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Petrobras bate recordes de produção de diesel S-10 e de asfalto em julho

A Petrobras (PETR3;PETR4) informou nesta segunda-feira, 7, que registrou, em julho, novo recorde mensal de produção de diesel S-10 no seu parque de refino. O resultado de 2,38 bilhões de litros supera o verificado em junho passado, quando atingiu a marca de 2,11 bilhões de litros. O Fator de Utilização das Refinarias (FUT) segue elevado, tendo fechado o mês em 93%. A empresa destaca também os recordes de produção de 326 milhões de litros de diesel S-10, na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC); e de 587 milhões de litros, na Refinaria de Paulínia (Replan), ambas no Estado de São Paulo. O diesel S-10 tem teor máximo de enxofre de 10 partes por milhão, é um produto mais moderno e sustentável, de maior valor agregado e com menor impacto ao meio ambiente. O aumento da produção de diesel S-10 é resultado de melhorias operacionais constantes, otimização de processos e controle da produção, com objetivo de atender à demanda crescente de mercado pelo derivado. Asfalto Ainda no mês de julho, a Petrobras atingiu a produção de 258 mil toneladas de asfalto (CAP), melhor resultado desde novembro de 2014. A estatal destaca a produção da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, com 78 mil toneladas; Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, com 50 mil toneladas; e Replan com 48 mil toneladas.

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Petrobras rebate refinarias privadas sobre preço do petróleo

A Petrobras tem dialogado com o Cade sobre o mercado de fornecimento de petróleo para as refinarias brasileiras. Um processo no órgão antitruste avalia as condições de abastecimento de óleo cru para refinarias privadas. O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da petroleira, Claudio Schlosser, afirma que o mercado é dinâmico e competitivo, com disponibilidade de fornecedores. De fato, dos 3,2 milhões de bpd produzidos no Brasil, pelo menos 1,1 milhão de bpd são de consórcios formados por outras petroleiras, segundo dados recentes de produção nacional fornecidos pela ANP. A parcela da Petrobras chega a cerca de 2 milhões de bpd, enquanto a Shell, segunda maior produtora, apresenta fatia de 390 milhões de bpd. A francesa TotalEnergies (145 milhões de bpd), Petrogal (104 milhões de bpd) e a chinesa CNOOC (61 milhões de bpd) e Repsol Sinopec (58,7 milhões de bpd) estão entre as maiores produtoras considerando suas participações nos respectivos consórcios. eldquo;Temos mantido conversas com o Cadeehellip; Atualmente o cenário atualmente é bastante dinâmico (ehellip;) existe acesso e competitividade (ehellip;) um mercado com disponibilidade de fornecedoreserdquo;, afirmou o executivo da Petrobras em coletiva de imprensa online sobre os resultados financeiros do 2T23, realizada na sexta-feira (4). Um processo no Cade foi aberto em meados de 2022, a pedido de um sindicato de revenda de combustíveis, para análise dos preços dos combustíveis vendidos pela Refinaria de Mataripe. O processo também avalia se o preço do óleo vendido pela Petrobras para o grupo privado era compatível com valores praticados para suas próprias refinarias. A investigação segue no Cade, que também incitou a ANP a se manifestar. As refinarias privadas reclamam da diferença de tratamento dado a elas e às unidades da Petrobras. Ao ser indagado sobre a diferença de preços, Schlosser disse que a Petrobras não vende, mas sim eldquo;transfereerdquo; petróleo para suas refinarias. eldquo;Cabe ressaltar que as partes são livres, podem negociar com quem quiseremerdquo;, respondeu. O problema desta livre concorrência, porém, é que as petroleiras privadas exportam todo o petróleo que produzem, como destaca a Refina, entidade que representa as refinarias privadas. eldquo;Temos zero petroleiras privadas vendendo petróleo para as refinarias brasileiras. Não compensa para elas porque elas têm incentivos tributários para exportarerdquo;, destacou o advogado Evaristo Pinheiro, porta-voz da entidade Refina, em entrevista concedida no mês passado ao PetróleoHoje. eldquo;Só temos uma porta para bater, que é a da Petrobraserdquo;. Segundo o advogado, o problema está na regulação, e a ANP também foi chamada a discutir o tema. O preço de referência do petróleo brasileiro foi alvo recente de consulta pública pela agência reguladora e deve ser reanalisado, como lembrou a Refina. eldquo;É extremamente preocupante a combinação de preço de referência descolado do preço de mercado porque isso deixa como quase única opção para as refinarias independentes o produto importadoerdquo;, disse Pinheiro.

