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Sinais de desaquecimento preocupam Anfavea

Apesar de os resultados finais do quadrimestre serem positivos, as vendas de veículos começam a dar sinais de desaquecimento. O primeiro a chamar a atenção é o segmento de caminhões, que registrou ligeira queda, de 0,4% no acumulado do ano. O dado não preocuparia não fossem as perspectivas pessimistas em relação ao que poderá acontecer a partir de nova alta da taxa básica de juros, fixada em 10,75% na quarta-feira (7). Ao considerar apenas o resultado de abril houve queda de vendas em segmentos de veículos - carros, comerciais leves, caminhões e ônibus. A retração chegou a 5,5% na comparação com o mesmo mês de 2024, num total de 208,7 mil unidades. Para a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a queda na demanda de caminhões durante o quadrimestre já reflete o alto custo do financiamento de veículos. A taxa média chegou a 29,5% ao ano nas primeiras semanas de 2025 e que agora está em 28,5%. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Avanço da produção deve garantir alta do lucro da Petrobras no 1º trimestre, dizem analistas

Os contratos futuros do petróleo fecharam com forte valorização nesta quinta-feira (8), revertendo as perdas da sessão anterior, em meio ao otimismo generalizado sobre o acordo comercial dos Estados Unidos com o Reino Unido, além do início das negociações dos americanos com a China, programado para esta semana. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho subiu 3,17% (US$ 1,84), fechando a US$ 59,91 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 2,81% (US$ 1,72), para US$ 62,84 o barril. Os preços voltaram a ficar acima dos níveis de fechamento da semana passada, antes de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidir adicionar mais 411 mil barris à produção diária em junho. Para Neil Crosby, da Sparta Commodities, o movimento eldquo;ainda é muito liderado por mancheteserdquo;. eldquo;Certamente há uma certa esperança no mercado de que as tensões tarifárias estejam diminuindoerdquo;, afirma. Enquanto isso, no setor de petróleo, ainda resta saber se o acordo da Opep+ resultará em mais 400 mil barris chegando ao mercado a partir de junho. Na contramão da valorização desta quinta-feira, a Capital Economics reduziu suas projeções para o preço do Brent ao fim deste e do próximo ano, para US$ 60 e US$ 50 por barril, respectivamente. Segundo os analistas da empresa de consultoria, a notícia de que a Opep+ acelerará o ritmo de aumento da produção pelo segundo mês consecutivo ajudou a levar os preços às mínimas de quatro anos. eldquo;Isso representa uma mudança marcante na política da Opep+, que resultará em um superávit no mercado de petróleo a partir do segundo semestre de 2025eamp;Prime;, afirmam. Pesquisa da Reuters divulgada hoje mostrou que a produção da Opep caiu 30 mil barris por dia (bpd) em abril, totalizando 26,60 milhões. O recuo foi motivado por forte queda na Venezuela endash; afetada por sanções dos EUA endash; e por reduções menores no Iraque e na Líbia, que compensaram o avanço da produção iraniana.

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Produção de carros em abril é a maior em 6 anos

A produção de veículos no mês de abril foi a maior em seis anos para o período. Foram fabricadas 228,2 mil unidades no mês passado, um crescimento de 2,8% ante o mesmo período de 2024. Em relação a março, a alta foi de 20,1%, de acordo com balanço divulgado ontem pela Anfavea, entidade que representa as montadoras. No acumulado de janeiro a abril, a produção nacional de veículos somou 811,2 mil unidades, volume 6,7% maior que o total produzido nos quatro primeiros meses de 2024. Já as vendas, de 208,7 mil veículos, caíram 5,5% ante abril de 2024, quando o mercado contou com dois dias úteis a mais no calendário. Em relação a março, contudo, houve uma alta de 6,7% no total de veículos zero-quilômetro comercializados no País. As vendas nos quatro primeiros meses do ano chegaram a 760,4 mil veículos, 3,4% a mais que o total licenciado em igual período de 2024 endash; o que confirma a tendência de desaceleração do mercado, após crescimento de 14% do ano passado. VENDAS EXTERNAS. As exportações, ao contrário, seguem em recuperação consistente, com crescimento de 69,3% em abril ante o mesmo mês de 2024. Frente a março, os embarques das montadoras tiveram aumento de 18,9%. Os 46,3 mil veículos exportados no mês passado elevaram a 161,9 mil unidades o total vendido ao exterior no ano, alta de 47,8% puxada pela retomada dos pedidos da Argentina.

