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Gasolina mais cara que no exterior pode ter queda de preço para atenuar volta de PIS/Cofins

A gasolina e o diesel vendidos pela Petrobras nas refinarias para as distribuidoras estão acima da paridade com as cotações internacionais, e a estatal tem espaço para reduzir preços, dizem consultorias e entidades do setor de combustíveis. O cenário ocorre no momento em que o governo discute se retoma ou não a cobrança de PIS/Cofins sobre gasolina e etanol. A eventual redução dos preços da estatal ajudaria a conter a alta dos preços com a volta dos tributos. Os combustíveis tiveram redução desses impostos no meio da corrida eleitoral do ano passado, como medida para baixar a inflação e melhorar o desempenho do então presidente Jair Bolsonaro nas urnas. A desoneração vencia em 31 de dezembro e foi prorrogada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva no primeiro dia de governo. A prorrogação vence nesta terça-feira, 28. Na sexta, 24, Lula reuniu-se com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, mas não havia definição se a desoneração será ou não mantida. É certo apenas que o diesel não será reonerado, pelo menos por enquanto. Leia a notícia completa aqui.

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Empresa anuncia reativação de usina de etanol; 650 empregos devem ser gerados

O Grupo Agroterenas SA emdash; com mais de 70 anos de atuação no agronegócio emdash; trabalha para reativar a usina de etanol de Anaurilândia, em Mato Grosso do Sul. Em reunião com o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, o gerente administrativo Julio Coelho, o contador Eduardo Rodrigues, o diretor administrativo Cláudio Takao e o engenheiro florestal Cláudio Bertolucci, todos do Agroterenas, e o prefeito Edson Takazono, de Anaurilândia, trataram da concessão de incentivos fiscais e deram entrada ao pedido de Licença de Instalação do empreendimento. O Grupo Agroterenas pretende reativar a usina de Anaurilândia (antiga Usina Aurora) em 2024 e a previsão é que sejam gerados 650 empregos diretos. Atualmente, já estão trabalhando na empresa cerca de 300 funcionários, afirmou o empresário. Serão investidos mais de R$ 100 milhões para reativação da planta e produção estimada é de 80 mil metros cúbicos de etanol por ano. O secretário Jaime Verruck disse que o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) vai elaborar um cronograma para acompanhar o andamento das obras e proceder o processo de licenciamento de modo a não haver atrasos. eldquo;Isso mostra que o setor sucroenergético avança no estado. Tivemos há pouco o anúncio da usina de Paranaíba e agora também a usina de Anaurilândia que já tem mais de 300 funcionários trabalhando e começa a operar efetivamente em maio do ano que vemerdquo;, disse Verruck. Também acompanharam o prefeito Edinho Takazono o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Eliseu Gonçalves, e os vereadores Rafael Hamamoto, Jorge Santana, Maria Aparecida da Silva, Daniel da Silva e Danilo Bastos. Números esperados com a reativação da usina de etanol em MS Mato Grosso do Sul está posicionado nos primeiros lugares do ranking nacional do setor sucroalcooleiro. É o quarto maior produtor de cana-de-açúcar e exportador de bioeletricidade para o SIN (Sistema Integrado Nacional) e o quinto maior produtor de açúcar e de etanol. A atividade gera mais de 30 mil empregos diretos e só com o pagamento de salários, injetou mais de R$ 834 milhões na economia em 2021, conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), órgão do Ministério da Economia, e da Biosul. A cultura ocupa, atualmente, 800 mil hectares no estado espalhados por 39 municípios, sendo que 84% das lavouras estão concentradas na região Cone-Sul. Estão em operação 17 usinas, sendo que: Todas produzem etanol hidratado (o etanol usado como combustível); 12 unidades produzem o etanol anidro (que é misturado na gasolina); 10 produzem açúcar; e Todas transformam o bagaço e a palha da cana em eletricidade. Na parte de geração de energia, as usinas de etanol de Mato Grosso do Sul foram responsáveis pela geração de 2,3 megawatts/hora de energia em 2021, mais do que consumiram todas as residências do estado no período (2,1 MWh), conforme dados da concessionária de energia. Vencido um período longo de estabilidade em que fatores climáticos interferiram na produtividade, seguido da crise provocada pela pandemia covid-19, que abalou a economia em geral no país, o setor tem emitido sinais de que há espaço para retomar o crescimento. No início do ano, o Grupo Pedra Agroindustrial S/A, de Andradina (SP), anunciou a aquisição da planta da Usina Orbi Bioenergia, localizada na Fazenda Toca da Coruja, no distrito da Vila Raimundo, em Paranaíba. O empreendimento estava semiacabado e pertencia à Companhia Energia Renovável (Cern) e com a troca de dono passou a se chamar Usina Cedro. A expectativa é concluir as obras e começar a produção em 2024, quando se espera moer 1,2 milhão de toneladas de cana-de-açúcar até chegar à plena capacidade da planta de 5 milhões de toneladas. O investimento previsto na conclusão da Usina Cedro é de R$ 400 milhões e serão gerados até 1.200 empregos diretos e indiretos, conforme anunciou o Grupo na época.