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Mistura maior de biodiesel traz previsibilidade e segurança, diz Turra

A mistura de biodiesel no diesel fóssil deve seguir aumentando para dar mais previsibilidade e segurança jurídica para o setor. Foi o que afirmou hoje o presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), Francisco Turra. Segundo ele, a proporção do combustível renovável no derivado de petróleo já deveria ter passado dos 12% atuais. eldquo;Tenho muita confiança e acho que é uma questão de olhar para o mundo e ver como o Brasil pode contribuirerdquo;, disse ele, durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Abag, em São Paulo. Turra elogiou declarações feitas pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, no último fim de semana. Em viagem a Passo Fundo (RS), Alckmin defendeu a matriz de biocombustíveis no Brasil. eldquo;Foi uma palavra muito importante. Chegamos a B12, deveríamos estar em B13. Vamos antecipar o B13, B14 e B15 para dar previsibilidade e segurança jurídica ao setorerdquo;, afirmou, lembrando que a maior parte do biodiesel produzido no Brasil vem da soja e da gordura animal. O executivo, que já foi ministro da Agricultura, disse ainda esperar uma redução dos juros no crédito rural, depois do corte de 0,5 ponto porcentual na taxa Selic, definida pelo Banco Central, na semana passada. Segundo Turra, o custo de capital ainda está elevado, o que desestimula investimentos.

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Famílias em áreas isoladas poderão ter auxílio para energia, gás e combustível

As famílias de baixa renda que vivem em localidades isoladas não conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) poderão receber um auxílio para atenuar os custos da energia, dos combustíveis e do gás de cozinha. Esse é o teor de um projeto de lei que o senador Mecias de Jesus (Republicanos-AP) acaba de apresentar. A matéria (PL 2.826/2023) aguarda a designação de relator na Comissão de Infraestrutura (CI). A proposta cria o Auxílio às Famílias que vivem no Isolamento Energético Brasileiro (Afieb). Até que essas localidades tenham acesso à energia gerada no SIN, o Afieb seráe#769; pago em parcelas mensais de meio salário mínimo. Terão direito ao auxílio as famílias beneficiárias do Bolsa Família ou do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O projeto ainda trata das fontes para o auxílio e das regras para o crédito, além de prever a regulamentação da futura lei pelo Executivo. Segundo Mecias, as populações que vivem em áreas remotas "enfrentam uma série de desafios que as populações urbanas frequentemente nem imaginam". Ele acrescenta que, nessas regiões, o gás de cozinha e os combustíveis são mais caros eldquo;por causa da necessidade de trazê-los de longe por rodovias em péssimas condições de manutençãoerdquo;. O senador aponta ainda que o auxílio gás é importante, mas insuficiente para a realidade dessas famílias. Além do gás e dos combustíveis mais caros, ressalta o autor, a tarifa de energia para as regiões isoladas é mais alta, por conta da falta de integração com o sistema nacional de energia. O Afieb beneficiaria principalmente as localidades isoladas da região amazônica. Mecias lembra que, com a conclusão do Linhão de Tucuruí, muitas dessas áreas serão integradas ao Sistema Interligado Nacional, e o montante total do auxílio poderá ser reduzido. Na opinião do senador, o projeto é importante por amenizar as muitas dificuldades enfrentadas pelos brasileiros que têm de pagar mais caro pela energia, pelos combustíveis e pelo gás de cozinha.

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Etanol está mais vantajoso que a gasolina em cinco estados e no DF

O etanol ficou mais competitivo em relação à gasolina em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e no Distrito Federal na semana entre 30 de julho e 4 de agosto. No restante dos estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. Conforme o levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) no período, na média dos postos pesquisados no país o etanol está com paridade de 65,58% ante a gasolina, portanto favorável em comparação ao derivado do petróleo. A paridade estava em 60,11% em Mato Grosso, 69,36% em Mato Grosso do Sul, 64,47% em São Paulo, 64,01% em Goiás, 67,62% em Minas Gerais e 68,45% no DF. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. Variação de preço Os preços médios do etanol hidratado caíram em 17 estados e no Distrito Federal, subiram em cinco e ficaram estáveis em quatro na semana entre 30 de julho e 4 de agosto. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol caiu 1,63% nesta semana em relação à anterior, de R$ 3,68 para R$ 3,62 o litro. Em São Paulo, o principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 2% na semana, de R$ 3,50 para R$ 3,43. A maior queda, de 2,86%, foi registrada no Rio de Janeiro, onde o litro passou de R$ 4,20 para R$ 4,08 no período. A maior alta percentual na semana ocorreu no Amapá, onde o litro do etanol, que custava em média R$ 5,38, passou a valer R$ 5,69 (+5,76%). O preço mínimo registrado na semana para o litro do etanol em um posto foi de R$ 2,79, em São Paulo. O maior preço estadual, de R$ 6,73, foi registrado no Rio Grande do Sul. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,30, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Amapá, com R$ 5,69 o litro. Na comparação mensal, o preço médio do litro do biocombustível no país caiu 7,89%, de R$ 3,93 para R$ 3,62. O estado com a maior alta percentual no período foi o Amapá, com 5,37% de aumento, de R$ 5,40 para R$ 5,69 o litro. A maior queda no mês foi observada em Goiás, de 11,31%, de R$ 3,89 para R$ 3,45 o litro.

