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Petróleo fecha em alta impulsionada pela divulgação de dados da China

O petróleo avançou nesta quarta-feira (5), impulsionado por dados da China e ampliando ganhos durante o pregão, conforme o mercado consolidava apostas por redução de juros nos EUA neste ano. A alta vem após os preços caírem quase 5% nos últimos dois dias. O WTI para julho fechou em alta de 1,12% (US$ 0,82), em US$ 74,07 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto subiu 1,16% (US$ 0,89), a US$ 78,41 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na noite de ontem, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços da China em maio ficou acima do esperado e indicou expansão da atividade, no maior nível desde julho de 2023. Na visão do City Index, a leitura positiva deu um respiro ao mercado de commodities, diante de expectativas de demanda forte na região. Durante a tarde, os preços chegaram a oscilar e operar no vermelho, acompanhando o fortalecimento do dólar contra divisas desenvolvidas. Mas o recuo não se sustentou. Mais cedo, o Departamento de Energia (DoE) dos EUA informou que os estoques petrolíferos no país tiveram inesperado aumento na semana passada, enquanto era esperado recuo. Hoje, o PMI de serviços dos EUA ficou acima da expectativa em maio, de acordo com leitura do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês. Enquanto isso, a ADP registrou criação de empregos levemente abaixo da expectativa para o mesmo mês. Com isso, a curva futura ampliou apostas para cortes acumulados de 50 pontos-base em 2024, segundo monitoramento do CME Group. Os preços do petróleo, então, firmaram-se em alta, em meio ao otimismo renovado nos mercados.

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Etanol é mais competitivo que a gasolina em 9 Estados e no DF; veja lista e preços

O etanol esteve mais competitivo em relação à gasolina em 9 Estados e no Distrito Federal na semana passada. Na média dos postos pesquisados no país, no período, o etanol tinha paridade de 65,13% ante a gasolina, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol era mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Acre (68,40%), Amazonas (67,61%), Espírito Santo (69,85%), Goiás (65,87%), Mato Grosso (60,76%), Mato Grosso do Sul (64,02%), Minas Gerais (67,81%), Paraná (65,56%) e São Paulo (64,77%), além do Distrito Federal (65,98%). No restante dos estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. Preços Os preços médios do etanol hidratado caíram em 13 estados e no Distrito Federal, subiram em oito e ficaram estáveis em cinco outros estados (Acre, Amapá, Amazonas, Roraima e Santa Catarina) na semana passada. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, os preços médios do etanol caíram 0,26% em comparação com a semana anterior, passando de R$ 3,82 para R$ 3,81 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 1,09% no período, de R$ 3,68 para R$ 3,64. A maior alta porcentual na semana, de 6,37%, foi registrada em Goiás, onde o litro subiu de R$ 3,61 para R$ 3,84. A maior queda porcentual, de 1,67%, ocorreu em Mato Grosso, com o litro passando de R$ 3,59 para R$ 3,53. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,89 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 5,97, foi registrado na Paraíba. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,53, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Amapá, de R$ 4,99 o litro. Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no país caiu 0,78%. A maior alta no período, de 11,34%, foi registrada no Rio Grande do Norte. A maior queda no mês, de 4,98% foi observada no Distrito Federal. (Estadão Conteúdo)

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"Brasil tem uma matriz energética única, e a Vibra impulsiona ainda mais isso", afirma CEO

O executivo Ernesto Pousada, CEO da Vibra Energia, destacou os avanços e estratégias da empresa, que se destaca como a maior distribuidora de combustíveis do Brasil e a única presente em todo o território nacional. Em entrevista à CNN, Pousada falou sobre sustentabilidade, transição energética, e também destacou o posicionamento e ampliação da marca nos mercados nacional e internacional. eldquo;Temos mais de 8 mil postos de combustível da marca Petrobras em todos os estados do Brasilerdquo;, destacou o executivo, enfatizando a abrangência da rede que atende cerca de 30 milhões de consumidores. O executivo também falou sobre a participação no setor de aviação. eldquo;Sessenta por cento dos voos que decolam no Brasil são abastecidos pela Vibraerdquo;, afirmou Pousada. Sobre o tema da transição energética, Pousada descreveu a atuação da empresa no mercado de distribuição de combustíveis já produzidos no Brasil. eldquo;Nesse contexto, o etanol, um produto renovável, ganha destaque. Ele já faz parte desse modelo de transição energéticaerdquo;, pontuou, acrescentando que a produção de do combustível a partir do milho está em crescimento. Energia limpa e investimentos Durante a entrevista, Pousada destacou a posição do Brasil, que figura como uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com cerca de 45% de sua energia proveniente de fontes renováveis, em contraste com 15% no mundo desenvolvido. eldquo;O Brasil tem uma matriz energética única, e a Vibra impulsiona ainda mais issoerdquo;, ressaltou Pousada. A empresa destaca o investimento de cerca de R$ 4 bilhões em transição energética, com destaque para a Comerc, uma das maiores geradoras de energia solar do país, na qual a Vibra possui 50% de participação. A Vibra também investe em biogás e biometano, com uma planta em operação que transforma lixo de aterros sanitários em energia renovável e limpa. eldquo;Um dos pilares da Vibra é oferecer opções de transição energética e descarbonização para nossos clienteserdquo;, disse Pousada, mencionando a crescente oferta de soluções para veículos elétricos. Mercado internacional O mercado internacional é visto como uma grande oportunidade por Pousada, já que traça planos para o desenvolvimento de um combustível que irá substituir a querosene, utilizada em aeronaves. eldquo;A Vibra já está desenvolvendo a produção de combustível sustentável de aviação, que no futuro substituirá a queroseneerdquo;, revelou o CEO, destacando o potencial do Brasil para se tornar um líder global na produção e exportação de energia limpa.

