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Petróleo cresce e é o 2º produto mais exportado pelo Brasil

A importância do petróleo cresceu na pauta de exportações brasileiras, em movimento que deve se manter nos próximos anos, informa Luiz Guilherme Gerbelli. Em volume de divisas, em 2022, só perdeu para a soja. As exportações de óleo bruto alcançaram US$ 42,5 bilhões e representaram 12,7% de tudo o que o Brasil vendeu para o exterior. A soja rendeu US$ 46,5 bilhões. Em 2022, o Brasil se consolidou como o nono maior produtor de petróleo do mundo e apareceu entre os dez principais exportadores. A projeção de que a produção do pré-sal deve atingir o pico até o fim da década, porém, abre discussão sobre novas fronteiras de exploração, como a Margem Equatorial, no norte do País. de toneladas de petróleo foi o volume exportado pelo Brasil no ano passado, crescimento de 1,7% ante as vendas externas de 2021 Com aumento da produção, o petróleo ganha cada vez mais espaço na pauta de exportação brasileira em um movimento que deve se manter nos próximo anos, segundo analistas. No ano passado, as exportações de óleo bruto de petróleo alcançaram US$ 42,5 bilhões endash; valor recorde endash; e representaram 12,7% de tudo o que o Brasil negociou para o exterior. Foi o segundo principal item vendido pelo País, atrás só da soja (US$ 46,5 bilhões). Em volume, a exportação de petróleo cresceu 1,7% em 2022 na comparação com o ano anterior, para 68,7 milhões de toneladas. eldquo;Diria que o setor de petróleo é um dos que mais vai contribuir daqui para frente para o saldo da balança comercial brasileiraerdquo;, afirma Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). DEGRAU ACIMA. Para uma nação que sempre politizou a sua relação com o petróleo endash; a campanha com o lema eldquo;O petróleo é nossoerdquo; na era Vargas é um exemplo endash; e sofreu com a escassez do produto nos anos 1970, os números do setor mostram que o País mudou de patamar nos últimos anos. Em 2022, o Brasil se consolidou como o nono maior produtor de petróleo do mundo e apareceu entre os dez principais exportadores (mais informações em quadro na pág. B2). O cenário de crescimento da produção pode ser explicado, em parte, pelo desempenho do pré-sal e pelo aumento de preços do petróleo observado ao longo das últimas décadas, o que tornou viável e interessante a exploração. Nas décadas de 80 e 90, o valor do barril chegou a US$ 20 (por volta de R$ 96). Hoje, tem oscilado num patamar acima de US$ 85 (R$ 417). eldquo;A valorização do barril do petróleo foi crucial para que novas fronteiras (de exploração) ganhassem na economicidade (relação custo-benefício)erdquo;, diz João Victor Marques, pesquisador da FGV Energia. Entre janeiro e julho deste ano, as exportações somaram US$ 22,3 bilhões, um pouco abaixo do apurado no mesmo período de 2022 (US$ 23,1 bilhões). eldquo;Essa queda já era esperada por causa do menor preço do petróleoerdquo;, afirma José Augusto de Castro, presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). eldquo;Nos últimos anos, o Brasil tem aumentado a produção de petróleo, e esse movimento deve continuarerdquo;, afirma. eldquo;À medida que a quantidade (produzida) sobe e o preço não cai muito, a tendência é de ampliar essa participação (no total das exportações).erdquo; PRÉ-SAL. O pré-sal responde por cerca de 75% da produção, e tem uma grande vantagem adicional: o custo de operação é baixo e deixa a produção atrativa, mesmo quando há uma queda nos preços. eldquo;As empresas priorizam investir naquelas áreas em que aguentam a volatilidade do preço. Quando está alto, está ótimo. Quando está baixo, ainda é rentávelerdquo;, afirma Walter de Vitto, economista e sócio da Tendências Consultoria. Entre 2002 e 2022, a produção de petróleo saltou de quase 1,5 milhão de barris diários para 3,1 milhões, de acordo com a Tendências. A previsão é chegar a 3,9 milhões barrisem 2027. A expectativa é de que continue crescendo até o fim desta década, quando a extração do pré-sal deve começar a perder força. O caminho para a exportação do produto também se tornou natural, porque o País