Ano:
Mês:
article

Vendas de gasolina e etanol disparam nas férias de janeiro, aponta ANP

As vendas de gasolina e etanol pelas distribuidoras dispararam em janeiro ante um ano antes, apontaram dados da reguladora ANP nesta terça-feira, em meio a um movimento de retorno das viagens de férias, que foram duramente impactadas pela Covid-19 em anos anteriores. As vendas de gasolina das distribuidoras subiram 14,8% em janeiro ante um ano antes a 3,755 bilhões de litros uma máxima para o mês desde 2015, quando foram vendidos 3,86 bilhões de litros. Na comparação com dezembro, no entanto, houve uma queda de 15,3% na comercialização. Já as vendas de etanol hidratado somaram 1,06 bilhão de litros, alta de 4,8% ante o mesmo mês do ano passado e queda de 20,5% na comparação com dezembro. Janeiro é período de férias, destacou o ex-diretor da ANP Aurélio Amaral. "O avião está caríssimo e a turma voltou a usar o carro", afirmou. As vendas de diesel pelas distribuidoras, combustível mais comercializado do país, por sua vez, caíram 2,1% em janeiro ante um ano antes e recuaram 9,9% contra o mês anterior, a 4,5 bilhões de litros. "Janeiro normalmente é um mês fraco nesse mercado, ainda a ocorrência de muitas chuvas no período impactou bastante na colheita da safra (de grãos) reduzindo a demanda por diesel", disse Amaral.

article

Venda de etanol sobe 1,2% na 1ª quinzena com impulso de anidro; moagem é residual, diz Unica

As vendas de etanol pelas unidades produtoras do centro-sul do Brasil totalizaram 1,09 bilhão de litros na primeira quinzena de fevereiro, aumento de 1,20% em relação ao mesmo período da safra 2021/2022, com impulso da comercialização do biocombustível anidro, informou a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), apontando ainda uma moagem residual na temporada 2022/23, que está perto do final. No mercado interno, a venda de etanol anidro (utilizado na mistura de 27% na gasolina) aumentou 10,59% na primeira metade de fevereiro, para 497,02 milhões de litros. Já o volume de vendas de etanol hidratado (usado diretamente nos carros) totalizou 561,56 milhões de litros, uma queda de 1,06% em relação ao mesmo período da safra anterior. "O volume vendido na primeira quinzena do mês também perdeu fôlego quando comparado à segunda quinzena de janeiro", notou a Unica. Todavia, no ano safra as vendas se mantêm em terreno positivo quando comparado ao ciclo agrícola passado, com 13,78 bilhões de litros de hidratado, um acréscimo de 0,60% em relação à safra 2021/2022. Considerando apenas o anidro, no acumulado da safra 2022/2023 as usinas venderam 9,75 bilhões de litros, alta de 8,59% em relação ao ciclo 2021/2022, o que demonstra a força do mercado de gasolina em meio a mudanças na tributação que tiraram a competitividade do combustível renovável hidratado. A moagem de cana do centro-sul do Brasil somou apenas 73 mil toneladas na primeira quinzena de fevereiro, uma vez que o setor está na entressafra. Já a produção de açúcar atingiu somente 2 mil toneladas. Ao término da quinzena, permaneciam em operação 12 unidades no centro-sul, sendo uma unidade com processamento de cana-de-açúcar e 11 empresas que fabricam etanol a partir do milho. Do total de etanol fabricado na quinzena, 98% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 202,32 milhões de litros neste ano contra 157,24 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2021/2022, disse a Unica.

