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Petrobras entra na concorrência por indústria ceramista no mercado livre de gás

A Petrobras assinou um contrato de comercialização de gás natural com a Portobello, no mercado livre, em Santa Catarina. É a primeira cliente da estatal na indústria ceramista, segmento que reúne o maior número de consumidores livres no Brasil e que vinha, até então, sendo um dos principais nichos de mercado de comercializadores concorrentes. Para a Petrobras, o acordo representa também a diversificação de sua atuação no mercado livre, concentrada até então no setor siderúrgico endash; onde a companhia tem contratos com empresas como a CSN, Ternium e Arcelor Mittal. eldquo;Estamos em processo de expansão e consolidação de nossa carteira de clientes no mercado livre de gás natural. Os novos contratos que foram celebrados, como este, com o ingresso da Petrobras como fornecedora em um novo setor, demonstram que estamos no caminho certoerdquo;, afirmou, em nota, o gerente executivo de Gás e Energia da Petrobras, Álvaro Tupiassu. Segundo a petroleira, a Portobello é o principal consumidor industrial de gás de Santa Catarina. Petrobras entra em segmento concorrido A indústria ceramista é, hoje, o segmento com maior número de agentes no mercado livre de gás natural. O setor é disputado, hoje, por comercializadores privados como Edge, MGás e Galp. Levantamento da agência eixos, com base em dados públicos da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mostra que 20 clientes industriais do segmento ceramista tinham contratos ativos no mercado livre até fevereiro, com seis supridores diferentes. Segue a lista: Biancogres Cerâmica (Shell) Cerâmica Carmelo Fior (MGás) Cerâmica Alfagres (MGás) Viva Pisos e Revestimentos (MGás) Pisoforte Revestimentos Cerâmicos (MGás) LEF Pisos e Revestimentos (Edge) Delta Indústria Cerâmica (Edge) Cerâmica Capri (Eneva) Cerâmica Villagres (Shell) Cerâmica Serra Azul (Brava Energia) Cerâmica Ramos (Edge) Lume Cerâmica (Edge) Cerâmica Cristofoletti (Galp) Cerâmica Savane (Galp) Karina Pisos e Revestimentos Cerâmicos (Galp) Cedasa (Edge) Incopisos (Edge) NovaPorcelanato (Edge) Cerâmica Almeida (Galp) Cerâmica Formigrês (Edge) Petrobras contra-ataca A Petrobras voltou a perder participação de mercado na comercialização de gás natural em 2024, com reflexos sobre a rentabilidade de seu negócio de gás. A chegada de novos concorrentes levou a um novo movimento de desconcentração, ainda que não o suficiente para mudar estruturalmente o setor e ameaçar a posição de agente dominante da estatal endash; que, aliás, partiu para o contra-ataque.

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Lucro da Petrobras cresce 48%, para R$ 35,2 bilhões, e estatal anuncia R$ 11,7 bi em dividendos

