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Vendas no varejo do Brasil crescem 0,8% em março e renovam recorde da série do IBGE

As vendas no varejo brasileiro avançaram 0,8% em março na comparação com o mês anterior e caíram 1,0% sobre um ano antes, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (15). É o terceiro mês seguido de alta. Com o resultado, o setor renovou mais uma vez o recorde de uma série histórica iniciada em 2000. A máxima anterior havia sido alcançada em fevereiro de 2025, segundo o IBGE. O resultado, contudo, ficou abaixo da expectativa da Reuters, que projetava um avanço de 1% na comparação mensal e de queda de 0,5% sobre um ano antes. Um cenário de inflace#807;ae#771;o elevada, polie#769;tica monetae#769;ria retracionista e acomodace#807;ae#771;o no mercado de trabalho devem levar a economia a uma desaceleração gradual neste ano, segundo analistas, podendo desanimar os consumidores, principalmente em relação a produtos mais dependentes de crédito. O Banco Central elevou na semana passada a taxa básica de juros Selic a 14,75% ao ano. Ainda pairam sobre o cenário os efeitos sobre a economia global das tarifas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Entre as oito atividades pesquisadas na pesquisa do IBGE sobre o varejo em março, seis tiveram resultado positivo sobre o mês anterior. "No último mês, o que chama mais atenção é o perfil distribuído do crescimento intersetorial. Tivemos seis atividades em crescimento, inclusive as com mais peso, como a farmacêutica e hiper e supermercados", disse o gerente da pesquisa no IBGE, Cristiano Santos. Os destaques foram os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (+28,2%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+3,0%). Santos explicou que o desempenho positivo do setor de livros e jornais aconteceu em março desta vez, e não em fevereiro como nos últimos anos, por conta de variações no calendário escolar e variações nos momentos de fechamento de contratos novos. Já as vendas de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançaram 0,4% no mês. Os demais resultados positivos em março vieram de outros artigos de uso pessoal e doméstico (+1,5%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+1,2%); e tecidos, vestuário e calçados (+1,2%). Tiveram retração nas vendas móveis e eletrodomésticos (-0,4%) e combustíveis e lubrificantes (-2,1%). "O setor de combustíveis e lubrificantes vinha de dois resultados no campo positivo em janeiro e fevereiro. No mês de março há um rebatimento desse crescimento, que reflete também uma demanda menor por combustíveis naquele mês", disse Santos. No comércio varejista ampliado --que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo --houve avanço de 1,9% em março sobre fevereiro. (Reuters)

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Combustíveis registram queda nos preços na primeira quinzena de maio

Na primeira quinzena de maio, os motoristas brasileiros encontraram um leve alívio no bolso na hora de abastecer. Segundo levantamento do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), a gasolina e o etanol apresentaram recuos de 0,46% e 0,45%, respectivamente, em comparação com o mesmo período de abril. Com isso, o preço médio da gasolina caiu para R$ 6,43 e o do etanol para R$ 4,46 em todo o país. Segundo Renato Mascarenhas, diretor de Rede, Operações e Transformação da Edenred Mobilidade, a queda nos preços ocorre devido a uma conjuntura favorável de mercado. eldquo;As diminuições refletem a competitividade no setor de combustíveis, impulsionadas pela intensificação da safra de etanol e pela estabilidade nos preços internacionais do petróleo. Mesmo pequenos, esses recuos representam alívio ao consumidorerdquo;, destaca. A análise regional mostra que a tendência de queda foi acompanhada por praticamente todas as regiões do país. O Sudeste se destacou ao registrar a maior redução no preço do etanol, de 0,91%, com o combustível sendo comercializado, em média, a R$ 4,34 emdash; o menor valor entre todas as regiões. Já o preço médio mais baixo da gasolina também foi verificado no Sudeste: R$ 6,28. Por outro lado, o Norte concentrou os preços mais altos para ambos os combustíveis. A gasolina chegou a R$ 6,89, mesmo com queda de 0,86%, e o etanol manteve a média mais cara do país: R$ 5,23, após recuo de 0,19%. A exceção ao movimento de baixa foi a região Centro-Oeste, onde ambos os combustíveis apresentaram alta: a gasolina subiu 0,77%, alcançando R$ 6,55, e o etanol teve incremento de 1,37%, com preço médio de R$ 4,45. Por estado Em nível estadual, os dados do IPTL apontam Pernambuco como o estado com a maior queda no preço da gasolina: 3,03%, com o litro sendo vendido a R$ 6,41. Já o Distrito Federal registrou a maior alta, de 1,65%, com o combustível atingindo R$ 6,79. O preço mais em conta foi encontrado em São Paulo: R$ 6,23. Para o etanol, Goiás liderou com a maior alta do período, de 5,58%, elevando o preço médio para R$ 4,54. A maior redução ocorreu em Rondônia, onde o combustível caiu 4,30%, chegando a R$ 5,12. O Amazonas registrou o etanol mais caro do Brasil, a R$ 5,48, enquanto São Paulo teve o menor valor: R$ 4,21. Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular De acordo com o IPTL, o etanol se mostrou financeiramente mais vantajoso do que a gasolina em 11 estados, com destaque para as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Além do custo, o biocombustível também representa uma escolha ambientalmente mais sustentável, por emitir menos poluentes.