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ANP realiza mais de 17 mil ações de fiscalização em 2024, com 4,6 mil autuações

Em 2024, a ANP realizou 17.341 ações de e#64257;scalização no mercado de combustíveis de todo o país, gerando 4.600 autos de infração por motivos diversos. Esses e outros dados sobre o trabalho de fiscalização da Agência foram divulgados hoje (8/5) no Boletim Anual de Fiscalização 2024. O Boletim apresenta dados gerais das ações de fiscalização endash; inclusive por estado e tipo de agente econômico endash;, seus resultados, análises sobre pontos de destaque no ano, parcerias institucionais firmadas pela ANP, entre outros. O ano de 2024 foi marcado pelo aprimoramento nos procedimentos e metodologias para aumentar a efetividade das ações de fiscalização da Agência, protegendo os interesses dos consumidores e garantindo um mercado concorrencial saudável. As principais mudanças na metodologia foram a implementação do Sistema Integrado de Fiscalização do Abastecimento (SIFA) e o foco nas ações em agentes econômicos com indícios de irregularidades na qualidade dos combustíveis. Como resultado, a taxa de identificação de não conformidades de qualidade nas ações de fiscalização em postos de combustíveis aumentou em aproximadamente 40% em 2024, na comparação com 2023. Além disso, o percentual de ações realizadas que resultaram em autuações, considerando todos os motivos, aumentou de 23%, em 2023, para 27%, em 2024, o que demonstra um aumento de 17% na taxa de acerto do planejamento da fiscalização. É possível comprovar que o aumento das autuações é relacionado à maior precisão na escolha de alvos pela ANP, e não a um aumento de irregularidades no mercado, ao se confrontar esses dados com os do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis da Agência (PMQC) endash; que fornece um dado estatístico de todo o mercado nacional. Segundo os dados do PMQC, o índice de conformidade geral do país melhorou em 2024, ficando em 98,1%, ante 97,4% em 2023. Assim, os números da fiscalização refletem que a ANP foi mais eficiente em atacar os quase 2% de não conformidade na qualidade dos combustíveis. Com o maior foco dado pela ANP em coibir os problemas de qualidade dos combustíveis, essa foi a principal irregularidade presente nos autos de infração aplicados em 2024: eldquo;comercializar ou armazenar produto não conforme com a especificaçãoerdquo; motivou 22% das autuações; seguido por eldquo;não cumprir notie#64257;caçãoerdquo; (quando a ANP determina que o agente apresente algum documento e ele não cumpre a exigência), com 19%; e eldquo;equipamento ausente ou em desacordo com a legislaçãoerdquo;, com 12%. Algumas vezes, além das autuações, são aplicadas também medidas cautelares de interdição. Em 2024, foram realizadas 665 interdições, parciais (em tanques ou bombas, por exemplo) ou totais do estabelecimento. A interdição é uma medida cautelar que visa impedir práticas que possam causar risco iminente à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio endash; como prejuízos financeiros aos consumidores. A interdição é revertida pela ANP somente após o agente econômico comprovar que as irregularidades foram sanadas e não afeta a tramitação do processo sancionador, que pode determinar a aplicação de multas e penalidades de suspensão e revogação da autorização. As principais irregularidades que causaram interdições, em 2024, foram: eldquo;comercializar ou armazenar produto não conforme com a especie#64257;caçãoerdquo; (28%); eldquo;comercializar com vício de quantidadeerdquo; (15%); e eldquo;não atender a normas de segurançaerdquo; (14%). As ações de fiscalização no ano passado se concentraram especialmente nos postos de combustíveis e nas revendas de GLP (gás de cozinha), com 15.290 ações, ou 88% do total. O foco no segmento varejista se justifica não apenas pelo seu tamanho, que representa quase 80% do mercado de abastecimento, mas sobretudo porque são esses agentes que estão em contato direto com o consumidor final. Destaques de 2024 Algumas ações e medidas realizadas pela ANP em 2024 merecem destaque, e estão descritas detalhadamente no Boletim. Entre elas, encontra-se o combate ao uso irregular de metanol, produto classificado como um tipo de solvente e que tem seu uso como combustível proibido no Brasil, por ser tóxico e perigoso à saúde humana. O trabalho envolveu o uso de inteligência de dados e a cooperação de diversas áreas da Agência, desde a identificação das fontes de desvios na importação (considerando que todo o metanol consumido no Brasil é importado) até ações em campo nos agentes econômicos de todos os elos da cadeia de abastecimento. Graças à forte atuação da ANP, as fraudes com metanol foram praticamente zeradas em 2024. Em 2024, a ANP também reforçou sua participação em operações para combater o garimpo ilegal na Amazônia, integrando as forças-tarefas nas ações de Desintrusão de Terras Indígenas Yanomami e Munduruku, ambas coordenadas pela Casa Civil da Presidência da República. Na Operação Munduruku, em três meses, a ANP fiscalizou 43 empresas, resultando em 25 autuações, 19 interdições e 132.500 litros de combustíveis apreendidos. Já na Operação Yanomami, de março a dezembro de 2024, foram fiscalizados cerca de 130 agentes econômicos, gerando 122 autos de infração, 23 interdições e quase 20 mil litros de produtos apreendidos. Conheça mais sobre as ações de fiscalização da ANP As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com denúncias dos consumidores, dados do PMQC, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. O objetivo é buscar a maior efetividade possível, detectando em campo possíveis irregularidades do mercado. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de penas de suspensão e revogação de sua autorização. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Além do Boletim Anual publicado hoje, as ações de fiscalização da ANP também podem ser acompanhadas pelo Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do Fale Conosco ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita).