viu a sua capacidade de refino estagnada em pouco mais de 2 milhões de barris por dia nos últimos dez anos. Hoje, tecnicamente, o Brasil é autossuficiente na produção de petróleo e, portanto, todo aumento de produção acaba sendo exportado. eldquo;O País tem contratado um aumento da produção de petróleo e, se tudo permanecer como está, deve ter um aumento das exportaçõeserdquo;, diz De Vitto. eldquo;O que pode fazer com que isso não ocorra, eventualmente, é o aumento da capacidade de refino, porque você não exportaria petróleo e usaria ele aquierdquo;, afirma. ebull; PRÉ-SAL PERTO DO ESGOTAMENTO ABRE DEBATE SOBRE MAIS ÁREAS DE EXPLORAÇÃO. eldquo;Nos últimos anos, o Brasil tem aumentado a produção de petróleo, e esse movimento deve continuarerdquo; José Augusto de Castro Presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil A projeção de que a produção do pré-sal deve atingir o seu pico até o fim da década abre uma discussão importante sobre novas fronteiras de exploração. O debate mais recente tem relação com a Margem Equatorial, que fica entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, e é formada por cinco bacias endash; Foz do Amazonas, Potiguar, Pará-Maranhão, Barreirinhas e Ceará. eldquo;A busca por novas fronteiras exploratórias está relacionada em dar continuidade a esse crescimento da produção do pré-salerdquo;, afirma João Victor Marques, pesquisador da FGV Energia. A exploração da Margem Equatorial se transformou em uma queda de braço dentro do governo Luiz Inácio Lula da Silva. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou um pedido da Petrobras de exploração de petróleo próximo à Foz do Amazonas. O tema opôs a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao colega de Minas e Energia, Alexandre Silveira. No início deste mês, Lula disse que a decisão do Ibama não é definitiva e que uma solução deve ser tomada em breve. Na declaração da Cúpula da Amazônia, assinada pelos oito países que abrigam a floresta em seu território, não houve menção de eliminar planos de explorar petróleo na região. eldquo;Adotando a premissa de que o mundo continuará precisando do petróleo por algumas décadas, será preciso entregar um petróleo de menor intensidade de carbono, e o Brasil tem condição de fazer issoerdquo;, diz o pesquisador da FGV Energia. A expectativa em relação à Margem Equatorial abrange reservas que podem variar entre 10 bilhões e 30 bilhões de barris de óleo, o que significaria reservas entre US$ 770 bilhões e US$ 2,3 trilhões, segundo estimativas da Petrobras, que ainda tem planos para iniciar a exploração em 2030. PAC. A Petrobras tem 47 projetos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado na sexta-feira no Rio. A maior parte está relacionada à exploração e produção de petróleo e gás. No entanto, a lista também inclui aumento da capacidade de processamento da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e iniciativas para melhorar o escoamento do gás produzido na Bacia de Santos. Ainda conforme o plano apresentado na sexta-feira, 90% dos investimentos previstos serão voltados ao desenvolvimento de 19 novos sistemas de produção de petróleo e gás natural, com a maior parte dos projetos nas bacias de Campos (RJ) e Santos (SP), e outros dois voltados para o Sergipe. Em relação às novas fronteiras exploratórias em desenvolvimento, estão incluídos no PAC nove poços exploratórios na Margem Equatorial. O pacote de projetos propostos da Petrobras no PAC também inclui iniciativas de escoamento da produção e aumento da disponibilidade de gás, com destaque para os projetos do Programa Integrado Rota 3 (total de 4), que irá permitir o escoamento do gás do pré-sal da Bacia de Santos, e o gasoduto de SEAP I e II, incluídos no projeto de SEAP I, para oferta do gás em Sergipe. No refino, a Petrobras incluiu projetos para aumentar a capacidade de processamento da Refinaria Abreu e Lima para 260 mil barris por dia, assim como projetos nas refinarias de Paulínia e Henrique Lage, ambas em São Paulo, para a produção do diesel S-10, de melhor qualidade, além de projetos de logística para o escoamento dos produtos. ebull;

