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Conselho da Petrobras aprova fim do mandato de Jean Paul Prates

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, na manhã desta quarta-feira (15), o encerramento antecipado do mandato do presidente Jean Paul Prates. Para o seu lugar, foi nomeada interinamente a diretora executiva de assuntos corporativos, Clarice Coppetti. No mês passado, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reconheceu a existência de posições públicas divergentes entre o presidente da companhia e o governo, mas classificou rumores sobre demissão como especulações. O Ministério de Minas e Energia (MME) indicou a engenheira Magda Chambriard para substituir Prates. O nome de Magda ainda precisa passar por análises internas da empresa. São investigados potenciais conflitos de interesse e preparo para o cargo. Posteriormente, a indicação de Magda deverá ser aprovada no Conselho de Administração e referendada pela Assembleia dos Acionistas. Ela é engenheira química e civil e iniciou sua carreira na Petrobras em 1980, tendo sido posteriormente cedida à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2002. Ela ocupou a diretoria geral da ANP entre 2012 e 2016, nomeada pela então presidenta Dilma Rousseff. O diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Sergio Caetano Leite, também foi destituído do cargo pelo Conselho de Administração. Ele era próximo a Jean Paul Prates. Para o seu lugar, foi nomeado interinamente Carlos Alberto Rechelo Neto, atual gerente executivo de finanças.

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Preço de referência de petróleo vira potencial embate entre Chambriand e Haddad

O preço de referência do petróleo virou um tema de potencial embate entre a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriand, e a equipe econômica. O preço de referência é o valor estabelecido pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para o valor do óleo sobre o qual incide a cobrança de royalties. Ele é determinado por meio de uma fórmula que considera parâmetros nacionais e internacionais de preços de cada tipo de óleo existente no mercado mundial. A ANP vem discutindo há meses internamente a revisão para cima desse preço de referência, que resultaria em um aumento em média de 8% desse preço. Há uma base técnica neste processo: os indicadores internacionais apontam que o óleo brasileiro tem qualidade superior devido ao baixo teor de enxofre, o que justificaria um aumento do seu preço de referência. O movimento ganhou apoio da Fazenda porque acaba implicando num aumento da arrecadação em um momento em que o governo enfrenta dificuldades para fechar o caixa. O próprio ministro Fernando Haddad já conversou com o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, sobre o assunto. O Rio de Janeiro também defende o aumento e o governador Cláudio Castro também participa da operação. As petrolíferas emdash;Petrobras inclusiveemdash; por outro lado, são contrárias, já que o aumento reduz os seus lucros. A nova presidente da Petrobras, Mgada Chambriand, quando foi diretora-gera da ANP era contrária a revisão do preço de referência e no debate atual também já se manifestou a fontes do setor com quem a CNN conversou contrariamente.

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Preço do diesel passa de R$ 6 e sobe 0,33% nos postos do país na 1ª quinzena de maio

O preço do diesel S-10 nos postos de combustíveis do país aumentou 0,33% na primeira quinzena de maio ante o fechamento de abril, alcançando R$ 6,11 o litro, em média, segundo análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) nesta quarta-feira. Já o diesel tipo comum foi encontrado nos postos com média de R$ 6,01 reais/litro, também com alta de 0,33% ante o final de abril, conforme o levantamento baseado em abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log no país. eldquo;As variações no preço do diesel seguem patamares estáveis. Sem reajuste, a tendência é que o comportamento de preço se mantenha nos próximos diaserdquo;, disse, por nota, Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. Na abertura por regiões, o Nordeste registrou os aumentos mais expressivos nos preços dos dois tipos de diesel. O comum foi encontrado a 6,13 reais/litro, com alta de 0,99% em relação ao mês anterior, e o S-10 a 6,14 reais/litro, 0,82% mais caro. Já as médias de preços mais altas foram encontradas no Norte, a 6,64 reais/litro o comum e 6,46 reais/litro o S-10. Reduções dos preços do combustível foram verificadas no período no Sudeste, onde o diesel comum fechou a quinzena a 5,91 reais/litro (-0,17%), e no Norte, região onde o preço do S-10 baixou 0,15%. (Reuters)

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Redução dos estoques nos EUA faz petróleo fechar em queda, a US$ 82,75 o barril

