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Fiesp pede redução de imposto a Haddad; ministro diz que reforma poderia ter saído em 2022

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) ouviu de empresários e representantes de entidades patronais de segmentos da indústria uma série de pedidos em sua primeira reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta segunda-feira. Após ouvir que a pioridade da indústria é a aprovação de uma reforma tributária, Haddad afirmou que o texto poderia ter sido aprovado em 2022, mas que travou com a proposta do então ministro Paulo Guedes de recriar um imposto nos moldes da antiga CPMF. Haddad ouviu uma série de elogios do presidente da Fiesp, Josué Gomes, e dos presidentes da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvea Vieira, e da FIEB, Antonio Ricardo Alban. Josué lembrou, por exemplo, o passado de Haddad na Mercantil Paulista de Tecidos ao destacar "excelente capacidade de negociação sem criar inimizade" do hoje ministro. Já o presidente da Firjan disse as palavras de Haddad "são como música" para os ouvidos do empresariado. Em seu discurso, Josué argumentou sobre a urgência de uma reforma tributária e propôs a depreciação, de maneira imediata, dos investimentos feitos na indústria de transformação. emdash; Tem uma mudança no fluxo de caixa do governo federal, mas isso ajudaria a indústria a investir mais rapidamente e recuperar produtividade emdash; argumentou. Também relembrou a demanda da indústria para zerar o IPI "até a aprovação de uma reforma tributária". A intenção do governo é acabar com o tributo no âmbito da reforma. emdash; Talvez o senhor tenha de (...) abrir mão um pouco de arrecadação da indústria de transformação num primeiro momento para promover um crescimento que, pouco tempo depois, recuperará a receita com sobra. (...) Conseguir fazer com que os setores todos concordem com a neutralidade diminuindo a carga da indústria de transformação não é fácil. A gente tem de reconhecer que a reforma tributária não foi ainda aprovada porque dentro do próprio setor privado não há consenso sobre ela emdash; afirmou o presidente da Fiesp. emdash; Tivemos 28% do PIB e hoje temos 11%. E não foi porque o empresário industrial brasileiro desaprendeu. (...) O Brasil foi criando condições extremamente inóspitas para o desenvolvimento da indústria de transformação. A indústria de transformação recolhe 30% do total de tributos arrecadados no Brasil, apesar de ter apenas 11% de participação no PIB emdash; disse Josué. Para ele, a alta carga tributária paga pela indústria retira capacidade de investimento e compromete a competitividade. O dirigente da Fiesp também criticou o custo elevado de capital no Brasil, com juros reais de 8% ao ano. Haddad evitou se comprometer com desonerações, mas reiterou seu compromisso com a aprovação de uma reforma tributária e de uma nova âncora fiscal ainda no primeiro semestre. Ao comentar a reforma tributária, criticou a gestão de Paulo Guedes, ex-ministro da Economia do governo de Jair Bolsonaro (PL), sem mencionar o nome do antecessor. emdash; As desonerações feitas no ano passado afetaram dramaticamente as arrecadações estaduais, muitas foram feitas sem critério técnico (...) Os governadores todos, desde ano passado, se manifestaram publicamente a favor da votação da reforma tributária. Não foi votada porque