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Petrobras: Conselho de Administração tem impasses sobre gasolina e Sete Brasil

A longa reunião do Conselho de Administração da Petrobras, que aprovou na noite de quinta-feira os resultados financeiros do segundo trimestre e deliberou sobre a redução de 39% no pagamento de dividendos, foi marcada por debates envolvendo o aumento de preços dos combustíveis e o impasse em torno de um acordo para a Sete Brasil, segundo diversas fontes ouvidas pelo GLOBO. A Sete Brasil foi criada pela própria Petrobras para investir em sondas para exploração no pré-sal. Mas a empresa acabou envolvida na Lava-Jato e entrou em recuperação judicial em 2016. No caso da discussão sobre o preço da gasolina, os conselheiros travaram debate sobre o espaço que a companhia tem para manter o atual patamar da cotação da gasolina no Brasil. Segundo fontes, há diferentes pontos de vista na mesa. De um lado ficou decidido que a diretoria apresente mais estudos, com o chamado eldquo;túnel de volatilidadeerdquo;, para mostrar o eldquo;fôlegoerdquo; financeiro da estatal caso o preço do petróleo continue em alta. A depender do resultado, a estatal vai precisar fazer algum tipo de reajuste. De acordo com uma fonte a par das discussões, se o barril continuar subindo, a estatal pode elevar preços na próxima semana. Por outro lado, representantes da companhia e nomes ligados ao governo vêm tentando segurar ao máximo a decisão. Alguns conselheiros avaliam o cenário de manutenção de preços da gasolina no atual patamar como crítico. Outra fonte pontuou que seria uma sinalização ruim para o mercado nesse momento. No dia 2 de agosto, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, postou no Twitter que eldquo;o ambiente exige serenidade e equilíbrioerdquo; ao publicar uma imagem da cotação do Brent a US$ 83,65. Mas, ontem, o barril estava em alta de 1,25%, a US$ 86,20, no maior patamar desde abril. Uma fonte ligada ao comando da Petrobras disse que, apesar de ainda não ter decisão na mesa, há chance de alta nos preços. A estatal apresentou queda de 47% no lucro líquido no segundo trimestre. Foi o primeiro resultado da empresa após a divulgação da nova política de preços dos combustíveis, anunciada em meados de maio deste ano. Na ocasião, a estatal abandonou a chamada PPI (política de paridade de importação), quando os preços eram balizados pelas cotações do petróleo e do dólar. Em seu lugar, passou a adotar uma fórmula que leva em conta os custos internos de produção, os preços de importação e exportação, além da concorrência . Outro impasse na reunião dos conselheiros envolve a Sete Brasil. Uma fonte lembrou que não foi deliberado um acordo para a empresa, criada na gestão anterior do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para construir sondas de exploração do pré-sal. A companhia foi alvo da Lava-Jato com investigações referentes ao pagamento de propina. Quando foi criada, a empresa era considerada a promessa de retomada do setor naval no Brasil, com uma carteira que previa a construção de 21 sondas. Na reunião, representantes do governo se mostraram favoráveis a uma solução para a Sete. A proposta é indenizar em quase R$ 1 bilhão os atuais credores, mas não houve consenso. Agora, a expectativa é chegar a uma solução nas próximas semanas.

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Morre o empresário Antonio Oliveira Santos, presidente de honra da CNC