article

Preço de combustíveis sobe antes mesmo do retorno da tributação, aponta pesquisa

O mais recente Índice de Preços Ticket Log (IPTL) apontou que, no fechamento de fevereiro, o preço da gasolina e do etanol se manteve em alta - e deve continuar crescendo a partir de março, quando os impostos federais sobre os combustíveis voltarão a ser cobrados. O litro da gasolina fechou o período com o preço médio nacional de R$ 5,40, com 1,42% de aumento quando comparado a janeiro. A média mais cara do País para o combustível foi registrada em Roraima, a R$ 6,10, e a mais barata, na Paraíba, a R$ 5,02. O etanol foi comercializado a R$ 4,44 na média nacional, com acréscimo de 1,16%, em relação ao fechamento do mês anterior. A média mais cara para o combustível foi registrada nos postos do Pará, a R$ 5,18, e a mais barata no Mato Grosso, a R$ 3,73, um dos únicos Estados a apresentar o etanol com uma margem de economia mais vantajosa para o abastecimento. A diferença de preço entre o preço médio mais barato e o mais caro para a gasolina chega a 21%, e para o etanol a 39%, segundo a Edenred Brasil (integrada pela Ticket Log). eldquo;O cenário é de alta para ambos e vale destacar que a volta da cobrança dos impostos federais sobre os dois combustíveis, a partir de março, pode refletir em mais aumento no preço médio comercializado nas bombas nos próximos meseserdquo;, destaca Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil. Nenhuma região registrou baixa no preço da gasolina e apenas o Sudeste, Centro-Oeste e Sul apresentaram redução no preço do etanol, de 2,09%, 1,71% e 1,15%, respectivamente. Assim como no início de fevereiro, a Região Norte permanece na liderança dos preços mais altos para os dois combustíveis e também com os maiores acréscimos em relação a janeiro. A gasolina no Norte foi comercializada a R$ 5,67, com alta de 2,88%; e o etanol fechou a R$ 4,76, com aumento de 5,26%. Já como reflexo das reduções, a Região Sul fechou o período com o menor preço médio do País para a gasolina (R$ 5,19) e o Centro-Oeste para o etanol (R$ 3,96). O acréscimo mais expressivo da gasolina no País ocorreu no Amazonas, onde foi comercializada a R$ 5,63 e aumentou 11,13%. Como reflexo, o etanol continua sendo a opção mais econômica para os motoristas amazonenses. Enquanto isso, o Distrito Federal registrou o maior recuo para o combustível, de 2,44%, que passou de R$ 5,20 para R$ 5,07. Já o etanol com aumento mais expressivo (3,68%) foi registrado no Sergipe, onde o combustível passou de R$ 4,27 para R$ 4,43. Diferentemente do início de fevereiro, a maior redução para o litro do etanol no fechamento de fevereiro foi identificada nos postos do Rio de Janeiro, de 3,78%, que fechou a R$ 4,41. eldquo;Com exceção do Amazonas e do Mato Grosso, os demais estados e o Distrito Federal tiveram a gasolina como combustível mais vantajoso para abastecimento. Ainda assim, por ser produzido a partir da cana-de-açúcar ou milho, o etanol é considerado ecologicamente mais viável, capaz de reduzir consideravelmente as emissões de gases responsáveis pelas mudanças climáticaserdquo;, explica Pina. O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log. Segundo a empresa, são 1 milhão de veículos administrados pela marca, com uma média de oito transações por segundo.

article

Confirmado: gasolina e etanol ficam mais caros nos postos a partir desta quarta

A partir desta quarta-feira (01/03) a gasolina e o etanol vão sofrer aumento de preços nos com a reoneração ou a volta da cobrança do PIS/Confins sobre os combustíveis. Os valores que serão cobrados ainda não foram definidos, mas as expectativa do mercado é que a gasolina custe até R$ 0,70 por litro. O aumento esperado varia de R$ 0,25 a R$ 0,33 por litro. A expectativa é que os postos repassem o aumento para os consumidores já no primeiro dia da cobrança do PIS/Cofins, prevista para esta quarta. A diferença no valor para encher um taque de 50 litros de gasolina poderá chegar a R$ 35, considerando um aumento de 70 centavos por litro. A preço de hoje, considerando o valor médio em Alagoas (R$ 5,07), encher os 50 litros custaria R$ 253,50 e, confirmado o aumento, esse valor deverá subir para R$ 288,50. Nessa segunda-feira (27/02), confirmando as expectativas do mercado, o Ministério da Fazenda antecipou que fará a reoneração da gasolina e do etanol a partir de março. No ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro zerou as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para a gasolina, o etanol, o diesel, o biodiesel, o gás natural e o gás de cozinha. Em 1º de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Medida Provisória 1.157, que previa a reoneração da gasolina e do etanol a partir de 1º de março e a dos demais combustíveis em 1º de janeiro de 2024. James Thorp Neto, o eldquo;Jimmyerdquo;, presidente da Fecombustíveis e do Sindicombustíveis-AL diz que o setor só deverá se pronunciar oficialmente, sobre os valores que serão repassados no preço final dos combustíveis, após a publicação dos novos valores do PIS/Cofins no Diário Oficial da União. James reforça que a Fecombustíveis defende que o governo mantenha zerado o PIS/Confins. eldquo;Para o segmento da revenda quanto mais barato o combustível, melhor. O preço mais baixo aumenta as vendas e beneficia todo o setorerdquo;, aponta. Quanto era Antes da desoneração, o PIS/Cofins era cobrado da seguinte forma: R$ 0,792 por litro da gasolina A (sem mistura de etanol) e de R$ 0,242 por litro do etanol. Se essas forem as novas alíquotas, o impacto será de R$ 0,69 e R$ 02,5 respectivamente (isso considerando que a gasolina tem C, além da gasolina A, tem em sua composição do etanol anidro, que terrá valor ser menor de PIS/Cofins). O governo ainda não definiu os valores que serão cobrados dos bombustíveis. Entre as possibilidades, estão a absorção de parte do aumento das alíquotas pela Petrobras, porque a gasolina está acima da cotação internacional, e a redistribuição de parte das alíquotas originais da gasolina para o etanol. Caso ocorra essa redistribuição, a gasolina poderia pagar, por exemplo, R$ 0,70 de PIS/Cofins por litro; e o etanol, R$ 0,33. No caixa O repasse do aumento das alíquotas aos consumidores dependerá das distribuidoras e dos postos de combustíveis. No início do ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a recomposição dos tributos renderá R$ 28,88 bilhões ao caixa do governo em 2023. Só em janeiro, segundo cálculos da Receita Federal divulgados na semana passada, o governo deixou de arrecadar R$ 3,75 bilhões com a prorrogação da alíquota zero. Competitividade A volta da cobrança do PIS/Cofins, que tem valores diferentes para cada tipo de combustível, pode melhorar a competitividade do etanol ante a gasolina. A paridade de preço considerada competitiva é de 70% (do etanol para a gasolina). Atualmente, o valor do etanol em Alagoas (considerando preço médio) é de 78% do preço final da gasolina. Considerando apenas o impacto da volta da cobrança de PIS/Cofins o valor do etanol deverá representar 73% do preço final da gasolina. Para alcançar a eldquo;paridadeerdquo; representantes do setor sucroenergético de Alagoas defendem que o governo federal também prorrogue a desoneração do etanol até o final deste ano, reonerando apenas a gasolina. Nesse caso, o etanol passaria a ter competitividade. Considerando o elsquo;novoersquo; valor previsto para a gasolina (R$ 5,79) e o valor atual do etanol (R$ 3,98) o preço final do etanol poderia representar 69% da gasolina.