se insistia com agenda da CPMF emdash; afirmou o ministro. Haddad ressaltou que parlamentares reiteraram a ele que a reforma só não foi aprovada devido à pauta da criação de um imposto sobre transações financeiras. emdash; Não houve vontade política (do governo Bolsonaro) para aprovar, mas havia um entendimento no Senado e na Câmara de que a reforma estava no caminho certo emdash; disse. Agora, o ministro disse acreditar que o tema da reforma tributária deve ganhar impulso após a eleição das mesas diretoras do Senado e da Câmara. O clima do encontro foi ameno, com o ministro elogiando "canais de comunicação desobstruídos" entre o governo e o empresariado. Disse compreender a insegurança de parte do empresariado em relação a qual é a agenda do governo federal e se comprometeu com a reindustrialização do país. emdash; É natural que as pessoas tenham uma certa ansiedade de respostas prontas para tudo, como se em 30 dias nós tivéssemos de dar conta de todos os problemas herdados do passado recente e do passado longínquo. Não será assim, mas será um governo de alta intensidade no sentido das reformas necessárias para o país andar emdash; afirmou. Sem citar nomes, o ministro criticou economistas que vaticinaram "o caos econômico no Brasil" no início do governo. Afirmou que a tendência é de valorização relativa do real frente ao dólar, especialmente devido à entrada de investimento estrangeiro no país. emdash; Vejo que o ingresso de capital estrangeiro no Brasil só aumenta. O interesse no Brasil voltou como há muito tempo não se vê, um interesse genuíno na agenda brasileira emdash; ressaltou. O ministro ouviu pedidos de Eugênio Staub, que por décadas comandou a marca de eletroeletrônicos Gradiente, para que o câmbio brasileiro permaneça nos atuais patamares. Escutou também Eduardo Ribeiro Capobianco, representante do Sinduscon-SP na Fiesp, dizer que "não faz sentido" o Brasil financiar obras de infraestrutura no exterior enquanto o país necessita de investimentos na área e o BNDES "tem hoje uma taxa de juros elevada que dificulta muito a captação de recursos" do empresário brasileiro. Sobre isso, Haddad respondeu que o governo federal espera turbinar concessões e parcerias público-privadas, principalmente tirando o que o ministro chamou de "travas burocráticas", sem dar detalhes. Citou ainda conversas com a Abiquim, associação da indústria química, para afirmar que há demanda suficiente para o gás do pré-sal e também pelo que virá do gasoduto argentino de Vaca Muerta. emdash; Com a queda da produção de gás da Bolívia e com a transição (energética) que imaginamos para o Brasil, não vai faltar demanda de gás no Brasil, mesmo que a gente não desperdice o gás do pré-sal. Financiar a indústria de aço no Brasil para fazer gasoduto não é (sem sentido). Você tem grantia, está comprando o gás, o pedágio é o que se paga pelo gasoduto emdash; disse. Hoje, boa parte do gás do pré-sal precisa ser reinjetado e, portanto, perdido, devido à falta de infraestrutura que permita sua comercialização. emdash; A gente pode, em alguns casos específicos como o do potássio e do gás argentinos, pensar em parcerias que somem para os dois países sem criar nenhum tipo de conflito, até porque são projetos sustentáveis e que talvez até dispensem financiamento de banco públicos. Devemos pensar se interessa ao Brasil emdash; afirmou o ministro.

