Ano:
Mês:
article

Gasolina sem petróleo: Brasil quer investir R$ 250 bilhões em produção

No último dia 14, o Governo Federal apresentou ao Congresso o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, um conjunto de medidas sustentáveis para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e a emissão de gases do efeito estufa no Brasil. O investimento previsto é de R$ 250 bilhões, incluindo a produção de gasolina sem petróleo. Uma das propostas do projeto é criar um marco regulatório para os combustíveis sintéticos no Brasil, que já são produzidos em pequena escala, inclusive pela Petrobras. Durante a cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o projeto é uma chance de transformar o Brasil eldquo;em algo tão mais importante do que o Oriente Médio é para o mundo com o petróleoerdquo;. O combustível sintético é a gasolina ou diesel com produção sem uso de petróleo, conhecido como e-fuel, ou e-combustível. Além da Petrobras no Brasil, empresas como Porsche e Audi também iniciaram a produção da gasolina sem petróleo. Os e-combustíveis ganharam destaque após a União Europeia começar a discutir a implementação de normas mais rigorosas para as emissões de gases do efeito estufa. Neste ano, o órgão definiu uma meta para alcançar zero emissão de carbono até 2035 em carros e vans, proibindo a fabricação de motores a gasolina ou a diesel a partir de 2026. Como é a produção da gasolina sem petróleo Segundo a eFuel Alliance, a produção de e-combustível ocorre pela extração de hidrogênio. Tal processo ocorre por meio da eletrólise, quando qual a água se divide em seus componentes: o hidrogênio e o oxigênio. Após a eletrólise, o hidrogênio se junta ao CO2 capturado do ar. Através de um catalisador de alta pressão, os elementos se transformam no e-combustível líquido. No entanto, a eletrólise depende do uso de eletricidade, o que pode envolver o consumo de combustíveis fósseis. No final de 2022, a Porsche abriu a primeira fábrica comercial para produzir gasolina sem petróleo no Chile. A empresa quer produzir 550 milhões de litros do combustível sintético anualmente a partir de 2027. Embora ainda use carbono, a produção da gasolina sem petróleo, segundo ambientalistas, é uma maneira de reduzir as emissões de carbono. Além disso, para ser carbono neutro, a produção da gasolina sem petróleo precisa usar fontes de energia renovável ou sem emissão de CO2. Também é preciso usar metódos sustentáveis na captura de carbono.

