Ano:
Mês:
article

"Exploração tem que ser feita com toda segurança", diz ministro sobre petróleo na Amazônia

Em entrevista à CNN na véspera da Cúpula da Amazônia, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o evento que reunirá no Brasil os líderes dos países amazônicos deve fortalecer essas economias no cenário internacional, e disse que a pauta ambiental está entre as grandes prioridades do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. eldquo;Nos mandatos do presidente Lula, o governo e o Brasil nunca estiveram afastados das pautas ambientais. Elas sempre foram um elemento fortíssimo. Neste terceiro mandato, ela é elemento central, pilar das políticas de governo e da política exteriorerdquo;, disse. Perguntado sobre a polêmica em torno do plano do governo brasileiro de permitir a exploração de petróleo na costa equatorial do país, na foz do Amazonas, Vieira disse que este deve também ser um dos temas a ser definido pela cúpula. eldquo;Se fala também nos documentos todos e vai ser discutido que todo o tipo de exploração mineral tem que respeitar as leis vigentes nos países, como as reservas indígenas, e deve ser ser feita com toda margem possível de segurança, dentro das normas internacionais dessa atividade econômicaerdquo;, disse. A Cúpula da Amazônia acontece a partir desta semana em Belém reunindo os oito países que são ocupados pelo bioma para discutirem políticas conjuntas de proteção, combate ao desmatamento e desenvolvimento econômico da região. eldquo;A cúpula será refletida num documento, o Comunicado de Belém, que vai ter propostas concretas de saúde, meio ambiente, ciência e tecnologia e cooperação dos agentes políticos para combater crimes transnacionaiserdquo;, disse o ministro. eldquo;Há uma amplíssima gama de projetos discutidos e será preparada uma agenda para que a OTCA [Organização do Tratado de Cooperação Amazônica] saia fortalecida dessa reunião e possa implementar esses temas.erdquo;

article

Preço do petróleo sobe 2% na semana; referência americana atinge maior nível desde abril

Os contratos futuros do petróleo encerraram o dia em alta firme, com destaque para o tipo WTI, a referência americana, atingindo o maior nível desde 12 de abril, acima de US$ 82. Os ganhos foram impulsionados pelos cortes de oferta anunciados pela Arábia Saudita e pela Rússia ao longo da semana. O barril do petróleo do Brent, a referência global, utilizada pela Petrobras, para outubro subiu 1,29%, a US$ 86,24, enquanto o do WTI, com entrega prevista para setembro, avançou 1,56%, a US$ 82,82. Na semana, o WTI acumulou alta de 2,56% enquanto o Brent subiu 1,93%. O último suporte de preço para o petróleo vem, em grande parte, do anúncio dos sauditas de que irão estender os cortes de produção de 1 milhão de barris por dia até setembro, destaca Phil Flynn, da Price Futures. A Rússia, por sua vez, anunciou cortes de 300 mil barris por dia na oferta de petróleo. O profissional observa que a produção geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) agora está passando pela eldquo;maior redução desde que o grupo e seus aliados reduziram os suprimentos durante o auge da pandemia de Covid em 2020erdquo;. Além disso, Flynn aponta que a produção dos Estados Unidos eldquo;está estagnada em 12,2 milhões de barris por diaerdquo;.

article

Presidente da Petrobras corrige ministro sobre preços: 'Não é normal falar disso fora da empresa'

