Ano:
Mês:
article

Petróleo fecha sessão perto da estabilidade, mas com forte queda semanal

Os preços do petróleo ficaram praticamente estáveis nesta sexta-feira, com o mercado equilibrando um dólar mais fraco e relatórios mistos de empregos nos Estados Unidos, mas ambos os índices de referência do petróleo encerraram o acumulado da primeira semana do ano em queda devido a preocupações com a recessão global. Os futuros do Brent caíram 0,12 dólar, ou 0,2%, para 78,57 dólares o barril, enquanto o petróleo nos EUA (WTI) subiu 0,10 dólar, ou 0,1%, para 73,77 dólares. Na semana, tanto o Brent quanto o WTI caíram mais de 8%, suas maiores quedas semanais no início do ano desde 2016. Ambos os benchmarks ganharam cerca de 13% nas três semanas anteriores. eldquo;O mercado de petróleo pode estar recuperando alguma compostura após o banho de sangue no início desta semana, mas o potencial de alta permanece limitado, pelo menos no curto prazo. As perspectivas econômicas estão nubladaserdquo;, disse Stephen Brennock, analista da PVM. A atividade do setor de serviços dos EUA em novembro contraiu pela primeira vez em mais de dois anos e meio, de acordo com um relatório do Institute for Supply Management (ISM). Mas outro relatório mostrou que a economia dos EUA criou empregos em um ritmo sólido em dezembro, levando a taxa de desemprego de volta a uma mínima pré-pandemia de 3,5%, enquanto o mercado de trabalho permanece apertado. (Reuters)

article

Prepare o bolso: gasolina vai receber 30% de etanol!

Até parece que o Conselho Nacional de Politica Energética (CNPE) terá mesmo um grupo de trabalho eldquo;para analisar tecnicamente e deliberar sobre a proposta de aumentar o teor de etanol anidro na gasolina gasolina de 27,5% para 30%erdquo;, conforme declarou o ministro Alexandre Silveira, do Ministério Minas e Energia (MME). Está repetindo afirmação feita por ele mesmo em maio deste ano. Quando o CNPE, aliás endash; pressionado pela bancada ruralista endash; aprovou o aumento do teor do biodiesel de 10% para 12% apesar de todos os problemas provocados nos veículos e antes mesmo de qualquer estudo da ANP que avalizasse o novo percentual. Como cabe ao CNPE (que pertence ao MME) estabelecer a composição dos combustíveis no país, é quem autoriza os percentuais de biodiesel no diesel, de etanol na gasolina, etc. No caso da gasolina, o eldquo;texto enviado pelo governo diz que fixação de percentuais superiores ao limite atual (27%) depende de constatação de viabilidade técnicaerdquo;. Pura conversa para boi dormir. Primeiro porque, ao aumentar o percentual de 25% para 27%, o CENPES (Centro de Pesquisas da Petrobrás) testou a gasolina com vários percentuais de etanol, inclusive com 30%. E o resultado foi positivo. O que é óbvio, pois nos motores flex, o etanol pode ser misturado em qualquer teor, até mesmo 100%, pois foram projetados para isso. Para ler esta notícia, clique aqui.

article

Anfavea projeta 2,450 milhões de veículos vendidos em 2024 https://www.terra.com.br/carros-motos/an