article

Fazenda anuncia volta de tributação de combustíveis com carga maior sobre gasolina

O Ministério da Fazenda anunciou nesta segunda-feira, 27, a volta da tributação sobre os combustíveis, mas num modelo diferente em que é mais onerado combustível fóssil, como gasolina, do que biocombustível. Ou seja, a tributação será desenhada de um jeito que o combustível fóssil terá uma carga maior do que biocombustíveis (etanol), que é ambientalmente mais sustentável, como antecipou o Estadão/Broadcast. O ministério não explicou, porém, qual será o percentual de reajuste e nem o valor em reais por litro de cada combustível. Apenas disse que a volta garantirá arrecadação de R$ 28,8 bilhões ainda este ano. Outro ponto em discussão no novo modelo é fazer uma reestruturação ao longo da cadeia produtiva para penalizar menos o consumidor final, na bomba dos postos de gasolina. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, embarcou para o Rio de Janeiro para uma reunião como presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para discutir a reestruturação tributária. A área econômica rejeita a ideia de um eldquo;meio-termoerdquo; para a reoneração dos combustíveis, defendida por ministros da área política. Como mostrou o Estadão mais cedo, esse grupo defendia reoneração parcial. Para a área econômica, essa é uma solução que vai além da sustentabilidade fiscal, mas engloba também a questão da proteção ambiental e social. A avaliação é de que essa proposta é mais eldquo;criativaerdquo; ao onerar mais combustível fóssil do que biocombustível e ao mesmo fazer uma reestruturação da tributação ao longo da cadeia, que tem um componente social. Uma Medida Provisória está sendo desenhada. Será depois uma decisão do Congresso Nacional fazer a mudança ou voltar à tributação anterior.

article

Setor do etanol preparava ação na Justiça contra tributação do combustível

A ser anunciada nesta segunda (27), a diferenciação na cobrança dos tributos federais sobre a gasolina e o etanol era pleito do setor sucroalcooleiro, que vinha cobrando Fernando Haddad e outros ministros, e cogitou até entrar com ação no STF. O argumento é que o etanol, segundo a Emenda Constitucional 15, aprovada no ano passado, tem tratamento diferenciado na tributação em relação aos combustíveis fósseis, o que não havia sido levado em conta na redução do PIS/Cofins. Entidades e parlamentares ligados ao setor informaram Haddad, Geraldo Alckmin e os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Agricultura, Carlos Fávaro, do problema e, nas últimas semanas, fizeram chegar a queixa a Lula, com o argumento de que isso é prejudicial à imagem do Brasil no exterior. A estratégia era aguardar a palavra final do governo sobre prorrogar ou não a desoneração para, a partir daí, agir juridicamente. Mas com a decisão do governo de aplicar a tributação de forma diferenciada, o setor se deu por satisfeito. A próxima batalha dos biocombustíveis agora é na reunião do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) de março, que deve deliberar sobre o percentual de biodiesel na mistura do diesel. O governo Bolsonaro reduziu a mistura para 10%, alegando que isso ajudaria a baixar os preços. Produtores afirmam que o retorno ao mínimo de 13% teria impacto nulo no preço nas bombas neste momento.

Como posso te ajudar?