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Rui Costa diz que Novo PAC terá fundo verde para financiar descarbonização da economia

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quarta-feira (19) que o Novo PAC, programa voltado principalmente para investimentos em infraestrutura, criará um fundo específico para financiar a descarbonização da economia. "Nós vamos ter no Novo PAC a criação de um fundo verde para que possamos captar recursos a taxas de juros muito baixas e assim financiar a descarbonização da nossa economia", disse Costa em entrevista à Record News. "Quando a gente retira ônibus movido a diesel e substitui por ônibus elétrico, estamos deixando o meio ambiente mais limpo", exemplificou. Segundo o ministro, esse instrumento de captação de recursos internacionais será utilizado também para custear mais parques solares e eólicos e para promover a produção do chamado combustível do futuro. "O Brasil desponta como melhor lugar do mundo para a produção desse tipo de hidrogênio verde", defendeu. (Reuters)

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ANP prevê investimentos na fase de exploração de R$ 20,5 bi até 2027

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) prevê investimentos de R$ 20,5 bilhões até 2027 na fase de exploração de petróleo e gás natural. Deste total, R$ 19,25 bilhões (94%) referem-se à perfuração de poços em ambiente marítimo. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (19) durante a apresentação do Relatório Anual de Exploração 2022 endash; Diagnóstico e Perspectivas da Exploração de Petróleo e Gás Natural no Brasil. Segundo o relatório, R$ 11 bilhões em investimentos estão previstos para as bacias marítimas da margem equatorial e R$ 8,5 bilhões para a margem leste. A bacia da foz do Amazonas concentra o maior volume de investimentos, seguida pelas bacias de Campos e Santos. eldquo;A partir da previsão dos investimentos, o mercado sinaliza, de fato, o seu interesse em avançar na exploração e melhorar o desempenho na medida em que tivemos 23 poços perfurados em 2022 e previsão de 32 poços exploratórios em 2023 e 36 poços em 2024. Boa parte desses poços está concentradas em bacias de nova fronteiraerdquo;, disse o coordenador-geral de Regulação e Gestão da Informação na Superintendência de Exploração da ANP, Edson Montez. Ao final do ano passado, havia 295 blocos sob contrato na fase de exploração, aumento de 24% em relação a 2021, quando foram contabilizados 238. Havia 157 blocos em bacias terrestres e 138 em bacias marítimas. Uma das explicações para esse aumento, segundo Montez, foi o preço médio do barril de petróleo a US$ 100 em 2022. A fase de exploração começa com a assinatura do contrato para exploração e produção de petróleo e gás natural. Nesta etapa, as áreas exploradas são chamadas de blocos, e as empresas realizam estudos e atividades (como levantamentos sísmicos e perfuração de poços) para detectar a presença de petróleo ou gás natural em quantidade suficiente para tornar a extração economicamente viável. Em caso positivo, a empresa apresenta uma declaração de comercialidade à ANP e o bloco (ou parte dele) se transforma em uma área em desenvolvimento, dando início à fase de produção. Em caso negativo, a empresa pode devolver o bloco (ou parte) à ANP.

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Petróleo cai após dados de reservas nos EUA

Os preços do petróleo caíram nesta quarta-feira (19) afetados por uma redução nas reservas comerciais nos Estados Unidos que foi menos significativa do que o previsto. O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro caiu 0,21%, chegando a 79,46 dólares em Londres. O West Texas Intermediate (WTI) para agosto, por sua vez, teve uma queda de 0,52%, para 75,35 dólares. Os preços abriram em alta, mas o relatório semanal da agência de informação sobre energia dos Estados Unidos (EIA) reverteu a tendência. Na semana encerrada em 14 de julho, as reservas comerciais diminuíram em 700 mil barris, menos de um terço da queda de 2,5 milhões esperada pelos analistas, segundo a agência Bloomberg. A diferença entre os números publicados e as previsões se deve, em parte, a um ajuste estatístico. Esses ajustes periódicos permitem que a EIA corrija aproximações feitas em semanas anteriores. As reservas estratégicas americanas não sofreram alterações. Para Edward Moya, da Oanda, esses dados "decepcionantes" pesaram sobre contratos futuros. Por outro lado, para Bart Melek, da TD Securities, "essas cifras não representam uma ruptura que justificaria uma alta ou uma baixa" de preços. (AFP)

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Inclusão do diesel renovável no mandato de biocombustíveis é fundamental, diz Petrobras