Morreu no sábado, dia 5, o empresário Antonio Oliveira Santos, que foi presidente do sistema CNC-Sesc-Senac de 1980 a 2018. A informação foi divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), da qual era presidente de honra. O governo do Espírito Santo decretou luto oficial de três dias. Segundo a família, Santos Oliveira vinha bem de saúde e completou 97 anos em 30 de junho. Tanto que, apesar da idade avançada, o empresário seguia frequentando a sede da CNC, no Rio. Ele estava lá quando passou mal e foi encaminhado ao hospital. Estava internado desde 20 de julho e faleceu na madrugada de sábado. O sepultamento estava marcado para este domingo, dia 6, no Cemitério São João Batista, no Rio. A engenheira Beatriz Oliveira Santos, filha do empresário, disse ao site G1 que o pai morreu em razão de complicações de uma pneumonia. endash; Estava muito bem, comemorou o aniversario de 97 anos muito bem, rodeado de amigos. Foi a idade mesmo. Fez uma pneumonia que complicou. Teve uma vida muito ativa. Até duas semanas atrás ia todos os dias pra CNC. Descansou em paz, rodeado de amigos, muitas mensagens de carinho endash; disse a filha de Oliveira Santos. O atual presidente da CNC, José Roberto Tadros, disse, em uma nota, que a entidade eldquo;perde uma de suas grandes referências, um nome que se confunde com a própria trajetória e consolidação do Sistema Comércioerdquo;. eldquo;É um momento de dor para todos nós, mas também de agradecimento pelo imenso legado deixado por Antonio Oliveira Santoserdquo;, diz a nota da pesar. Segundo a CNC, como dirigente, o empresário liderou a expansão do Sesc e do Senac por todo o Brasil enquanto esteve à frente da entidade. O Sistema Comércio é composto, da esfera nacional para a local, pela CNC, pelo Sesc, pelo Senac e pelas federações e pelos sindicatos do setor. Condolências Em postagem nas redes sociais, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio, Geraldo Alckmin, lamentou ontem o falecimento. eldquo;Meus sentimentos à família, amigos e a todas e todos da CNCerdquo;, escreveu. Ao anunciar o luto oficial, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, desejou, em postagem nas redes sociais, eldquo;que sua dedicação, suas realizações e legado continuem a inspirar a todos. Meus sentimentos à família e amigos neste momento difícilerdquo;. Trajetória Antonio Oliveira Santos era engenheiro civil e eletricista, formado pela então Universidade do Brasil (hoje UFRJ). Nasceu em Vitória, Espírito Santo, em 1926. Passou pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), pela Companhia de Ferro e Aço de Vitória, além da Estrada de Ferro Vitória a Minas Gerais. O empresário iniciou suas atividades no comércio atacadista e varejista no ramo de materiais de construção em 1956. Passou a presidir a Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio-ES) em 1968, assumindo, mais tarde, a vice-presidência da CNC. Assumiu o comando da entidade em 1980, com a morte prematura do então presidente da Confederação, Jessé Pinto Freire. À frente da CNC, Oliveira Santos intensificou a representação da entidade no governo e em outros segmentos da economia nacional e internacional. Sob seu comando, a instituição teve participação ativa na formulação de políticas públicas e em momentos históricos, como os debates que marcaram a elaboração e a promulgação da Constituição Federal de 1988.

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Por que Brasil é um dos protagonistas do novo boom de petróleo na América Latina