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Petrobras: Josué Gomes, da Fiesp, deve ser indicado ao conselho da estatal

O empresário Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, é um dos nomes que deve integrar o Conselho de Administração (CA) da Petrobras, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Gomes integraria a chapa de seis nomes que o governo vai enviar à estatal para representar a União, controladora da Petrobras, em seu colegiado. Ao todo, o Conselho da Petrobras tem 11 membros, com seis do indicados do governo, quatro minoritários e um representante dos funcionários. A montagem da chapa governista foi discutida em reunião entre o novo presidente executivo da estatal, Jean-Paul Prates, e o presidente Lula (PT) na tarde de quinta-feira, 26, mesmo dia em que Prates foi confirmado no cargo pelo atual Conselho. Eles também teriam alinhado futuras indicações para a diretoria da empresa. Josué é filho de José Alencar Gomes da Silva (1931-2011), que foi vice de Lula de 2003 a 2010. Em julho do ano passado, ele assinou carta de várias entidades em defesa da democracia, o que foi considerado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) e alas da própria Fiesp como manifestação de apoio eleitoral ao então pré-candidato Lula. Com Lula eleito, durante a transição de governo, Gomes surgiu como opção para o Ministério da Indústria e Comércio (Mdic), mas teria recusado o convite. O cargo foi acumulado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Com bom trânsito no governo Lula, o atual presidente da Fiesp deve ir agora para o Conselho da maior empresa do País. Fiesp pacificada Se confirmada a indicação, Josué Gomes chegará a Petrobras depois de passar por uma situação difícil na Fiesp. A oposição interna, liderada pelo ex-presidente da entidade, Paulo Skaf, chegou a convocar uma assembleia que destituiu Josué do comando da federação em 16 de janeiro. A crise foi debelada. O resultado da votação foi questionado pela defesa de Gomes e seus apoiadores. A Fiesp chegou a emitir nota garantindo Josué na presidência da entidade. Um dia depois, em 20 de janeiro, os opositores anunciaram Elias Miguel Haddad como presidente interino. Nesse mesmo dia, porém, foi selado um acordo entre as partes, e Josué Gomes se consolidou à frente da federação. Ele e Skaf assinaram carta conclamando os federados a eldquo;abandonarem eventuais diferençaserdquo;. eldquo;Concluímos que cabe a nós dar o exemplo de superação de divergênciaserdquo;, dizia a nota. Cotados Segundo fontes, circula entre o núcleo duro do governo uma lista que inclui, além do presidente da Fiesp, Josué Gomes, os acadêmicos Suzana Khan, professora da Coppe/UFRJ, e William Nozaki, pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep). O empresário Eduardo Moreira, ex-executivo do Banco Pactual e hoje mais conhecido pelas palestras sobre investimentos, também está cotado para o colegiado. Haveria, também, forte pressão de uma ala do PT pela indicação da ex-diretora geral da ANP, Magda Chambriard. Havia pretensão de que Chambriard integrasse a diretoria executiva. Prates, no entanto, estaria próximo de fechar a equipe sem a especialista, que poderia ser encaixada no Conselho. O ex-secretário de Energia do Estado do Rio, Wagner Victer, cujo nome chegou a ser especulado, foi procurado pelo Broadcast e negou ter sido sondado por membros do governo ou que haja articulações para uma ida ao Conselho de Administração da Petrobras. Igualmente, fontes com conhecimento do assunto, disseram que o nome de Victer não está na mesa. Na abertura de workshop do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nesta segunda-feira, Prates afirmou que os nomes para o conselho serão definidos no nível de governo e comunicados pelo Ministério de Minas e Energia (MME) à Petrobras. Com relação à diretoria executiva, Prates informou que ainda há dúvidas, mas que pretende fechar a equipe eldquo;entre hoje e amanhãerdquo;, 31. Etapas Para o conselho da Petrobras, os nomes do governo têm de ser enviados à empresa pelo Ministério de Minas e Energia (MME), para serem avalizados em três etapas antes do escrutínio de acionistas: pela área de conformidade, pelo Comitê de Pessoas do Conselho e pelo pleno do colegiado de 11 membros, que já inclui o novo presidente, Jean-Paul Prates. Na sequência, a chapa é submetida a assembleia de acionistas. Trata-se, na prática, de processo pro forma, porque a União tem maioria de votos e pode emplacar sua chapa na assembleia, mesmo que reprovada nas verificações internas ou pelo conselho atual. Foi o que aconteceu no ano passado, sob Bolsonaro, quando dois indicados da União foram ao Conselho mesmo tendo sido reprovados por toda a governança da estatal. Conforme o Estadão/Broadcast noticiou, o mais provável é que os nomes de conselheiros majoritários e minoritários a serem eleitos pelo mecanismo do voto múltiplo sejam submetidos à assembleia somente em 16 de abril, na reunião de acionistas já prevista no calendário corporativo. Esse processo pode ser antecipado, com a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE). As exigências de checagem e o tempo mínimo de preparação de 30, no entanto, limitariam a antecipação, segundo pessoas com conhecimento do assunto. eldquo;Esperar abril daria quase no mesmoerdquo;, diz uma fonte próxima de Prates. Um atual conselheiro, que falou ao Estadão/Broadcast anonimamente, faz a mesma leitura.