Executivos da Petrobras voltaram a defender nesta quarta-feira a inclusão do diesel renovável no mandato de biocombustíveis do Brasil, dizendo que a petrolífera seria uma "parceria" da indústria de biodiesel. "É fundamental que o diesel coprocessado com óleos vegetais seja considerado no mandato", disse o diretor de transição energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim, durante café da manhã com jornalistas. A companhia vem defendendo a adição de um percentual do chamado "diesel R" ao diesel, em complementação ao mandato já existente para o biodiesel, como forma de estimular o mercado para o novo produto. Recentemente, a Petrobras anunciou que investirá 3 bilhões de reais para adaptar refinarias e produzir diesel renovável. Tolmasquim afirmou que a Petrobras é "a favor do biodiesel" e que o coprocessamento de diesel "não vai destruir" a indústria do biocombustível. "A indústria de biocombustíveis não tem o que temer em ter a Petrobras como parceira no mandato de biocombustíveis no Brasil", acrescentou o presidente-executivo da Petrobras, Jean Paul Prates. (Reuters)

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Como mistura pode reduzir preço do combustível e blindar Brasil da alta do petróleo

O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, trouxe à tona um assunto já antigo: o de revisão da composição da gasolina. O governo estuda elevação do teor de etanol na gasolina de 27,5% para 30%. O tema foi abordado, na última terça-feira (18), durante encontro com representantes do setor sucroenergético de São Paulo. As informações são de que o assunto também já vem sendo discutido com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). Em maio, Silveira já havia sinalizado uma eventual alta no percentual de etanol nos combustíveis. A medida é vista como uma solução para reduzir as emissões de carbono da frota de veículos nacional. No entanto, ela também pode ser uma forma de o governo conseguir reduzir os preços da gasolina e ainda se blindar no cenário de alta preço do petróleo internacional. Petróleo em alta Nas últimas semanas, o petróleo vem apontando para um movimento de alta, puxado por um avanço na demanda global pela commodity. Os mercados reagem positivamente às promessas de mais estímulos da China, em meio aos sinais de fraqueza econômica. A segunda maior economia do mundo vem de uma leitura de PIB aquém do esperado, fato que motivou novas declarações de autoridades chinesas para apoiar o consumo doméstico. À CNN Business, o analista de commodities da Moodle Analytics comenta que o país ainda não conseguiu superar a ressaca da pós-pandemia, a despeito de um início de ano sedutor. O represamento do consumo interno, com efeitos em diversos setores, tem mantido a demanda por combustíveis mais baixa. E a gasolina? Na teoria, a medida do governo pode ajudar a reduzir o preço da gasolina sem precisar esperar a Petrobras (PETR3; PETR4) ajustar os preços em suas distribuidoras. Isso porque reduz a dependência do Brasil no combustível fóssil, que varia de acordo com os preços internacionais. A prática, por outro lado, é um tanto complexa. Primeiro, o governo precisa confirmar com a indústria automotiva se os motores dos carros são compatíveis com uma proporção maior de etanol. Outra questão, levantada por Pedro Rodrigues, diretor e sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em entrevista para o Money Times, é que o etanol é derivado da cana-de-açúcar e está sujeito a sazonalidade como toda commodity agrícola. eldquo;Sendo assim, não se pode fixar a mistura em 30%. Em função da safra, você pode ser obrigado a reduzir essa mistura para 29%, 28%, 27%. Ao dar essa flexibilidade, isso pode evitar uma alta no preço da gasolinaerdquo;, afirma Pedro. Outro fator que também afeta diretamente a gasolina é a política de preços da Petrobras. Há dois meses, a companhia deixou de usar a política de preço de paridade de importação (conhecida como PPI) e adotou uma nova estratégia comercial para definição de preços dos combustíveis. No entanto, uma observação comum entre os analistas é de que essa nova política de preços não é clara. A petroleira passou a usar referências de mercado como: o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras. A variável internacional ainda é citada como parte da fórmula, mas não é claro o quanto ela significa para o cálculo final. De acordo com a Associação Brasileira de Importação de Combustíveis (Abicom), o preço nacional para gasolina e diesel, praticado nos polos refinadores da Petrobras (PETR4), está cerca de 15% abaixo do preço de equilíbrio. Isso se a estatal ainda considerasse exclusivamente o PPI (paridade de preço internacional) como norte para a formulação dos preços.

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Haddad faz ajuste no 'Combustível do futuro'

Os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil) discutiram nesta terça-feira, 18, os últimos detalhes do programa eldquo;Combustível do Futuroerdquo;, que estabelece metas e compromissos para a redução de emissões de carbono pelo setor de transportes do país.Um dos objetivos do encontro, ocorrido no Palácio do Planalto, foi aparar arestas que permitam o envio do projeto de Lei ao Congresso Nacional. O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, também participou. Para ler esta notícia, clique aqui.

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