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Petrobras (PETR4) não pode distribuir dividendos "como se fosse o Papai Noel", diz Rui Costa

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a orientação do governo para a Petrobras (PETR3;PETR4) mudou de forma a evitar a distribuição de recursos eldquo;como se fosse o Papai Noelerdquo;. A ordem agora, disse o ministro, é reinvestir. eldquo;Nenhuma empresa privada do mundo, de setor nenhum, distribui um montante desse de dividendos. As empresas, em geral, boa parte do resultado é reinvestido para que a empresa continue referência no setor que atuaerdquo;, declarou em almoço organizado pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE). eldquo;Forma de distribuição de dividendos é um desserviço à Petrobras, à nação.erdquo; E disse o ministro: eldquo;A orientação mudou. A Petrobras vai investir para gerar empregos, se fortalecer e continuar sendo empresa de energia.erdquo; O ministro da Casa Civil ainda defendeu mudanças no sistema de cobrança de distribuição de energia no País. De acordo com o auxiliar do presidente Lula, o crescimento do mercado livre de energia deixou pessoas pobres que, por exemplo, não têm placas solares em casa arcarem sozinhas com o custo da distribuição incidente nas contas de energia. eldquo;Há desequilíbrio no preço da tarifa de energia no Paíserdquo;, asseverou o ministro. Segundo ele, os usuários do sistema regulado de energia pagam sete vezes mais do que os do mercado livre pela eletricidade. Rui Costa garantiu que o governo só pensa em utilizar o gás natural para subsidiar a produção no País, e não para a geração de energia. eldquo;O gás natural é importante para suprir energia em momentos de crises agudaserdquo;, ponderou. Para o ministro, o ideal seria usar o gás natural para a produção de fertilizantes para o agronegócio. A oferta desses insumos foi prejudicada pela guerra entre Ucrânia e Rússia, grande produtor de fertilizantes. eldquo;A transição energética não é teletransporteerdquo;, disparou Rui Costa. O ministro afirmou que o governo não pode abrir mão de recursos do modelo energético atual neste momento de transição.

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Vibra Energia inaugura seis eletropostos rodoviários

A Vibra Energia anunciou a inauguração de seis novos eletropostos ultrarrápidos nos Postos Petrobras, localizados em rodovias no interior de São Paulo e Rio de Janeiro. Atualmente a companhia tem sete Postos Petrobras preparados para atender a demanda de recargas de veículos elétricos e pretende inaugurar mais três nos próximos meses. O projeto contempla um corredor elétrico de 9.000 quilômetros. Os eletropostos ultrarrápidos estão nas regiões de São José dos Campos (SP), na Rodovia Carvalho Pinto; Ibaté (SP), Araraquara (SP), Washington Luiz; em Cravinhos (SP), na Anhanguera; em Caieiras (SP), na Bandeirantes, e em Seropédica (RJ) na Dutra. Todos os eletropostos estão equipados com carregadores ultrarrápidos, plugues tipo CCS2 e Tipo 2. No eletroposto em Seropédica há ainda plugues CHAdeMO. Os carregadores têm potência máxima de saída de 150 kW em corrente contínua e 22kW em corrente alternada, o que proporcionará aos usuários, dependendo da capacidade do veículo, o carregamento de 80% da bateria em até 30 minutos. Para realizar as recargas, os usuários devem baixar o aplicativo do Premmia, programa de fidelidade dos Postos Petrobras. O vice-presidente B2B da Vibra, Bernardo Winik, pontua que a empresa pretende ainda ampliar sua infraestrutura de carregamento de carros elétricos em rodovias. eldquo;Estamos empenhados em ampliar a infraestrutura de carregamento elétrico nas estradas, sabemos que essa é uma necessidade dos nossos clientes e trabalhamos diariamente para atendê-los da melhor maneira", declarou o executivo. A Vibra vem avançando também no atendimento a clientes corporativos que, de olho na descarbonização, vem deixando de lado veículos à combustão e incluindo em suas frotas aqueles movidos a eletricidade. Em parceria com a EZVolt, a companhia tem dois postos 100% elétricos voltados ao atendimento de empresas e motoristas profissionais em São Paulo: um no Jardim Anália Franco e outro no Canindé. O primeiro, inaugurado em dezembro do ano passado, começou operando com oito pontos e hoje tem 30 pontos de recarga simultâneos. Nos próximos meses será inaugurado um hub de recarga na região da Vila Olímpia.