article

Conheça a 1ª gasolina carbono neutro do Brasil e o impacto no mercado

Nos últimos anos, a pauta ambiental está cada vez mais presente no mercado financeiro, com empresas optando por definir e seguir objetivos a favor de políticas sustentáveis de combate à crise climática. Seguindo essa toada, a Petrobras anunciou, na última terça-feira (19/9), a primeira gasolina carbono neutro do Brasil. Mas o que exatamente isso significa para a economia do país? Especialista consultado pelo Metrópoles afirma que a iniciativa pode ser vantajosa para o mercado de combustíveis nacional ao aumentar a competitividade entre as refinadoras e estimular a criação de políticas públicas ambientais eldquo;confiáveiserdquo; e eldquo;seguraserdquo;. Para o professor de economia do meio ambiente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Ronaldo Seroa da Motta é eldquo;impossívelerdquo; que as empresas não participem dessa trajetória ambiental: eldquo;O capital tornou-se sustentávelerdquo;. eldquo;Mesmo com um desafio grande, ela [Petrobras] vai criar uma competição com outras produtoras de combustíveis nacionais. A gente espera e também fica interessado em criar um mercado focado na economia sustentávelerdquo;, disse. Motta também elogia a iniciativa da empresa em eldquo;começar a reconhecer que os combustíveis fósseis precisam ter uma elsquo;pegadaersquo; neutra de carbonoerdquo;. Efeito estufa compensado Por meio da metodologia de avaliação do ciclo de vida (ACV), que mensura os gases de efeito estufa emitidos pelo produto, a Petrobras conseguiu agregar o título de eldquo;carbono neutroerdquo; emdash; compensação das emissões de CO² com ações de preservação ou de recuperação florestal de biomas nacionais emdash; ao combustível após avaliação de especialistas da consultoria ACV Brasil. Segundo a empresa, a Gasolina Petrobras Podium carbono neutro terá a emissão de gases de efeito estufa eldquo;totalmenteerdquo; compensada em todas as etapas do ciclo de vida do combustível. Ou seja, desde a extração e produção das matérias-primas, transporte, distribuição até o uso final. Mas os consumidores não vão encontrar a gasolina carbono neutro em qualquer posto da Petrobras. O combustível estará disponível apenas em locais selecionados pela empresa nas principais cidades do país, que não foram divulgadas. No entanto, ainda é uma incógnita como, quando e quais serão as ações da empresa para compensar as emissões. Apenas no ano passado, 47,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono foram emitidos na atmosfera pela Petrobras, sendo 44,3 milhões provenientes da exploração e produção de petróleo e gás natural, incluindo o refino e o transporte marítimo. Armadilha do clima De acordo com projeção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia (MME), em 2029 a produção de petróleo no Brasil pode chegar a um pico, com a estimativa de 5,4 milhões de barris por dia (m/boed). Tal marca é preocupante, principalmente levando em conta os compromissos oficiais do Brasil presentes no Acordo de Paris, que tem metas definidas até 2030. Com atualização anunciada pela ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, na Organização das Nações Unidas (ONU), a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, sigla em inglês) brasileira compromete-se a reduzir as emissões em 48% até 2025 e em 53% até 2030. A promessa anterior era cortá-las em 37% e 50%, respectivamente. Motta critica que eldquo;não estamos vendo ainda uma mudança muito radicalerdquo; para sairmos eldquo;dessa armadilha do climaerdquo;. eldquo;A gente tem que reduzir de 40% a 50% das emissões até 2030, e 90% a 95% até 2050. Então é um desafio muito grandeerdquo;, explicou. Políticas públicas = incentivo permanente Eventos extremos e mudanças constantes de temperatura estão cada vez mais frequentes no planeta. Um relatório, publicado este ano pela ONU, indica que eldquo;a ambição de mitigação das contribuições nacionalmente determinadas não é coletivamente suficiente para alcançar a meta de temperatura do Acordo de Pariserdquo;. Motta destaca que, só com políticas públicas, como de transição energética, criação de impostos e de um mercado obrigatório de carbono, as empresas terão um eldquo;incentivo permanenteerdquo; para cumprir esses objetivos ambientais seguindo uma direção eldquo;mais confiável e seguraerdquo;. eldquo;É importante [implementação de políticas públicas] porque esse espírito voluntário é muito sensível a mudanças. Ele acredita que a entrada desse segmento do mercado até a sustentabilidade é necessária, mas ele reforça que tais ações precisam estar em eldquo;consenso com a sociedadeerdquo;. eldquo;Claro, isso significa que alguns setores vão perder tamanho e outros vão crescererdquo;, afirmou Motta. Mas, ainda conforme o professor, essa mudança direcionada ao foco ambiental e climático eldquo;vai gerar ganhos, sem nenhuma dúvidaerdquo;. eldquo;Há agora uma percepção na gestão das empresas e stakeholders de que isso é importante. Além disso, é uma preocupação da sociedade civil. No mundo, entidades de alguns países já têm ações contra empresas que não colaboram no combate do aquecimento globalerdquo;, explicou. Segundo Motta, devido à valorização do mercado financeiro em governança ambiental, social e corporativa (ESG, sigla em inglês) há cobranças de acionistas e consumidores para a adoção de objetivos para mitigar e compensar as emissões de gases estufa na atmosfera. Contudo, tal tarefa não é eldquo;simpleserdquo; de ser implementada. Há diversas dificuldades, entre elas: maneiras claras para atingir as metas definidas; ter um projeto ambiental seguro e confiável; criar projeto de crédito de carbono; auferir os ganhos reais desse comportamento compensatório; e transparência das ações por meio de um quadro/relatório para acompanhamento da progressão das metas.

article

Petróleo fecha sem tendências definidas

Os preços do petróleo terminaram com resultados díspares nesta sexta-feira (22), ao término de uma semana marcada pela alta volatilidade e em um mercado no qual os compradores estão cada vez mais escassos. O preço do barril Brent do Mar do Norte, para entrega em novembro e de referência no mercado europeu, fechou praticamente estável (-0,03%), a 93,27 dólares. Já o barril West Texas Intermediate (WTI), também para entrega em novembro e de referência no mercado americano, subiu 0,44%, para 90,03 dólares. Durante a semana, o WTI se manteve quase sem mudanças (+0,01%), enquanto o Brent perdeu 0,70%. "A sequência de altas no mercado de petróleo finalmente perdeu força", afirmaram em nota os analistas do banco alemão Commerzbank. Até mesmo o anúncio de ontem feito pela Rússia, de que suspenderia suas exportações de diesel e gasolina para todos os destinos com a exceção de quatro ex-repúblicas soviéticas, não foi suficiente para impulsionar os preços da commodity. O contrato americano de gasolina para entrega em outubro registrou hoje sua quinta sessão de queda em seis dias úteis, perdendo mais de 6% de valor em uma semana. (AFP)