Embora possa parecer uma contradição, em meio à crise das mudanças climáticas, a produção mundial de petróleo aumentará nesta década, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Os especialistas projetam que nos próximos anos o mercado internacional continuará demandando uma maior quantidade de petróleo bruto, embora antes do final desta década a tendência deva seja invertida, à medida em que as energias renováveis e#8203;e#8203;ganham espaço sobre os combustíveis fósseis. Enquanto isso não acontecer, o ouro negro continuará girando os motores da economia internacional. Nesse contexto, a AIE estima que a produção mundial de petróleo aumentará em 5,8 milhões de barris por dia até 2028 emdash; e cerca de um quarto dessa oferta adicional virá da América Latina. Quem serão os protagonistas desse novo boom? Brasil, Guiana e, em menor escala, Argentina, três países que lideram um novo capítulo na produção de petróleo da região. Deve ficar para trás a era dominada por nações como Venezuela, México, Equador e Colômbia que, por motivos diversos, reduzirão a oferta de petróleo bruto no mercado internacional nos próximos cinco anos, segundo a AIE. eldquo;É muito difícil para esses países reverter seu declínioerdquo;, disse à BBC News Mundo Francisco Monaldi, diretor do Programa Latino-Americano de Energia do Instituto Baker Institute, na Universidade Rice (nos Estados Unidos). Brasil: líder em petróleo da região Juntos, Guiana e Brasil serão os principais protagonistas do boom petrolífero latino-americano. A história do Brasil está ligada às descobertas subaquáticas. Sob três quilômetros de água e mais cinco de rocha e sal, o país extrai a fonte de combustível de um dos maiores campos de petróleo do mundo. A descoberta dessas jazidas do pré-sal mudou o destino do país, fazendo com que se tornasse o maior produtor de petróleo da América Latina em 2017, superando o México, que na época detinha a liderança. A Venezuela, que durante anos foi o ícone do petróleo na região, estava em um momento de uma crise tão profunda que sua produção havia entrado em colapso. Assim, nos últimos seis anos, o Brasil não parou de aumentar sua produção de petróleo até atingir 2,2 milhões de barris em 2022, o que lhe permitiu se tornar o oitavo maior produtor do mundo. Mas não se trata apenas da quantidade de barris por dia que cada país produz. Tanto o Brasil quanto a Guiana produzem petróleo bruto de forma mais eficiente e lucrativa que outros países. E quanto aos efeitos poluentes desse combustível fóssil, que é uma das principais causas da crise climática que o mundo vive, os dois países emitem uma quantidade menor de CO2 por barril produzido em relação à média mundial, argumenta Monaldi. Como muitos países se comprometeram a reduzir seu nível de emissões, é possível que no futuro esse tipo de óleo tenha uma demanda maior no mercado. Guiana, um país pobre que será rico Com cerca de 800 mil habitantes, a Guiana é um dos menores e mais pobres países da América do Sul. Ou pelo menos era assim até 2015, quando a gigante norte-americana ExxonMobil descobriu a primeira de suas reservas comprovadas de petróleo bruto, estimadas em cerca de 11 bilhões de barris, nas profundezas do Oceano Atlântico. Aproveitando a forte demanda por petróleo que haverá nesta década, a produção da Guiana está em aceleração e acredita-se que até 2028 possa chegar a 1,2 milhão de barris por dia. Se as projeções se concretizarem, "a Guiana vai se tornar o país que mais produz barris por habitante no mundo, superando o Kuwait", explica Monaldi. Nesse cenário, a Guiana passaria de um país pobre a um país rico (considerando a riqueza per capita), dado o aumento espetacular de seu Produto Interno Bruto (PIB) emdash; que no ano passado subiu 57,8% e este ano está previsto para 37,2 %. Como será distribuída essa nova riqueza da Guiana? Isso é algo incerto até agora. O governo afirmou que tentará evitar os erros cometidos por outros países petrolíferos no passado, embora com tanta riqueza jorrando do fundo do mar não seja fácil controlar o destino dos recursos gerados. Argentina Em terceiro lugar está a Argentina, que apesar de ter uma inflação superior a 100% ao ano e uma crise crônica de endividamento, sua produção de petróleo (e gás) tem crescido nos últimos anos. No centro desse desenvolvimento está o Vaca Muerta, um gigantesco campo localizado no noroeste do país que possui a segunda maior reserva do mundo em gás de xisto e o quarto maior em óleo de xisto. Ambos os recursos