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, desmentiu nesta sexta-feira, 4, parte do relato do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 31. Prates negou que a estratégia de preços dos combustíveis tenha sido tratada na reunião. Pessoas presentes no encontro confirmam a versão de Prates. Em entrevista na manhã desta sexta, Silveira disse que a diretoria da Petrobras informou ao governo que faria reajustes eldquo;se houvesse um aumento maior de preços (do petróleo e derivados)erdquo;. Isso, disse Prates, não teria acontecido na reunião com Lula, mas sim em uma reunião do Conselho de Administração da estatal, onde representantes da União têm lugar. Prates, inclusive, reclamou do vazamento de conversas realizadas no âmbito do Conselho. eldquo;Em nenhum momento o presidente Lula se dirigiu ao presidente da Petrobras (Jean Paul Prates) para falar sobre segurar preços. O que eles falaram é que estava no limite do preço marginal e, se houvesse um aumento maior de preços (do petróleo e derivados), faria o aumento aquierdquo;, afirmou Silveira à GloboNews, dando a entender que a tratativa aconteceu no Planalto. Mas, segundo o presidente da estatal, a reunião se limitou a assuntos relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no que tange projetos da Petrobras, e para esclarecer pastas, como a Casa Civil, a esse respeito. A relação entre Prates e Silveira não é boa devido a ataques do ministro à direção da Petrobras. O caso mais explícito diz sobre a política de reinjeçãod e gás natural da estatal para aumentar a pressão em reservatóriso de petróleo e facilitar sua pordução. Silveira defende que esse gás seja destinado ao mercado nacional. Desta vez, Prates reclamou do eldquo;vazamentoerdquo; da informação usada pelo ministro. eldquo;Esse tipo de informação já não deveria ser objeto de discussão externa à empresaerdquo;, disse. Prates disse que a diretoria da Petrobras está eldquo;atentíssimaerdquo; à questão dos preços e eldquo;não está sendo leniente em momento algumerdquo;. eldquo;Esse assunto não é trivial. O intervalo em que estamos operando é seguro para cada um dos produtoserdquo;, afirmou. Segundo Prates, a Petrobras trabalha com uma banda cujo teto é o preço alternativo ao cliente (concorrentes) e o piso é o preço marginal da Petrobras. eldquo;O preço pode tocar no teto da banda. Em algum dia, estava no limite; hoje, pode não estar mais nesse limite. É uma faixa dentro da qual a gente trabalha. O que não é normal é alguém do conselho ficar falando disso para fora (da empresa)erdquo;, disse Prates, novamente criticando o ministro e seus interlocutores da alta administração da Petrobras. A receita com derivados do petróleo nesse segundo trimestre caiu 27,2% ante um ano atrás, e 13,2% na comparação com os três primeiros meses do ano, para US$ 72,98 bilhões. Segundo analistas, essa queda se deve, em boa medida, à redução sistemática dos preços dos combustíveis pela atual gestão. Mas a Petrobras menciona, em relatório financeiro, uma redução de mais de 40% nos crack spreads (diferença entre o preço do petróleo bruto e os produtos extraídos dele) internacionais de diesel no período. Queda no lucro Prates negou que a queda no lucro da companhia no segundo trimestre (R$ 28,7 bilhões) tenha a ver com a nova estratégia de preços de combustíveis, que levou a reduções sistemáticas e nenhum aumento em sua gestão. Segundo ele, o lucro menor foi determinado pela queda nos preços internacionais do petróleo e do diesel no referido trimestre ante um ano atrás. Ele falou em entrevista coletiva sobre o resultado financeiro do período. eldquo;É absolutamente desconexa a linha de raciocínio que atribui a queda no lucro à mudança na política de preços (de combustíveis). Houve queda brutal do Brent. Estamos falando de um período (segundo trimestre de 2022) com o petróleo muito alto e margens de diesel extremamente expressivas. Estamos em outras circunstânciaserdquo;, disse Prates. Segundo o ex-senador, a Petrobras teve desempenho melhor que outras grandes petroleiras. eldquo;Nós desempenhamos melhor do que as nossas coirmãs e investindo maiserdquo;, disse. eldquo;Em termos de fluxo de caixa operacional, essas empresas caíram em média US$ 6,5 bilhões, queda de 45% (em um ano). Nós caímos abaixo da média, 35,9%erdquo;, disse Prates. Ele destacou que o lucro do segundo trimestre foi o 10º maior da história da Petrobras e que o volume de produção trimestral do pré-sal foi recorde.

article

ANP: preço médio da gasolina nas bombas cai 0,5%, enquanto diesel sobe 0,4% na semana até dia 5