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Parcelamento sem juros vira alvo do governo

Sem uma definição ainda para o futuro do rotativo do cartão de crédito, a linha de financiamento mais cara do País, governo e Banco Central discutem também formas de desestimular as compras parceladas sem juros endash; uma proposta das instituições financeiras, que veem nessa modalidade a principal causa para a alta de taxas no rotativo. Na mesa, está a adoção de um modelo de parcelamento que leve em consideração o tipo de bem a ser adquirido e o prazo da operação. A diferenciação por linha de produto ocorreria da seguinte maneira: um bem durável, como uma geladeira, poderia ser vendido em um número maior de parcelas. Já um semidurável (pense numa roupa) seria comercializado com prazo menor. Esse prazo, por sua vez, teria influência na taxa de juros. Como numa eldquo;escadinhaerdquo;, quanto maior o número de parcelas, maior o juro pago pelo consumidor. A proposta é que isso seja feito considerando a competição entre as instituições financeiras, sem nenhum tipo de tabelamento. Essas discussões ocorrem em paralelo à provável extinção do rotativo do cartão, que é acionado toda vez que o consumidor paga apenas uma parte da fatura até a data de vencimento. A linha tem juros médios de 437% ao ano e inadimplência de 49%, segundo dados de junho do BC. Com o fim desse financiamento, o cliente inadimplente seria direcionado, automaticamente, a um sistema de parcelamento com taxas mais acessíveis. Técnicos do governo, porém, têm dúvidas em relação aos reais efeitos do fim do rotativo endash; medida que foi sinalizada na semana passada pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. A desconfiança é de que só a extinção da linha não leve a uma efetiva redução dos juros por parte das instituições financeiras, perpetuando o problema. A questão de fundo, segundo esses interlocutores, é o grande poder de mercado dos grandes bancos, que continuam dominando o segmento de cartões, apesar do recente aumento da concorrência. VAREJO. Um arranjo final para toda essa questão ainda depende de negociações com o varejo, que rejeita, por exemplo, a possibilidade de diferenciação de prazos por tipo de mercadoria. eldquo;Existem lojas de construção que vendem eletrodomésticos e itens de decoração. Ou supermercados que vendem linha branca. Não é operacional fazer essa segmentação por linha de produtoerdquo;, diz Jorge Gonçalves Filho, presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). O empresário afirma que o setor já trabalha com a possibilidade de criação de um limite para o parcelamento sem juros, ainda sem um número definido, mas refuta a segmentação. eldquo;Nós já comunicamos isso aos bancos.erdquo; No meio econômico, a avaliação é de que o parcelado sem juros se tornou um ponto de atenção em meio à proliferação de cartões, aumento do prazo e alta da inadimplência. É nesse cenário que BC e Ministério da Fazenda buscam construir, em um prazo de 90 dias, uma solução com bancos e varejistas. Esse esforço acontece ao mesmo tempo que o Congresso discute a possibilidade de aprovar um teto para os juros no cartão de crédito, num modelo parecido ao que já existe para o cheque especial. Os bancos criticam essa alteração. ebull;

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Preços do diesel e gasolina sobem nos postos em meio a corrida por combustível

