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Gasolina, etanol e diesel sobem nos postos do Brasil na 4ª semana de julho, mostra ValeCard

Os preços médios de gasolina, etanol e diesel subiram nos postos do Brasil na quarta semana de julho ante a anterior, apontou levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas, nesta segunda-feira. A gasolina subiu 0,22% entre 17 e 23 de julho ante o período de 10 e 16 de julho, para 5,759 reais o litro, mostrou o estudo, com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os Estados do Brasil. O avanço da gasolina ocorre após um leve recuo de 0,6% registrado na terceira semana do mês. "O mercado ainda está se ajustando à reoneração de impostos federais sobre a gasolina e à redução do preço da gasolina nas refinarias no início do mês", disse o Head de inovação e portfólio na ValeCard, Brendon Rodrigues. No início do mês, a Petrobras cortou em 5,3% os preços médios da gasolina vendida em suas refinarias, ao mesmo tempo em que houve no país uma reoneração de tributos federais nos combustíveis do país. O etanol hidratado, concorrente direto da gasolina nas bombas, subiu 0,64% na quarta semana do mês, para 3,919 reais o litro, segundo a ValeCard. A companhia destacou que os preços no varejo, em teoria, refletem os preços cobrados pelas usinas produtoras de etanol e citou que, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq, os preços do etanol hidratado nas usinas de São Paulo apresentaram queda de 18,14% entre 3 e 14 de julho. "A redução do preço do etanol nas usinas está compensando a retomada da cobrança do PIS/Cofins no início deste mês. Portanto, a tendência para a próxima semana é de haver pouca oscilação novamenteerdquo;, disse Rodrigues. Já o preço médio do diesel S-10, o tipo mais usado no Brasil, subiu 0,83% nos postos entre os dias 17 e 23 de julho ante a semana anterior, para 5,243 reais o litro. (Reuters)

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Selic: Defasagem da gasolina cria armadilha para o Copom

Os preços da gasolina e do diesel estão se afastando perigosamente dos seus valores internacionais e criam risco concreto para a comunicação do BCB que deve iniciar o corte de juros semana que vem. O diesel está, segundo dados da ABICOM, 16% abaixo que estaria caso andasse com os preços internacionais. A gasolina está 20% aquém da paridade. Que pese uma nova política de preços para os combustíveis feita pela Petrobras (BVMF:PETR4), a ausência de sinalização sobre o repasse criar dificuldades para a condução da política monetária no sentido de pegar a Autoridade Monetária eldquo;no contrapéerdquo;. Imagine um eventual corte e sinalização de mais cortes na Selic e, logo após a reunião, a Petrobras resolve subir a gasolina. De duas uma, o mercado vai pensar: 1) que a Petrobras esperou a decisão do Copom para subir a gasolina e nesse caso tentou manipular o BCB, ou, 2) que a melhora do câmbio já chegou ao limite no que tange a inflação e que não teremos mais melhoras na margem. Não acredito que estas duas hipóteses sejam integralmente verdadeiras, mas não precisa conhecer muito do mercado de capitais brasileiro para saber que será assim que as mesas e os economistas vão interpretar. A questão na mesa é simples: os juros longos já caíram bastante e o mercado está à espreita para qualquer desculpa para subir os vencimentos mais distantes. Um corte de juros mais forte semana que vem que não for acompanhado por uma sinalização da Petrobras pode se tornar uma Vitória de Pirro, ou seja, a parte curta da curva cai, mas devolve tudo na parte longa.

