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Petrobras anuncia redução recorde nas emissões de gases de efeito estufa no refino

A Petrobras alcançou em junho o melhor resultado histórico mensal de intensidade de emissões de gases de efeito estufa no refino de petróleo, no valor de 36,7 quilos de COe#8322; equivalente (kgCO2eq/CWT). Em junho, a empresa também registrou o melhor patamar histórico mensal (102,5 pontos) e acumulado de intensidade energética no refino (105 pontos), que mede a quantidade de energia necessária para a operação. Em 2021, a intensidade energética das refinarias era de 113,1 pontos. A medida de CWT (Complexity Weighted Tonne) de uma refinaria considera o potencial de emissão de COe#8322;, em equivalência à destilação, para cada unidade de processo. A empresa lançou em 2021 o Programa de Refino de Classe Mundial, RefTOP, que, além da descarbonização, visa aumentar a disponibilidade operacional das refinarias ao patamar de 97%, e alcançar a capacidade de processamento de 100% do óleo do pré-sal nas refinarias. eldquo;Os resultados demonstram a consistência das ações do programa RefTOP, concebido pela Petrobras para posicionar a companhia entre as melhores refinadoras de petróleo no mundo, além de evidenciar o compromisso da empresa com a redução da intensidade de carbono das suas operaçõeserdquo;, disse a estatal em nota. O programa RefTOP completou dois anos e prevê investimentos de US$ 813 milhões (R$ 3,8 bilhões). Estão previstos 148 projetos, sendo que 100 deles são dedicados ao aumento da eficiência energética. Até 2025, a projeção é reduzir as emissões de gases de efeito estufa para o limite de 36 kg de COe#8322; equivalente e reduzir a intensidade energética no refino para 89 pontos. Menos Gás O resultado de redução da intensidade energética alcançado até junho de 2023 representa uma redução de consumo de gás natural de 24%, quando comparado ao início do programa. Além disso, indica uma redução da emissão de gases do efeito estufa equivalente a mais de 63 mil ônibus urbanos circulando cinco dias por semana por 200 km por dia. eldquo;O RefTOP é o principal programa da companhia para alavancar o desempenho de nossas operações de refino e posicionar a Petrobras entre os melhores treinadores do mundo. Nossas equipes seguem empenhadas em quebrar paradigmas operacionais, implantar novas soluções para otimização de processos e novas tecnologias digitais, de inteligência artificial a robotização, além de investir em qualificação dos nossos colaboradoreserdquo;, disse em nota o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França da Silva. O RefTOP também alavancou outros resultados importantes da companhia, como o aumento da confiabilidade das unidades que tem permitido operar os ativos de refino com elevados fatores de utilização e garantir uma oferta de derivados mais aderente à demanda do mercado. Outra marca importante foi o aumento da capacidade de processamento de pré-sal nas refinarias, que atingiu o patamar histórico de 72% em junho de 2023. Nos últimos quatro anos, em meio ao programa de venda das refinarias da Petrobras pelo governo Bolsonaro, o fator de utilização das refinarias da estatal girava em torno dos 80%. O número subiu para mais de 90% este ano, tendo atingido média de 93% no segundo trimestre de 2023, o maior porcentual para o período desde 2015, informou a estatal na ocasião.

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Brasil pode ser líder de uma Opep sustentável, afirma CEO de gigante americana

Com uma gama de matérias-primas disponíveis e uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o Brasil tem todos os recursos disponíveis para se tornar o principal player do mundo no mercado de carbono. A conclusão é do CEO da área de tecnologias para sustentabilidade da América Latina da Honeywell, José Fernandes, que destacou o potencial brasileiro no mercado sustentável nesta terça-feira, 25. eldquo;Nós temos muitos recursos, matéria-prima disponível para desenvolvermos toda uma bioeconomia. Temos chance de ser destaque no mercado global. O Brasil pode liderar uma (Opep) sustentável com a quantidade de recursos e tecnologias já desenvolvidas no Paíserdquo;, disse Fernandes ao Estadão durante o 2º Fórum Net Zero, realizado pela Amcham e patrocinado pela Honeywell. Ele destaca que as tecnologias para a criação de um combustível sustentável que podem movimentar todo o mercado - desde o transporte de cargas até os aéreos - já existem, colocando o Brasil em uma posição única e de destaque. No entanto, para que o País se solidifique nessa posição, é preciso não só a adesão da indústria privada para o uso das tecnologias, mas também do incentivo do poder público. O CEO, no entanto, destacou que embora o Brasil tenha tudo à mão para se destacar frente aos seus pares internacionais, é preciso que o País avance na regulamentação do mercado de carbono, que deve ser enviada para o Congresso Nacional em agosto, segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Para ele, a partir do momento em que o mercado for regulado e outras ações idealizadas pelo poder público comecem a ganhar tração, o mercado não só avançará, mas também impulsionará o interesse de outras empresas privadas que possam não ter se mobilizado ainda diante do cenário sem uma regulação.

