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Petróleo fecha em queda com temores sobre economia chinesa

Os preços do petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira (16), apesar de um grande recuo nos estoques de petróleo dos Estados Unidos, diante de preocupações de investidores com a economia da China. O petróleo Brent caiu US$ 1,44, ou 1,7%, para US$ 83,45 o barril, enquanto o petróleo nos EUA (WTI) caiu US$ 1,61, ou 2%, para US$ 79,38. Ambos os preços de referência caíram mais de 1% na sessão anterior, para o nível mais baixo desde 8 de agosto. Os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram quase 6 milhões de barris na semana passada devido a fortes exportações e taxas de utilização de refinarias, apesar da produção de petróleo ter atingido seu nível mais alto desde que a pandemia de coronavírus dizimou o consumo de combustível, mostraram dados da Administração de Informação de Energia (AIE) dos EUA nesta quarta-feira. "A queda desta semana simplesmente compensou o aumento inesperado de 6 milhões de barris da semana passada e, olhando para a próxima semana, podemos ver um declínio acentuado nas exportações que provavelmente levará a um aumento de estoque contra-sazonal", disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates LLC em Galena, Illinois. O petróleo também caiu junto com ações depois que a divulgação das atas do Federal Reserve mostrou que os funcionários do banco central estavam divididos sobre a necessidade de mais aumentos nas taxas de juros em sua última reunião. Taxas de juros mais altas aumentam os custos de empréstimos para empresas e consumidores, o que pode desacelerar o crescimento econômico e reduzir a demanda por petróleo. (Reuters)

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Alta dos combustíveis deve abastecer dividendos e pode levar a salto de 40% das ações

Analistas do Bradesco BBI passaram a ver a ação da Petrobras (PETR4) atrativa para compra. A casa elevou a recomendação dos papéis da estatal, com um preço-alvo de R$ 38, de olho no alto potencial de retorno após acontecimentos recentes. A mudança de rating ocorre após o anúncio de reajuste dos preços da gasolina e do diesel, com aumentos de 16,3% e 25,8%, respectivamente. O BBI enxerga como grandes as chances de que a maior parte do aumento nos combustíveis se traduza em dividendos. eldquo;O CFO da companhia [Sérgio Leite] já afirmou que o aumento dos investimentos para o plano de cinco anos deve ficar próximo a US$ 8 bilhões e, mesmo que o aumento seja maior, esperamos que seja em grande parte retroativoerdquo;, destacam os analistas Vicente Falanga, do BBI, e José Cataldo, da Ágora Investimentos, em relatório divulgado nesta quarta-feira (16). Salto das ações Após os aumentos eldquo;surpreendentes e robustoserdquo; dos combustíveis, a equipe de análise avalia um retorno total potencialmente ultrapassando 30% ou até 40% para as ações da Petrobras em 2024. eldquo;Isso é muito atraente, especialmente em um mercado muito difícil e volátil, e de juros em quedaerdquo;, defende o BBI. Com a elevação dos preços dos combustíveis, o retorno via dividendos da estatal pode variar de 17% a 27% em 2024, a depender do pagamento extraordinário, o que é um patamar bem acima da média global da indústria, reforça a instituição. Segundo o BBI, qualquer acordo com o governo para liquidar passivos fiscais pode ser um risco para os dividendos. Analistas destacam, no entanto, que tal acordo precisaria ser aprovado pelos conselheiros minoritários. eldquo;Além disso, o alto rendimento esperado agora é tão robusto que vemos bastante proteção para esse riscoerdquo;, completa a corretora.

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Petrobras (PETR4) não repetirá erros do passado em preços de combustíveis, diz CEO

O presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, reforçou que não há interferência do governo federal em relação a reter ou reajustar o preço dos combustíveis. O executivo afirmou que conversa regularmente com o presidente Luiz Inácio da Lula e com ministros, e que o diálogo aberto com o governo não se traduz em decisões artificiais de precificação. eldquo;O presidente Lula nunca prometeu que não haveria aumento de combustível no Paíserdquo;, afirmou Prates durante audiência pública conjunta das Comissões de Serviços de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional do Senado Federal. Segundo Prates, a promessa do governo em relação ao preço dos combustíveis durante a campanha era trazer uma política que pudesse controlar a volatilidade no mercado, bem como um avanço na eficiência do processo de precificação, o que se traduziu no discurso de eldquo;abrasileirar os preçoserdquo;, ou seja, decidir os valores dos combustíveis considerando a realidade operacional no País, algo que não acontecia antes, de acordo com ele. O executivo mencionou que a Petrobras não tem poder de decisão sobre os preços no Brasil, pois é definido pelo livre mercado, apontando a concorrência da estatal com a iniciativa privada, embora tenha reconhecido a influência da petroleira. Prates defendeu que a política de preços da Petrobras é transparente. E se queixou das críticas que a estatal recebe em relação à falta de detalhes sobre os critérios de precificação dos combustíveis. Sem cometer erros do passado Prates disse que a Petrobras não repetirá erros do passado relacionados a preços de combustíveis e contratações de obras. O executivo reiterou em audiência no Senado que não há interferência do governo na decisão de ajustes de preços de combustíveis e que a companhia decidiu elevar valores a partir desta quarta-feira para não correr risco de ter prejuízo. eldquo;Nós não vamos repetir erros do passado, nem em relação a contratação, nem em relação a obras, nem em relação a gestão dos preços dos combustíveiserdquo;, disse Prates, ao participar de audiência nas Comissões de Infraestrutura e Desenvolvimento do Senado. Em gestões passadas, a Petrobras amargou bilhões de dólares em prejuízos ao vender combustíveis no Brasil por preços abaixo dos praticados no mercado externo emdash; em momentos de forte demanda por importação emdash; a pedido do governo como forma de controlar a inflação. Prates vem liderando uma nova estratégia comercial na qual a companhia não está mais obrigada a praticar Preços de Paridade de Importação (PPI), como estava em anos mais recentes, mas que também promete não causar prejuízos para a empresa como no passado. eldquo;Essa política (de preços) não é igual a de governos anteriores, absolutamente, estamos na ponta dos dedos entre valor marginal e custo alternativo do cliente e fizemos o ajuste (anunciado na véspera) para justamente levar o preço que estava começando a tender a desgarrar do nosso túnel de volatilidadeerdquo;, afirmou Prates.

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Os 8% de defasagem restantes no preço da gasolina

A defasagem do diesel com os preços do combustível da Rússia, país de onde o Brasil mais importa o combustível hoje, foi praticamente zerada com o reajuste anunciado ontem pela Petrobras. Mas no caso da gasolina, resta ainda uma diferença de 8,4% para as cotações internacionais, segundo cálculo da consultoria Stone X. Isso vai se transformar em mais reajuste? Para o responsável pela análise de petróleo e gás da consultoria, Smyllei Curcio, é pouco provável que isso aconteça se houver uma alta pequena do combustível no mercado internacional. Diferentemente do diesel, o Brasil importa pouca gasolina, o que dá à Petrobras um pouco mais de margem para segurar pressões de alta. E o reajuste de ontem foi forte. Ele lembra que, até segunda, um dia antes do anúncio, a defasagem da gasolina estava bem maior, em 26%. - Não esperaria grandes reajustes da gasolina pela Petrobras daqui para a frente. Isso porque o Brasil não importa muito o combustível, diferentemente do diesel endash; avaliou ao blog. - A Petrobras consegue segurar se a cotação não subir muito lá fora. Mas o cenário muda se houver uma nova abertura muito forte na defasagem. Por mais que se diga que o governo não seguirá mais o PPI (paridade de preços internacionais), é difícil não olhar o mercado internacional. No caso do diesel, a Stone X calcula que a defasagem em relação ao petróleo russo, que é de onde o país mais importa atualmente, ficou em apenas 0,8%. - Tudo indica que a premissa da Petrobras foi zerar a defasagem com o diesel russo. Daqui para a frente, há dois fatores principais que devem influenciar na cotação do petróleo no mercado internacional. Por um lado, os países produtores de petróleo trabalham com um cenário de redução de estoques. Com menos da commodity disponível, os preços tendem a subir. Mas por outro lado a China dá sinais de que seu crescimento econômico deste ano será bem mais modesto do que o imaginado, retirando da mesa uma demanda importante.

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Com a alta no preço da gasolina, vale a pena abastecer com etanol? Entenda