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Economia verde que renova a frota

Caminhoneiro autônomo desde os 20 anos, Adeilton Batista da Silva perdeu vários contratos de entrega de carga por causa da elevada idade do seu caminhão, fabricado em 1990. Adquirido há seis anos, o veículo de 33 anos teve motor, bomba injetora e outras peças substituídas seis meses após a compra, o que exigiu eldquo;um gasto enormeerdquo;, conta. No mês passado, ele recebeu uma proposta de R$ 45 mil pelo veículo. Aceitou, e agora pretende comprar um modelo 2001. eldquo;Será o caminhão mais novo que eu já tive.erdquo; Quanto ao usado, foi vendido para a empresa Vamos, do grupo Simpar, que vai mandá-lo para reciclagem com outros 98 veículos de mais de duas décadas que está adquirindo. A condição para ter direito ao bônus é justamente enviar para reciclagem um usado com mais de 20 anos. Com isso, a empresa, que atua na revenda e na locação de caminhões, terá direito a desconto de R$ 33,6 mil a R$ 80,3 mil na compra de modelos zero, conforme prevê o programa de renovação da frota do governo federal. O programa foi lançado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) em 5 de junho, e incluía carros de passeio até R$ 120 mil (com descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil), ônibus e caminhões. A verba divulgada para os automóveis era de R$ 800 milhões, mas quase 20% ficaram nos cofres do governo para compensar a perda de arrecadação com o incentivo. A verba acabou em um mês. Para caminhões, o governo destinou R$ 700 milhões, além de R$ 300 milhões para ônibus. Porém, segundo o ministério, até o momento apenas R$ 100 milhões foram requisitados pelas fabricantes de caminhões. Para ônibus, foram pedidos R$ 150 milhões até o momento, e outros R$ 10 milhões aguardam aprovação do Mdic. Nesse segmento, os descontos variam de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil. O programa tem validade até o início de outubro. BAIXA PROCURA. Segundo o Mdic, a baixa procura foi motivada por entraves relativos à quantidade e capacidade das recicladoras para receberem os veículos velhos. Também havia dificuldades para a baixa dos documentos pelos Detrans, mas no dia 31 de julho o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) divulgou deliberação simplificando o processo. eldquo;O Brasil tem uma frota de cerca de 3,5 milhões de caminhões em circulação, sendo que 40% pertencem a autônomos, e a maioria tem mais de 20 anoserdquo;, informa o CEO da Vamos, Gustavo Couto. Os caminhões adquiridos pela empresa têm entre 28 e 53 anos, pelos quais foram pagos de R$ 30 mil a R$ 50 mil, diz Couto. A empresa precisa dar baixa dos registros nos órgãos de trânsito e depois enviá-los para desmanches cadastrados pelos Detrans. Esses, por sua vez, têm de entregar um relatório da destinação correta de cada componente reaproveitado na reciclagem. Com o eldquo;atestado de óbitoerdquo; do caminhão em mãos, a Vamos poderá receber os bônus da montadora que fornecer o veículo novo. Segundo Couto, os veículos fabricados com o selo Euro 6 poluem 30% menos e são 30% mais econômicos em relação a modelos na faixa de 20 anos. eldquo;Focamos a busca em locais de aglomeração desse tipo de veículo, como portos de São Paulo e do Rio de Janeiroerdquo;, diz o CEO da Vamos. Entre as aquisições, o modelo mais velho, um Scania, operava no Porto de Santos. ÔNIBUS. Outra grande aquisição, neste caso de ônibus velhos, está sendo feita pela Suzantur, empresa que atua no transporte rodoviário em cidades do ABC paulista. Segundo Claudinei Brogliato, presidente da empresa, já foram adquiridos 40 ônibus com idades entre 20 e 25 anos que não tinham mais condições de transportar passageiros. Eles estavam encostados ou operando em pequenas cidades no interior de vários Estados. eldquo;Vamos chegar a 150 veículos que serão retirados de circulaçãoerdquo;, informa. O número equivale aos pedidos de ônibus novos já encaminhados às montadoras Mercedes-Benz (110), Scania (20) e Volvo (20). A Suzantur tem 510 ônibus com idade média de cinco anos. Desses, 90 serão substituídos após a compra do novo lote e 60 farão parte da ampliação da frota. De acordo com a MercedesBenz, um ônibus fabricado na década de 90 emite óxido de nitrogênio equivalente a 55 veículos mais modernos.

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