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Petrobras vai investir até 15% mais em biocombustíveis e hidrogênio verde, diz executiva

A Petrobras afirmou que haverá um aumento de 6% a 15% em investimentos sustentáveis de baixo carbono para o próximo plano estratégico da estatal, vigente de 2024 a 2028, nesta terça-feira, 25. Durante evento em São Paulo, a gerente de mudanças climáticas da Petrobras, Raquel Coutinho, afirmou que as principais frentes de investimentos planejados pela Petrobras tem como foco o desenvolvimento de biocombustíveis. A principal motivação para o aumento dos investimentos na área é não só reduzir as emissões das operações, mas também por enxergar a transição energética como uma oportunidade estratégica. Além disso, Raquel destaca que é uma forma de manter a relevância da empresa frente as mudanças, cada vez mais exigidas não só pelo público, mas também pelos stakeholders das empresas. eldquo;A sociedade quer ter acesso a energia em baixo custoerdquo;. eldquo;É o que vai garantir a sustentabilidade da empresa. É um desafio enorme conseguir balancear o seu portfólio com opções que sejam acessíveis nos ambientes em que atuamos.erdquo; A Petrobras afirmou enxergar o hidrogênio verde como uma oportunidade futura. eldquo;Esperamos um decréscimo na demanda de óleo e gás no futuro, mas ele não é uniforme em todas as regiõeserdquo;, afirmou durante o 2º Fórum Net Zero, realizado pela Amcham e patrocinado pela Honeywell na capital de São Paulo. Dentre as ações sustentáveis já desenvolvidas pela Petrobras estão: a revisão de oportunidades no plano estratégico, a criação de combustíveis produzidos a partir da estrutura do refino e do diesel por coprocessamento, além do desenvolvimento de produtos de combustíveis marítimos de menor emissão. Atualmente a empresa faz um teste usando 24% de biodiesel misturado num combustível fóssil.

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Queda Etanol: hidratado recua 4,19% na 3ª semana de queda seguida

O etanol hidratado fechou a semana de 17 a 21 de julho em baixa pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. Esta foi a terceira semana seguida de queda do indicador do hidratado, usado os carros flex ou originalmente a álcool. O litro do biocombustível foi negociado na semana passada pelas usinas a R$ 2,0965 contra R$ 2,1882 da semana anterior, desvalorização de 4,19% no comparativo. Na somatória das três últimas semanas o hidratado despencou 18,14%. Já o anidro, usado na mistura com a gasolina, registrou sua sexta semana de queda consecutiva. Na semana passada o litro do anidro foi comercializado pelas usinas a R$ 2,6409 contra R$ 2,6875 da semana de 10 a 14 de julho, queda de 1,73% no comparativo. No acumulado das seis semanas seguidas de desvalorização o anidro caiu 12,26%. Indicador Diário Paulínia Na sexta-feira (21) o Indicador Diário Paulínia para o etanol hidratado fechou em alta, revertendo uma sequência de sete dias em queda. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.188,00 o m³ contra R$ 2.170,50 o m³ praticado na véspera, valorização de 0,81% no comparativo. No mês o indicador acumula baixa de 15,60%.

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Preço do etanol cai em 15 Estados e no DF, sobe em 6 e fica estável em 5, diz ANP