são extraídos em formato eldquo;não convencionalerdquo;, como se chama os hidrocarbonetos que devem ser extraídos da rocha geradora pela técnica do fracking (ou fratura hidráulica). As projeções para o desenvolvimento da indústria do petróleo argentina são positivas. A AIE espera que a produção chegue a 700 mil barris por dia este ano e algumas estimativas sugerem que pode chegar a 1 milhão de barris por dia até o final desta década, segundo a consultoria Rystad Energy. No entanto, após 2030, as projeções apontam para um declínio porque a produção de petróleo convencional deverá continuar caindo e a produção de xisto não deverá ser suficiente para compensar. Se o cenário previsto se concretizar, o grande salto do comércio de petróleo duraria alguns anos, até chegar a níveis mais baixos de produção. Também é preciso levar em conta, dizem os especialistas, que a produção não convencional precisa de grandes investimentos de longo prazo. Isso exige garantia de estabilidade nas políticas do setor, algo que na Argentina é difícil de prever. Ficando pra trás Os líderes históricos da produção de petróleo na região ficaram para trás. No México, a produção atingiu o pico em 2004 e, desde então, caiu pela metade. Para tentar melhorar a situação, o governo de Andrés Manuel López Obrador tentou promover o desenvolvimento da Pemex, a estatal petrolífera, mas até agora não conseguiu os resultados esperados. Embora o governo tenha dado à empresa milhões de dólares em incentivos fiscais e outras ajudas financeiras, a Pemex não conseguiu se recuperar. Com mais de US$ 100 bilhões (cerca de R$490 bilhões) em dívidas, a Pemex é a empresa de petróleo mais endividada do mundo. "Além de ser uma empresa com fins comerciais, ela também opera com fins políticos", diz Diego Rivera, pesquisador associado do Centro de Política Energética Global da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. "A produção parou." Por sua vez, a PDVSA, empresa estatal venezuelana, teve uma forte queda, intimamente ligada à profunda crise econômica e política que afeta o país. A produção de petróleo venezuelano, a maior parte pesada e densa, despencou de 3,4 milhões de barris por dia em 1998 para 700 mil na atualidade. eldquo;O que está acontecendo na Venezuela é uma queda brutal que pode ser explicada por motivos que vão da negligência à corrupçãoerdquo;, destaca Rivera. Enquanto isso, no caso do Equador, projeções de especialistas apontam para uma queda dos atuais 460 mil barris por dia para 370 mil em 2028. Esse declínio atingiria duramente o país porque sua economia depende das receitas do petróleo mais do que qualquer outro país da América Latina. Enquanto isso, a Colômbia está se movendo em outra direção. O governo do presidente Gustavo Petro pretende avançar na transição energética do país, reduzindo gradativamente a produção de petróleo. Recentemente, foram concedidas licenças para projetos de energia renovável na província de La Guajira, com a expectativa de que a energia limpa produzida por aquela região forneça toda a eletricidade que o país necessita. A ideia é que esse tipo de projeto permita compensar a queda nas exportações de petróleo sem prejudicar a economia, mas alguns especialistas estão bastante céticos sobre a possibilidade dessa meta ser alcançada nos próximos anos. O que vai acontecer na próxima década Por enquanto, não se sabe com que rapidez avançará a transição energética na região e até que ponto o mundo demandará petróleo a partir da próxima década. eldquo;Mas há muitos fatores que não podem ser controladoserdquo;, alerta Rivera, como, por exemplo, a invasão da Ucrânia pela Rússia ou pandemias. eldquo;O que temos certeza é que a transição energética será confusa, complicada e com muita volatilidadeerdquo;, acrescenta. Mas, se as projeções da AIE para 2028 forem cumpridas, faltam poucos anos para que o pico de demanda termine, dando lugar a um novo cenário na produção mundial de energia. Para o período 2030-2050, o destino da América Latina estará intimamente ligado ao que ocorrer com a demanda dos mercados internacionais. Se o mundo atingir a meta de zero emissões líquidas até 2050, "a região vai se sair muito mal", diz Monaldi. Mas se formos ao outro extremo, ao cenário previsto pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em que há um platô na demanda em vez de queda, "a América Latina se sairia muito bem, porque é a região com mais recursos petrolíferos do mundo, depois do Oriente Médioerdquo;, diz o especialista.