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Petróleo sobe mais de 2% e fecha no maior valor desde abril

O petróleo fechou em alta forte nesta segunda-feira, impulsionado pela expectativa de que a China libere mais estímulos econômicos e que a oferta global permaneça apertada no segundo semestre do ano. Com o movimento, os contratos mais líquidos da commodity registraram seus maiores valores de fechamento dos últimos três meses. O barril do petróleo WTI - referência americana - com entrega prevista para setembro fechou em alta de 2,17%, a US$ 78,74, maior valor desde 24 de abril. Já o barril do Brent - referência global - para o mesmo mês subiu 2,06%, a US$ 82,74, na máxima desde 19 de abril. Além de bater seus maiores valores de fechamento em três meses, o petróleo testa sua média móvel dos últimos 200 dias pela primeira vez desde meados do ano passado, segundo Craig Erlam, analista-sênior de mercados da Oanda. Segundo ele, várias razões contribuíram para o rali recente da commodity energética, como a extensão dos cortes de oferta da Arábia Saudita e Rússia, e indicadores que sugeriram um pouso suave da economia global após o período de aumento de juros. eldquo;Será interessante ver como o Brent responde nos níveis em torno de US$ 82,50 a US$ 83,50, onde já viu alguma resistência hojeerdquo;, diz Erlam em comentário enviado a clientes. Além da perspectiva de oferta reduzida nos próximos meses, outro fator importante para o petróleo hoje foi a sinalização de que as autoridades da China devem ampliar o estímulo à economia do país, diante de repetidas decepções com os últimos dados de atividade. Ontem, o Politburo, espécie de comitê do Partido Comunista, realizou sua reunião de meio de ano e sinalizou por mais apoio em breve, embora não tenha dado detalhes sobre as medidas a serem adotadas. Para Duncan Wrigley, economista-chefe para China da Pantheon Macroeconomics, a postura durante a reunião indica que Pequim vai apenas estender os estímulos já aderidos e realizar outras ações de caráter eldquo;focadoerdquo;. eldquo;Este é um suporte direcionado e incremental para o consumo, não uma reviravolta completa na abordagem econômica. Por esse motivo, os mercados podem ficar desapontados com as políticas concretas a serem divulgadas pelos ministérios nas próximas semanas e meseserdquo;, alerta Wrigley em relatório.

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Com fim do PPI da Petrobras, janela de importação de combustíveis está há 70 dias fechada

A alta do preço do petróleo aumentou a diferença entre os valores praticados no mercado interno de combustíveis do mercado internacional, até mesmo para a Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, que manteve a política de paridade de preços de importação (PPI), abandonada pela Petrobras (PETR4) em meados de maio. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), há 70 dias as janelas de importação estão fechadas. No mercado atendido pela Acelen, os preços registram defasagem de 10% para a gasolina e de 11% para o diesel no porto de Aratu. Para equiparar os preços, a Acelen deveria elevar o preço do litro vendido em Mataripe em R$ 0,34 e R$ 0,35, respectivamente. Como única refinaria privada do País, Mataripe tem que concorrer com a Petrobras, responsável por 80% do mercado de refino do Brasil. A Petrobras estipulou uma nova estratégia comercial para evitar a transferência da volatilidade externa do petróleo para o consumidor brasileiro, e ao mesmo tempo garantir rentabilidade para a empresa. Os preços internos nas refinarias da estatal já chegam a uma defasagem de 21%. Para equiparar os preços, seria necessário um aumento de R$ 0,62 por litro no caso da gasolina, e de R$ 0,59 no diesel. O último reajuste da estatal para a gasolina foi no dia 1º de julho, uma queda de 5,3%, e do diesel em 15 de maio, redução de 12,8%. Depois de oscilar no primeiro semestre dentro do patamar de US$ 70 o barril, o petróleo vem ensaiando se firmar em torno dos US$ 80, impulsionado por altas registradas nas últimas quatro semanas, um movimento que já era esperado no segundo semestre, conforme antecipou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A tendência de alta faz parte dos esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para manter a oferta apertada. Há pouco, a commodity era negociada perto da estabilidade, aos US$ 81,03 o barril.