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Isenção para gasolina custaria ao menos 200 mil empregos no setor de etanol, diz Unica

Se o governo brasileiro decidir manter a isenção de PIS/Cofins para a gasolina e etanol, a indústria do biocombustível poderá perder pelo menos 200 mil empregos diretos e indiretos, uma vez que ficará sem um diferencial tributário que antes favorecia o combustível renovável, disse nesta sexta-feira o presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). Evandro Gussi afirmou que a manutenção da desoneração --ou "o subsídio ao combustível fóssil" em detrimento do renovável-- custaria, assim, cerca de 8% dos empregos diretos e indiretos gerados pelo segmento de etanol no país, que hoje somam cerca de 2,5 milhões de vagas em uma indústria espalhada por 1.200 cidades brasileiras. O executivo da Unica, entidade que representa produtores de açúcar, etanol e bioenergia do centro-sul brasileiro, disse ainda que muitos investimentos encaminhados foram suspensos desde que o governo petista renovou por dois meses a desoneração para os combustíveis implementada na gestão Jair Bolsonaro, gerando dúvidas sobre as políticas para o setor. "Na condição atual, tem usina que não vale a pena moer cana para produzir etanol", disse Gussi, ressaltando que 30% da indústria de cana só faz etanol, não dispondo de fábrica de açúcar. Embora o governo tenha indicado uma reoneração a partir de março, há correntes contrárias ligadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), defendeu nesta sexta-feira o adiamento da volta do imposto até que a Petrobras mude sua política de preços. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também seria a favor da manutenção da desoneração. "É escandaloso, uma posição dessa de um governo que defende ações contra as mudanças climáticas", disse Gussi à Reuters, enquanto a Unica afirma que o etanol proporciona redução de até 90% das emissões de se comparado à gasolina. A chamada ala política do governo argumenta que a reoneração pode gerar inflação e ser impopular, uma vez que o retorno integral da tributação significaria um incremento no preço da gasolina de 79 centavos por litro em PIS/Cofins e mais 10 centavos por litro em Cide. Para o etanol, subiria 24 centavos. Já o Ministério da Fazenda conta com o retorno da tributação previsto para a próxima quarta-feira, disseram à Reuters duas fontes que acompanham o tema, embora ainda receiem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tome decisão em sentido contrário nos próximos dias. Além da questão ambiental, Gussi comentou que há temas sociais e fiscais que vão além do risco de alta de preços. E citou frase recente de Lula, de que o "bem comum do povo" deveria ser maior do que diferenças políticas, quando o presidente tratava de ações para minimizar a tragédia no litoral norte ao lado do governador Tarcísio de Freitas. O executivo disse que o petista deveria pensar nisso ao decidir pela reoneração. Para o presidente da Unica, desonerar a gasolina é tirar recursos que poderiam estar disponíveis aos mais pobres, incluindo daqueles que não têm carros. Se conseguir garantir a reoneração, a equipe econômica contará com um reforço de aproximadamente 29 bilhões de reais nos cofres federais em 2023. Gussi lembrou ainda que a medida provisória que trata sobre desoneração dos tributos PIS/Cofins sobre combustíveis, publicada no início do ano, é inconstitucional. Diferentemente do que aconteceu na lei aprovada no governo Bolsonaro, quando houve uma compensação de 3,8 bilhões de reais em créditos, na MP petista o setor não foi contemplado para que se cumprisse a obrigatoriedade legal de existir um diferencial tributário entre gasolina e etanol, garantindo competitividade ao combustível renovável, disse o presidente da Unica. "Está sendo pior que a mudança do Bolsonaro", disse, comparando posições de alguns petistas com as do governo anterior. Ele recordou ainda que em governos anteriores do PT cerca de cem usinas foram fechadas, quando a equipe econômica usava as políticas da Petrobras para controlar preços, o que impactava a produção de etanol. (Reuters)