O Brasil vai vender 2,450 milhões de veículos em 2024, o que significa um crescimento de 7,0% no mercado interno. A projeção foi feita nesta quinta-feira, 7, pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). A associação que reúne as montadoras decidiu antecipar as previsões para o próximo ano por ter acesso mais rápido e tecnológico às informações. Os veículos leves (automóveis de passeio, picapes e comerciais) devem emplacar 2,304 milhões de unidades, um crescimento de 6,6%. O crescimento percentual será maior no segmento de veículos pesados (caminhões e ônibus), que devem emplacar 146 mil unidades, um aumento de 14,1%. Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, disse que a indústria automobilística está eldquo;otimista com o setor e otimista com o o paíserdquo;. Nas exportações, a Anfavea está mais moderada em suas projeções. Segundo Lima Leite, o setor vai exportar 407 mil unidades (+2,0%). Os veículos leves vão contribuir com 385 mil unidades (+2,1%) e os pesados terão 22 mil unidades exportadas (sem variação em relação a 2023). Na produção, a Anfavea projeta 2,470 milhões de unidades, o que signnifica um crescimento de 4,7%. O grande volume será de veículos leves com 2,310 milhões de caros produzidos (+3,3%), enquanto os pesados devem ter 160 mil unidades fabricadas (+30,1%). Lima Leite destacou a queda de exportações para a Argentina em função da variação do dólar e da maior facilidade que o país vizinho teve para importar da China. Por isso, a Argentina, que representava 49% das exportações brasileiras, caiu para 27% de partticipação. Isso num período em que o mercado interno argentino cresceu mais de 400 mil unidades. Por isso, em volume, a Argentina comprou mais carros do Brasil (10% ou 195.995 carros). Numa situação normal, a Argentina teria comprado 95 mil veículos a mais do Brasil, explicou Lima Leite. Ele disse também que essa situação é passageira, pois a chegada de duas montadoras chinesas (GWM e BYD) vai acabar aumentando as exportações brasileiras para a Argentina. eldquo;Definitivamente esta não é uma guerra perdidaerdquo;, disse Lima Leite. eldquo;Nós estamos lançando duas plantas importantes no Brasil, de origem chinesaerdquo;, acrescentou o presidente da Anfavea. eldquo;Então a expectativa que o setor tem é que essas plantas consigam produzir para os mercados do Brasil e da Argentina.erdquo; Lima Leite concluiu dizendo que tem expectativa de que a GWM e a BYD sejam futuras associadas da Anfavea. Durante toda a coletiva, ele se referiu às duas montadoras chinesas em tom afável. Destacou que elas são importantes, por trazerem novas tecnologias, e que serão eldquo;muito bem recebidaserdquo; quando iniciarem a produção local.

article

Como ficam os preços da Petrobras?

Desde a elaboração das eldquo;Diretrizeserdquo; que pontuaram o jogo eleitoral do PT, a Petrobras vem sendo alvo potencial de intervenções do novo governo. O presidente Lula proclamou que os preços dos combustíveis serão eldquo;abrasileiradoserdquo;, que a construção de novas refinarias é de alta prioridade e que a generosa política de dividendos será revertida. No entanto, será preciso enfrentar as consequências, independentemente do que esteja certo ou errado. O novo presidente indicado da Petrobras, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), adiantou três coisas sobre a nova política de preços. Afirmou que defende a criação de um fundo de estabilização; disse que o atual critério de preços pela paridade internacional será substituído por outro, mas que os preços finais não sofrerão intervenção do governo e continuarão tendo como referência o mercado internacional; e disse que não se podem cobrar preços homogêneos no País sujeito a tão diferentes custos logísticos. Até agora, ninguém explicou o que seria o tal eldquo;abrasileiramento dos preçoserdquo;, mas sem intervenção. A função de um fundo de estabilização é pagar parte do preço do consumidor quando as cotações disparam e cobrar mais do consumidor quando acontece o contrário. Tem, portanto, função reguladora, análoga à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que nunca funcionou direito. Como esse fundo não existe, primeiro é preciso dotá-lo de recursos. Nesta condição de penúria do Tesouro é necessário identificar outras fontes e garantir a sustentabilidade desses recursos. Se for para tirá-los dos royalties e das contribuições especiais das petroleiras nacionais, serão recursos que poderão fazer falta na execução orçamentária. Se for para incidir sobre os preços dos combustíveis, será inevitável certo impacto inflacionário. De todo modo, se esses problemas forem pré-equacionados, será preciso esperar que o fundo ganhe corpo até poder ser usado. Não é mecanismo que produz efeito imediato. A incorporação dos custos logísticos nos preços finais em princípio parece correta. Mas estaria onerando o consumidor distante dos grandes centros. Outros pretendem que a Petrobras pague parte do preço dos combustíveis com seus próprios lucros, o que implicaria cálculo de preços não pela lei da oferta e da procura, mas pelos custos, uma aberração em economia. De mais a mais, a Petrobras não é a única produtora brasileira de petróleo e gás. A questão não termina aí porque o Brasil tem de importar cerca de 30% do diesel e 15% da gasolina que consome, porque não tem capacidade suficiente de refino. Se a Petrobras for obrigada a praticar preços abaixo dos vigentes no mercado internacional, o risco maior é o de desabastecimento, pois nenhum importador se sujeitaria a vender por preço inferior ao que pagaria pelo produto importado.Nesse campo sobram mais perguntas do que respostas. (Celso Ming)

