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Postos já começam a receber diesel mais barato com tributo federal zerado

Postos de gasolina pelo Brasil já começaram a receber diesel mais barato após o corte nos tributos federais sobre o combustível. O setor reclama, porém, da velocidade dos repasses pelas distribuidoras. As alíquotas de PIS e Cofins sobre diesel e biodiesel representavam R$ 0,11 por litro no preço final. Foram zeradas nesta quarta-feira (4), com a perda de validade da MP (medida provisória) que implementou o retorno parcial da cobrança em agosto. Em São Paulo, os primeiros repasses ficaram entre R$ 0,09 e R$ 0,10 por litro, segundo o presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), José Alberto Paiva GouveIa. No Paraná, o sindicato Paranapetro diz que só hoje o preço baixou nas distribuidoras, mas ainda assim abaixo do previsto. "Até o momento, as distribuidoras repassaram apenas frações da baixa, não atingindo a dimensão esperada pelo mercado", afirmou, em nota. A reportagem procurou as maiores distribuidoras de combustíveis do país emdash;Vibra, Ipiranga e Raízenemdash;, que respondem por cerca de 60% das vendas de diesel. A Raízen preferiu não comentar o assunto e a Vibra não havia respondido até a publicação deste texto. A Ipiranga afirmou que atualiza suas condições comerciais sempre que há algum ajuste nos preços. Mas diz que "o prazo para esse repasse pode variar, já que o ajuste é apenas um dos itens que compõem o custo". "A Ipiranga reforça, ainda, que o preço é livre e a prática do preço do combustível na bomba é uma decisão do revendedor", disse a empresa. Caso o repasse seja integral, o preço médio do diesel S-10 cairá 1,8% nos postos, após nove semanas sob pressão, desde o último reajuste nas refinarias da Petrobras. Nesse período, o produto acumulou alta de R$ 1,14 por litro, chegando na última semana a R$ 6,22 por litro. O Ministério da Fazenda disse que, por ora, não tem mais informações sobre a estratégia do governo, que perderá cerca de R$ 500 milhões em arrecadação, já considerando os créditos não usados do programa de descontos para a compra de veículos que seriam financiados pela reoneração. "Se não houver outra alteração legal", afirma, as alíquotas ficam zeradas até 31 de dezembro de 2023, como prevê lei que prorrogou a isenção fiscal sobre o combustível, editada em maio. Nesse caso, no dia 1º de janeiro, o diesel volta a ter alíquota de R$ 0,35 por litro e o biodiesel, de R$ 0,14 por litro. A MP que retomou a cobrança parcial dos impostos foi editada no início de junho e prorrogada por 60 dias após o prazo inicial, mas não chegou a ser votada pelo Congresso, perdendo, assim, sua eficácia no início desta semana. O texto instituiu uma alíquota de R$ 0,11 por litro no início de setembro. Depois, outra MP editada em julho elevou o imposto a R$ 0,13 por litro no início de outubro. A desoneração ocorre em um momento de pressão sobre o preço do combustível, com a escalada das cotações internacionais do petróleo e o corte nas exportações russas, que vinham ajudando a segurar os preços no Brasil. A situação teve uma leve melhora nesta semana, com o recuo das cotações internacionais do petróleo. Na abertura do mercado desta quinta, o preço médio do diesel nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,56 por litro abaixo da paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Na média nacional, a diferença era de R$ 0,44 por litro. No caso da gasolina, o preço médio nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,10 por litro acima da paridade calculada pela Abicom. Na média nacional, a gasolina está R$ 0,13 por litro mais cara.

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Governo prepara programa para ter mais carregadores de carro elétrico pelo país