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Marcelo Alecrim deixa Presidência do Conselho de Administração da ALE

De acordo com trecho do comunicado, Marcelo afirma que "a ALE foi um sonho que se tornou realidade, desde um pequeno posto de gasolina no interior do RN, dirigido pelo meu saudoso pai. Foi SAT, cresceu na persistência e amadureceu como ALE, uma das 50 maiores empresas do Brasil e a quarta no ranking de distribuição de combustíveis", diz. Ele destacou ainda que "graças ao esforço empreendido por uma comunidade de abnegados colaboradores e parceiros conseguimos fazer da ALESAT, nestes 27 anos, um exemplo de empreendedorismo de grande sucesso, reconhecido em cases de estudo por escolas nacionais e internacionais de administração", finaliza. Confira: Comunico aos amigos e amigas que deixo a Presidência do Conselho de Administração da ALE, após bem sucedido acordo societário com a Glencore. A ALE foi um sonho que se tornou realidade, desde um pequeno posto de gasolina no interior do RN, dirigido pelo meu saudoso pai. Foi SAT, cresceu na persistência e amadureceu como ALE, uma das 50 maiores empresas do Brasil e a quarta no ranking de distribuição de combustíveis. Graças ao esforço empreendido por uma comunidade de abnegados colaboradores e parceiros conseguimos fazer da ALESAT, nestes 27 anos, um exemplo de empreendedorismo de grande sucesso, reconhecido em cases de estudo por escolas nacionais e internacionais de administração. Agradeço a todos que me acompanharam na jornada até aqui: stakeholders, colaboradores, fornecedores e clientes! Foi percorrida uma longa estrada até hoje. Lembro todos e cada um dos que cerraram fileiras comigo em cada momento de desafio e transformação organizacional e a estes reconheço emocionado o empenho, a garra e a lealdade constantes. Assim, com crenças e esforços sempre renovados, haverei de continuar a contribuir em novas trincheiras para elevar ainda mais o conceito da terra brasileira através da capacidade realizadora do seu povo sério e trabalhador, em quem tanto acredito. Sobre a ALE fundada por Marcelo Alecrim Há 25 anos no mercado é a quarta maior distribuidora de combustíveis do Brasil. Nasceu da fusão da ALE Combustíveis, de Minas Gerais, com a Satélite Distribuidora de Petróleo, do Rio Grande do Norte. Atua em todo o território nacional com uma rede de com mais de 1.500 mil postos de combustíveis, que geram mais de 12 mil empregos diretos e indiretos e atendem mais de 6 mil clientes por mês.

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Com tributos, gasolina deve subir R$ 0,68

A equipe econômica sinalizou que o governo deverá retomar a cobrança dos impostos federais sobre combustíveis em março. A medida provisória (MP) que desonera PIS e Cofins sobre a gasolina e o álcool, editada no governo Bolsonaro e prorrogada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, termina no dia 28 de fevereiro. Cálculos do setor apontam para um aumento de R$ 0,68 no preço da gasolina nas bombas. Na última sexta-feira, após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o economista-chefe da corretora Warren Rena, Felipe Salto, disse ao Estadão que Haddad confirmou a volta da tributação. Na quarta-feira, o número 2 da Fazenda, Gabriel Galípolo, afirmou ao Estadão que, até agora, a decisão é pela reoneração. IMPACTO NA BOMBA. Com o fim da desoneração, a gasolina deverá aumentar em R$ 0,68 por litro nos postos, segundo cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Nas contas da entidade, o impacto da volta dos impostos no preço da gasolina nas refinarias será de R$ 0,79, pelo PIS/Cofins, e de R$ 0,10 pela Cide. Nos postos, após a mistura do etanol, o impacto na gasolina será de R$ 0,68 por litro. Já o etanol hidratado, com a mistura de 27% por litro de gasolina, deve subir R$ 0,24 por litro nos postos. Na comparação com os preços praticados no mercado internacional, o valor da gasolina nas refinarias da Petrobras está em média 8% mais alto, enquanto no do diesel esse número é de 7%.