A Petrobras teve lucro de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 48% em relação ao mesmo período do ano anterior. Pelo desempenho, a companhia anunciou a distribuição de R$ 11,7 bilhões em dividendos aos acionistas. Desconsiderando eventos não recorrentes, como a valorização do real, o lucro da empresa foi R$ 23,6 bilhões, queda de 12,1%. "O primeiro trimestre de 2025 foi marcado por resultados positivos que refletem a forte atuação da Petrobras", escreveu o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo. No primeiro trimestre, a Petrobras produziu um total de 2,77 milhões de barris de petróleo e gás, praticamente estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. As vendas de combustíveis da companhia no mercado interno cresceram 2,9%, para 1,69 milhão de barris por dia. No balanço divulgado nesta segunda-feira (12), a Petrobras diz que atingiu R$ 123,1 bilhões em receitas no primeiro trimestre, alta de 4,6% em relação aos primeiros três meses de 2024. O Ebitda, indicador que mede a geração de caixa subiu 1,7%, para R$ 61,1 bilhões. O volume de investimentos, que havia sido bastante questionado pelo mercado após a divulgação do balanço de 2024, chegou a US$ 4 bilhões, 33,6% acima do primeiro trimestre de 2024. Em relação aos últimos três meses do ano, porém, houve queda de 29,1%. No último trimestre do ano passado, a Petrobras apresentou forte alta nos investimentos, alegando que antecipou parcelas de contrato de construção de plataformas de petróleo, o que levou analistas a temer impactos nos dividendos e derrubou as ações da empresa. A estatal fechou o quarto trimestre com prejuízo de R$ 17 bilhões, que levou a uma queda de 70% no lucro anual de 2024, para R$ 36,6 bilhões. Melgarejo disse que, agora, os investimentos estão em linha com o previsto no plano estratégico da empresa. "Estamos realizando mais perfurações e interligações de poços e avançando na construção das novas unidades que sustentarão o crescimento da nossa curva de produção. São projetos que geram valor para os nossos acionistas e se traduzirão em receita nos próximos anos", afirmou. A Petrobras elencou, entre os principais investimentos do trimestre "avanços em grandes projetos do pré-sal da Bacia de Santos" e a conclusão de obras da segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima, que haviam sido paralisadas após o início da Operação Lava Jato. No trimestre, a área de Exploração e produção da estatal teve alta de 0,9% no lucro, para R$ 29,2 bilhões. Já a área de Refino, responsável pela produção de combustíveis, viu seu lucro despencar 43,8%, para R$ 2,1 bilhões, impactada por menores margens de venda dos produtos. No primeiro trimestre, a empresa vendeu sua cesta de combustíveis a um preço médio de R$ 505 por barril, alta de 1,5% em relação ao trimestre anterior, motivada, principalmente, por um aumento no preço do diesel em fevereiro. O valor, porém, é 1% inferior ao registrado no primeiro trimestre de 2024. O segundo trimestre de 2025 apresenta desafios não só para a estatal, mas para o setor de petróleo como um todo, já que as cotações internacionais foram fortemente afetadas pela guerra comercial dos Estados Unidos contra a China e pela insistência de países exportadores em elevarem produção. Nesta segunda, o petróleo do tipo Brent, referência internacional negociada em Londres, oscilava em torno dos US$ 65 por barril, 15% mais barato do que a cotação do início do ano. O movimento de queda levou a Petrobras a promover três cortes consecutivos no preço do diesel em suas refinarias.

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Governo publica minuta de decreto do programa de biometano do Combustível do Futuro

O Ministério de Minas e Energia (MME) colocou em consulta pública, nesta segunda (12), a minuta de decreto regulamentador do biometano, um próximo passo para viabilizar o mandato previsto na lei do Combustível do Futuro. O decreto que regulamenta o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano recebe contribuições até 19 de maio (veja a íntegra). A audiência pública está marcada para 21 de maio, na sede da pasta em Brasília. De acordo com a minuta, caberá ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabelecer, até 1º de novembro do ano anterior, a meta anual compulsória de redução de emissões de GEE no mercado de gás natural. Essa meta começaria já em 2026, em 1%, caso haja disponibilidade de oferta de biometano. A minuta também condiciona a fixação de metas à análise de impacto regulatório (AIR), que deve considerar, entre outros pontos, a disponibilidade atual ou futura de biometano, biogás e de certificados de garantia de origem de biometano (CGOB). Além da a capacidade das infraestruturas e das instalações de produção e movimentação; as emissões de GEE decorrentes do transporte e da distribuição do biocombustível; e os benefícios da descarbonização e a preservação da competitividade. O que diz a minuta do decreto do biometano Outra previsão no texto é que o CNPE deve realizar a conversão da meta anual de redução de emissões em meta volumétrica anual de aquisição ou utilização de biometano usando as intensidades de carbono do gás natural e do biocombustível já adotadas pelo Renovabio, com a RenovaCalc. A meta descontará a estimativa de CGOBs aposentados pelos agentes do mercado voluntário e deverá ser inicialmente fixada em 1% de gás natural comercializado, autoproduzido, e/ou autoimportado, de acordo com a minuta. Caberá à ANP alocar a meta anual estabelecida pelo CNPE entre os agentes obrigados, até 1º de dezembro do ano anterior. Para isso, a agência deve observar a proporção da participação dos agentes obrigados no mercado de gás natural no ano anterior. Excepcionalmente em 2025, o prazo foi estendido até o dia 31 de dezembro. Emissão de CGOB Os CGOBs poderão ser emitidos por produtores e importadores de biometano na proporção do volumecomercializado. Um dos pontos que o setor aguardava definição era a possibilidade de emissão de certificados de origem referentes ao gás produzido para autoconsumo. A minuta traz esse previsão para que produtores e importadores habilitados no programa possam emitir CGOBs referentes ao biocombustível que eles consomem, desde que comprovem a sua utilização para substituir outras fontes de energia. Também permite a emissão de créditos de descarbonização do RenovaBio (CBIOs) com a venda de biometano, desde que seja devidamente informado no CGOB correspondente. Outra previsão é para que os certificados possam ser transacionados de forma separada do biometano, quando o consumidor não precisar do CGOB para comprovar sua redução de emissões, por exemplo. Nesse caso, o consumidor pode optar por comercializar o CGOB, ou receber o biometano sem o atributo ambiental. Na segunda opção, o emissor primário fica autorizado a comercializar o CGOB separadamente. A previsão é que os CGOBs poderão ser livremente transacionados no mercado secundário, mas só poderão ser utilizados para a comprovação da redução de emissões uma única vez.