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AIE eleva previsão da demanda por petróleo devido a menor impacto de tarifas e preços mais baixos

O crescimento da demanda global por petróleo deve ser mais forte do que o previsto anteriormente, devido aos preços mais baixos do petróleo e ao impacto menos severo das tarifas americanas sobre a economia, afirmou a Agência Internacional de Energia (AIE). A agência, sediada em Paris, elevou sua previsão econômica, projetando um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global de 2,8% para este e o próximo ano. As estimativas permanecem cerca de meio ponto percentual abaixo dos níveis do início do ano, já que a alta incerteza política continua a pesar sobre o sentimento do consumidor e das empresas. Como resultado, o crescimento da demanda global agora é estimado em 741 mil barris por dia este ano, ante 726 mil barris por dia anteriormente, atingindo uma média de 103,9 milhões de barris por dia. No próximo ano, a demanda deve aumentar em 760 mil barris por dia. As projeções permanecem substancialmente inferiores às da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), já que o cartel prevê atualmente um crescimento da demanda de cerca de 1,3 milhão de barris por dia em ambos os períodos. Os preços do petróleo caíram mais de US$ 1 o barril no início do pregão de quinta-feira, em meio ao otimismo renovado em relação a um potencial acordo nuclear entre os Estados Unidos e o Irã e ao recente aumento nos estoques de petróleo dos Estados Unidos. No início desta semana, os preços de referência se recuperaram das mínimas recentes, depois que os Estados Unidos e a China concordaram em suspender as tarifas sobre os produtos um do outro por 90 dias, aliviando os temores de uma recessão. No entanto, a incerteza persistente sobre a direção futura das negociações comerciais está limitando novas altas. A AIE também reiterou seus apelos por um excedente significativo de oferta no próximo ano, afirmando que espera que a oferta global de petróleo aumente em 1,6 milhão de barris por dia em 2025 e 970 mil barris por dia em 2026. No relatório do mês passado, a agência havia projetado um crescimento de 1,2 milhão e 960 mil barris por dia nos períodos. Produtores não pertencentes à Opep e aliados (Opep +) devem adicionar 1,3 milhão de barris por dia este ano, apoiados pela forte produção da China, Canadá e Brasil. As projeções para o próximo ano foram reduzidas para 820 mil barris por dia devido ao impacto dos preços mais baixos sobre o petróleo não convencional dos Estados Unidos. eldquo;Os preços mais baixos do petróleo levaram alguns produtores de petróleo não convencional a reduzir gastos e níveis de atividadeerdquo;, afirmou a AIE. A Opep+ emdash; que produz mais da metade do petróleo bruto mundial emdash; deve aumentar a produção em 310 mil barris por dia em 2025 e em mais 150 mil barris por dia em 2026. O grupo concordou em acelerar os aumentos de produção pelo segundo mês consecutivo em junho, alimentando preocupações sobre um grande excesso de oferta nos próximos meses. No entanto, a AIE afirmou que apenas a Arábia Saudita teria capacidade para aumentar significativamente a produção. Ao mesmo tempo, sanções mais rígidas dos Estados Unidos à Venezuela e ao Irã poderiam reduzir a escala do excesso de oferta. Em abril, a produção iraniana permaneceu robusta apesar do aumento da pressão, enquanto a produção venezuelana foi a mais afetada, caindo 130 mil barris por dia em relação ao mês anterior, disse a agência. (Por Dow Jones emdash; Barcelona)

