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ANP divulga metas preliminares de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa para 2023

A ANP torna públicas as metas preliminares para 2023 de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa aplicáveis a todos os distribuidores de combustíveis, considerando o período de janeiro a outubro de 2022 conforme estabelecido no art. 4º da Resolução ANP nº 791, de 14 de junho de 2019. A meta anual individual definitiva, para cada distribuidor de combustíveis, será publicada até 31 de março do ano de sua vigência. Clique aqui para visualizar as metas preliminares. As metas preliminares estão estabelecidas em unidades de Créditos de Descarbonização (CBIO), calculadas a partir da meta compulsória anual de 37,47 milhões de CBIOs definida pela Resolução CNPE nº 13, de 08 de dezembro 2022, para o ano de 2023. O cálculo da individualização das metas preliminares para 2023 de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa aplicáveis a todos os distribuidores de combustíveis considerou os dados de movimentação de combustíveis fósseis constantes do Sistema de Informações de Movimentações de Produtos endash; SIMP, nos termos da Resolução ANP nº 729, de 11 de maio de 2018, considerando o período de janeiro a outubro de 2022. O cálculo da participação de mercado de cada distribuidor de combustíveis na comercialização dos combustíveis fósseis foi realizado conforme metodologia descrita no art. 6º da Resolução ANP nº 791, de 14 de junho de 2019.

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Transição quer fundo de estabilização de preços dos combustíveis e interromper venda de ativos

A equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quer a implementação de um fundo para estabilização do preço dos combustíveis, a criação de um programa para expandir a capacidade de refino nacional de derivados de petróleo e mudanças na forma como a Petrobras vem atuando nos últimos anos. O relatório do grupo de transição que analisou o setor de Minas e Energia, obtido pelo GLOBO, recomenda também a paralisação de toda a venda de ativos da estatal e a revisão do acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que determinou a venda de refinarias. Por meio do documento, a transição recomenda que, a partir de um novo Plano Estratégico da empresa, seja criada eldquo;uma política pública de expansão do refino nacionalerdquo;. eldquo;O aumento da dependência de importações de derivados tem elevado a vulnerabilidade externa do Brasil para atender o mercado interno nos últimos anos. Isso se deve, por um lado, à atual política de refino da Petrobras que permitiu a entrada de importadores e, por outro, à política imposta pelo Cade de venda das refinarias da Petrobraserdquo;, diz o texto. Para o grupo de transição, é possível criar, em 90 dias, um fundo ou uma conta de estabilização para atuar na contenção dos impactos econômicos das elevações súbitas no preço do barril de petróleo. eldquo;Seja por nova lei ou por regulamentação, o governo deve assegurar o ferramental necessário para atuar em casos de flutuação extrema dos preços de combustíveis. Trata-se de tema de forte sensibilidade política, cuja prevenção pode representar mais espaço de manobra ao governo em situação de criseerdquo;, diz o texto. O Brasil importa hoje cerca de 30% do óleo diesel consumido no país e cerca de 15% da gasolina. Atualmente, a Petrobras adota uma política de preços que traz para o mercado interno as variações do dólar e do valor do barril de petróleo, o que é criticado pelo novo governo. Apesar dessa posição, o relatório não apresenta uma sugestão de como substituir essa política. O aumento da capacidade de refino do país já foi uma política que se tentou ser implementada na Petrobras durante governos petistas. A partir de 2006, vieram projetos de novas refinarias emdash; especialmente o Comperj (no Rio de Janeiro), e Abreu e Lima (em Pernambuco) emdash; e as refinarias premium (no Maranhão e no Ceará). Os investimentos não aconteceram na dimensão que se projetava e viraram alvos da Operação Lava Jato, que apontou esquemas de desvios de dinheiro em obras da empresa. A Petrobras projetava chegar à marca de 3,4 milhões de barris refinados por dia em 2015, o que colocaria o Brasil entre os cinco países com maior produção de derivados de petróleo. Essa marca nunca foi atingida e não consta dos planos atuais. Em 2021, as refinarias da Petrobras processaram 1,9 milhão de barris por dia, volume próximo do registrado em 2008. O documento da transição recomenda fortalecer a participação da Petrobras principalmente no segmento de gás natural, no abastecimento e em renováveis. Por isso, quer revisar o acordo com o Cade que obrigou a empresa a se desfazer de oito de suas 13 refinarias. O acordo também obriga a Petrobras a se desfazer de todos os ativos de gás natural, o que, para a transição, pode criar dificuldades para a expansão da infraestrutura de gás no curto prazo. A equipe quer também interromper os processos de desenvolvimento, em curso na estatal. O documento da transição fala ainda em implementar uma nova política de conteúdo local que, segundo o texto, visaria reinserir os fornecedores nacionais na cadeia produtiva de óleo e gás, levando-se em conta a nova realidade do setor. eldquo;Isso não significa retomar elevados percentuais de compras nacionais, mas criar um modelo que permita uma participação em determinadas fases do processo de exploração e produção (de petróleo)erdquo;, diz o texto. Percentuais considerados elevados de conteúdo local foram uma das marcas da política energética do governo Dilma Rousseff (2011-2016), o que foi criticado por especialistas. Depois, esses percentuais diminuíram, o que reduziu o valor gasto com empresas brasileiras em serviços e projetos durante a exploração e a produção das áreas. Para o mercado, é considerado um alívio nos custos operacionais.