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Preço do diesel cai com produção recorde e invasão russa

Os recordes de produção da Petrobras e a invasão de diesel russo no mercado brasileiro derrubaram os preços do combustível, fundamental para o transporte de cargas no Brasil. O cenário chegou a levar a maior refinaria privada brasileira a exportar o produto por falta de competitividade nas vendas internas. Na semana passada, o preço médio do diesel S-10 nos postos brasileiros ficou em R$ 4,99 por litro, abaixo dos R$ 5 pela primeira vez desde maio de 2021. Na primeira semana de janeiro, o litro custava R$ 6,60, em valores corrigidos pela inflação. Foi a 29ª semana consecutiva de queda, mesmo sem cortes de preços nas refinarias da Petrobras desde o dia 16 de maio, quando a estatal anunciou mudança em sua política comercial e abandonou a paridade de importação. No mesmo mês, a Petrobras bateu recorde mensal de produção de diesel S-10, com 2,06 bilhões de litros, marca superada pelos 2,11 bilhões de litros em junho. Ao mesmo tempo, o Brasil passou a ser invadido por diesel da Rússia, bem mais barato do que as importações dos Estados Unidos, o que contribuiu para reduzir os preços. Em junho, por exemplo, o produto russo representou dois terços das importações brasileiras, batendo recorde em volume pelo segundo mês consecutivo. Foram 687 milhões de litros no mês, alta de 6,7% em relação ao recorde verificado em maio. Segundo o especialista em combustíveis da consultoria Argus, Amance Boutin, o diesel russo chegou ao Brasil em junho por um valor R$ 0,19 por litro inferior ao diesel adquirido de outros países. O número de compradores disparou, com mais empresas tendo acesso a alternativas de pagamento das importações que driblam os embargos financeiros estabelecidos após o início da guerra na Ucrânia. "Quem consegue importar esse tipo de produto leva vantagem em relação ao resto do mercado", diz Boutin, ressaltando que o Brasil se tornou o segundo maior mercado para o diesel russo, atrás apenas da Turquia. Favorável aos caminhoneiros e com impactos positivos no custo dos alimentos, o excesso de oferta de diesel no país tem causado dificuldades para produtores. Controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, a Acelen, por exemplo, já teve que enviar cargas de diesel ao exterior por falta de condições para disputar o mercado brasileiro. A própria Petrobras chegou a realizar dois leilões de diesel para liberar espaço em seus tanques. Nesses leilões, recebe pelo produto valor ainda menor do que o que vem cobrando oficialmente pelos produtos, já defasado em relação às cotações internacionais. Na abertura do mercado desta segunda-feira (24), o litro do diesel vendido pela estatal estava, em média, R$ 0,59 abaixo da paridade de importação medida pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Considerando refinadores privados, a defasagem média do diesel brasileiro é de R$ 0,55 por litro. A Petrobras abandonou o conceito de paridade de importação em sua nova política de preços e diz que agora define os valores considerando também custos de produção e a competição pelos clientes. Desde então, mantém seus preços abaixo das cotações internacionais. A defasagem calculada pela Abicom nesta segunda é a maior desde o fim de outubro de 2022, quando a empresa represou alta das cotações internacionais do petróleo para evitar reflexos negativos à campanha pela reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Logo após a derrota de Bolsonaro no segundo turno, a estatal aumentou os preços. Concorrentes reclamam das elevadas defasagens e dizem que a Petrobras sentirá impactos em sua rentabilidade, que já devem ser vistos em seu balanço do segundo semestre, com divulgação prevista para a primeira semana de agosto. "Preços dos combustíveis significativamente abaixo das cotações internacionais podem desencorajar outras empresas a importar os volumes necessários para suprir o mercado", escreveram há duas semanas os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins. Assim, a Petrobras poderia se ver obrigada a garantir o abastecimento sozinha, com risco de prejuízos pela venda de produtos abaixo do preço de custo, como ocorreu durante o governo Dilma Rousseff. Em nota, a Petrobras diz que o mercado brasileiro de diesel S-10 tem apresentado crescimento ao longo de 2023 e que vem atendendo a seus clientes com "confiabilidade e rentabilidade" por meio de maior utilização de suas refinarias. A empresa afirma ainda que "leilões de vendas de derivados são uma prática utilizada com frequência pela companhia dentro de sua estratégia comercial." "A Petrobras esclarece que a sua estratégia comercial tem como premissa a prática de preços competitivos e em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, se valendo de suas melhores condições de produção e logística, ao mesmo tempo em que evita o repasse da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa câmbio", conclui.