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Queda no preço do petróleo pode levar Petrobras a rever projetos para manter rentabilidade

A queda no preço do petróleo no mercado internacional deve afetar toda a indústria petroleira, e a Petrobras não ficará imune. Especialistas avaliam que fornecedores serão pressionados a promover ajustes para viabilizar os projetos da estatal. O alerta foi feito nesta semana pela presidente da companhia, Magda Chambriard, durante discurso na Offshore Technology Conference (OTC), a maior conferência global do setor de petróleo e gás em águas profundas, realizada em Houston, no Texas (EUA). eldquo;O que realmente nos impacta é a queda do preço do petróleo. Esse é um problema real, e temos de cobrar dos nossos fornecedores para nos ajudar e nos apoiar, fornecendo projetos simples e de menor custoerdquo;, disse Magda na abertura do evento. Para ter uma ideia, no auge dos desdobramentos da pandemia do covid-19, quando o petróleo tipo Brent chegou ser cotado a US$ 20 o barril, a pior crise da indústria em 100 anos, a estatal colocou 62 plataformas em hibernação. eldquo;É lógico que o momento de hoje é muito diferente... diante do movimento de queda, do jeito que aconteceu, de US$ 80 para US$ 60 (o barril), é natural que se faça a revisão, quando se olha o portfólio, a estrutura de custos é muito diferente?, explica o analista de energia da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman. Ele observa, no entanto, que a curva futura do petróleo já projeta uma recuperação para cerca de US$ 65 o barril. Além disso, o analista destaca que a Petrobras concentra a maior parte de seus projetos na região do pré-sal eminus; que apresenta maior resiliência econômica em comparação a campos em lâminas dersquo;água menores e tem qualidade de óleo superior. Esses fatores são considerados pela estatal na hora de definir eventuais ajustes. eldquo;Vamos ver, ao longo dos próximos dias e meses, se essas mudanças de fato se concretizarão.erdquo; Impacto Segundo Mahatma Ramos dos Santos, diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), a Petrobras terá de rever seus projetos caso o preço do petróleo se mantenha no patamar atual. Ele lembra que, no Plano de Negócios 2025endash;2029 da estatal, uma das premissas para alcançar os resultados financeiros projetados é a cotação média do Brent em US$ 83 por barril em 2025. No entanto, o valor atual está cerca de US$ 20 abaixo disso emdash; girando em torno de US$ 62. eldquo;Esse temor, apontado na fala da presidente Magda, reflete um sentimento geral da indústria, mas também uma preocupação com a saúde financeira e a rentabilidade dos próprios projetos da Petrobraserdquo;, explica Santos. Segundo ele, pelos próprios cálculos da estatal, cada variação de US$ 10 no preço do barril, para cima ou para baixo, gera um impacto no fluxo de caixa operacional da empresa, ou seja, da capacidade de gerar caixa, de US$ 5 bilhões. eldquo;Então, se a gente está falando de uma diferença de US$ 20, a gente está falando de um impacto de até US$ 10 bilhões, o que é muito significativo para o resultado financeiro da Petrobras e reforça esse temor da Magda, que