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Retiradas de etanol hidratado no mercado interno por dia útil aumentam 23%

Na primeira quinzena de setembro, as vendas de etanol totalizaram 1,30 bilhão de litros, o que representa um aumento de 12,20% em relação ao mesmo período da safra 2022/23. De acordo com a UNICA, o volume comercializado de etanol anidro no período foi de 467,91 milhões de litros endash; uma queda de 3,66% endash; enquanto o etanol hidratado, em movimento inverso, registrou venda de 833,24 milhões de litros endash; crescimento de 23,63%. No mercado doméstico, as vendas de etanol hidratado na primeira quinzena de setembro mantêm o ritmo aquecido observado desde o início de agosto, totalizando 785,56 milhões de litros endash; variação de 19,71% em relação ao ano passado. Este resultado indica um aumento de 23% nas retiradas de hidratado por dia útil ante a 2ª quinzena de agosto. A maior procura pelo biocombustível decorre da maior competitividade frente ao seu concorrente fóssil desde o início de junho. Dados publicados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicam que a paridade média do Estado de São Paulo, na última semana de 17-23/09, atingiu 61,9%, o menor patamar do início safra. Nos demais principais estados consumidores, o renovável também apresenta elevados índices de competitividade: 57,3% no Mato Grosso, 62,3% em Goiás, 63,5% em Minas Gerais e 66,1% no Paraná. No caso do etanol anidro, a venda arrematou uma variação positiva de 2,04% resultando em um volume de 458,88 milhões de litros. No acumulado da safra 2023/24, a comercialização de etanol soma 13,87 bilhões de litros, o que representa um aumento de 3,49%. O etanol hidratado compreende uma venda no volume de 7,92 bilhões de litros (-0,2%), enquanto o anidro de 5,95 bilhões (+8,86%).

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Projeto-piloto sobre boas práticas em postos será lançado no Rio de Janeiro

Kátia Perelberg - Fiscais e técnicos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveios (ANP) irão treinar revendedores e suas equipes sobre as boas práticas das rotinas dos postos de combustíveis, com certificação oficial da agência reguladora da atividade. O projeto-piloto, idealizado pelo SINDCOMB e pelo sindicato dos frentistas, ganhou o apoio do superintendente de Fiscalização do Abastecimento da agência, Francisco Nélson Castro Neves, em reunião no início deste mês que tratou da preocupação das categorias sobre a presença ilegal de metanol nos combustíveis em postos da Cidade. Nesta segunda-feira, 25, um segundo encontro deu o contorno da proposta. Programação O projeto-piloto prevê desde a detecção de produtos ilegais nos combustíveis comercializados nos postos até rotinas básicas exigidas pela agência, como a correta aferição dos equipamentos, a guarda de amostra-testemunha e a organização das notas fiscais de compra dos combustíveis. Além de ampliar a qualificação dos trabalhadores em postos, a iniciativa do Rio de Janeiro servirá como um laboratório para disseminar o treinamento pelos sindicatos do setor pelo país. endash; A partir de maio verificamos um leve crescimento da presença de metanol nos combustíveis. O problema foi pontual, detectado e fortemente reprimido não apenas no varejo, como na origem dos produtos. No Rio, a irregularidade estava concentrada em três ou quatro redes de postos apenas. Entendo que todos os envolvidos nesse comércio precisam conhecer melhor e a ANP se coloca à disposição para fazer uma agenda de qualificação dos frentistas, encarregados, gerentes e revendedores sobre o assunto endash; relatou Castro Neves. O coordenador de fiscalização, Ary Bello, lembrou que a falta de rotinas simples, como a apresentação de material de análise e termodensímetro, geram autuação e processo administrativo: endash; Para a detecção do metanol, o colorímetro, equipamento composto por três substâncias químicas, é capaz de descobrir, em poucos minutos, a existência do produto ilegal endash; explicou. Bello fez a apresentação de um teste capaz de identificar em poucos minutos a presença de metanol no etanol hidratado. No processo foi utilizado o colorímetro, equipamento simples e de baixo custo, o qual o fiscal sugeriu que os revendedores podem manter em seus estabelecimentos. Já o superintendente-adjunto de Fiscalização, Marcelo Silva, tranquilizou a revenda e os trabalhadores em postos: eldquo;Não duvidem da nossa capacidade de fiscalizaçãoerdquo; endash; É um privilégio estarmos aqui, reunidos, em busca de um mercado cada vez mais saudável endash; comemorou o presidente do Sindcomb, Manuel Fonseca da Costa.