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Etanol x gasolina: imposto muda e abastecer com álcool vale em 6 estados

Abastecer com etanol se tornou uma opção mais interessante e passou a ser vantajoso em seis estados. É o que mostra levantamento da primeira quinzena de junho feito pela empresa de logística e gestão de frotas Ticket Log fornecidos para o UOL Carros. O estudo foi feito após a mudança na cobrança da alíquota do ICMS, que elevou o preço médio da gasolina no País. Seis estados têm o derivado da cana-de-açúcar como combustível mais vantajoso: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Já Amapá e Roraima não tiveram dados divulgados nesta quinzena. Segundo o levantamento, na primeira quinzena de junho, o preço médio nacional para a gasolina seguiu estável, quando comparado a maio. O valor do litro fechou o período a R$ 5,55 no País, com aumento de 0,54%. Porém, houve redução no número na maioria dos Estados ante o mês anterior, o que indica um impacto pequeno após mudança da alíquota. "Já o preço do etanol reduziu 4,62% em relação ao mês anterior, e foi comercializado a média nacional de R$ 3,92 nesta primeira quinzena" Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil Veja onde vale a pena abastecer com etanol* + Distrito Federal - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,060 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,478 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,520 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,480 + Mato Grosso - Preço médio do litro do etanol: R$ 3,690 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,434 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,720 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,497 + Mato Grosso do Sul - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,050 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,476 Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,620 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,489 + Minas Gerais - Preço médio do litro do etanol: R$ 3,910 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,460 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,430 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,472 + São Paulo - Preço médio do litro do etanol: R$ 3,750 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,441 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,340 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,464 Veja onde vale a pena abastecer com gasolina* + Acre - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,960 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,584 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 6,050 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,526 + Amazonas - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,590 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,540 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 6,000 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,522 + Alagoas - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,720 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,555 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,850 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,509 + Bahia - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,420 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,520 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,530 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,481 + Ceará - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,760 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,560 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,750 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,500 + Espírito Santo - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,710 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,554 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,670 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,493 + Goiás - Preço médio do litro do etanol: R$ 3,870 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,455 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,400 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,470 + Maranhão - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,820 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,567 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,430 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,472 + Pará - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,880 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,574 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,850 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,509 + Paraíba - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,100 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,482 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,290 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,460 + Paraná - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,140 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,487 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,530 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,481 + Pernambuco - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,490 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,528 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,640 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,490 + Piauí - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,400 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,518 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,590 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,486 + Rio de Janeiro - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,330 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,509 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,450 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,474 + Rio Grande do Norte - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,570 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,538 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,610 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,488 + Rio Grande do Sul - Preço médio do litro do etanol: R$ 5,790 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,564 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,460 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,475 + Rondônia - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,960 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,584 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,890 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,512 + Santa Catarina - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,670 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,549 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,580 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,485 + Sergipe - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,820 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,567 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,670 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,493 + Tocantins - Preço médio do litro do etanol: R$ 4,720 - Custo por km rodado com etanol: R$ 0,555 - Preço médio do litro da gasolina comum: R$ 5,910 - Custo por km rodado com gasolina comum: R$ 0,514 * Preços relativos a junho de 2023

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Unica defende benefícios fiscais para o etanol com reforma tributária; preço na bomba pode subir?

