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Balança comercial tem superávit de US$ 2,7 bi

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,716 bilhões em janeiro. De acordo com dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o valor foi alcançado com exportações de US$ 23,137 bilhões e importações de US$ 20,420 bilhões. Esse é o primeiro saldo comercial positivo para meses de janeiro desde 2018. O resultado, porém, foi menor do que a estimativa que apontava saldo positivo de US$ 3 bilhões, de acordo com levantamento do Estadão/broadcast. A média diária das exportações registrou em janeiro aumento de 11,7%, com alta de 4,6% em agropecuária, 9,9% em indústria da transformação e 22,3% em produtos da indústria extrativa. Os produtos mais vendidos foram petróleo, milho, minério de ferro e açúcar. Os países que mais compraram foram China, membros da União Europeia e Estados Unidos. O Mercosul ficou em quarto lugar, com predominância da Argentina. META PARA 2023. O diretor de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão, afirmou que em 2023 a balança comercial deve registrar superávit maior do que os US$ 62,310 bilhões acumulados no ano passado. Segundo ele, esse resultado considera exportações que devem permanecer em patamar semelhante ao de 2022, quando totalizaram US$ 335,007 bilhões, e de importações em um nível menor do que os US$ 272,697 bilhões do ano anterior. eldquo;Mesmo com expectativas de desaceleração global, esperamos estabilidade do valor exportado. Provavelmente, teremos valor menor de importações em 2023erdquo;, disse. ebull;

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Reforma tributária deve ser votada antes de regra fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer que os projetos de reforma tributária e de uma nova âncora fiscal tramitem conjuntamente no Congresso ainda no primeiro semestre. A votação da PEC que altera os impostos sobre o consumo, porém, deve ganhar prioridade na Câmara e no Senado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer uma tramitação conjunta da reforma tributária e do projeto de uma nova âncora fiscal no primeiro semestre do ano, mas a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera a tributação sobre o consumo deve ganhar prioridade na preferência dos deputados e senadores que tomaram posse ontem no Congresso. Nem mesmo parlamentares do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizem que há chances de as duas propostas caminharem no Congresso ao mesmo tempo. A reeleição dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), abre agora o caminho para o início da votação da pauta econômica, mas a velocidade desejada pelo ministro não está garantida. Antes da reforma tributária e do novo marco regulatório para as contas públicas, o Congresso terá de analisar as medidas provisórias do pacote anunciado por Haddad no início de janeiro endash; e que já enfrenta resistências. Segundo o líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PR), Lira vai criar um grupo de trabalho formado só por deputados para tratar da reforma tributária. Na sua avaliação, a discussão do texto está mais adiantada do que a da nova regra fiscal. Para o cientista político Rafael Cortez, sócio da consultoria Tendências, a agenda econômica vai enfrentar algumas dificuldades, o que colocará em risco os planos iniciais de Haddad de aprovar os projetos rapidamente. Ele vê eldquo;ambiçãoerdquo; em tentar conduzir vários temas no plano econômico que exigem mudança legislativa. eldquo;Tem realmente uma pauta ambiciosa.erdquo; Além disso, diz que a agenda terá uma rivalidade com a pauta que o ministro da Justiça, Flávio Dino, está desenhando para enfrentar essa questão dos atos antidemocráticos. ebull;

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Rodrigo Pacheco, do PSD, é reeleito e comandará Senado até 2025

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito em primeiro turno nesta quarta-feira (1º), em votação secreta, como presidente do Senado e do Congresso Nacional pelos próximos dois anos. Pacheco recebeu 49 votos contra 32 do seu adversário Rogério Marinho (PL-RN). Em 2021, o mineiro recebeu mais votos favoráveis, 57. A candidatura dele contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seis partidos: PSD (15), MDB (10), PT (9), PSB (4), PDT (3) e Rede (1). No primeiro mandato, Pacheco também foi apoiado pelo Planalto, mas, na ocasião, Jair Bolsonaro (PL) era o presidente. Após a divulgação do resultado, Pacheco fez um discurso em que lembrou os atos golpistas contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, e afirmou que a "polarização tóxica precisa ser erradicada" no país. "A polarização tóxica precisa ser erradicada de nosso país. Acontecimentos como os ocorridos neste Congresso Nacional e na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 não podem e não vão se repetir", disse. Ao concluir sua fala depois da eleição, Pacheco disse: "A democracia está de pé pelo trabalho de quem se dispôs ao diálogo e não ao confronto. E continuaremos de pé, defendendo e honrando nossa nação."