O governo federal está desenvolvendo um programa dedicado à melhoria da infraestrutura para veículos elétricos no Brasil. Conforme adiantado à Folha, o projeto deve se chamar "Corredores Sustentáveis", e a expectativa é que fique pronto no começo de 2024. Um dos focos será a expansão da rede de pontos de recarga pelo país. A escassez de estações de abastecimento nas estradas e cidades é uma das principais preocupações do consumidor que deseja comprar um carro elétrico, o que inibe a expansão da frota e freia o interesse de montadoras em trazer seus modelos para o mercado nacional. Por esse motivo, o setor vinha demandando formas de amadurecer a parte de infraestrutura. A Folha apurou que empresários e representantes do setor foram informados pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) de que o programa Corredores Sustentáveis está em construção, mas não entrará na segunda fase do Rota 2030, que deve se chamar Mobilidade Verde e é destinado a aumentar a eficiência do setor automotivo. O ministério vai levar à Casa Civil uma proposta para que o programa seja incluído no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), já que tem relação com infraestrura. No entanto, por ora trata-se apenas de uma proposta. Com a entrada no PAC, o projeto ganharia prioridade e poderia contar com recursos da União. No entanto, Ricardo Bastos, presidente da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), diz que a participação do governo deve ser menos em termos financeiros e mais no sentido de dar previsibilidade aos investimentos que já estão sendo feitos por empresas privadas nesse setor. "Acho que as empresas vão ter mais segurança jurídica e mais compromissos também de que esses corredores que atravessam cidades e estados vão ter segurança jurídica sobre a cobrança de tarifas, tributação, instalação." Procurado, o Mdic confirmou, por meio de sua assessoria, que o programa está em construção, mas que ainda não há detalhes de como vai funcionar. Apesar das barreiras de infraestrutura, a frota de veículos eletrificados vem crescendo no Brasil. Segundo Bastos, a ABVE começou o ano com a previsão de que 70 mil unidades seriam vendidas em 2023. Agora, a previsão é de 10 mil veículos a mais. "E quase um terço dessas 80 mil unidades já [são] produzidas no Brasil. Isso é muito importante, a eletrificação está crescendo, mas também está crescendo a produção nacional", afirma. Presidente da Frente Parlamentar pela Eletromobilidade, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) diz ter conversado com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Mdic, sobre o assunto e que ele teria demonstrado interesse em expandir a infraestrutura necessária para desenvolver a eletromobilidade no Brasil. "Ainda é necessário que se crie condições para que se tenha uma infraestrutura maior, e aí sim se justifique as empresas se instalarem aqui no país", afirma. Segundo Cunha, o governo federal está trabalhando no programa para criar essa infraestrutura emdash;que passa principalmente pelos pontos de recargaemdash; com o objetivo de atrair novos consumidores de carros elétricos. "A necessidade de se ter hoje no Brasil mais postos de recarga é um dos assuntos mais mencionados por quem está pensando em comprar um automóvel [elétrico]." Rafael Rebello, diretor de power mobility da Raízen, diz que empresas do setor vêm mantendo diálogo com o governo federal sobre o projeto, a fim de dar contribuições. A companhia é controlada pela Shell, multinacional de petróleo que também é uma das maiores do mundo em recarga rápida de veículos elétricos, com forte atuação na China, Europa e EUA. No Brasil, a Raízen opera o programa Shell Recharge, que instala pontos de recarga em algumas regiões. Hoje, são 25 estações prontas e outras 35 em obra. A expectativa é chegar, até março de 2024, a cem pontos de recarga rápida emdash;que abastecem um veículo em cerca de 35 minutos. Para ele, o Brasil tem um potencial enorme nesse mercado de elétricos, mas a rede de recarga será fundamental. "A gente acredita que ele [programa] é um passo superimportante para colocar o Brasil nesse cenário de energia renovável e descarbonização, como também de fomento à indústria automobilística no país", afirma. O diretor cita algumas formas que o governo pode atuar nesse programa de expansão da infraestrutura. Legislação dedicada à instalação de redes de recarga, incentivos a distribuidoras de energia para priorização de projetos do tipo e disponibilização de espaços públicos são alguns exemplos. "A gente pensa sempre em incentivo financeiro, mas existem incentivos não-financeiros também", diz.

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Petróleo fecha em baixa de 2% e brent vai a US$ 84 o barril