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Falha em usinas eólicas e solares causou apagão

O desempenho abaixo do esperado em equipamentos de controle de tensão de diferentes usinas eólicas e solares foi considerado a eldquo;causa raizerdquo; do apagão registrado em 15 de agosto, que afetou consumidores em 25 Estados e no Distrito Federal. A conclusão consta em minuta do Relatório de Análise de Perturbação (RAP), a cargo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O documento também cita eldquo;centenaserdquo; de providências a serem tomadas até julho de 2024 por diferentes agentes do setor, incluindo o próprio ONS e geradores eólicos e fotovoltaicos. São ações como ajustes em proteções, questões relacionadas à comunicação com os agentes no momento da recomposição de fornecimento de energia e a validação dos modelos matemáticos de todos os geradores eólicos e fotovoltaicos, citou o operador. ELETROBRAS. Anteriormente, o ONS já tinha indicado que o eldquo;evento zeroerdquo; do apagão, identificado como sendo o desligamento da linha de transmissão Quixadá-Fortaleza 2, da Chesf, subsidiária da Eletrobras, não teria causado sozinho uma falha com as proporções do que foi registrado no País. Houve interrupção no eldquo;Esses equipamentos das usinas deveriam compensar a queda de tensão decorrente da abertura da linha de transmissãoerdquo; Trecho do Relatório de Análise de Perturbação fornecimento de 34,5% da carga total que estava sendo gerada no momento. O órgão já havia sinalizado que usinas de geração próximas a essa linha não apresentaram o desempenho esperado no que diz respeito ao controle de tensão. eldquo;Esses dispositivos (equipamentos de controle de tensão) das usinas deveriam compensar automaticamente a queda de tensão decorrente da abertura da linha de transmissão. Porém, o desempenho no momento da ocorrência ficou aquém do previsto nos modelos matemáticos fornecidos pelos agentes e testados em simulações pelo ONSerdquo;, explicou o operador. MEDIDAS. Além das conclusões e das providências a serem tomadas, a minuta também cita as iniciativas que já foram implementadas, como a redução dos limites de intercâmbio entre subestações. O envio da minuta com as principais conclusões do Operador faz parte das etapas e ritos de elaboração do relatório que deverá ser finalizado até 17 de outubro. Com a apresentação da minuta, os agentes poderão se manifestar e fazer suas contribuições ao relatório. Em recentes entrevistas, o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, tem dito que o relatório em elaboração é um dos mais importantes da história do ONS. eldquo;Será fundamental para o aprimoramento do planejamento, da operação, da regulamentação e da integração de novos projetos. São inúmeras as contribuições que traremos para o setor elétrico brasileiro, e que também podem servir de parâmetro para outros operadores no mundoerdquo;, disse o executivo, em nota, ontem. A instituição considerou que as descobertas a partir do apagão de agosto representam uma eldquo;mudança de paradigmaerdquo; para o setor elétrico brasileiro. Na nota, Ciocchi reiterou que as lições aprendidas e as medidas que estão sendo implantadas serão essenciais para que novos parques de geração de energia renovável continuem integrados à matriz elétrica nacional. eldquo;O ONS já vem atuando por meio de um programa de modernização de seus processos e ferramentas, que será acelerado, para continuar cumprindo a sua missão de ser um habilitador da evolução do setor slétrico brasileiro, pelo bem da sociedade brasileiraerdquo;, disse. Cerca de 85% da matriz elétrica brasileira é de fontes renováveis, um patamar que coloca o País em destaque no cenário de transição energética, já que essa é a meta que muitos países buscam em um cenário de longo prazo. ebull;

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Reforma tributária: parecer deverá ser apresentado até 20 de outubro, diz relator