O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi, defendeu ontem (20) que os avanços obtidos com a Emenda Constitucional 123, para biocombustíveis como o etanol, sejam mantidos no texto da reforma tributária, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. A emenda em questão estabelece um diferencial de competitividade para os biocombustíveis em relação aos combustíveis fósseis como a gasolina. Assim, a medida equacionou a perda de competitividade diante de ajustes nas alíquotas dos combustíveis, estabelecidos para reduzir o preço final de gasolina e diesel. Índice de fundos imobiliários (IFIX) atinge os 3.100 pontos voltando aos níveis pré-pandemia, e caminha para 10ª semana seguida de alta: Hora de investir? Assista ao Giro do Mercado de hoje (21) e veja a resposta do analista da Empiricus Research Caio Araújo. Inscreva-se no nosso canal e não perca o Giro do Mercado, de segunda a sexta-feira, às 12h eldquo;O grande avanço da reforma tributária está em trazer o diferencial de competividade entre os biocombustíveis e a gasolina para o direito ambiental, que é um direito fundamental na Constituiçãoerdquo;, afirmou o presidente da Unica. Preço do etanol pode subir? De acordo com Marcelo Di Bonifácio, analista de açúcar e etanol da StoneX, a manutenção do diferencial beneficia o hidratado, assim como a retomada dos impostos federais sobre a gasolina que pode acontecer em julho. eldquo;Com a expectativa de um aumento desses tributos sobre a gasolina ou alguma alteração com a reforma tributária, a Unica quer garantir esse diferencial para o etanol, que de fato é importante para o consumo do biocombustível. No entanto, um possível aumento do etanol dependerá das decisões do governoerdquo;, explica. Assim, na visão de Bonifácio, caso ocorra o aumento dos impostos federais, tanto a gasolina como o bicombustível terão um aumento no preço. eldquo;Apesar desse aumento, o etanol deve ganhar mais competividade, com a queda da paridade, por conta da tributação na gasolina, que será maior. Ainda assim, isso pode ser um fator de alta para o biocombustível, porque a demanda vai aumentarerdquo;, conclui.

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Senado aprova nova regra fiscal com mudanças; texto vai voltar à Câmara

O Senado aprovou ontem com folga o projeto que cria a nova regra fiscal em substituição ao teto de gastos. Foram 57 votos a favor e 17 contra, sem nenhuma abstenção endash; eram precisos 41 votos. Como foi modificada, a proposta agora vai voltar à Câmara, que deve analisá-la só em julho. Entre as mudanças, há uma sugerida pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que favoreceu o governo. O texto aprovado é menos rigoroso com os gastos do que o que passou pelos deputados. Mais cedo, a proposta já havia passado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) com três mudanças: foi retirado do limite de gastos o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e as despesas com ciência, tecnologia e inovação. Como o FCDF entrou na lista das exclusões, Aziz manteve a sistemática de atualização do fundo como é atualmente. Ele ainda acatou a sugestão para a criação de um Comitê de Modernização Fiscal, com a participação dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, Tribunal de Contas da União (TCU) e representantes da Câmara e Senado. PEDIDO DO GOVERNO. Após uma solicitação do Ministério do Planejamento, Randolfe apresentou emenda aceita por Aziz que permite incluir no Orçamento de 2024 a previsão das chamadas despesas condicionadas, que só seriam executadas após aprovação de crédito extraordinário pelo Congresso. eldquo;Obrigatoriamente, as despesas condicionadas serão executadas somente após a aprovação pelo Congresso Nacional de projeto de lei de crédito adicional, nos termos da lei de diretrizes orçamentáriaserdquo;, diz um trecho do texto. De acordo com Randolfe, esse dispositivo evita o corte de aproximadamente R$ 32 bilhões no Orçamento do próximo ano. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que a aprovação da emenda do senador vai abrir espaço fiscal no Orçamento para a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que ficaria comprometido sem a alteração. eldquo;Ela (a emenda) nos permite com esse espaço fiscal apresentar tranquilamente também o PAC. É importante dizer: como é que nós faríamos com o PAC não tendo espaço fiscal de R$ 32 bilhões? O PAC virá com investimento público e privado, e com investimentos públicos, que estão relacionados a obras de infraestrutura para fomentar construção civil, geração de emprego e rendaerdquo;, disse ela, ao deixar o Senado. Sobre um acordo para que essa mudança também passe pela Câmara, a ministra disse que o presidente daquela Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), foi sensível à apresentação da demanda, mas não se comprometeu com aprovação. eldquo;Ele (Lira) vai perceber, a Câmara vai perceber, que não houve alteração no mérito da decisão da Casa. O PLN (Plano Plurianual) nós teremos de mandar, estamos falando de despesas discricionárias, o que dá conforto ao Congresso no final do ano para fazer as alterações que sempre fez no Orçamentoerdquo;, afirmou. PROJETO ORIGINAL. O arcabouço fiscal foi enviado pelo Ministério da Fazenda ao Congresso em abril e aprovado pela Câmara em maio. A proposta substitui o atual teto de gastos, com regras mais flexíveis para as despesas do governo. Pelo projeto, os gastos só poderão crescer em até 70% do aumento da receita, dentro do intervalo de 0,6% a 2,5% acima da inflação. Ou seja, as despesas sempre crescerão menos do que as receitas, para evitar um descontrole das contas públicas. ebull;