O preço do diesel subiu pela segunda semana seguida nos postos de combustíveis. O valor médio do litro passou de R$ 4,94 para R$ 5,00, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). É uma alta de 1,21% e maior patamar desde o fim de junho. O preço da gasolina registrou alta pela primeira semana após quatro quedas seguidas nos postos de combustíveis do Brasil, de acordo com levantamento da ANP: o valor médio subiu de R$ 5,52 para R$ 5,53 nesta semana. A variação ocorre em um momento em que postos iniciaram uma corrida por diesel e gasolina em todo o país na expectativa de que a Petrobras reajuste os preços. Como resultado, distribuidoras e a própria Petrobras estão restringindo a oferta com base na cota mensal de consumo das empresas, de acordo com diversas fontes do setor. A situação é mais crítica no diesel, dizem fontes da área de abastecimento. Segundo representantes de postos e distribuidoras, a maior restrição é encontrada no diesel e ocorre em todo o país. O cenário levou o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) a alertar para o risco de uma possível falta do combustível, sobretudo no interior do estado. Nesta sexta-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou que faltará combustível no Brasil. A declaração foi dada a jornalistas após a coletiva de imprensa de ministros no Rio, por conta do anúncio no novo PAC. emdash; Tenho absoluta convicção que não. Nós lutamos tanto para abrasileirar o preço dos combustíveis. Vocês aqui sabem o quanto que foi benéfico. A responsabilidade do Ministério de Minas e Energia e do governo é manter suprimento, qualidade do combustível e modicidade de preço de combustível no país. E nós fazemos isso através de impulsionar a competitividade interna emdash; afirmou. Sergio Araujo, presidente executivo da Abicom, disse na quinta-feira que distribuidoras e postos têm relatado dificuldade no abastecimento em diversos pontos: emdash; E essa dificuldade estava preanunciada. Temos mais de dois meses com defasagem elevada por longos períodos e refinarias nacionais que não atendem à demanda. Isso potencializa esse cenário. Quem importa, coloca o pé no freio. Com isso, dizem os especialistas, o preço do diesel russo - que estava mais barato que o combustível vendido pela Petrobras, mesmo defasado - já está no mesmo patamar do comercializado pela estatal e, em alguns casos, chega a estar mais caro. A nova política de preços da Petrobras deu fim, em 16 de maio, à chamada política de paridade de importação (PPI), quando variações nas cotações do petróleo e do dólar serviam de parâmetro para reajustes para cima ou para baixo nos valores dos combustíveis vendidos pelas refinarias às distribuidoras. A estatal passou a levar em conta os custos internos de produção, os preços dos concorrentes em diferentes mercados dentro do país e ainda as parcelas de combustíveis produzidas no país ou compradas no exterior. A ANP disse que monitora constantemente a situação da distribuição de combustíveis no país. "Até o momento, nenhuma distribuidora relatou situação de restrição de abastecimento".

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Insegurança com preço do diesel desestimula empresários a importar o combustível

O ex-presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Eberaldo Almeida, disse neste sábado (12) à CNN que a restrição na oferta do diesel no Brasil é atribuído à nova política de preços da Petrobras. eldquo;Quando você tem a Petrobras seguindo o preço de mercado, eu sei que daqui a um mês e meio vai ser o preço de mercado. Como não tem mais, há um certo desestímulo ao empresário que importava combustível, ou até das próprias distribuidoras, a fazer essa importação. O risco se tornou muito grande.erdquo; Como a Petrobras não usa mais a política de paridade de preços internacionais, as distribuidoras não conseguem prever se o valor do diesel estará abaixo da média do mercado. Por isso, os importadores não querem arriscar se deparar com uma diferença grande no preço. Existem no mercado brasileiro quase 43 mil postos de gasolina e, mais da metade, são bandeira branca, ou seja, não se vinculam a nenhuma distribuidora específica. Além disso, há mais de 180 distribuidoras no Brasil, sendo que três grandes dominam uma parte significativa do mercado. eldquo;As grandes conseguem correr o risco de importar um combustível mesmo havendo uma insegurança com relação ao preço que a Petrobras está praticando. Os pequenos não conseguem fazer frente a isso. Estamos falando de centenas e dezenas de milhões de reais em uma carga de importação, sendo que você fecha um mês e meio, dois meses antes. Então, o que vai ser daqui um mês e meio?erdquo; A estatal abastece cerca de 70% da demanda de diesel no Brasil. Os outros 30% vem de importação, feitas pelas distribuidoras e importadoras que têm capacidade de estocagem.