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Sem briga pela Vibra, Petrobras sonda outras distribuidoras

Apesar de descartar que esteja analisando uma eventual compra da Vibra (ex-BR Distribuidora) no momento, a Petrobras não vai desistir de voltar ao mercado de distribuição de combustíveis, informaram fontes ligadas ao setor. A empresa quer pelo menos ter a sua valiosa marca de volta. Segundo apurou o Broadcast, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, tem sondado outras distribuidoras com objetivo de eldquo;ter os pés de novo no chão, junto ao consumidorerdquo;, como o executivo já afirmou publicamente. A marca dos postos Petrobras, da antiga BR Distribuidora, foi arrendada por 10 anos para a Vibra na época da privatização, em 2021. Segundo uma fonte, a ideia é recomprar ou renegociar pelo menos a marca Petrobras de volta, já que a Vibra, por ser uma corporação (chamada elsquo;empresa sem donoersquo;), teria uma aquisição cara e complexa, tornando a operação mais difícil de conclusão. Em recente balanço que fez sobre os seis meses da sua gestão, Prates chegou a dizer que não adiantava eldquo;bater na mesa, gerar um conflito, criar uma crise midiáticaerdquo; para ter a BR de volta. BR Distribuidora será analisada no elsquo;momento certoersquo; eldquo;O que a gente tem que fazer, com responsabilidade, é chamar para conversar sobre o contrato e perguntar: vocês acham isso certo? Nós vamos analisar isso com eles no momento certoerdquo;, disse na ocasião sobre o uso da marca da empresa. Segundo outra fonte, o executivo já teria conversado com algumas distribuidoras, entre elas, a Alesat, quarta maior distribuidora do País, presente há 25 anos no mercado. A empresa nasceu da fusão da Ale Combustíveis, de Minas Gerais, com a Satélite Distribuidora de Petróleo, do Rio Grande do Norte, e tem a vantagem de ter postos espalhados por quase todo País. Ao todo são 1.500 postos e 12 mil empregos diretos e indiretos. Outras empresas também teriam sido consultadas, segundo a fonte. Oficialmente, porém, a Petrobras nega qualquer movimento nesse sentido. Petrobras quer voltar a ser empresa integrada, elsquo;do poço ao postoersquo; Mesmo antes de tomar posse na presidência da Petrobras, em janeiro, Prates se manifestou contra a venda BR Distribuidora, subsidiária que garantia a integração total da estatal, eldquo;do poço ao postoerdquo;, como se costuma dizer no setor. eldquo;A gente concorda que a Petrobras deve ser integrada. Como reverter isso é mais complexo, e tem que ser feito com mais responsabilidade do que da forma como tiraram ela (BR) da Petrobraserdquo;, explicou o executivo referindo-se à venda da BR pelo governo Bolsonaro. Segundo ele, o Plano Estratégico da empresa, que será divulgado em novembro, já poderá trazer as perspectivas da volta da estatal ao setor de distribuição. Para o professor do Instituto de Economia da UFRJ e ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Helder Queiroz, faz todo sentido a Petrobras tentar voltar ao mercado de distribuição, eldquo;de onde não deveria nunca ter saídoerdquo;, afirmou . eldquo;A integração era uma fonte fundamental para a Petrobras e seria uma maneira de retomar algum grau de integração de um elo da cadeia que ficou para tráserdquo;, avaliou. Sem garantia de queda de preços ao consumidor Sobre uma possível aquisição de outra empresa, que não a Vibra, Queiroz vê sentido na estratégia de aquisição de distribuidoras menores. Ele alerta que a volta ao segmento não significaria que os preços dos combustíveis seriam reduzidos para o consumidor. eldquo;O preço vai depender muito mais da nova estratégia comercial da companhia e do grau de concorrência entre as distribuidoraserdquo;, disse.

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