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Governo indicará diretoria e conselho da Petrobras ainda esta semana, diz Prates

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta segunda-feira (30) que o governo apresentará os indicados para a renovação da diretoria e do conselho de administração da companhia ainda esta semana. Prates diz que já há uma lista de indicados, mas não quis antecipar nomes. Após a indicação, os nomes têm que passar por avaliação de comitê interno que analisa currículos e eventuais vedações e conflitos. A nomeação de Prates foi aprovada pelo conselho de administração da Petrobras na última quinta (26) e ele tomou posse tanto no colegiado quando na presidência da companhia no mesmo dia. Nesta segunda, o executivo participou de sua primeira agenda pública, em evento promovido pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) sobre a criação de um polo de inovação no Rio de Janeiro. Em seu discurso, reforçou que a Petrobras dará mais atenção à transição energética, questão que já constava do plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "A Petrobras tem um enorme desafio nessa área", afirmou. Uma das mudanças da nova gestão será o retorno ao segmento de energias renováveis, abandonado no governo Jair Bolsonaro. Prates não quis confirmar a criação de uma diretoria de transição energética, que seria ocupada por Maurício Tolmasquim, seu colega na equipe de transição do governo Lula. Disse apenas que a prioridade agora é preencher as oito diretorias existentes na estatal. Depois, pode haver um rearranjo na administração da empresa. O conselho de administração será renovado apenas na assembleia geral ordinária de acionistas, prevista para abril. O governo tem seis vagas no colegiado atual, ocupadas por indicados de Bolsonaro. Em rápida entrevista após a abertura do evento, Prates foi questionado sobre mudanças na política de preços dos combustíveis e voltou a limitou-se a repetir que "política de preços é assunto de governo". Em seu primeiro comunicado aos empregados da Petrobras, ainda na quinta, Prates reforçou a ideia de que a gestão petista será mais focada no papel da empresa como indutora de desenvolvimento do que na remuneração aos acionistas. "A indústria de petróleo é intensiva em capital e na geração de empregos, devendo ser uma locomotiva do desenvolvimento do Brasil", afirmou. "Queremos uma Petrobras que se orgulhe de ser grande e de impulsionar todas as regiões e negócios onde atue."

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Haddad diz que não há discussão sobre reoneração dos combustíveis 'até o momento'

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) afirmou nesta segunda-feira em São Paulo que "não tem nenhuma alteração prevista" sobre a questão da reoneração dos combustíveis fósseis. emdash; Até o presente momento, é aquilo que foi decidido no dia 1º de janeiro pelo presidente Lula, não tem nenhuma alteração prevista até o momento emdash; afirmou Haddad a jornalistas após encontro com empresários e dirigentes de entidades patronais na sede da Fiesp. O ministro não fez mais comentários sobre o assunto. Em sua primeira semana de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu manter zerados os impostos federais sobre gasolina e etanol, na contramão do que defendia a equipe econômica de Haddad. As desonerações de PIS/Cofins sobre gasolina e álcool e da Cide sobre gasolina vencem em 28 de fevereiro, como estipulado na Medida Provisória publicada ainda no governo Jair Bolsonaro (PL). Reportagem do jornal Valor Econômico publicada nesta segunda-feira afirma que já haveria um entendimento entre Lula e Haddad para a reoneração, vista pela equipe econômica como relevante por seu alto potencial de arrecadação. Em São Paulo, no entanto, o ministro Haddad não confirmou se houve entendimento. Questionado sobre como será a nova âncora fiscal que pretende apresentr juntamente com o projeto da reforma tributária do governo, em abril, Haddad não quis detalhar o tema. emdash; Não quero me antecipar discutindo isso porque estamos consultando as pessoas. Estamos colhendo estudos internacionais de vários organismos que se dispuseram a colocar suas equipes técnicas à disposição da equipe brasileira. Depois de a gente firmar um juízo dentro do Ministério da Fazenda, temos que discutir com o governo no seu conjunto, isso afeta a vida de todos os ministérios emdash; disse o ministro. Haddad voltou a dizer, porém, que o consenso é que há "a necessidade de substituir a regra que até hoje está em vigor", no caso, a PEC do Teto, por uma regra "mais moderna, confiável, crível, sustentável no longo prazo". emdash; O diagnóstico está pacificado, desconstitucionalizar (tirar da Constituição). A PEC da Transição prevê o tratamento (da questão) por lei complementar. O prazo estamos trazendo de agosto para abril emdash; disse Haddad.