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Petróleo sobe com previsão recorde de demanda; tem 7ª semana de alta seguida

Os preços do petróleo subiram nesta sexta-feira (11), depois que a Agência Internacional de Energia previu uma demanda global recorde e aperto na oferta, o que impulsionou os preços para a sétima semana consecutiva de ganhos, a mais longa sequência desde 2022. Os contratos futuros do petróleo Brent subiram US$ 0,41 (R$ 2,01), ou 0,5%, para US$ 86,81 (R$ 424,61) o barril, enquanto os futuros do petróleo nos EUA (WTI) avançaram US$ 0,37 (R$ 1,81), ou 0,5%, para US$ 83,19 (R$ 406,90) o barril. Em uma base semanal, ambos os índices de referência subiram cerca de 0,5%. A AIE estimou que a demanda global por petróleo atingiu um recorde de 103 milhões de barris por dia em junho e pode atingir outro pico neste mês. Enquanto isso, os cortes na produção da Arábia Saudita e da Rússia prepararam o cenário para um declínio acentuado nos estoques ao longo do restante de 2023, o que a agência disse que poderia elevar ainda mais os preços da commodity. Na quinta-feira (10), a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) disse esperar que a demanda global da commodity aumente em 2,44 milhões de barris de petróleo este ano, inalterada em relação à previsão anterior. As perspectivas para o mercado de petróleo parecem boas para o segundo semestre do ano, disse a Opep. Dados econômicos dos EUA desta semana também elevaram o ânimo do mercado, o que alimentou a especulação de que o Federal Reserve está próximo ao fim dos aumentos agressivos dos juros. A última vez que o Brent subiu por sete semanas consecutivas foi de janeiro a fevereiro de 2022, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia. (Reuters)

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Manter combustíveis baratos sem afetar oferta é grande desafio, diz ministro

Diante de alertas sobre restrições à venda de diesel no país após a mudança na política de preços da Petrobras, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta sexta-feira (11) que o maior desafio do governo é manter os combustíveis baratos sem afetar o suprimento. Postos tem relatado dificuldades para fazer novos pedidos de diesel, que seriam provocadas pela queda das importações do combustível, já que as elevadas defasagens com o merca do internacional desestimulam importadores privados. "Lutamos tanto para abrasileirar o preço dos combustíveis e todos vocês sabem o quanto foi benéfico ao consumidor", afirmou Silveira, após a cerimônia de lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), no Rio de Janeiro. "A responsabilidade do MME e do governo é manter o suprimento, a qualidade do combustível e modicidade de preço e fazemos isso através de impulsionar a competitividade interna", continuou. "Agora, garantir o equilíbrio entre o menor preço e o suprimento é nosso maior desafio." Após um período de excesso de oferta com aumento da produção da Petrobras e invasão de diesel russo, as importações do combustível vêm caindo desde maio. Em julho, foram 1,07 bilhão de litros, volume 19% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Dados preliminares apontam que o movimento se acentuou na primeira semana de agosto, quando as importações do grupo óleos combustíveis caíram 75% em relação ao mesmo período do ano anterior. O setor diz que o cenário atual limita as compras por empresas de menor porte. Coma escalada do preço do petróleo nas últimas semanas, a Petrobras vem operando com elevadas defasagens em relação às cotações internacionais. Na abertura do mercado desta sexta, o litro do diesel vendido pelas refinarias da estatal custava R$ 1,18 a menos do que a paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Silveira disse que a estatal tem autonomia para decidir quando alterar seus preços, "porque ela deve satisfação e seus diretores respondem, inclusive com seus CPFs, perante os investidores". "A notícia que a Petrobras está dando ao governo é que, se o [petróleo] Brent continuar subindo e se, para manter o suprimento no país, for necessário reajustar os preços, ela o fará", completou o ministro. No início da semana, o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, disse que a atual política comercial da empresa consegue absorver volatilidades momentâneas nas cotações internacionais. Em nota distribuída nesta quinta (10), a Petrobras afirmou que não reduziu sua oferta de diesel, mas que não tem informação sobre a oferta pelos demais agentes que abastecem o mercado, como distribuidoras, importadores e outras refinarias. "A companhia está cumprindo integralmente suas obrigações junto às distribuidoras, entregando todo o volume contratado", disse.

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