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Alckmin defende elevar mistura de biodiesel até 20%

O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu nesta sexta (4/8) que é preciso elevar a mistura de biodiesel até 20% (B20). eldquo;Vamos trabalhar para, no Combustível do Futuro, a gente ir para B20erdquo;, afirmou durante evento de lançamento das obras da primeira usina de etanol Be8, em Passo Fundo (RS). O Combustível do Futuro é o programa do governo federal endash; herdado da administração anterior endash; em que são discutidos os mandatos para combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) e a inserção de alternativas verdes ao biodiesel no transporte. Por iniciativa do Ministério de Minas e Energia (MME), de Alexandre Silveira (PSD), a minuta do projeto de lei inclui a elevação da mistura de etanol anidro na gasolina comum de 27% para 30%. Um projeto de lei está sendo elaborado na Casa Civil. Após a cerimônia, o vice-presidente reforçou aos jornalistas os estudos para aumentar a mistura obrigatória de biodiesel para B20. eldquo;No ano que vem, B13. Depois B14 e B15, e aí há um estudo para poder subir até B20, mas de definido já é B13, B14 e B15erdquo;. Alckmin lembrou que a Amaggi já utiliza o B100 em sua frota cativa: eldquo;As frotas de caminhão lá do Centro-Oeste, do Blairo [Maggi], é 100% biodiesel, é B100erdquo;. Em maio, a agência epbr detalhou o projeto da gigante do agronegócio para entrar na produção e, ao mesmo tempo, desenvolver o projeto de uso de biodiesel puro na frota cativa. Setor defende antecipação do B13 O prazo é chegar ao B15 até 2026, mas o setor trabalha para antecipar o aumento da mistura na próxima reunião do CNPE. Representantes de produtores de biodiesel se reuniram na quarta (2/8) com o ministro Alexandre Silveira (PSD), para tratar do PL do Combustível do Futuro. O presidente da FPBio, deputado Alceu Moreira (MDB/RS) e o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador Vanderlan Cardoso (PSD/GO) também participaram do encontro. Do biodiesel para o etanol O evento em Passo Fundo nesta sexta (4/8), que contou com a participação de Alckmin, marcou a expansão da Be8, maior produtora de biodiesel do país, para o mercado de etanol. Quando for totalmente instalada, a Be8 processará 1.500 toneladas de cereais por dia para produzir 220 milhões de litros de etanol (anidro ou hidratado) e 155 milhões de toneladas por ano de farelo para a cadeia de proteína animal. O investimento previsto é de R$ 316 milhões na primeira fase de implantação de unidade que processará milho, trigo, triticale, arroz, sorgo, dentre outros cereais da chamada eldquo;cultura de invernoerdquo;. eldquo;Este é mais um passo para ampliar nossa capacidade de produção de biocombustíveis aqui na Região Sulerdquo;, disse o CEO da Be8, Erasmo Carlos Battistella. Atualmente, praticamente todo o etanol consumido no Rio Grande do Sul é produzido em outros estados. Hoje, foram anunciados investimentos adicionais de R$ 300 milhões para expandir o projeto com uma linha de produção de glúten vital, associada à produção de etanol. Ao optar pela rota de cereais, no lugar da cana-de-açúcar, a companhia optou por negócios com maior sinergia com a produção de biodiesel no Rio Grande do Sul. A estratégia da Be8 é marcada por planos de internacionalização, que já se materializaram com investimentos na Suíça e no Paraguai, destino de investimentos para produção de biocombustíveis a partir de novas rotas e atendimento ao mercado Europeu. Battistella detalhou os planos em entrevista à epbr, em maio. O novo portfólio inclui etanol, diesel verde, SAF, gás natural liquefeito (GNL), hidrogênio e amônia verdes.

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Petrobras paga R$ 900 milhões de imposto de exportação de petróleo

A Petrobras pagou cerca de R$ 900 milhões à União, no primeiro semestre, relativo ao imposto sobre a exportação de petróleo endash; criado por meio da Medida Provisória 1.163/2023, para recompor o orçamento depois que o governo federal decidiu postergar parcialmente a desoneração dos combustíveis. A alíquota foi definida em 9,2% e vigorou em caráter temporário, por quatro meses, entre março e junho. A petroleira contabilizou como efeito não recorrente, no balanço financeiro do segundo trimestre, um impacto de R$ 962 milhões relativo à taxação extraordinária. No primeiro trimestre, a petroleira já havia contabilizado outros R$ 529 milhões. Ao todo, as receitas da Petrobras com exportações de óleo cru caíram 17,9% no primeiro semestre, na comparação com igual período do ano passado, para R$ 43,225 bilhões endash; apesar do aumento de 6,3% nos volumes exportados na mesma base de comparação, para 571 mil barris/dia. A queda das receitas ocorre na esteira da desvalorização do petróleo, cuja cotação recuou dos cerca de US$ 108 o barril no primeiro semestre de 2022 para aproximadamente US$ 80 o barril na primeira metade deste ano. Estatal anuncia R$ 15 bi em dividendos A Petrobras divulgou, nesta quinta (3/8), o resultado financeiro da companhia relativo ao segundo trimestre: a companhia lucrou, no período, R$ 28,8 bilhões endash; uma queda de 47% em relação a igual periodo do ano passado. A companhia atribui o desempenho à desvalorização do petróleo no mercado internacional. A Petrobras anunciou também a distribuição de R$ 15 bilhões em dividendos antecipados. O montante equivale a R$ 1,149304 por ação ordinária e preferencial, como antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2023, declarado com base no balanço de 30 de junho. A proposta de pagamento, segundo a empresa, está alinhada à nova política de remuneração aos acionistas, anunciada na semana passada endash; e que prevê, no caso em que a dívida bruta se mantenha igual ou inferior aos US$ 65 bilhões, a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre (e não mais 60%). Os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de novembro e dezembro.