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Material sigiloso gera grande investigação na distribuição de combustíveis

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) e outras autoridades teriam recebido anonimamente um denso material, contendo filmagem e detalhamento de operações que causaram grande espanto. Caminhões carregados com nafta, e que em tese seriam de uma pequena refinaria paulista, estariam saindo da zona portuária e seguindo diretamente para uma distribuidora de combustível localizada na região de Guararapes (SP) e em Nova Esperança , no Estado do Paraná. Segundo o conteúdo do material, esse produto estaria sendo misturado com gasolina A comprada pela distribuidora de refinarias da Petrobras e sendo vendido no mercado como Gasolina, nos Estados de São Paulo e do Paraná. Ainda segundo a fonte da Coluna, mais de 150 mil litros diários desse produto estariam sendo misturados nessa distribuidora. Mas o problema não para por aí, o mesmo grupo que é objeto dessa investigação firmou um mega contrato com a gigante GREENERGY, a qual estaria disponibilizando sua tancagem nos terminais STOLT e VOPAK, ambas localizadas no Porto de Santos, para as operações dos Grupo que é investigado. O medo das autoridades é que a operação fraudulenta identificada no material sigiloso tome dimensões gigantescas no Estado de São Paulo.

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Petróleo fecha em baixa, pressionado por dólar fortalecido

Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam em baixa nesta sessão, pressionados pela valorização do dólar ante rivais e com investidores cautelosos no aguardo da decisão de juros dos bancos centrais das principais economias. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março de 2023 fechou em queda de 2,23% (US$ 1,78), a US$ 77,90 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 2,20% (US$ 1,90), a US$ 84,50 o barril. Para Edward Moya, da Oanda, os preços de petróleo estão caindo à medida que os riscos para as perspectivas globais se tornam maiores. eldquo;A economia da China não está se recuperando, os temores de recessão global estão voltando depois que a inflação subiu inesperadamente na Espanha e os investidores permanecem cautelosos antes de uma semana movimentada de decisões do banco central e temporada de pico de ganhoserdquo;. O economista acrescenta, em relatório para clientes, que os investidores de energia também estão no aguardo da reunião desta semana da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que poderá manter a produção estável. Já na visão do ING, os investidores estão focados na próxima alta de juros por parte do Federal Reserve (Fed), Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). Segundo análise, a previsão é que os BCs aumentem em 25 pontos-base (pb), no caso do BC americano, e de 50 pb, no caso dos BCs europeus. Em relatório divulgado hoje, a BP reduziu sua perspectiva de demanda pela commodity a longo prazo, visto que a guerra da Ucrânia vem motivando uma busca por fontes de energia renováveis. A empresa também cortou sua previsão de demanda de petróleo em 2035 em 5%, em relação ao relatório do ano passado. Ainda no radar, está também o ataque de drones no Irã de ontem que, segundo o Goldman Sachs, não deve causar riscos para o suprimento global de petróleo, pelo menos por enquanto. Ainda, com o foco no Ocidente por evitar alta nos preços de energia, é improvável que ataques do gênero ocorram novamente, indica o grupo financeiro.

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