Ano:
Mês:
article

Raízen (RAIZ4) e outras do setor estão baratas mesmo sem definição sobre combustíveis, vê BTG

Embora a equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não tenha decidido se quer ou não manter a isenção de impostos sobre os combustíveis, o BTG Pactual acredita que as empresas do setor de etanol e cana-de-açúcar emdash; como Raízen (RAIZ4), São Martinho (SMTO3), Jalles Machado (JALL3) e Adecoagro (AGRO) emdash; despontam como boas oportunidades de investimento. Em maio, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu zerar as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre os combustíveis até o dia 31 de dezembro. No caso da gasolina, também foi zerada a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). As medidas faziam parte de um esforço do presidente para melhorar a sua imagem perante a população em um ano eleitoral, uma vez que os preços dos combustíveis estavam em alta e a inflação como um todo, também. Na terça-feira (27), começaram a circular informações na imprensa de que o Ministério da Economia havia feito um acordo com o governo eleito para prorrogar as isenções por mais 30 dias. No fim do dia, porém, a equipe econômica do novo governo disse que pediu para que os benefícios não fossem prorrogados. A ideia do novo governo é ter tempo para pensar no que vai fazer a respeito. Antes de tomar uma decisão, a equipe econômica quer calcular os impacto sobre a inflação, sobre o déficit fiscal e até sobre possíveis mudanças políticas de preço de combustível da Petrobras. O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a afirmar que, em primeiro lugar, seria necessário aguardar a nomeação do próximo presidente da Petrobras, ainda não divulgado. Apesar de as isenções serem benéficas para o setor de etanol e cana-de-açúcar, as empresas com capital aberto operam em queda desde o início das medidas, conforme notaram os analistas do BTG, em relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (28). Raízen, São Martinho, Jalles Machado e Adecoagro acumulam desvalorizações de 34%, 43%, 19% e 23%, respectivamente. A Adecoagro, vale lembrar, é negociada em Nova York, enquanto as outras três estão listadas na B3. eldquo;As razões para as preocupações [do mercado] foram obviamente justificadas, pois os lucros das empresas ficaram abaixo em relação à expectativa de que 2022 seria um ano recorde para o setorerdquo;, escreveram os analistas Thiago Duarte, Henrique Brustolin e Pedro Soares. Por outro lado, os profissionais acreditam que, embora ainda haja pouca visibilidade sobre o que governo fará com os impostos sobre combustíveis, o cenário para as empresas do setor é eldquo;sem dúvidaerdquo; positivo. eldquo;Acreditamos que as empresas conseguiram compensar boa parte da adversidade do etanol por meio de exportações e ainda há preços atraentes de etanol no mercado internoerdquo;, afirmaram. E, apesar da indefinição do governo, o BTG avalia que as políticas de impostos sobre combustível estão pelo menos na eldquo;direção certaerdquo;, e espera que a produtividade da cana-de-açúcar se recupere. Na avaliação dos analistas, as quatro empresas citadas estão sendo negociadas com desconto, a preços que não se justificam. Para isso, a base usada como referência o múltiplo EV/Ebit, que divide o valor da firma (que subtrai a dívida líquida do valor total da companhia no mercado) sobre o Ebit (lucro sem considerar as despesas com impostos e juros) de um ano. O objetivo é identificar em quantos anos o Ebit anual de uma companhia chegaria ao valor da firma. Quanto maior o tempo, há um indício mais forte de que a empresa esteja cara. Portanto, quanto menor, mais barata estaria. No caso de Raízen, São Martinho, Jalles Machado e Adecoagro, o EV/Ebit está, respectivamente, em 7,6 anos, 6,9 anos, 5,1 anos e 7,2 anos emdash; números considerados atrativos pelos analistas do BTG. Em relação aos impostos sobre combustíveis, o BTG calculou que, se tudo voltar a ser como era antes, o preço de equilíbrio do etanol no mercado subiria em R$ 0,26 por litro. O banco estima que o valor do combustível estará em R$ 2,9 por litro em 2023 e 2024.