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Ministro nega intervenção do governo na Petrobras: 'Se petróleo subir mais, teremos reajustes'

A Petrobras trabalha eldquo;no limite do preço marginalerdquo; com os derivados nas suas refinarias e, se tiver uma alta maior do petróleo, vai mexer nos preços, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele declarou que não haverá intervenção do governo para segurar os combustíveis. eldquo;Não vai ter intervenção na Petrobras, mesmo o governo sendo o controlador. Sabemos que isso afasta os investidores. Nós não queremos investidores especulativos, mas de longo prazoerdquo;, disse em entrevista nesta sexta-feira, 4, à GloboNews, destacando que os diretores respondem com o próprio CPF se derem prejuízo à empresa. Ele informou que participou de uma reunião na segunda-feira, 31, com o presidente Lula e toda a diretoria da Petrobras, que apresentou o seu plano de investimentos para os próximos anos, e que, em nenhum momento, os executivos sofreram qualquer pressão por parte do governo. eldquo;Em nenhum momento o presidente Lula se dirigiu ao presidente da Petrobras (Jean Paul Prates) para falar sobre segurar preços. O que eles falaram é que estava no limite do preço marginal e, se houvesse um aumento maior de preços (do petróleo e derivados), faria o aumento aquierdquo;, afirmou. Silveira comentou que a queda do lucro da estatal pela metade no segundo trimestre deste ano, em relação há um ano, se deveu a fatores não recorrentes, como venda de ativos. eldquo;O lucro do ano passado (da Petrobras) não é operacional, grande parte é venda de ativos. Na política comandada pelo ministro Paulo Guedes (ex-ministro da Economia) havia um objetivo claro de fazer com ela (Petrobras) o que fizeram com a Eletrobraserdquo;, disse o ministro, referindo-se à privatização. O modelo de venda da Eletrobras é criticado pelo atual governo. A Petrobras informou na quinta-feira, 3, que lucrou R$ 28,7 bilhões no segundo trimestre do ano, queda de 47% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, em linha com a expectativa do mercado devido à forte queda do preço do petróleo. Silveira afirmou que a política de paridade de importação (PPI) não podia ser mantida pela empresa por prejudicar o consumidor, e que até agora nenhum prejuízo foi causado à companhia. eldquo;O que as pessoas têm que entender é que a política da Petrobras mudou, porque temos que reduzir o custo Brasil. Foi importante mudar a política. Havia uma extorsão ao consumidor brasileiro. Não pode ter lucro de R$ 180 bilhões e distribuir tudo para os acionistas. Queremos que a empresa seja lucrativa, mesmo investindoerdquo;, disse. O ministro explicou que, na época da PPI, a competitividade interna deixou de ser estimulada, com importadores lucrando alto, o que agora foi interrompido. Ele afirmou que a Petrobras garantirá o suprimento do mercado e não há risco de faltar combustíveis. eldquo;Os últimos quatro anos atenderam exclusivamente à indústria de petróleo, e queremos que a Petrobras cumpra também o seu papel social, sem deixar de ser lucrativaerdquo;, explicou.

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