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Usinas do Brasil avaliam produzir mais etanol com queda nos preços do açúcar

Alguns processadores de cana-de-açúcar no Brasil estão acompanhando de perto a diferença de preço entre o açúcar e o etanol e podem começar a produzir mais do biocombustível, se os preços do adoçante continuarem a cair e os preços do petróleo continuarem a se recuperar das mínimas recentes. A possível mudança na estratégia de produção foi um dos principais tópicos em uma reunião anual do mercado de açúcar em Nova York nesta semana. eldquo;Não falamos sobre o etanol há algum tempo, mas com a redução da diferença, o assunto está de voltaerdquo;, disse o analista de açúcar Michael McDougall, referindo-se à diferença de preço entre o açúcar e o etanol para os processadores brasileiros de cana-de-açúcar. A maioria das usinas no Brasil, o maior produtor de açúcar e o segundo maior produtor de etanol do mundo, tem flexibilidade para ajustar suas usinas para produzir mais ou menos açúcar e etanol, dependendo dos preços de mercado de ambos os produtos. Nos últimos quatro anos, aproximadamente, o açúcar tem proporcionado melhores retornos para as usinas, devido aos preços internacionais mais altos do adoçante e aos preços mais baixos do etanol no mercado interno brasileiro. eldquo;Há uma possível mudança no mix de produção brasileira se os preços do açúcar caírem abaixo de 17 centavos de dólarerdquo;, disse Rodrigo Martini, diretor de Açúcar e Etanol da corretora StoneX. Um trader internacional de açúcar, que pediu para não ter seu nome revelado, estimou que, se os preços do açúcar caírem para cerca de 16,5 centavos de dólar por libra-peso, o Brasil cortaria 1 milhão de toneladas métricas de produção de açúcar, já que a cana seria usada para produzir etanol. Os preços do açúcar bruto na ICE atingiram o menor valor em três anos em 2 de maio, a 16,97 centavos de dólar por libra-peso. Na quinta-feira, recuperou-se parcialmente, chegando a cerca de 17,7 centavos de dólar. Os preços do petróleo nos EUA fecharam acima de US$61 o barril nesta quinta-feira, versus mínima de cerca de US$57 em 5 de maio. As usinas que estão a uma longa distância dos portos exportadores de açúcar no Brasil, nos Estados de Goiás ou Mato Grosso do Sul, por exemplo, poderiam fazer a mudança mais cedo, disse Gustavo Segantini, diretor da fabricante de açúcar e etanol Tereos, uma vez que vendem etanol localmente, enquanto que para exportar açúcar têm custos extras com logística. (Reuter)

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AIE estima desaceleração na demanda global de petróleo até o final de 2025

A Agência Internacional de Energia (AIE) informou nesta quinta-feira (15) uma revisão para baixo em sua estimativa de crescimento da demanda global por petróleo até o final de 2025. A nova projeção aponta um aumento de 650 mil barris por dia (bpd) para o restante do ano, em comparação aos 990 mil bpd registrados no primeiro trimestre de 2025. A AIE atribui a desaceleração a fatores como os desafios econômicos persistentes e o avanço nas vendas de veículos elétricos (VEs), que vêm reduzindo gradualmente a dependência global do petróleo como matriz energética. O relatório também ajustou a previsão média de crescimento da demanda para 2025 para 740 mil bpd, representando um acréscimo de 20 mil bpd em relação ao relatório anterior. Já para 2026, a expectativa é de que o crescimento da oferta global ultrapasse levemente o da demanda, com uma média de 760 mil bpd. A agência destacou que a crescente incerteza nas relações comerciais globais tende a impactar negativamente a economia mundial, o que, por sua vez, pode limitar ainda mais o avanço da demanda por petróleo nos próximos trimestres.

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Cenário é desafiador e vai exigir medidas como redução significativa de custos, diz CEO da Petrobras

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que o cenário atual, com a cotação do barril de petróleo tipo Brent a US$ 65, é desafiador e vai exigir medidas como simplificação de projetos, redução significativa de custos e garantia de boas margens de comercialização de produtos. Com o preço do Brent, referência internacional de contratos, nesse patamar de preços, a empresa está eldquo;endereçandoerdquo; medidas de proteção, eldquo;como todas as petroleiras estão fazendoerdquo;, segundo Chambriard, em teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre, nesta terça-feira (13) Clique aqui para continuar a leitura.

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