo de 0,92%), enquanto a Bolsa de Valores avançou 0,93% (para 119,8 mil pontos).

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EPE projeta que demanda por combustíveis terá crescimento em 2023 e 2024

A demanda por combustíveis no Brasil vai trilhar uma trajetória de alta no restante de 2023 e também em 2024. A projeção foi apresentada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) na nova edição do boletim eldquo;Perspectivas para o Mercado Brasileiro de Combustíveis no Curto Prazoerdquo;. O crescimento no consumo será impulsionado pelo agronegócio e mobilidade urbana. O documento pode ser lido na íntegra neste link. Nesta edição de junho, a EPE projeta crescimento para 2023 de 1,8% na demanda de óleo diesel, de 0,3% na demanda de gasolina C, de 5,2% na demanda de etanol hidratado, de 8% na demanda de QAV, enquanto a de GLP cresce 1,3%. Ainda há impacto do câmbio e dos preços no consumo de QAV (querosene de aviação), especialmente em voos internacionais. Porém, a EPE diz que a demanda corporativa ainda não se recuperou completamente. As companhias aéreas brasileiras têm anunciado a compra de novas aeronaves e a expansão de suas operações, com o objetivo de aumentar a disponibilidade de voos nos próximos anos. Como resultado, espera-se que o consumo de QAV siga em uma trajetória de recuperação gradual. Para os combustíveis do ciclo Otto, estima-se que a tendência de crescimento se manterá em 2023 e 2024, com a participação da gasolina C no mesmo patamar. A recuperação da safra de cana-de-açúcar, junto com o aumento da produção de etanol de milho, contribuirá para a expansão da oferta desse biocombustível. O boletim foi produzido pela Diretoria de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da EPE, que é liderada por Heloisa Borges.

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Lula resolve crise com União Brasil e viaja para a Europa

Após críticas de que mantinha o foco nas relações exteriores, alheio às turbulências internas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixa a casa arrumada desta vez antes de embarcar, na noite desta segunda-feira (19), para um novo périplo internacional que contemplará França, Itália e Vaticano. Antes de viajar, Lula resolveu a crise com o União Brasil, melhorou a relação com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), engatilhou conversas com Republicanos, PL e Progressistas (PP), e conseguiu turbinar o discurso econômico com a mudança da nota de crédito do Brasil. No sábado, durante sua passagem por Belém, Lula deixou acordado com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que o deputado Celso Sabino (União-PA) será nomeado para o Ministério do Turismo assim que retornar da viagem à Europa no dia 24 de junho. Lula, Hélder e Sabino almoçaram juntos na capital paraense. Leia mais clicando aqui.

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Comissões farão reunião conjunta para ouvir presidente da Petrobras

As comissões de Assuntos Econômicos (CAE), de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional (CDR) promovem reunião conjunta, na quinta-feira (22), para ouvir o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O assunto principal é a política de preço dos combustíveis da estatal. O ex-senador Jean Paul Prates deverá explicar aos senadores o fim do PPI, a paridade de preços do petróleo com o dólar e o mercado internacional, medida anunciada pela empresa no mês passado. O requerimento de convite a Prates é de autoria do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE). Ele lembra que a política de paridade de importação (PPI) foi praticada nos últimos seis anos. Por essa regra, observa Vieira, eldquo;as oscilações externas [de preços] refletiam direta e automaticamente no mercado internoerdquo;. De acordo com a Petrobras, eldquo;os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbioerdquo;. A eldquo;nova estratégia comercialerdquo; da empresa adota duas referências do mercado para a composição dos preços: o custo alternativo do cliente e o valor marginal para a Petrobras, explica o senador. A reunião começa às 9h na sala 3 da Ala Alexandre Costa.

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Vibra tenta evitar avanço da Petrobras

A Vibra endash; antiga BR Distribuidora endash; tenta aumentar a barreira de entrada para eventuais interessados em tomar o controle da empresa e convocou uma assembleia geral extraordinária para discutir alterações no estatuto social da empresa. Em 19 de julho, a assembleia irá analisar mudanças de regras relacionadas ao cálculo do preço por ação para ofertas públicas de aquisição de ações por atingimento de participação relevante, a chamada eldquo;poison pillerdquo;. A proposta surge em meio a rumores de interesse da Petrobras em adquirir fatia da empresa. O novo cálculo proposto deve considerar o maior preço histórico dos 18 meses anteriores à data em que qualquer participação relevante for alcançada, em negociação privada ou pública, atualizado pela taxa DI, mais prêmio de 15% e, após a atualização, deve ser descontado por qualquer distribuição de proventos e ajustado por eventos societários. Com isso, o nível da poison pill estaria em torno de R$ 32 por ação, ante R$ 27 por ação atualmente. Na proposta aos acionistas, a Vibra afirma que os ajustes contribuem para a fixação de um preço da oferta pública de aquisição (OPA) que seja eldquo;economicamente favorável aos demais acionistas da companhia, bem como facilitam a compreensão do cálculo do referido preçoerdquo;.

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