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Opep mantém previsão para oferta de petróleo do Brasil em 2023, em 4 milhões de bpd

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve a previsão para a oferta brasileira da commodity em 2023, em 4 milhões de barris por dia (bpd), conforme relatório mensal publicado nesta quinta-feira (13). A entidade trouxe, pela primeira vez, sua projeção para 2024, com expectativa de que a oferta brasileira cresça a 4,1 milhões de bpd. A produção neste ano deve ser liderada pelo desempenho da extração nos campos offshore e pelo início da operação do navio-plataforma Anna Nery, na bacia de Campos. As novas extrações offshore anunciadas desde o começo do ano também têm sido fundamentais para o volume total de petróleo brasileiro, diz a Opep. Para 2024, a Opep projeta aumento de produção nos campos de Mero, Búzios, Tupi, Eregrino e Itapu. São previstas novas atividades nos campos de Atlanta, Pampo-Enchova Cluster e Vida.

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Reforma tributária deve beneficiar biocombustíveis e diesel renovável se torna prioridade

A reforma tributária vai afetar a vida dos motoristas. E, pelo texto aprovado na Câmara dos Deputados que seguiu para o Senado Federal, os biocombustíveis terão mais espaço. Uma das propostas é que o IPVA seja pago de acordo com a eficiência energética endash; e o diesel renovável voltou a ser assunto. No final de junho, a Petrobras divulgou que prevê aumentar em 146% a capacidade de produção de diesel com conteúdo renovável (Diesel R), após ter recebido autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operar mais uma unidade de produção do combustível na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, no Paraná. Segundo a estatal, o uso da capacidade depende da disponibilidade de matéria-prima e das condições de mercado. Dos atuais 5 milhões de litros produzidos por dia, a empresa passará a ter um potencial de processar 12,3 milhões diariamente ainda neste ano. Esse volume total seria suficiente para abastecer cerca de 41 mil ônibus convencionais, gerando redução de emissão de em torno de 1.300 toneladas de gases de efeito estufa, segundo a Petrobras. O que a reforma tributária prevê para combustíveis? A reforma tributária estabelece um regime de tratamento diferenciado para combustíveis e lubrificantes. O IVA dual, com alíquota única em todo o território nacional e variando conforme o tipo de produto, será cobrado apenas uma vez na cadeia produtiva, no refino ou na importação. A mudança segue uma reforma proposta em 1992. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou uma nota sobre a aprovação do texto-base da reforma tributária pela Câmara. eldquo;O reconhecimento de que os combustíveis, neles incluído o biodiesel, podem compensar créditos na entrada assim como todos os demais produtos e serviços abrangidos pela reforma, foi fundamental para não aumentar custos ao consumidorerdquo;, afirma a associação. A Abiove também ressalta que o regime fiscal favorecido para os biocombustíveis, na forma de lei complementar, é importante para criar uma tributação inferior à incidente sobre os combustíveis fósseis. O que é biodiesel? O biodiesel é utilizado em países da Europa e nos Estados Unidos. Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (INP), sua produção pode ser feita de vários métodos: hidrotratamento de óleos vegetais ou gorduras animais, da síntese de moléculas a partir de gás de síntese obtido pela gaseificação de resíduos orgânicos, pela fermentação de cana de açúcar emdash; como o etanol emdash;, entre outros processos. Sua composição é semelhante ao diesel derivado do petróleo, por isso pode ser misturado ao diesel mineral em qualquer proporção, até mesmo em substituição integral. Quais são as vantagens do biodiesel? O biodiesel é isento de contaminantes e tem maior estabilidade, garantindo menos problemas no armazenamento e no uso em motores diesel. Outra vantagem é que este biocombustível minimiza danos aos motores, como entupimento de filtros, bombas e bicos injetores, aumentando a vida útil dos veículos. Além disso, contribui também para a redução entre 50% e 90% das emissões de gases de efeito estufa em relação ao diesel fóssil.

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Be8 defende biocombustíveis como alternativa aos elétricos no Conselhão