article

Sindicombustíveis relata aumento de gasolina e diesel na refinaria

Nos cinco primeiros dias de 2023, o custo dos combustíveis na refinaria Mataripe sofreram dois reajustes, que acresceram R$ 0,42 no preço do litro da gasolina A e R$ 0,35 o litro do diesel S10. O relato foi feito pelo Sindicombustíveis, em nota. Segundo o presidente da entidade que representa os postos, Walter Tannus Freitas, a mudança no ICMS também impacta no segmento. eldquo;Com os dois reajustes da Acelen e mudança no preço de referência do ICMS, na Bahia, somente no diesel, o aumento do imposto estadual foi de R$ 0,23ePrime;. O Sindicombustíveis Bahia ressalta que, além dos tributos e do custo nas refinarias, a composição de preços na bomba depende da adição de biocombustíveis e de outros agentes da cadeia, como transportadoras e distribuidoras.

article

Da política de preços à energia renovável: o que deve mudar na Petrobras

Ainda sem data para começar, a nova gestão da Petrobras terá como prioridade resolver a questão do reajuste dos preços dos combustíveis. É o que sinaliza o indicado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da empresa, o senador petista Jean Paul Prates, que deve assumir a companhia nas próximas semanas. Para isso, o governo vem tentando aprovar o nome de Prates como presidente interino no Conselho de Administração da estatal, depois que o presidente da gestão anterior, Caio Paes de Andrade, renunciou ao cargo na quarta-feira, 4. Sem o atalho da aprovação como interino pelos conselheiros, os trâmites normais exigiriam a realização de assembleia de acionistas e a chegada do senador poderia demorar pelo menos dois meses. Após receber do novo governo a indicação de Prates para o cargo, no último dia 2, a Petrobras encaminhou o nome do senador para o setor de conformidade da companhia, que avalia se a documentação e o currículo do indicado se enquadram no estatuto da empresa e na Lei das Estatais. Esse processo demora entre cinco e 20 dias. Em seguida, a indicação passa pelo Comitê de Pessoas (Cope) do Conselho de Administração, que tem oito dias, prorrogáveis, para se manifestar. Ao fim do processo, o nome ainda passa por uma votação no colegiado de 11 membros. Se aprovado por maioria simples, o indicado é empossado no cargo. Com experiência de mais de 30 anos no setor de óleo e gás, Prates não deve ter problema para ser aprovado. Foi membro da assessoria jurídica da Petrobras internacional (Braspetro), no fim da década de 1980 e, no início da década de 1990, fundou a primeira consultoria brasileira especializada em petróleo. Foi secretário de Energia do Rio Grande do Norte em 2007, e, antes disso, foi um dos responsáveis pelo marco regulatório da abertura do mercado de petróleo, em 1997. Mais recentemente, foi relator de dois projetos para redução do preço dos combustíveis. O futuro presidente da Petrobras nega que sua intenção seja intervir diretamente nos preços, preferindo indicar uma abordagem via política pública, como a criação de uma conta de compensação de preços. eldquo;Não tem bala de prataerdquo;, costumava dizer Prates, muito antes da vitória do presidente Lula nas eleições presidenciais do ano passado. Em outubro, Prates explicou ao Estadão/Broadcast que a mudança na política de preços da empresa está baseada em quatro pilares. O primeiro seria substituir a atual política de paridade de importação por um preço de referência, que seria aplicado por produto, por região e por área de influência. Outra proposta é uma conta de estabilização, que