Os preços dos combustíveis fósseis nos postos de abastecimento do Brasil ficaram mais uma vez próximos da estabilidade, com pequena variação para baixo na gasolina (-0,5%) e para cima no diesel (0,4%), na semana de 30 de julho a 5 de agosto. As informações são do levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio da gasolina vendida nas bombas teve ligeira queda nesta semana, de 0,5%, para R$ 5,52 por litro, ante os sete dias imediatamente anteriores. No período anterior, esse preço médio foi de R$ 5,55 por litro, segundo a ANP. Apesar das altas nos preços internacionais do petróleo e derivados, há estabilidade de preços nas refinarias da Petrobras, que domina o mercado, desde 30 de junho. O fato freia mudanças bruscas de preço ao consumidor final. Assim, o principal fator de influência para a ligeira queda foi o novo recuo dos preços etanol anidro, que representa 27,5% da mistura da gasolina A vendida nos postos. O etanol anidro caiu 3,7% nas usinas paulistas na semana até 4 de agosto, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq-USP). Segundo o levantamento, o preço do insumo cai há oito semanas em São Paulo, acumulando queda de 15,6% no período. Diesel e GLP O preço médio do diesel S10 subiu 0,4% nos postos de todo o Brasil, para R$ 5,00 por litro ante R$ 4,98 nos sete dias anteriores. O produto tem ficado estável nessa faixa de preço há semanas, o que também está ligado à estabilidade de preços da Petrobras desde 16 de maio, data da última redução praticada pela estatal no preço do diesel aos distribuidores. O diesel segue livre dos impostos federais (PIS/Cofins) até o fim do ano, ao contrário da gasolina, que já teve reoneração. Já o gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha, também apresentou queda leve, de 0,2%, no preço médio do botijão de 13 quilos essa semana. O produto passou a custar R$ 101,38 na média nacional, ante R$ 101,63 nos sete dias anteriores.

article

Mercado já avalia corte de 0,75 ponto para a Selic

A decisão anunciada na quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) sacramentou no mercado a avaliação de que o ritmo de cortes de 0,5 ponto porcentual da taxa Selic por reunião do colegiado será a eldquo;velocidade de cruzeiroerdquo; do ciclo de afrouxamento. Mas, entre economistas, há quem já veja espaço para aceleração do ritmo a 0,75 ponto à frente endash; uma aposta que pode, inclusive, crescer no mercado de juros, conforme apurou o Estadão/Broadcast. O colegiado reduziu os juros em 0,5 ponto porcentual, de 13,75% para 13,25%. A decisão não apenas foi dividida, como divergiu das expectativas da maioria dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast: de 88 instituições, 62 (70%) esperavam corte de 0,25 ponto, ante apenas 26 (30%) que previam baixa de 0,50. Essa foi a primeira divergência entre o Banco Central e o consenso do mercado desde março de 2021. Apesar da decisão dividida, o comitê informou que seus membros, eldquo;unanimementeerdquo;, preveem reduções da mesma magnitude nas próximas reuniões. Como resultado, instituições como Banco BV, Barclays, BNP Paribas, G5 Partners e Warren Rena diminuíram suas projeções para a taxa Selic no fim de 2023, de 12% para 11,75% em todos os casos. As revisões incorporam a baixa 0,25 ponto porcentual maior do que o esperado em agosto, seguida por cortes de 0,5 ponto nas reuniões do Copom de setembro, novembro e dezembro. O diretor de pesquisa para América Latina do BNP Paribas, Gustavo Arruda, classificou a decisão como um eldquo;corte hawkisherdquo;, ou duro, por conta do esforço da autoridade monetária para sinalizar um ritmo contido para os próximos ajustes. O economista da ASA Investments Leonardo Costa avalia que uma redução em 0,75 ponto porcentual já na próxima reunião do Copom não pode ser descartada.