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Projeções de inflação sobem e devem dificultar queda do juro

A expectativa do mercado para a inflação piorou nas últimas semanas, em movimento que deve dificultar a redução pelo Banco Central da taxa básica de juros, atualmente em 13,75%. Os analistas econômicos passaram a projetar inflação de até 6% este ano, quase 1 ponto porcentual a mais do que se previa na virada do ano. A piora está relacionada a sinais confusos na economia emitidos pelo governo Lula e à repercussão de medidas tributárias tomadas no ano passado pela gestão de Jair Bolsonaro para segurar a alta dos preços durante a sua campanha pela reeleição. Entre outras medidas, Bolsonaro isentou os combustíveis de impostos federais. O Ministério da Fazenda sinaliza que voltará a tributar os combustíveis a partir de março. As projeções de inflação para este ano e 2024 engataram uma sequência de piora nas últimas semanas, o que deve dificultar ainda mais a situação do Banco Central (BC) para reduzir a taxa básica de juros (Selic) endash; atualmente em 13,75%. No cenário atual, os economistas já projetam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2023 no patamar de 6%, acima do teto da meta definida pelo governo, que é de 4,75%. A nova estimativa de inflação é quase 1 ponto porcentual a mais do que se previa na virada do ano. Para 2024, as projeções já estão em 4%. A piora para o quadro da inflação ocorre por vários motivos. Ela tem a ver com as ações que o governo Jair Bolsonaro adotou no ano passado e os sinais confusos do início da administração Luiz Inácio Lula da Silva na área econômica, sobretudo, com relação ao rumo da política fiscal. eldquo;Basicamente, todas as revisões que temos feito este ano têm sido por conta de preços administrados (serviços e produtos com reajustes definidos por contratos ou regulados pelo setor público)erdquo;, afirma Júlia Passabom, economista do Itaú Unibanco. O banco aumentou de 5,8% para 6,3% a previsão para a inflação deste ano. Os administrados devem subir entre 10,5% e 11%. A lista de medidas que vão influenciar os administrados inclui a volta da cobrança de PIS e Cofins sobre gasolina e etanol (leia mais nesta página) e a de ICMS (imposto estadual) sobre eletricidade. Em 2022, de olho na sua campanha à reeleição, Bolsonaro colocou em marcha uma série de medidas tributárias para ajudar no controle da inflação. Ele zerou tributos sobre combustíveis e sancionou um projeto aprovado pelo Congresso que limitou a alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. As medidas foram criticadas do ponto de vista fiscal por ocasionar perda de arrecadação sem uma contrapartida. eldquo;Isso foi decisivo para termos uma inflação de 5,8% em 2022, ou o resultado seria um IPCA entre 8,5% e 9%erdquo;, afirma André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas. Os preços administrados explicam apenas uma parte do resultado da inflação deste ano. O IPCA ainda vai ser influenciado pela dinâmica da inflação de serviços, que costuma ter um comportamento mais persistente. eldquo;A situação piorouerdquo;, afirma o economista da LCA Consultores Fabio Romão. Ele revisou de 5,2% para 5,7% a previsão de inflação deste ano por conta da pressão dos serviços e, especialmente, da discussão sobre a questão fiscal, que tem impacto no câmbio e nas expectativas. SEM ÂNCORA. O que os economistas também têm apontado é que os primeiros movimentos do governo Lula na economia têm provocado uma desancoragem das expectativas inflacionárias. O presidente, por exemplo, criticou publicamente a condução da política monetária pelo BC, e o governo chegou a indicar que poderia rever metas de inflação. A equipe econômica também tem sido cobrada para apresentar a nova âncora fiscal que vai substituir o teto de gastos. Sem uma sinalização do controle das contas públicas, há uma piora da percepção de risco dos investidores com a economia brasileira. eldquo;Poderíamos ter uma inflação mais baixa desde que houvesse uma sinalização do governo em relação ao novo arcabouço fiscalerdquo;, afirma o economista Heron do Carmo, professor sênior da FEA/USP. O economista, que chegou a projetar alta de 5,5% para o IPCA deste ano, agora espera uma taxa mais próxima de 6%. Apesar de ter aumentado a previsão, Heron diz acreditar que, se o governo introduzir uma nova âncora fiscal factível, será possível atenuar as expectativas e a economia como um todo ter uma evolução melhor do que se espera hoje. ebull;

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