sinaliza e orienta sua cadeia de supridores que pode haver espaço para renegociação dos termos de serviços de bens da cadeiaerdquo;, afirma. Santos observa, ainda, que as negociações terão como pano de fundo a expectativa com o menor crescimento da economia global e, por consequência, da demanda por petróleo e seus derivados, principalmente por parte da China, atual maior consumidor de petróleo e derivados do mundo. Além disso, explica o diretor, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep +) acenou com o aumento da oferta a partir de junho, e declarações do presidente americano, Donald Trump, reforçaram a tendência de queda dos preços globais. Tudo isso, alerta ele, deve manter o preço baixo da commodity. eldquo;E quando há queda da cotação do preço do petróleo, a rentabilidade e o resultado financeiro de toda a indústria do petróleo é diretamente afetada, inclusive da Petrobras, que é uma das grandes petroleiras do mundoerdquo;, diz.

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Vibra espera recuperar participações no mercado de combustíveis em 2025

A Vibra, maior distribuidora de combustíveis do Brasil, espera uma recuperação gradual de mercado no Brasil após perder eldquo;market shareerdquo; com foco, nos últimos dois anos, em aumento de margens, disse nesta quarta-feira o CEO da companhia, Ernesto Pousada. Ele disse ainda, durante teleconferência com analistas e investidores, que o ano de 2025 da Vibra será marcado pelo retorno do crescimento da companhia em diesel, etanol e gasolina, em meio a esforços para uma eldquo;expressivaerdquo; geração de caixa visando reduzir endividamento. O executivo destacou que, pela primeira vez nos últimos trimestres, a companhia teve acréscimo de volumes de 1% na combinação de diesel, gasolina e etanol no primeiro trimestre. eldquo;Estamos otimistasehellip; a retomada de elsquo;market shareersquo; será gradual, veremos a partir de agora uma consistênciaerdquo;, disse Pousada, citando crescimento de participação em março. Ele citou que o combate a ilegalidades e à sonegação de tributos, além de maior embandeiramento de postos, como fatores de crescimento de participação e vendas. No que diz respeito a questões regulatórias, Pousada afirmou que mudanças no programa RenovaBio favorecem maior cumprimento das metas de compras de Créditos de Descarbonização (CBios) pelo setor, fazendo com que a Vibra dispute mercado nas mesmas condições com alguns concorrentes. Além disso, a implantação da monofasia do etanol em maio reduz a sonegação de tributos, enquanto o setor também está combatendo fraudes na mistura de biodiesel no diesel. Pousada destacou também que, a princípio, a empresa vai priorizar o movimento de retomada de participação de mercado no etanol, com a monofasia (cobrança dos impostos federais em um único elo da cadeira, no produtor) reduzindo a sonegação no setor de combustíveis. A Vibra divulgou na terça-feira lucro líquido de R$ 601 milhões no primeiro trimestre, recuo de 23,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, embora o desempenho tenha vindo acima da expectativa do mercado. (Reuters)

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