O presidente da Be8 (ex-BSBIOS), Erasmo Battistella, apresentou ao governo a proposta de um Plano Nacional de Transição Energética com incentivos ao uso de biocombustíveis e combustíveis de baixo carbono endash; a eletrificação fica para depois. Ele participou nesta quinta (13/7) da primeira reunião do grupo de trabalho de Transição Energética do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão). Após reunião inaugural em maio, o Conselhão aprovou a criação de cinco Comissões Temáticas (CTs) e 16 Grupos de Trabalho (GTs), e abriu chamada para receber propostas de conselheiros e conselheiras Segundo o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o GT será o ambiente para diálogo e construção de soluções para a transição energética. O plano do CEO da Be8 está dividido em dez estratégias, a serem cumpridas até 2050, focadas na produção, uso e/ou exportação de biodiesel, etanol, hidrogênio, biogás, biometano e combustível sustentável de aviação (SAF). Além de iniciativas de baixo carbono do setor petroquímico, como a inserção de etanol, bionafta e biogás no processo produtivo da indústria. Áreas em que a empresa tem negócios. O grupo originário do setor de biodiesel está ampliando o portfólio, e hoje inclui etanol, diesel verde, SAF, gás natural liquefeito (GNL), hidrogênio e amônia verdes. eldquo;[O plano é] um guia para coordenar as ações governamentais. Uma espécie de elsquo;guarda chuvaersquo; para incluir todas as tecnologias que incentivam a descarbonização no Brasilerdquo;, descreve Battistella, à agência epbr. Para o executivo, as grandes apostas para a transição do setor automotivo são as tecnologias que já possuem maturidade garantida. eldquo;Os biocombustíveis e combustíveis de baixo carbono são oportunidade de mercado com elevada maturidade técnica e prontos para serem introduzidos com baixo custo de transição em comparação aos veículos elétricoserdquo;, defende. eldquo;Além de contar com uma capacidade já instalada de produção, os biocombustíveis usam as mesmas infraestruturas de distribuição, de logísticas e de tancagem que movimentam os combustíveis fósseiserdquo;, argumenta Battistella. Apesar disso, garantiu que a priorização aos combustíveis de biomassa e de baixo carbono não exclui a possibilidade de inserção de eldquo;outras sugestõeserdquo; de rotas ao plano. A eletrificação tem ganhado corpo entre os projetos em estudo pelo governo Lula (PT). Entre eles, a nova fase do programa automotivo Rota 2030, prevista para ser lançada em agosto, que deve trazer regras para incentivar a produção de veívulos elétricos no Brasil. Integração energética A proposta prevê que as ações sejam compartilhadas com os países membros do Mercosul para estimular a transição energética de forma integrada na região. Quanto ao acordo comercial Mercosul-UE, o plano sugere que o Brasil defenda a isenção completa de impostos sobre as energias renováveis produzidas na região e exportadas para o continente europeu. eldquo;Na negociação do acordo do Mercosul com a União Europeia, é preciso defender a isenção total de taxação de energias renováveis produzidas na região e exportadas para o continente Europeuerdquo;, diz o plano. O governo está tentando retomar as negociações do pacto bilateral sem ceder as compras públicas para não prejudicar as indústrias brasileiras. Biodiesel Atualmente em 12%, o percentual de mistura de biodiesel ao diesel está previsto para avançar um ponto percentual ao ano até chegar a 15% em 2026. O cronograma está atrasado porque a política do setor sofreu retrocessos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Além do recuo no mandato de mistura, a gestão passada decidiu pela abertura do mercado à importação do biocombustível para atender o mandato. Decisão que Battistella inclui na pauta do Conselhão. Na proposta, o executivo sugere reavaliar, eldquo;de forma urgenteerdquo;, a abertura à importação, para evitar práticas de dumping e isonomia de condições comerciais aos produtores brasileiros, como critérios de qualidade. Outra demanda é desenhar um novo cronograma de aumentos de mistura que leve ao B20, isto é, 20% de biodiesel.

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Fecombustíveis e sindicatos filiados participam do Sicomércio 2023

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e cerca de 17 sindicatos filiados participaram do primeiro dia do Sicomércio 2023, evento promovido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), direcionado às federações e aos sindicatos patronais do Sistema Comércio, que iniciou ontem (11) e termina na sexta-feira (14). Na cerimônia de abertura, José Roberto Tadros, presidente da CNC, destacou a relevância do Sicomércio para o fortalecimento do setor de comércio, serviços e turismo vinculados à Confederação. "Este evento é de suma importância, trabalhamos para fortalecer cada elo desse sistema que qualifica, cuida das pessoas e desenvolve a economia do nosso país. Temos 34 federações,coordenamos os interesses dos sindicatos a elas filiados e a confederação no topo da pirâmide, gerenciando e coordenando as engrenagens do sistema em nível nacional", disse. Entre os destaques do país, Tadros mencionou que a reforma trabalhista foi um avanço nas relações de trabalho, quando se determinou, no caso das negociações coletivas, que "o negociado prevalece sobre o legislado. É o fim do paternalismo, já atingimos a maturidade nas relações entre o capital e o trabalho", disse. Tadros destacou os desafios do Brasil perante os desafios sócioeconômicos para que se possa acompanhar as tendências tecnológicas e oferecer oportunidades de trabalho. "É preciso ampliar a nossa parceria com os trabalhadores, para que possamos alinhar uma especialização condizente com o novo mercado de trabalho, com novos projetos educacionais focados nas tendências do futuro", disse. "O desafio, portanto, está na conciliação da legislação trabalhista com o avanço socioeconômico e tecnológico. Precisamos solidificar a evolução do capitalismo, pacificando as relações entre o capital e o trabalho, aliada à preocupação com o social, sem esquecer de estimular uma economia de mercado harmônica", comentou. Também presente na cerimônia de abertura, Antonio Florêncio Queiroz, vice-presidente administrativo da CNC, enalteceu a organização sindical e o protagonismo do Sistema Comércio, presente em todas as esferas do três poderes, citando a atuação da Confederação no Congresso Nacional, com o monitoramento e atuando ativamente nas proposições que, de alguma forma, possam afetar o empresariado do comércio. O ministro do Trabalho, Emprego e Previdência Social, Luiz Marinho, destacou que a complexidade da Reforma Tributária que está para ser avaliada no Senado, que é a possível para fazer "o Brasil destravar, modernizar e crescer, para aumentar a geração de economia e renda. É importante que as empresas tenham seus lucros, mas é muito importante que os trabalhadores sejam bem ordenados para fortalecer a economia, distribuir a renda e combater a miséria e a fome", disse. Após a cerimônia de abertura, Luis Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), conduziu a palestra sobre direito do trabalho e negociações coletivas. Confira a cobertura na próxima edição da revista Combustíveis e Conveniência.