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 15 Estados e no Distrito Federal, subiram em seis e ficaram estáveis em cinco na semana passada. O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol caiu 2,58% na semana em relação à anterior, de R$ 3,87 para R$ 3,77 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 3,23% na semana, de R$ 3,71 para R$ 3,59. A maior alta porcentual na semana ocorreu na Bahia, onde o litro do etanol, que custava em média R$ 4,56, passou a custar R$ 4,66 (+2,19%). A maior queda, de 3,32%, foi registrada no Distrito Federal, onde o litro passou de R$ 3,92 para R$ 3,79 na semana, e também no Paraná, onde saiu de R$ 4,22 para R$ 4,08/litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,95 o litro, em São Paulo. O maior preço estadual, de R$ 6,39, foi registrado em Rondônia. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,43, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Amapá, com R$ 5,26 o litro. Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País subiu 0,80%, de R$ 3,74 para R$ 3,87 o litro. O Estado com maior alta porcentual no período foi a Bahia, com 10,69% de aumento no período, de R$ 4,21 para R$ 4,86 o litro. A maior queda no mês foi observada em Roraima, de 2,78%, de R$ 5,39 para R$ 5,24 o litro. Competitividade O etanol continua mais competitivo em relação à gasolina em Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e no Distrito Federal. No restante dos Estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. Conforme o levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas, na semana passada, na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 67,44% ante a gasolina, portanto favorável ao abastecimento com o derivado do petróleo. A paridade estava em 62,03% em Mato Grosso, 66,60% em São Paulo, 67,45% em Goiás, 69,94% em Minas Gerais e 69,67% no DF.

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Stellantis volta a trabalhar em motor movido só a etanol para o Brasil

Há anos que a Stellantis tem um discurso de que o etanol é uma solução para o Brasil e, por algum tempo, até falou que seria uma alternativa à eletrificação para o país. Esta filosofia levou a uma série de projetos, como o de fazer um carro híbrido-flex, mas a ideia mais ambiciosa e polêmica era de um motor movido somente a etanol. Antonio Filosa, CEO da Stellantis para a América Latina, revelou que o projeto foi desengavetado e está em desenvolvimento. O executivo divulgou a mudança nos planos durante o lançamento da Ram House em Goiana (GO), na última quinta-feira (20). De acordo com o Automotive Business, o executivo confirmou que o projeto estava de volta aos planos da fabricante: eldquo;Ter um modelo a etanol seria excelente, estamos trabalhando nisso. Depende do que chamamos de go-to-market, e da nossa capacidade. De qualquer forma, não existe hoje nenhum tipo de entrave para produzir um carro a etanolerdquo;. Ou seja, a empresa ainda está estudando o mercado e montando uma estratégia para o produto dentro do cenário atual, antes de decidir se a produção fará sentido ou não. Por isso, o CEO não comentou absolutamente mais nada sobre este motor, como especificações técnicas, possíveis carros a recebê-lo ou mesmo qual a previsão de estar nas ruas. A ideia havia aparecido em 2019, quando a então Fiat-Chrysler anunciou um investimento de R$ 500 milhões na fábrica em Betim (MG) para produzir uma nova linha de motores, que deu origem aos 1.0 e 1.3 turbo. Parte do aporte estava sendo usado no desenvolvimento de um propulsor conhecido como E4, abastecido somente com etanol e com turbocompressor. O conceito por trás dele é que os motores tem uma perda na eficiência por conta dos ajustes para funcionar tanto com gasolina quanto com etanol. O biocombustível permite o uso de uma taxa de compressão bem mais alta, devido à sua resistência à combustão, o que compensaria sua densidade energética, aproveitando melhor a energia gerada e reduzindo o consumo. O problema é que a gasolina trabalha com outra taxa de compressão e os engenheiros sempre buscam por um ponto de equilibrio. Para ter uma ideia, informações anteriores sobre o E4 falavam de uma taxa de compressão de 13,5:1. Em comparação, o 2.0 turbodiesel usado pela Fiat Toro e pelos Jeep Compass e Commander, tem uma taxa de compressão de 16,5:1, enquanto os 1.0 e 1.3 turbofelx da marca usam uma taxa de 10,5:1. O E4 ficaria exatamente no meio-termo. Se somar isso com um sistema híbrido-leve, como a Stellantis tem ventilado, seria um motor bem mais eficiente do que um a gasolina. O que pode ajudar neste projeto é o desejo do governo de iniciar um plano de descarbonização para o Brasil, o que com certeza passará pelo etanol. Hoje, o biocombustível enfrenta uma série de problemas, começando pelo preço pouco competitivo, considerando que é mais barato do que a gasolina, mas permite rodar menos. Ainda há entraves na produção, que não só depende de uma boa safra como também da vontade dos produtores em produzir etanol ao invés de açúcar para o mercado internacional endash; foi o que aconteceu no 2º semestre de 2022, quando houve uma escassez do combustível. Enquanto isso, a Stellantis segue trabalhando em seus primeiros motores híbridos-flex. A fabricante fará uma apresentação no final do mês de julho sobre esta tecnologia, quando deve revelar mais alguns detalhes, embora o lançamento deva levar mais algum tempo. (Automotive Business)

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