article

Veja quanto a inflação vai subir com a volta de impostos nos combustíveis

A volta da cobrança de PIS/Cofins sobre os combustíveis deve ter um impacto de 0,6 ponto percentual no IPCA de janeiro. A estimativa é de André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). A Lei Orçamentária Anual (LOA) enviada pelo governo Bolsonaro ao Congresso prevê a prorrogação da desoneração desses tributos para 2023. Mas o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao atual governo que não prorrogue a desoneração dos tributos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre os combustíveis para além do dia 31 de dezembro. A reoneração deve significar um impacto de 10 pontos percentuais na gasolina, 7,5 no etanol e 4,5 no diesel. Ele lembra que os combustíveis terão influências diferentes de acordo com os pesos que possuem no IPCA. A gasolina pesa 4,6% no índice, enquanto o etanol pesa 0,6% e o diesel, 0,3%. "O impacto vai ser grande. Podemos perfeitamente ter uma inflação em torno de 1% ou mais no mês que vem", diz Braz, que é o responsável pelos Índices Gerais de Preços divulgados pelo FGV/Ibre. "Mas essa inflação não é de 2023, ela pertence a 2022", acrescenta, lembrando que já se previa essa alta quando a desoneração chegasse ao fim. Segundo ele, a desoneração vai fazer o IPCA chegar ao fim do ano ao redor de 5,5%, em vez dos cerca de 8,5% que seriam registrados sem os benefícios concedidos pelo governo federal este ano. Braz acrescenta que janeiro também deve sofrer o impacto de alimentos, principalmente hortaliças e legumes, afetados pela variação climática típica do verão, quando ocorrem chuvas mais intensas. Em relação aos combustíveis, ressalta que, embora o diesel tenha um impacto direto relativamente pequeno, ele tem uma influência indireta na cadeia até maior que a gasolina, pois é responsável por aumentos de frete, energia e transporte público, entre outros, que acabam contaminando os preços ao consumidor. "O diesel em 12 meses tem alta expressiva, de mais de 30%. Já está caro em relação ao ano passado e tem o problema de contaminar outros setores. O peso no IPCA é pequeno, mas o efeito indireto é pior que o da gasolina, embora seja difícil de estimar", diz Braz.

article

Reoneração de combustíveis deve elevar preço da gasolina em R$ 0,69 por litro, aponta levantamento

A volta de tributos federais sobre combustíveis deve elevar o preço para os consumidores nos seguintes valores, de acordo com levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE): Gasolina: R$ 0,69 por litro Etanol: R$ 0,26 por litro Diesel: R$ 0,33 por litro Na terça-feira (27), o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, não concordou em prorrogar a medida que isenta o pagamento de PIS e Cofins sobre combustíveis, dois tributos federais. A isenção foi estabelecida pelo governo Jair Bolsonaro no início do ano, para baixar os preços, impactados pela guerra na Ucrânia, e tem validade até o fim deste mês. Com isso, haverá uma reoneração dos combustíveis, pelo menos até o governo eleito tomar alguma medida para frear os preços. De acordo com Haddad, Lula não quis que o governo atual prorrogasse a isenção, porque entende que o novo governo deve ter mais tempo para avaliar os impactos da medida. Afirmou ainda que, como a qualquer momento a isenção pode ser retomada, não há pressa. "Eu levei um pedido do presidente eleito para que o governo atual se abstenha de tomar qualquer medida na última semana que venha impactar o futuro governo, sobretudo em temas que podem ser decididos daqui a dez dias, quinze dias, sem atropelo. Para que a gente tenha sobriedade de fazer cálculo de impacto, verificar a trajetória do que a gente espera das contas públicas ao longo dos próximos anos", disse Haddad. Contas públicas Pelo lado do consumidor, a reoneração aumenta o preço nas bombas e, consequentemente, a inflação, já que o valor dos combustíveis causa impacto em uma série de produtos e serviços. Já pelo lado das contas públicas, a reoneração devolverá cerca de R$ 50 bilhões por ano aos cofres públicos. Esse valor é bem-vindo no cenário de dificuldade fiscal esperado para o país em 2023. Com a aprovação da PEC da Transição, que permite o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família, a previsão de déficit para a União no ano que vem passou de R$ 63,7 bilhões para R$ 231,5 bilhões.

article

Diesel recua nos postos em dezembro; gasolina também cai; etanol sobe, diz Ticket Log