article

ANP: preço médio do diesel S10 nos postos sobe 0,32%, para R$ 6,22 por litro

O preço médio do diesel S10 nos postos de abastecimento do País teve nova alta nesta semana, de 0,32%, subindo para R$ 6,22 por litro entre os dias 17 e 23 de setembro. Nos sete dias anteriores, de 10 a 16 de setembro, o produto custou, na média nacional, R$ 6,20 ao consumidor final. As informações são da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP). Esta foi a oitava semana seguida de aumento no preço médio do diesel S10 para os consumidores. A última vez em que o diesel S10 mostrou queda no preço médio nas bombas foi no fim de julho, saindo de R$ 4,99 por litro, entre 16 e 22 de julho, para R$ 4,98 por litro de 23 a 29 daquele mês. Na semana seguinte, de 30 de julho a 5 de agosto, o diesel subiu ligeiramente, a R$ 5,00, dando início à trajetória de alta que perdura até hoje. Há influência tanto da cobrança de tributos quanto de reajustes nas refinarias. Em 15 de agosto, a Petrobras anunciou um reajuste de 25,8%, ou R$ 0,78 por litro, no diesel S10 nas refinarias da estatal. O custo do combustível foi afetado também pela volta de parte dos impostos federais PIS/Cofins, em setembro, que tem ainda aumento previsto para outubro. Houve retomada ainda da cobrança sobre o biodiesel, que representa 12% da mistura vendida nos postos e impacta o preço final do diesel S10. GLP A ANP informou ainda que o gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha, apresentou uma nova alta de 0,68% no preço médio do botijão de 13 quilos na última semana. O produto passou a custar R$ 101,66 na média nacional, entre 17 e 23 de setembro, ante R$ 100,97 na semana anterior, de 10 a 16 de setembro.

article

Moagem de cana deve atingir recorde de 624,5 milhões de toneladas no Centro-Sul

A moagem de cana-de-açúcar na safra 2023/24 do Centro-Sul deve atingir 624,5 milhões de toneladas, um novo recorde ao superar as 623,10 milhões de toneladas processadas em 2015/16. As informações foram divulgadas pela consultoria Datagro. Segundo dados preliminares, em agosto a produtividade agrícola chegou a 92 toneladas por hectare (t/ha), aumento de 24,7% em um ano. Dessa forma, no acumulado de abril a agosto, a produtividade agrícola atingiu 93,5 t/ha, crescimento de 22,8% sobre o mesmo período de 2022/23. Com tanta cana no campo, a preocupação das usinas da região tem sido o aproveitamento de tempo para colher e processar, com muitos grupos planejando estender a operações de moagem até a segunda quinzena de dezembro, caso as condições climáticas permaneçam favoráveis. A qualidade da cana, medida pelo Açúcar Total Recuperável (ATR) - capacidade em ser convertida em açúcar ou álcool - também está elevada. Como o rendimento industrial da produção foi mantido em 139,40 quilos de ATR por tonelada colhida, a projeção sobre a oferta total de ATR passou a ser de 87,06 milhões de toneladas em 2023/24, um crescimento de 12,8% sobre a oferta de 2022/23, mas ainda ligeiramente abaixo da oferta total de ATR registrada em 2020/21 (87,62 milhões de toneladas). Diante dos sinais de aumento da capacidade de cristalização, a Datagro também elevou, ainda que ligeiramente, a estimativa sobre o mix para a produção de açúcar, de 48,5% para 48,6%. Como resultado, a estimativa sobre a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil em 2023/24 foi revisada de 39,45 milhões para 40,30 milhões de toneladas, aumento de 19,5% sobre a produção de 2022/23, superando também o recorde anterior, de 38,47 milhões de toneladas em 2020/21. Mesmo com o mix mais açucareiro, a estimativa sobre a produção total de etanol foi elevada de 31,73 para 32,3 bilhões de litros, dos quais 6,10 bilhões de litros a partir da indústria de etanol de milho.

article

Novo Rota 2030 deixa para depois imposto sobre carros elétricos

A nova fase do programa governamental de incentivos fiscais para a indústria automobilística estará pronto em até duas semanas, segundo o secretário do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Uallace Moreira. O texto traz novidades em relação à primeira: contemplará uma ampla gama de veículos, aprimorará o sistema de medição de poluentes e criará um sistema de etiquetagem. Mas, salientou Moreira, o tema Imposto de Importação de carros elétricos não será tratado nesse momento. A informação do secretário põe fim às expectativas de executivos da indústria e de importadores, que tentam convencer o governo a incluir no anúncio do programa elaborado pelo Mdic a questão do Imposto de Importação, um assunto que não diz respeito à pasta. Para ler esta notícia, clique aqui.

Como posso te ajudar?