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BC mantém juros em 13,75% e não indica redução em agosto

Em decisão unânime, o Copom ignorou as pressões do governo e de empresários ao manter a taxa Selic em 13,75% ao ano pela sétima vez consecutiva. A decisão, que mantém a Selic no maior nível desde janeiro de 2017, era aguardada, mas, contrariando novamente o governo e, desta vez, uma boa parte do mercado, o Copom não trouxe no comunicado divulgado após a sua reunião nenhuma sinalização de corte da taxa básica de juros na sua próxima reunião, marcada para agosto. Em vez disso, o colegiado afirmou que a conjuntura é caracterizada por eldquo;um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lentoerdquo; e eldquo;segue demandando cautela e parcimôniaerdquo;. eldquo;O comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária e relembra que os passos futuros dependerão da evolução da dinâmica inflacionáriaerdquo; Trecho do comunicado Apesar da renovada ofensiva do governo e de empresários em defesa da queda de juros, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou ontem a manutenção da Selic em 13,75% ao ano pela sétima vez seguida endash; ou mais de dez meses. A decisão, que mantém a taxa básica de juros no maior patamar desde janeiro de 2017, já era amplamente aguardada pelo mercado financeiro. Mas contrariando novamente o governo e, desta vez, até mesmo uma boa parte do mercado, o Copom não trouxe no comunicado divulgado após a reunião nenhuma sinalização de corte da Selic no seu próximo encontro endash; agendado para agosto. Em vez disso, o colegiado voltou a pregar eldquo;cautela e serenidadeerdquo; no combate à inflação. eldquo;O comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária e relembra que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscoserdquo;, disse o colegiado. Para integrantes do governo ouvidos pelo Estadão, a decisão de não sinalizar o corte da Selic mostraria um eldquo;descolamentoerdquo; do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da diretoria da instituição com a melhoria do cenário econômico e com o esforço do governo e do Congresso para aprovar o projeto do novo marco fiscal endash; um ponto que sempre pesou nas avaliações do BC. Nesse sentido, segundo eles, a decisão do Copom foi recebida com eldquo;incredulidadeerdquo; e eldquo;indignaçãoerdquo;. Como mostrou o Estadão, no governo havia uma cobrança para que o BC abrisse a porta para a queda de juros na reunião de agosto. Caso isso não acontecesse, a expectativa era de aumento da pressão daqui para frente sobre Campos Neto com uma eldquo;guerra declaradaerdquo;. A Selic serve de referência para as demais taxas de juros no mercado, e seu peso pode ter influência, por exemplo, na decisão de empresários de colocar a mão no bolso ou engavetar projetos de novos investimentos. Não é por outra razão que existe forte pressão do governo para que o BC endash; que, por lei, tem autonomia de atuação endash; corte os juros, o que já rendeu duras críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Campos Neto, cujo mandato vai até o fim de 2024. Cenário O que sustentava a expectativa de mudança da política monetária era a queda da inflação nos últimos meses endash; o IPCA de maio ficou em 0,23%, e as projeções apontam para a possibilidade de uma deflação neste mês, ainda que o resultado no fechamento do ano continue acima da meta endash; e a esperada aprovação no Congresso do novo arcabouço fiscal, que terá de voltar para a Câmara depois de sofrer ontem mudanças no Senado (mais informações na pág. B4). Também a reforma tributária parece ter ganhado tração no Congresso, apesar da resistência de alguns setores. Uma das mudanças feitas no comunicado foi a retirada de trecho sobre a possibilidade de eldquo;retomar ciclo de ajusteerdquo;. Mas na opinião da economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, isso não traz sinalização sobre a evolução futura do juro e, muito menos, sobre uma eventual queda na próxima reunião. eldquo;Isso, que era esperado pelo mercado, não aconteceu.erdquo; Durante a votação do arcabouço no Senado, parlamentares chegaram a reclamar dos efeitos da Selic sobre o PIB. O líder do PSD no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), citou reportagem do Estadão que mostrou a redução das compras pelo varejo em razão dos juros altos. eldquo;Em momento nenhum Lula ou nenhum de nós falou em retirar o presidente do BC. O que nós temos debatido é que o BC tem uma posição conservadora na manutenção dos juros.erdquo; ebull;

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