Os preços do petróleo subiram nesta quarta-feira, 15, impulsionados pela redução no estoque dos Estados Unidos, segundo monitoramento do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), e também em meio à forte desvalorização do dólar contra divisas desenvolvidas, após leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano em abril em geral dentro das expectativas, mas com o avanço mensal um pouco abaixo do esperado. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em alta de 0,78% (US$ 0,61), a US$ 78,63 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho teve ganho de 0,45% (US$ 0,37), a US$ 82,75 por barril. Pela manhã, os preços do petróleo recuavam, enquanto investidores reagiam à revisão para baixo das expectativas da Agência Internacional de Energia (AIE) para a demanda global do óleo em 2024. Agora, a organização espera alta da demanda em 1,1 milhão de barris de petróleo, e não 1,2 milhão, como na leitura anterior. Porém, os estoques de petróleo dos Estados Unidos caíram 2,5 milhões de barris nesta semana, contrariando a expectativa de alta de 1,1 milhão de barris. Após a divulgação do dado, os preços devolveram perdas e o apetite melhorou, até que o petróleo se sustentou no positivo. Os ganhos foram apoiados também pela leitura do CPI de abril nos EUA, que indicou avanço no processo desinflacionário no país, embora o dado esteja longe de representar a confiança que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) espera para cortar juros. eldquo;Em termos de petróleo bruto, são preferidos níveis de inflação mais baixos para melhores perspectivas de demandaerdquo;, escreve a analista Razan Hilal, do City Index. Ela destaca que os mercados do petróleo agora acompanham os desdobramentos de discussões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para renovar seus cortes voluntários na produção. Hilal destaca que países como Iraque e Emirados Árabes querem ampliar sua capacidade de produzir, e acredita que eles não vão concordar com uma redução voluntária para o próximo ano. (Estadão Conteúdo)

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Ações da Petrobras em NY despencam 8% na manhã seguinte à demissão de Prates

As ações da Petrobras começaram a quarta-feira em forte queda em Nova York. Nos negócios do pré-mercado, os recibos de ações da estatal brasileira endash; os ADRs, sigla para American Depositary Receipt endash; operavam às 8h20 no horário de Brasília em queda de 8,03%, negociados a US$ 15,35, após a demissão de Jean Paul Prates da presidência da companhia. A sangria das ações da Petrobras acontece após a queda de 2,05% observada no pregão tradicional de ontem em Nova York, quando as ações reagiram ao balanço da companhia divulgado na noite de segunda-feira. A demissão na Petrobras foi decidida e comunicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite de terça (14). O comunicado da saída foi feito pelo próprio Prates a alguns aliados mais próximos e integrantes de sua equipe, apurou a CNN. Ontem à noite, a Petrobras também informou que a engenheira e ex-diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Magda Chambriard foi indicada pelo Ministério de Minas e Energia para a presidência da companhia.

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Conheça Magda Chambriard, a indicada à Petrobras que defende mais compra em estaleiros nacionais

A substituta de Jean Paul Prates no comando da Petrobras, Magda Chambriard, é engenheira e ex-funcionária da estatal. Comandou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) durante o governo Dilma Rousseff. É vista pelo mercado como um quadro de perfil mais desenvolvimentista do que Prates, que tentou equilibrar sua gestão atendendo a promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas sem assustar investidores privados. Ela defende o papel do setor de petróleo como indutor do desenvolvimento industrial do país, em pensamento alinhado ao do governo Lula. Um leilão de áreas petrolíferas, afirmou em entrevista de 2021, vai além de ver qual empresa paga mais. "Existe um plano de desenvolvimento nacional por trás." "Se os projetos e obras forem para o exterior, estaremos abrindo mão do pré-sal", afirmou nessa entrevista, concedida ao portal Petronotícias. "Se o país não emprega a mão de obra nacional na indústria, no final das contas estará afetando a própria democracia brasileira", continuou. Em artigo publicado no fim de 2023 na revista Brasil Energia, ela questionou o primeiro plano de investimentos anunciado pela gestão petista da Petrobras por não tratar de exploração de bacias maduras e de medidas de fomento à indústria naval brasileira. "No Rio de Janeiro, mais de dez estaleiros encontram-se ociosos, enquanto o estado necessita seriamente alocar sua mão de obra produtiva", afirmou, defendendo que a Petrobras destine à indústria nacional "uma fatia de seus investimentos um pouco maior do que a que vem sendo destinada". Chambriard é também defensora da exploração de petróleo na margem equatorial, região alvo de embates entre as áreas ambiental e energética do governo. Em recente entrevista ao Blog do Desenvolvimento, afirmou que "é frustrante" que essa região não tenha sido explorada ainda. Procurada por telefone e mensagem, Chambriard não respondeu.

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