article

Petrobras: lucro líquido cai 47%, para R$ 28,78 bilhões no segundo trimestre

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 28,78 bilhões no segundo trimestre deste ano. O resultado representa uma queda de 47% em relação ao mesmo período do ano passado, quando os ganhos chegaram a R$ 54,3 bilhões. Um dos principais fatores que contribuíram para o resultado foi a queda da cotação internacional do petróleo em relação ao mesmo período do ano passado. Analistas projetavam lucro líquido entre R$ 23 bilhões e R$ 24 bilhões para o período entre os meses abril e junho. Eles lembraram que no ano passado o ganho foi turbinado pelo elevado preço do barril do petróleo no mercado internacional ao longo do segundo trimestre de 2022, quando estava cotado a US$ 113,78. Além disso, o lucro em 2022 foi influenciado positivamente pelo ganho de capital de R$ 14,2 bilhões referente ao acordo de coparticipação em Sépia e Atapu, no pré-sal. Assim, com o resultado no segundo trimestre deste ano, a Petrobras acumulou lucro líquido de R$ 66,94 bilhões no primeiro semestre deste ano. É 32% menor que o registrado nos primeiros seis meses do ano passado, de R$ 98,89 bilhões. Com a nova política de distribuição de dividendos, a estatal anunciou que vai distribuir R$ 1,149304 em dividendos aos seus acionistas. Ao todo, o montante chega a R$ 15 bilhões. É uma queda de 39% em relação ao que foi pago no primeiro trimestre. O balanço do segundo trimestre é o primeiro resultado da empresa após a divulgação da nova política de preços dos combustíveis, anunciada em meados de maio deste ano. Na ocasião, a estatal abandonou a chamada PPI (paridade de importação), quando os preços eram balizados pelas cotações do petróleo e do dólar. Em seu lugar, a estatal passou a adotar uma fórmula que leva em conta os custos internos de produção, que consideram capacidade de refino e logística, os preços de importação e exportação de petróleo e derivados, além do chamado "custo alternativo do cliente", que contempla as principais alternativas de suprimento de fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Desde que a nova política entrou em vigor, analistas questionam os preços dos combustíveis vendidos pela estatal, que estão abaixo das cotações internacionais desde meados de maio. Nesta quinta-feira, segundo a Abicom, que reúne os importadores, a estatal vendia gasolina no Brasil com preço 20% abaixo do exterior. No caso do diesel, a defasagem é de 24%. Baixa contábil em refinaria Com a queda do preço do petróleo, a receita de vendas caiu 33,4% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, passando de R$ 170,9 bilhões para R$ 113,8 bilhões. A média do preço do brent no período passou de US$ 113,78 para US$ 78,39. "A receita com derivados no mercado interno caiu 13% no segundo trimestre em decorrência da redução média de 17% nos preços de derivados, acompanhando a queda de preços internacionais. Este efeito foi parcialmente compensado por maiores volumes, com destaque para a maior competitividade da gasolina frente às principais alternativas de suprimento dos nossos clientes", disse a Petrobras. Área de refino tem queda na receita Assim, além do menor valor do petróleo, a estatal atribuiu a redução do lucro a queda de mais de 40% na diferença entre o preço do diesel no mercado em relação ao preço do barril do tipo Brent (o chamado crack spread) e as maiores despesas operacionais, com destaque para gastos com impairment (baixa contábil) de R$ 1,9 bilhão da segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e baixas tributárias, com impacto de R$ 600 milhões em decorrência do imposto sobre a exportação de petróleo. Na área de "refino, transporte e comercialização", a receita de vendas caiu 33,7% no segundo trimestre deste ano, passando de R$ 157,4 bilhões, no início de 2022, para os atuais R$ 104,3 bilhões. O lucro bruto da área teve baixa de 66,2%, para R$ 8,6 bilhões. A estatal disse que o recuo ocorreu por conta do preço do diesel no exterior. Dívida e investimentos sobem A dívida bruta da companhia chegou a US$ 57,9 bilhões, alta de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, isso ocorreu em função do aumento dos arrendamentos com a entrada em operação dos FPSOs afretados Anna Nery e Almirante Barroso, que acrescentaram US$ 5,2 bilhões no passivo de arrendamentos da companhia. Os investimentos da estatal somaram US$ 3,24 bilhões, alta de 5,5% ante mesmo período do ano passado. Alta nas importações e queda na produção Na semana passada, a estatal divulgou seu relatório de produção. O total comercial chegou a 2,3 milhões de barris de óleo e equivalente por dia, uma queda de 0,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção de gasolina teve aumento de 7,4% ante mesmo período de 2022. Em junho, a produção de gasolina foi de 421 mil barris ao dia, melhor resultado desde 2014. A produção de diesel cresceu 9,7% no mesmo período. No período, a estatal elevou as importações de gasolina. A Petrobras também informou que suas importações tiveram alta de 642,9% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2022, passando de 7 mil barris por dia (Mbpd) para 52 mil Mbpd. No primeiro semestre, o avanço foi de 228,6%. Para analistas, a estatal estaria aumento a compra no exterior para evitar um risco de desabastecimento, já que os importadores vêm reduzindo suas atividades.

Como posso te ajudar?