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A aposta chinesa no SAF de cana do Brasil

O governo brasileiro anunciou nesta segunda (12/5) que o país deve receber US$ 1 bilhão em investimento da chinesa Envision Group para produção de hidrogênio e amônia verdes e combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) a partir da cana-de-açúcar, no primeiro Parque Industrial Net-Zero da América Latina. Os detalhes do empreendimento ainda não foram divulgados. O anúncio ocorreu na quarta visita de Estado do presidente Lula (PT) à China, após encontros com executivos de empresas chinesas ligadas aos setores de energia sustentável e defesa. Sediada em Xangai, a multinacional chinesa Envision tem como atividades principais a fabricação de turbinas eólicas, sistemas de armazenamento de energia e soluções de hidrogênio verde endash; um insumo para a produção de SAF. O investimento no Brasil é estratégico por dois motivos: previsão de demanda e oferta de matéria prima. Segundo maior mercado de combustível de aviação do mundo, a China iniciou, em setembro de 2024, um projeto piloto para o primeiro uso de SAF em voos partindo de aeroportos domésticos em Pequim, Chengdu, Zhengzhou e Ningbo. (Seamp;P Global) Mas a iniciativa, por si só, não é suficiente para assegurar investimentos. Os produtores chineses aguardam a definição de um mandato para uso do renovável, que pode variar de 2% a 5% misturado ao combustível de aviação tradicional até 2030. A expectativa era que fosse anunciado em 2024, o que não ocorreu, levando algumas refinarias a adiar a abertura de novas plantas. (Reuters) Enquanto isso, no Brasil, a recém aprovada lei do Combustível do Futuro estabelece um mercado cativo para o SAF a partir de 2027, quando as companhias aéreas serão obrigadas a descarbonizar suas operações substituindo o querosene fóssil. Etanol para suprir um novo mercado No cenário internacional, também a partir de 2027, todos os signatários do Corsia terão que cumprir metas de redução de emissões e os combustíveis sustentáveis são parte da estratégia endash; embora a produção global ainda represente menos de 1% da demanda. Hoje, quase a totalidade do SAF produzido no mundo tem como matéria prima o óleo de cozinha usado, o que já vem impondo dificuldades à expansão do biorrefino pela escassez. É aí que a cana de açúcar entra como promessa e o Brasil, com sua experiência no etanol, como um mercado potencial. Estudo publicado em abril pelo Ministério da Fazenda aponta que o SAF de etanol (cuja rota de produção é conhecida como ATJ) tem potencial teórico para gerar até 6,5 bilhões de litros por ano na próxima década, representando 23% do potencial de produção estimado do país. Já o etanol de milho vem logo atrás, com 5,5 bilhões de litros, ou 20% da capacidade projetada. Fertilizantes, data centers e renováveis A visita oficial à China rendeu ainda uma série de negociações relacionadas a fertilizantes, data centers e renováveis emdash; áreas estratégicas que o governo brasileiro busca desenvolver através de investimento internacional. Nesta segunda, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), confirmou uma reunião da delegação brasileira com executivos da China Chemical Engineering Corporation (CNCEC) sobre a instalação de uma fábrica de fertilizantes no Paraná. O interesse do governo brasileiro é a execução, pela CNCEC, de estudos de viabilidade técnica e financeira para uma planta com capacidade de produzir 520 mil toneladas de ureia por ano. (CNN) O saldo de acordos inclui a assinatura de um memorando de entendimento entre o MME, a estatal chinesa Windey Energy Technology Group e o Senai Cimatec. O documento foi assinado no domingo e tem como foco a cooperação bilateral em energias renováveis e tecnologias de baixo carbono. Já na agenda de data centers, está previsto um compromisso da comitiva, na terça (13), representantes da Byte Dance, dona do Tik Tok. De acordo com Silveira, as tratativas incluem a instalação no Ceará. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o presidente Lula anunciará a política para data centers assim que voltar da China.