O petróleo fechou em baixa de aproximadamente 2% nesta quinta-feira, 5, estendendo fortes perdas da quarta-feira em meio a preocupações que a escalada de juros global deteriore a demanda pelo óleo. O barril do petróleo WTI para novembro recuou 2,27% (US$ 1,91), a US$ 82,31 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o do Brent para dezembro caiu 2,02% (US$ 1,74), a US$ 84,07 o barril, na Intercontinental Commodity Exchange (ICE). O aperto macroeconômico global nas condições financeiras resultou em um tombo nos preços do petróleo, destaca o TD Securities, analisando que isto reflete um eldquo;ciclo viciosoerdquo; na atividade de vendas da commodity. Além disso, o banco de investimentos nota que a fraqueza nos dados sobre demanda de gasolina aumentam temores sobre destruição na demanda do óleo. Analista da Oanda, Edward Moya avalia que a commodity pode continuar registrando perdas. eldquo;Quando os preços do petróleo tombam, é difícil dizer quando encontrarão suporte. O Brent pode ter algum apoio por volta do nível de US$ 83 o barrilerdquo;, estima. Para ele, uma melhora nas perspectivas econômicas para China pode impulsionar os preços de volta ao nível de US$ 90 o barril. Moya também alerta que a fraqueza nas cotações do óleo poderia incentivar maiores cortes na produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). erdquo; A Opep+ trabalhou arduamente para que o petróleo voltasse a custar US$ 90 por barril e provavelmente continuará a fazer o que for preciso para garantir que os preços não voltem às mínimas do ano, que estão em torno do nível de US$ 70 o barrilerdquo;. No radar, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que o governo forneça recursos estatais para garantir que o aquecimento funcione durante o inverno rigoroso do país, sugerindo regulação de preços do petróleo e manutenção das restrições à exportações do óleo.

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Roubo de carga é tema de destaque na revista Combustíveis & Conveniência

A revista Combustíveis eamp; Conveniência aborda um problema recorrente para a revenda de combustíveis: o roubo de cargas. Em algumas regiões do país, a situação se agravou, como ocorreu no Norte, que sofre ação de grupos criminosos apelidados de "piratas", que roubam os combustíveis das embarcações. além do eixo Rio - São Paulo, há também grupos que atuam na Bahia e na divisa com Pernambuco e outros estados da região Nordeste, que trazem desequilíbrio à concorrência e prejuízo aos cofres públicos. Outro destaque é a reportagem sobre a restrição das exportações de óleo diesel da Rússia, cujo principal impacto deverá ser aumento de preços do combustível. Já o desabastecimento, em princípio, está descartado. A seção Conveniência traz a oficialização do rompimento da parceria entre a Vibra Energia e a Americanas, que tinha um promissor projeto para as lojas BR Mania, mas naufragou. Confira edição completa, clique aqui.

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Senado aprova compensação a Estados e municípios por perda de ICMS

O Senado aprovou nessa quarta-feira (4) o projeto de lei complementar que garante a compensação de R$ 27 bilhões da União para Estados e municípios em razão do corte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre combustíveis, feito em 2022 pelo governo Jair Bolsonaro. Como já passou pela Câmara dos Deputados, a matéria vai à sanção presidencial. O texto foi incluído de última hora na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) dessa quarta-feira e encaminhado ao plenário no mesmo dia em regime de urgência. A movimentação foi fruto de um acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e líderes. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Ford entrega fábrica ao governo da Bahia

A Ford e o governo da Bahia assinaram, na tarde de ontem, o contrato para a entrega da fábrica de Camaçari para o Estado, liberando oficialmente as instalações para a montadora chinesa BYD. O grupo chinês realiza, na próxima segunda-feira, um evento na fábrica para a cerimônia da pedra fundamental, ato simbólico que marca o início das obras que serão feitas na unidade. A BYD, maior fabricante de carros elétricos do mundo, vai produzir na Bahia modelos híbridos flex e elétricos, além de ônibus e baterias. Também planeja processar lítio, mas não se sabe ainda se essa atividade será em Camaçari. Estarão presentes na cerimônia o presidente global e fundador da BYD, Wang Chuanfu, a presidente para as Américas, Stella Li, e o presidente da marca no Brasil, Tyler Li. Em nota, a Ford informou que a assinatura do contrato, que segue legislação estadual, permite a utilização imediata do imóvel pelo Estado, que já acertou a sua venda para a BYD. Em agosto, o governador baiano, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmara que o valor a ser pago à Ford seria de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões. LIDERANÇA. eldquo;Ford e governo da Bahia dão um passo definitivo para utilização da planta de Camaçari para gerar crescimento econômico e social para a comunidade baianaerdquo;, disse em nota a montadora americana, que decidiu parar de produzir carros no Brasil em 2021. Sigla em inglês para Build Your Dreams (construa seus sonhos, em tradução livre), a BYD já tem três fábricas no País: de ônibus elétricos e de módulos fotovoltaicos em Campinas (SP); e de baterias de fosfato de ferro lítio para veículos comerciais em Manaus (AM). Em setembro, foi líder no País em vendas de carros eletrificados. ebull;

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