Após registrar alta em novembro, o preço médio do litro do diesel no Brasil caminha para fechar dezembro em baixa, na esteira de uma redução de valores nas refinarias, de acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL). O diesel comum recuou 2,68% ante novembro, para 6,83 reais o litro; já o diesel S-10 registra baixa de 2,38% em comparação ao mês anterior, para 6,94 reais o litro. eldquo;Os dois tipos do diesel alcançaram em dezembro as médias mais baixas do segundo semestre de 2022. Já no comparativo anual, o tipo comum está com o preço 18% maior que em janeiro, enquanto o aumento do S-10 foi de 19% em 12 meses, de acordo com o levantamento da Ticket Logerdquo;, disse Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, em nota. A Ticket Log é a marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil. O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log. As reduções aos consumidores ficaram distantes das variações nas refinarias. A Petrobras reduziu o preço médio do diesel vendido às distribuidoras em 8,18% e o da gasolina em 6,1%, no início do mês. Já a Acelen, dona da refinaria privatizada na Bahia, cortou o valor do diesel em cerca de 10% e o da gasolina em 5,1%. Nos postos, a gasolina ficou 1,06% mais barata em dezembro, sendo encontrada na média a 5,27 reais o litro, após seguidas quedas mensais. Desde a primeira redução, no mês de julho, quando a média era de 6,50 reais, a queda já alcançou 19%. Já o etanol hidratado apresentou alta de 0,61% em dezembro, a 4,31 reais o litro. (Reuters)

article

Petróleo fecha em baixa, em meio a temores com a demanda na China

Os contratos futuros de petróleo registraram queda, nesta quarta-feira (28). Apesar da reabertura na China, há dúvidas sobre a demanda futura, com riscos de mais ondas da covid-19 e também de recessão global. Além disso, o dia foi de menos negócios e mais volatilidade, na última semana do ano. O petróleo WTI para fevereiro fechou em baixa de 0,72%, em US$ 78,96 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março, contrato agora mais líquido, caiu 1,27%, a US$ 83,26 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). O governo chinês continuava a adotar medidas para acabar com restrições contra a covid-19. Hoje, anunciou que deixará de fazer testes em alimentos em busca do vírus. A expectativa é que isso apoie a atividade local e também a demanda por petróleo, porém continua a haver o temor de uma potencial onda forte de casos, com consequências mais imediatas negativas para a economia do país. O Swissquote ainda comentava, em relatório a clientes, o fato de que a Rússia reagiu ao limite de preços imposto a seu petróleo pela União Europeia e aliados, como os EUA. O banco nota que a medida de apoio apenas modesto aos preços na terça-feira, o que segundo o banco ocorreu pelo fato de a maioria dos países envolvidos já terem interrompido grande parte de suas importações de óleo russo.

article

Fecombustíveis é contra cobrança de impostos sobre os combustíveis em janeiro

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e seus 34 sindicatos filiados são contrários ao retorno da cobrança dos impostos federais (PIS/Cofins e Cide) em janeiro de 2023 e a retirada da gasolina como produto essencial, conforme determinou a Lei Complementar 194/2022. A Fecombustíveis alerta que, enquanto o governo não define essa questão tributária, a partir de 1º de janeiro todos os combustíveis poderão aumentar, com o retorno dos impostos federais e estaduais - que traz de volta o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) -, que é a base de cálculo do ICMS, e que passa por reajuste a cada 15 dias, podendo impactar no preço final de bomba. Destacamos que a alíquota única e monofásica do ICMS do diesel, biodiesel e o GLP no modelo ad rem (valor em reais), definida pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), só será válida a partir de abril de 2023. A Federação reforça que sempre apoiou e defendeu a monofasia tributária no sistema ad rem para todos os combustíveis, já que simplifica o atual modelo de tributação. Além de simplificar, não cria distorções e combate a sonegação fiscal e a competição desleal nas fronteiras entre os estados. É necessário que o consumidor nacional tenha ciência de que o aumento dos custos nas bombas não é culpa do posto, mas depende da composição de preços de cada produto, o que inclui, entre outros componentes, os tributos. Destacamos que antes da Lei Complementar 194/2022, a gasolina tinha a carga tributária mais pesada entre os combustíveis nacionais, em mais de 40% da composição de preço do produto, e o retorno da cobrança dos tributos (não só da gasolina, mas de todos os combustíveis) vai prejudicar toda a sociedade, bem como os 42 mil postos do país.

Como posso te ajudar?