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Petróleo fecha em alta com suspenção temporária das tarifas entre EUA e China

Os contratos futuros de petróleo encerraram a segunda-feira (12) em alta, impulsionados pela trégua tarifária entre Estados Unidos e China, que atenuou preocupações sobre a disputa comercial que ameaça o crescimento econômico e a demanda global pela commodity. Apesar do avanço, os preços recuaram em relação aos picos atingidos pela manhã. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho subiu 1,52% (US$ 0,93), fechando a 61,95 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,64% (US$ 1,05), para US$ 64,96 o barril. Após conversas bilaterais no fim de semana, em Genebra, EUA e China endash; os maiores consumidores mundiais de petróleo endash; chegaram a um acordo para suspender por 90 dias a maior parte das tarifas de importação que impuseram um ao outro. eldquo;Para os traders, o acordo é um sinal de elsquo;retorno ao riscoersquo;, que está desencadeando a cobertura de posições vendidas em petróleo com a ideia de que os temores sobre a demanda global irão diminuirerdquo;, afirma em nota Dennis Kissler, do BOK Financial. Enquanto isso, as negociações sobre o programa nuclear iraniano podem levar ao alívio de sanções sobre o país, eldquo;o que poderia ser uma força negativa para o petróleoerdquo;, acrescenta. Apesar da trégua temporária entre EUA e China, o mercado ainda tem dúvidas sobre o resultado final das negociações e o nível final das tarifas, dizem os analistas do ING. Para eles, eldquo;a incerteza ainda é alta, e a volatilidade permanecerá elevada nos mercados de commoditieseldquo;. Os fortes ganhos do dólar devido à diminuição das tensões comerciais também podem limitar a alta dos contratos futuros de petróleo. Os preços da commodity ainda acumulam queda de mais de 11% neste ano, em meio a preocupações com o aumento acelerado da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e o alívio de tensões geopolíticas, especialmente em relação a Rússia e Ucrânia. *Com informações da Dow Jones Newswires

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Estados Unidos ampliam importações de etanol do Brasil

Os Estados Unidos importaram 1,6 milhão de galões de etanol combustível em março, eldquo;proveniente principalmente do Brasilerdquo;, destaca, em nota, a Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês). Cada galão equivale a 3,7 litros e, assim, a aquisição de 1,6 milhão de galões representa 5,9 milhões de litros. Importações de etanol pelos EUA avançam 19% Segundo a RFA, as importações do biocombustível pelos EUA, acumuladas no primeiro trimestre de 2025, totalizaram 3,33 milhões de galões. O montante é 19% acima do primeiro trimestre de 2024. Exportações de etanol pelos EUA também crescem Por sua vez, as vendas do combustível pelos EUA também crescem. Em março, por exemplo, as exportações de etanol pelas usinas americanas subiram 41% para 195,8 milhões de galões. Conforme a RFA, essa alta de vendas reflete eldquo;melhorias generalizadas na maioria dos principais mercados.erdquo; Onze mercados respondem por 98% do total das exportações de etanol em março. O Brasil está entre esses clientes, mas adquiriu 7 milhões de galões, enquanto a Colômbia comprou 10,7 milhões de galões e as Filipinas adquiram 10,8 milhões de galões. Enfim, segundo a RFA, as exportações de etanol dos EUA no primeiro trimestre atingiram 532,6 milhões de galões, um aumento robusto de 19% em relação ao mesmo período do ano passado. Clique aqui para ler o conteúdo da RFA no original

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