Com o aumento no preço da gasolina nas refinarias, anunciado ontem pela Petrobras, postos de combustíveis já começaram a anunciar valores mais altos ao consumidor. A empresa não anunciou mudanças no custo do etanol, mas é comum que os estabelecimentos alterem o preço do álcool ao ajustar o valor da gasolina. Para saber qual é a melhor alternativa para abastecer o carro, o consumidor deve aprender uma conta simples. A premissa é que vale mais a pena escolher o etanol quando o litro do álcool custar até 70% do preço do litro da gasolina. Para conferir qual combustível oferece maior vantagem basta seguir os passos abaixo: Multiplique o valor da gasolina por 70% (ou 0,7); Compare com o preço cobrado pelo etanol; O que for mais barato compensa mais. O GLOBO simulou um aumento de 6% no valor da gasolina nas bombas, tendo como base o último levantamento de preços publicado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), que compreende os dias entre 6 e 12 de agosto. Gasolina vence preço do etanol na maioria das capitais O repasse médio ao consumidor foi estimado por analistas e empresas especializadas no assunto. Considerando que o preço do etanol se mantenha no mesmo patamar da semana passada, deve valer mais a pena abastecer com gasolina na maior parte das capitais. Na média da última semana, o litro da gasolina em Porto Alegre (RS), por exemplo, custava R$ 5,55. Após o reajuste, ficaria em R$ 5,88. Multiplicando R$ 5,88 por 0,7, teremos R$ 4,11. O litro do etanol na capital gaúcha, porém, custava R$ 4,49 na semana passada. Comparando os dois valores, sai mais barato abastecer o carro com gasolina. Em sete capitais, o etanol pode vir a ser a melhor escolha: Belo Horizonte (MG); Brasília (DF); Campo Grande (MS); Cuiabá (MT); Goiânia (GO); Manaus (AM) e São Paulo (SP). Destas, antes do reajuste da gasolina, era mais vantajoso abastecer com o etanol apenas em Brasília e Campo Grande. Também tinham o álcool como melhor opção Belém (PA), Boa Vista (RR), Curitiba (PR) e Florianópolis (SC). Agora, em Curitiba e no Rio de Janeiro não deve haver diferença entre abastecer com etanol ou com gasolina. Nas duas cidades, ao reajustar em 6% o preço da gasolina da semana passada e multiplicar por 70%, o valor final encontrado é o mesmo cobrado pelo etanol. Antes do reajuste, valia mais a pena abastecer com etanol em Curitiba. No Rio, com gasolina. Florianópolis, Belém e Boa Vista também mudaram de lado: se antes o etanol era mais econômico, a previsão é de que agora a gasolina saia mais em conta. O ideal é que o consumidor sempre faça essa continha ao abastecer, sobretudo porque os valores variam entre os diferentes postos e localidades. Mas, considerando os patamares registrados pela ANP na semana passada, confira o que deve ser mais vantajoso em cada capital: Onde deve valer mais a pena abastecer com gasolina? Aracaju (SE) Belém (PA) Boa Vista (RR) Florianópolis (SC) Fortaleza (CE) João Pessoa (PB) Maceió (AL) Natal (RN) Palmas (TO) Porto Alegre (RS) Porto Velho (RO) Recife (PE) Rio Branco (AC) Salvador (BA) São Luís (MA) Teresina (PI) Vitória (ES) Onde o etanol deve sair mais em conta? Belo Horizonte (MG) Brasília (DF) Campo Grande (MS) Cuiabá (MT) Goiânia (GO) Manaus (AM) São Paulo (SP) Onde tanto faz? Curitiba (PR) Rio de Janeiro (RJ)

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Reforma Tributária será votada na primeira semana de outubro, propõe relator

O relator da Reforma Tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), apresentou nesta terça-feira (15) o plano de trabalho para a tramitação do texto na Comissão de Constituição e Justiça, com previsão de votação do relatório na primeira semana de outubro. Segundo o cronograma, o texto seria apresentado ao grupo uma semana antes, após sete audiências públicas, para ouvir representantes dos setores de serviços, industria, agronegócio, cooperativismo, estados e municípios. Segundo o documento, a intenção de Braga é manter "a estrutura original" da proposta, para realizar os aperfeiçoamentos "necessários para construir um texto que vá ao encontro das expectativas de toda sociedade". O documento elenca nove premissas para os debates, dentre elas neutralidade, redução de desigualdades, simplificação, transparência, segurança jurídica, fortalecimento do pacto federativo e preservação da autonomia dos entes federados em relação a fixação da alíquota. Também defende "excepcionalidades limitadas em relação ao regimes beneficiados, a partir de uma avaliação de custo benefício que leve em consideração parâmetros sociais, econômicos e tecnológicos". Braga também diz que a reforma deve se atentar aos parâmetros ambientais, preservar o simples nacional e a Zona Franca de Manaus (AM). Finalmente, diz que o fundo nacional e de desenvolvimento regional deve ter os "devidos aperfeiçoamentos". Em um primeiro encontro, Braga propõe reunir o secretário extraordinário da reforma, Bernardo Appy, com pesquisadores do tema, por exemplo da USP ou do Insper. Sobre o setor de serviços, quer convidar nomes da Sebrae, da OAB e da Confederação Nacional de Serviços, dentre outros. O tema da indústria deve ter como interlocutores entidades como a CNI, Fiesp, CNT, além do ministério do Desenvolvimento. Para o agronegócio, Braga quer chamar à CCJ a CNA, o Ministério da Agricultura, a Receita Federal e a Fazenda. Já no tema dos estados e municípios, o relator propõe debater com o TCU, Consefaz, Frente Nacional dos Prefeitos e Confederação Nacional dos Municípios, dentre outros. No total, a proposta prevê sete audiências públicas. Finalmente, o cronograma propõe que o relatório seja apresentado no final de setembro, para votação na primeira semana de outubro. "[A intenção é] viabilizar a votação da proposta no Senado em tempo hábil para que a Câmara possa novamente analisá-la, e nós tenhamos a promulgação da matéria até o final deste ano", diz o plano de trabalho.

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