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Prates decide nomes para a lista do Conselho da Petrobras

O novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já definiu pelo menos três nomes para comporem o conselho de administração da companhia. A CNN apurou com interlocutores que Prates articulou com o Ministério de Minas e Energia que serão enviados para a Petrobras os nomes de Josué Gomes, Eduardo Moreira e Suzana Khan. Josué Gomes é o atual presidente da Fiesp e tem chances de assumir a presidência do conselho da estatal. Ele trava uma batalha com o antecessor, Paulo Skaf, pelos rumos da federação. Anteriormente ele já tinha sido cotado pra assumir um ministério no governo Lula (PT). Eduardo Moreira tem atuação na área econômica, como consultor de investimentos. Ex-banqueiro, ele trabalhou no alto escalão do Banco Pactual até 2009. É formado em engenharia e economia. Também tem atuação como palestrante e dramaturgo. A engenheira Suzana Khan também estará na lista do MME para a Petrobras. Ela é professora titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora executiva do projeto fundo verde. Outros dois nomes da lista serão escolhidos por headhunter, como mandam as regras do processo. A seleção já está em curso. O sexto nome é o do próprio Prates, que estará na lista dos oito indicados para ocuparem uma das cadeiras da União no conselho. Há ainda outros dois nomes que também constarão na lista mas ainda não foram revelados. Hoje a União tem 6 cadeiras entre os 11 conselheiros. No passado já chegou a ter 8, mas foi prejudicada pela adoção do voto múltiplo, quando acionistas minoritários acabaram conseguindo ampliar de 2 para 4 suas cadeiras. A última cadeira é de uma representante dos trabalhadores da Petrobras.

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São Martinho começa a produzir etanol de milho em Goiás ainda neste mês

A São Martinho iniciará a produção de etanol de milho na unidade de Quirinópolis (GO) até o final de fevereiro, o que deverá elevar em 220 milhões de litros a capacidade da usina, que antes trabalhava apenas com a cana-de-açúcar como matéria-prima, disse o CEO da empresa nesta quarta-feira. Segundo Fábio Venturelli, a unidade está finalizando os testes para o etanol de milho, rodando com água e vapor, e deverá ter capacidade total de produção de 650-670 milhões de litros de etanol por safra, sendo a maior parte a partir de cana. Ele destacou que a produção do biocombustível de milho vai melhorar a pegada de carbono da unidade, considerando a produção total de etanol. eldquo;Porque tem combinação energética, usa a energia do bagaço da cana para fazer a conversão, a moagem e a produção do etanol de milho, e o milho da safrinha é um segundo uso do solo, o que o mercado norte-americano não temerdquo;, disse. O uso do solo é um item importante para a definição da pegada de carbono, assim como a geração de energia. Nos EUA, lembrou Venturelli, as cadeiras são movidas a óleo ou carvão, enquanto no Brasil as usinas usam biomassa (bagaço da cana). eldquo;É uma planta que, abraçando o biometano, a pegada de carbono dela vai ser uma das mais baixas do mundoerdquo;, ressaltou. Outra vantagem da fábrica de Goiás é a capacidade de armazenagem de milho, que gira em cerca de 50% do consumo da usina, o que reduz riscos de exposição à volatilidade de preços. eldquo;Ninguém tem issoehellip; a capacidade de armazenagem é impressionante, o milho que vai ser processado nesta safra já está lá faz um tempoerdquo;, completou, sem dar detalhes. Ele não revelou a estratégia de compra de milho. Mas admitiu a hipótese de eventualmente também fazer vendas do cereal. eldquo;Eu posso vender o milho, anunciamos parceria internacional com a (trading) Wilmar, a ideia é que a São Martinho seja a base de originação de grãos da Wilmar, uma das maiores tradings asiáticaserdquo;, completou. Mas o executivo ponderou que espera que a venda de milho não seja necessária. eldquo;Pode acontecer, espero que não aconteça, se fizer isso, é que a gente conseguiu uma remuneração muito melhor vendendo o milho do que produzindo o etanol, não torço pra isso, mas se precisar posso fazer.erdquo; Venturelli disse que a companhia ainda tem um pouco de produção de soja em Goiás, nas áreas de reforma do canavial. eldquo;Temos feito experimentos e está virando outra fonte de receita a venda da soja.erdquo;

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Sanções à Rússia mudam mapa de fornecedores de diesel ao Brasil

O perfil das importações brasileiras de diesel pode mudar com a entrada em vigor de novas sanções da União Europeia à Rússia, que vão incluir embargos a derivados de petróleo a partir de domingo (5). A menor disponibilidade de diesel no mercado internacional, fruto das restrições, deve levar países importadores, como o Brasil, a diversificarem a sua base de fornecedores. Arábia Saudita e Emirados Árabes podem ser alternativas a fornecedores tradicionais como os Estados Unidos. As sanções podem fazer com que os EUA, principal supridor de diesel para o Brasil, prefiram vender mais para a Europa, que pode pagar mais pelas cargas. A demanda por diesel no Brasil em 2023 ainda é incerta, mas a tendência é que os importadores continuem a buscar diversificação de supridores: eldquo;Com o embargo, pode haver menor disponibilidade de diesel no mercado internacional e o Brasil pode ter que partir em busca de novos fornecedoreserdquo;, diz Bruno Cordeiro, analista de petróleo e gás da consultoria StoneX. Para ler esta notícia, clique aqui.

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