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Petróleo fecha em maior patamar desde abril e pressiona Petrobras

Num momento de recuo da inflação de 12 meses a níveis de 2020, a alta do preço do petróleo volta a ameaçar o bolso do consumidor e jogar pressão sobre a gestão da Petrobras, menos de duas semanas após a questionada redução no preço da gasolina. Nesta quarta-feira (12), a cotação do petróleo Brent bateu a casa dos US$ 80 por barril pela primeira vez desde abril. O barril fechou o pregão a US$ 80,11, diante de expectativas de interrupção do ciclo de elevação da taxa de juros nos Estados Unidos após bons dados sobre a inflação. Especialistas acreditam que o cenário altista pode se manter, impulsionado por perspectivas de aumento do consumo e pelos seguidos cortes de produção em países da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). A alta reforça questionamentos sobre a nova estratégia de preços da Petrobras, que abandonou o conceito de paridade de importação, conhecido como PPI, e vem praticando preços abaixo do mercado internacional ao desde maio. Na abertura do pregão desta quarta, as defasagens entre os preços internos da gasolina e do diesel e a paridade internacional atingiram patamares observados pela última vez no fim de janeiro, quando a estatal promoveu o último aumento de preços. Segundo cálculos da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras está hoje R$ 0,44 por litro mais barato do que a paridade de importação. No diesel, a defasagem é de R$ 0,41 por litro. Considerando apenas as refinarias da Petrobras, a diferença é ainda maior: R$ 0,46 por litro na gasolina e R$ 0,43 por litro no diesel. No caso da gasolina, a defasagem chegou a bater esse patamar no início de julho, logo após o último corte promovido pela estatal. No diesel, é a maior desde janeiro. O corte de R$ 0,14 por litro, anunciado um dia antes da retomada integral da cobrança de impostos federais derrubou o valor de mercado da companhia, diante de dúvidas sobre ingerência do governo na gestão de preços dos combustíveis. A queda nas refinarias, que compensou parcialmente a elevação dos impostos, havia sido antecipada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em maio, como uma estratégia para reduzir o impacto sobre o consumidor e a inflação. A Petrobras negou qualquer acordo com o governo, mas baixou a gasolina na véspera do aumento do ICMS sobre o combustível e, depois, na véspera da retomada dos impostos federais. A manutenção dos preços internos em um cenário alta do petróleo é considerada um dos principais riscos para investidores na empresa em relatório divulgado nesta quarta-feira pelo banco Goldman Sachs. "Preços dos combustíveis significativamente abaixo das cotações internacionais podem desencorajar outras empresas a importar os volumes necessários para suprir o mercado", escreveram os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins. Assim, a Petrobras poderia se ver obrigada a garantir o abastecimento sozinha, com risco de prejuízos pela venda de produtos abaixo do preço de custo, como ocorreu durante o governo Dilma Rousseff. Eles calculam que, com o Brent a US$ 80 por barril e gasolina e diesel a preços atuais, por exemplo, a área de refino da empresa tem Ebitda negativo de US$ 1,2 por barril. Com o Brent a US$ 85, a perda sobe para US$ 4,5 por barril. Os analistas ponderam, no entanto, que a estatal se beneficia dos altos preços do petróleo por ser uma grande produtora, o que mais do que compensa as perdas na venda de combustíveis abaixo das cotações internacionais. (Com Reuters)

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ANP aperta cerco contra uso de metanol em combustíveis

A ANP (Agência Nacional de Petróleo) apertou o cerco neste ano em postos e revendedoras de combustíveis diante da crescente adulteração com metanol, uma substância altamente tóxica que, quando exposta a temperaturas de 12 graus, libera vapores que podem provocar cegueira e até mesmo matar quando inalados. No primeiro semestre deste ano, foram realizadas 8.124 fiscalizações em postos revendedores do país com 31 casos de apreensões pela venda com concentração de metanol acima de 0,7% no etanol, diesel e gasolina. No pior dos casos, a concentração foi de 97,7%. No mesmo período do ano passado, a ANP realizou 7.369 ações e fez seis apreensões emdash;a maioria envolveu o etanol com altíssimas concentrações do metanol, mas também houve casos com a gasolina comum. "A agência identificou combustível não conforme (fora dos padrões de qualidade) com a presença de metanol, o que levou a uma atuação mais intensa da fiscalização", disse a ANP em nota. Apesar disso, a agência afirma que a qualidade do combustível vendido nas redes nacionais segue padrão internacional.

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