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Petróleo fecha misto, com dólar fraco e reabertura chinesa no radar

Os contratos futuros de petróleo fecharam mistos, nesta terça-feira (27). Investidores monitoraram as perspectivas para a demanda, no momento em que a China relaxa sua postura no combate à covid-19, embora também seguissem no radar temores com a perda de fôlego na economia global. Além disso, esteve no radar o fato de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto proibindo a venda de petróleo russo para os países que impuserem um teto ao preço desse produto. O petróleo WTI para fevereiro fechou com queda de 0,04%, em US$ 79,53 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês avançou 0,49%, a US$ 84,33 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). A China anunciou a volta da emissão de passaportes para turismo a partir do dia 8, na mais recente mudança após o comando do país decidir relaxar as medidas no combate à pandemia. A perspectiva com isso é de maior demanda chinesa pelo óleo, embora analistas também advirtam para o risco de uma forte onda inicial de casos, com potencial de gerar problemas nas cadeias de produção. O Swissquote afirma, em comentário a clientes, que o Brent já avança cerca de 15% desde as mínimas vistas mais cedo em dezembro. Para o banco, as notícias de reabertura na China podem ajudar o óleo a subir mais, para o nível de US$ 88 o barril. No câmbio, o índice DXY, que mede o dólar-0,43% ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa em parte do dia, o que ajuda a apoiar a demanda pelo petróleo. Neste caso, a commodity fica mais barata para os detentores de outras moedas.

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Os futuros do petróleo subiram durante sessão nos Estados Unidos

Na Bolsa Mercantil de Nova York, os futuros do petróleo em fevereiro foram negociados na entrega a US$ 79,35 por barril no momento da escrita, subindo 2,40%. Anteriormente negociadas na alta da sessão a US$ por barril. O petróleo estava propenso a encontrar apoio em US$ 74,04 e resistência em US$ 80,31. O Índice Dólar Futuros, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, registrou perdas 0,08% para negociação a US$ 104,04. O petróleo Brent para entrega em março registrou ganhos 0,00% para negociação a US$ 84,50 por barril, enquanto o spread entre O Petróleo Brent e O Petróleo ficaram a US$ 5,15 por barril nos contratos.

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Capacidade de refino de petróleo do Brasil deve crescer 7% em 10 anos, diz governo

A capacidade de refino de petróleo do Brasil deve crescer 7% até 2032, para 2,43 milhões de barris ao dia, mas a maior demanda por combustíveis manterá as importações elevadas, segundo estudo do Ministério de Minas e Energia nesta segunda-feira (26). O trabalho foi publicado antes da posse do novo governo, que tem defendido mais investimentos no refino de petróleo do Brasil pela Petrobras, como uma das formas de deixar o país menos sujeito a choques de preços internacionais. Segundo a publicação, que tem como fontes a Petrobras e a agência reguladora ANP, e foi elaborada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), os principais investimentos programados estão nas refinarias Reduc (Duque de Caxias-RJ), Rnest (Ipojuca-PE), Replan (Paulínia-SP) e Revap (São José dos Campos-SP). "Apesar desses investimentos, o Brasil permanecerá como importador líquido de derivados durante todo o horizonte de análise, com destaque para as importações de óleo diesel, nafta e QAV (querosene de aviação)", disse o estudo. Após recuo em 2020, devido aos impactos da pandemia de Covid-19, os volumes importados de derivados de petróleo retomaram patamares mais elevados em 2022. As importações líquidas devem alcançar 59 mil m³/dia em 2032, enquanto os derivados de petróleo que mais contribuirão para o déficit no mercado de combustíveis no Brasil em 2032 serão: óleo diesel (-52 mil m³/d), nafta (-7 mil m³/d) e coque de petróleo (-7 mil m³/d). Com isso, o estudo projeta importação de "consideráveis volumes de derivados", especialmente de óleo diesel, o que pode exigir investimentos na melhoria da eficiência operacional da infraestrutura logística, para garantir o abastecimento nacional de combustíveis. O estudo projeta crescimento de 1,9% ao ano na demanda interna por diesel até 2032, enquanto o consumo de querosene de aviação deve subir 4,3% ao ano. Já a demanda por gasolina deverá recuar 0,7% ao ano no mesmo período, em meio à expectativa de maior oferta de etanol hidratado. A oferta de óleo diesel S-10 poderá ser ampliada por meio de investimentos em unidades de hidrorrefino, permitindo maior disponibilidade das refinarias, de acordo com o estudo. Por sua vez, os balanços de gasolina e GLP (gás de cozinha) indicam possibilidade de superávit desses combustíveis em parte do período, acrescentou o ministério. A produção de óleo combustível permanecerá com excedentes durante o período decenal, "porém com tendência de queda dos volumes exportados". PRODUÇÃO DE PETRÓLEO Com o avanço da produção de petróleo no pré-sal, o Brasil deverá elevar a extração de cerca de 3 milhões de barris para 4,9 milhões de barris por dia em 2032. Mas o pico é previsto para 2029, com 5,4 milhões de barris/dia. "O Brasil consolidará a sua condição de exportador de petróleo ao longo do período decenal, o que poderá elevar a importância do país no quadro geopolítico da indústria mundial do petróleo", conclui o trabalho. (Reuters)