O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da reforma tributária, confirmou nesta terça-feira, 26, oficialmente, que não apresentará o parecer da proposta na próxima semana, como havia previsto anteriormente. Pelas redes sociais, o parlamentar disse acreditar que é possível apresentar o parecer até 20 de outubro. Braga disse que o grande número de emendas recebidas, as audiências públicas realizadas e um acidente que sofreu são os principais motivos para o adiamento. eldquo;São praticamente 200 emendas já apresentadas, eu não vou apresentar o relatório na semana que vem, é impossível. Várias questões fizeram com que isso fosse prorrogado. Primeiro, o número de requerimentos apresentados na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), as audiências públicas. Segundo, um acidente que aconteceu comigo que me impôs uma série de limitaçõeserdquo;, anunciou Braga durante reunião da Frente de Energia para discutir o tema. Braga reforçou, porém, que a apresentação do relatório está mantida para outubro. eldquo;O calendário que apresentamos é que até o final de outubro nós apresentaríamos um relatório. Este calendário e cronograma assumido por (Rodrigo) Pacheco está de péerdquo;, completou o senador. Inicialmente, porém, o relator previa que a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aconteceria em 4 de outubro. Esse calendário foi sendo postergado gradativamente. Em um segundo momento, a votação foi adiada para a semana de 16 a 20 de outubro. Agora, o relator se comprometeu com a apresentação do relatório até o fim de outubro, mas assumiu que a votação pode levar mais tempo. Isso porque, segundo Braga, eldquo;não está fácilerdquo; chegar a um acordo com todos os setores. eldquo;Os interesses são muito difusos, muita coisa que agora vai entrar na fase efetiva de negociação do texto, com as bancadas, autores das emendas e setores. E tem algumas questões que já têm entendimento sendo encaminhado com o governo e outras que não têmerdquo;, afirmou. O relator disse, ainda, que eldquo;quando todo este arcabouço (negociação com as bancadas e setores envolvidos com a reforma tributária) estiver pronto, teremos de sentar com a Câmara dos Deputados, para que junto com Arthur Lira e Aguinaldo (Ribeiro, relator da reforma tributária na Câmara), possamos ter um entendimento de como a Câmara vê essas mudanças que estariam sendo feitas no Senadoerdquo;. Mesmo diante do cronograma anunciado por Braga nas últimas semanas, a cúpula do Congresso já considerava esse calendário otimista e considerava que a votação da reforma tributária ficaria apenas para os últimos meses de 2023.

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Brasil pode exportar combustível sintético

Em 2035, pouco mais de 20% da frota mundial de carros de passageiros será de veículos elétricos, enquanto cerca de 75% serão de automóveis de passeio movidos a combustíveis fósseis e 3%, híbridos. As projeções, da consultoria Kearney, indicam um mercado potencial para combustíveis sintéticos - produzidos a partir de água e dióxido de carbono (CO2) - que pode gerar receita de eeuro; 12 bilhões para o Brasil dentro de 12 anos. Nesse contexto, o Brasil estaria bem posicionado para fabricar gasolina, diesel e até querosene sintéticos devido ao preço competitivo de sua energia e à participação expressiva de fontes renováveis na matriz. Isso porque a eletricidade é insumo vital no processo para extração de hidrogênio da água. Já o CO2 pode vir do próprio ar, o que auxiliaria na descarbonização. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Refinarias privadas se preparam para leilão de petróleo do pré-sal

As refinarias privadas de petróleo do Brasil, grupo que não inclui a estatal Petrobras, já abriram conversas com a Pré-Sal Petróleo (PPSA) para participar dos próximos leilões da estatal. A PPSA é a responsável pela comercialização da parcela a que a União tem direito de petróleo e gás produzidos no pré-sal. Os próximos leilões devem ser realizados em março e setembro de 2024. eldquo;Existe bastante interesse das empresas [menores] em adquirir o petróleo disponível do pré-salerdquo;, diz Evaristo Pinheiro, presidente da Refina Brasil, que representa as refinarias privadas. Para ler esta notícia, clique aqui.

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