seria alimentada por lucros extraordinários das empresas do setor, royalties e dividendos. Inicialmente, era previsto também arrecadação de recursos via imposto de exportação de petróleo, mas a ideia teve resistência e foi descartada. O terceiro pilar para uma queda sustentável dos preços também passa pela criação de estoques reguladores, com uma estruturação de política nacional junto a todas as empresas do mercado de óleo e gás e de biocombustíveis. Para completar o processo, o futuro presidente da estatal pretende ampliar a capacidade de refino da companhia com ampliações das plantas já existentes e com a conclusão de obras ou unidades novas, com foco em diesel, Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e aproveitamento do gás natural, disse Prates em outubro. Fim da venda de refinarias A proposta enterra de vez o programa de desinvestimento em refino da gestão anterior, que, em 2019, colocou à venda oito das 13 refinarias da companhia. De lá para cá, o programa conseguiu vender apenas uma refinaria de grande porte, na Bahia, e duas pequenas: uma no Paraná (SIX) e outra no Amazonas (Reman). A Refinaria de Mataripe, na Bahia, é dona de 14% do mercado de refino. Hoje, é controlada pela Acelen, braço de investimento do fundo de investimento árabe Mubadala. Ao contrário dos quatro presidentes que passaram pela empresa no governo Bolsonaro, Prates defende que a Petrobras explore energias renováveis, seguindo o caminho das principais petroleiras globais, o que indica diversificar investimentos. Hoje, a maioria dos recursos está concentrada na exploração e produção, principalmente na região do pré-sal. Na gestão anterior, a teoria era a de que a Petrobras deveria se concentrar na produção de combustíveis mais limpos, como o diesel RX, resultante do coprocessamento do diesel fóssil com óleos vegetais, cuja produção ainda é tímida. Dividendos A pretensão de Prates é bem aceita por especialistas do setor, mas contraria a atual estratégia da empresa. Para executar o novo plano, será preciso aumentar, e muito, o volume de investimentos da companhia nos próximos anos, e, por consequência, reduzir o pagamento de dividendos. Em plano estratégico divulgado no fim de novembro do ano passado, a atual diretoria da Petrobras informou pretender investir US$ 78 bilhões de 2023 até 2027, sendo 83% reservados à exploração e produção de petróleo. O montante não é pequeno para o que se propõe, mas, segundo o entorno de Prates, é limitado para a transformação pretendida. Essa seria uma das maiores mudanças na estrutura da companhia, que, segundo o atual governo, vinha sendo usada pela gestão Bolsonaro como eldquo;vaca leiteiraerdquo;, termo que no mercado financeiro se refere a empresas boas pagadoras de dividendos, e, portanto mais procuradas pelos investidores. Prates quer elevar significativamente os investimentos, mesmo que para isso reduza os proventos dos acionistas, entre eles a União. Na gestão anterior, a Petrobras chegou a distribuir dividendos aos seus acionistas no mesmo valor do lucro obtido no período, somando cerca de R$ 173 bilhões de janeiro a setembro. Com a perspectiva de queda na próxima distribuição, as ações da companhia têm perdido valor na bolsa brasileira. eldquo;Os proventos da Petrobras no ano passado foram altos, mas não devemos ver essa força no quarto trimestre, porque já deve ter a influência do novo presidente, e isso já está sendo precificado nas açõeserdquo;, disse o analista da Ativa Investimentos Ilan Arbetman.

Como posso te ajudar?