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Petrobras (PETR4): combustíveis terminam ano 34% mais caros mesmo com cortes nos preços

O ano de 2022 foi movimentado para a equipe responsável pelos reajustes de preços da Petrobras (PETR3; PETR4). Ao todo, a Petrobras mudou os valores da gasolina e do diesel 16 vezes e mesmo com um ciclo de cortes, o preço dos combustíveis termina o ano até 34% mais caros. Entre os motivos de altas e baixas, estão a volatilidade do petróleo no mercado internacional e uma certa pressão política às vésperas das eleições presidenciais. A gasolina termina o ano quase estável, apenas 0,32% mais baixa, com o litro custando R$ 3,08 nas refinarias. Já o diesel está 34,43% mais caro do que em janeiro, custando R$ 4,49 o litro do combustível. A Petrobras começou o ano com uma alta no dia 12 de janeiro. Na época, o litro da gasolina passou de R$ 3,09 para R$ 3,25, enquanto o diesel subiu de R$ 3,34 para R$ 3,61. Depois disso, o preço dos combustíveis subiram mais quatro vezes no caso do diesel e três vezes a gasolina. As altas são compatíveis com a elevação no preço do barril de petróleo no início do ano, com a recuperação mundial e a guerra na Ucrânia endash; que reduziu a oferta do produto em um momento de alta na demanda. Dança das cadeiras Por mais que a Petrobras siga uma política de preços que leva em conta a paridade internacional, para não promover valores muito diferentes do resto do mercado, Jair Bolsonaro não gostou da onda de altas. Isso fez com que cabeças rolassem na liderança da companhia. Só no ano passado, a cadeira de CEO da Petrobras foi ocupada por quatro executivos, incluindo o interino Fernando Borges, que permaneceu por uma semana. Quem começou na liderança da Petrobras logo que Bolsonaro tomou posse foi Roberto Castello Branco. Em abril de 2021, ele foi substituído pelo general Joaquim Silva e Luna, que ficou no poder por um ano. As altas nos preços dos combustíveis fez com que José Mauro Ferreira Coelho assumisse e deixasse o cargo em 40 dias. No dia 28 de junho, entrou Caio Mário Paes de Andrade, que permanece no cargo até hoje. Relembre quem liderou a Petrobras no mandato de Jair Bolsonaro Roberto Castello Branco De 03 de janeiro de 2019 até 13 de abril de 2021 Joaquim Silva e Luna De 16 de abril de 2021 até 13 de abril de 2022 José Mauro Ferreira Coelho De 14 de abril de 2022 até 20 de junho de 2022 Fernando Borges (interino) De 20 de junho de 2022 até 27 de junho de 2022 Caio Mário Paes de Andrade Desde 28 de junho de 2022 Onda de cortes Pouco menos de um mês de Andrade no cargo, a Petrobras passou a cortar o preço dos combustíveis. De lá para cá, foram nove quedas endash; cinco da gasolina e quatro do diesel. Além da mudança na liderança, os cortes também estão relacionados à intensificação da corrida eleitoral. Na época, Bolsonaro aproveitou a queda nos preços em sua campanha. Os reajustes da Petrobras, somados às medidas do governo para controle dos preços dos combustíveis e energia elétrica, ajudaram a derrubar a inflação, que se encontrava em dois dígitos. Em outubro, houve uma pressão do mercado para uma alta nos preços, uma vez que o mercado nacional estava defasado em relação ao internacional. Mas a empresa se manteve firme em sua decisão. A última redução da companhia foi no início do mês, quando reduziu em R$ 0,20 o litro da gasolina e R$ 0,40 o diesel.

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