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Carro brasileiro a etanol serve de modelo para descarbonização na Índia

O conhecimento brasileiro sobre o etanol começa a ser exportado para a Índia. Um programa dedicado ao combustível renovável faz parte da estratégia de descarbonização do país asiático, que possui plantações de cana-de-açúcar. A estratégia é semelhante à adotada no Brasil no fim dos anos 1970, com o Proálcool. O programa brasileiro foi uma resposta local à primeira grande crise do petróleo, em 1973. A índia também deseja reduzir a dependência econômica dos combustíveis fósseis, mas as iniciativas em favor do etanol fazem parte de um plano que prevê o lançamento de carros flex. Em março, o país asiático iniciou a comercialização do E100 (igual ao etanol encontrado no Brasil) em alguns postos, além de confirmar a adição de 20% deste combustível à gasolina entre 2025 e 2026. Montadoras instaladas aqui também atuam naquele mercado. Uma delas é a Toyota, que, em 2022, enviou para a Índia duas unidades do sedã médio Corolla com tecnologia híbrida flex (que concilia gasolina, etanol e eletricidade). Enquanto os carros vão, os interessados vêm. "O Brasil é hoje o primeiro produtor mundial de cana-de-açúcar, a Índia é o segundo e a Indonésia é o terceiro. Temos também a Tailândia nesse grupo. A partir do ano passado, nós começamos a receber visitas emdash;e quando digo elsquo;nósersquo;, me refiro ao Brasilemdash; de autoridades indianas interessadas no etanol", diz Evandro Maggio, presidente da Toyota do Brasil. "Eles vieram visitar as plantações de cana-de-açúcar e as usinas de etanol para saber como o processo é feito. Falaram também com as autoridades brasileiras e entraram em contato conosco aqui na Toyota." No ano passado, a empresa revelou um protótipo do SUV Inova Hycross capaz de rodar com o combustível derivado da cana. É um modelo luxuoso, cujas versões híbridas custam o equivalente a R$ 180 mil no mercado indiano. Trata-se, contudo, de um carro caro para os padrões daquele país, onde um Renault Kwid parte de R$ 30 mil. Assim sendo, será preciso lançar carros flex ou 100% a etanol de apelo popular. Novamente, o Brasil é o país mais indicado para fornecer essa tecnologia, já que domina a produção de motores 1.0 flex. A Volkswagen é outra empresa que aposta na expansão para outros mercados dos veículos que podem ser abastecidos com etanol. Em 2021, a montadora alemã anunciou a criação de um centro global para desenvolvimento de tecnologias biocombustíveis no Brasil. A iniciativa faz parte de um ciclo de investimentos que soma R$ 16 bilhões. Os principais produtos serão modelos híbridos flex, apontados como tendência para o mercado nacional nos próximos anos. Assim como ocorre no Brasil, as montadoras instaladas na Índia não devem investir alto nos carros 100% elétricos. Por ser renovável e praticamente neutro em carbono, o etanol será a principal alternativa "verde" para os automóveis naquele país, embora emita alguns poluentes na queima.

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Vendas de veículos em maio caem 12% em relação a abril devido a enchentes

As vendas de veículos novos tiveram crescimento de 10,1% no mês passado, frente a maio de 2023, chegando a 194,3 mil unidades, conforme balanço divulgado nesta terça-feira, 4, pela Fenabrave, a associação que representa as concessionárias. Por outro lado, na comparação com abril, as vendas caíram 12%, refletindo o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, Estado que responde por 5% do mercado de carros. O levantamento da Fenabrave engloba carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Desde o início do ano, o crescimento do mercado de veículos é de 15%, com 929,6 mil unidades licenciadas nos cinco primeiros meses de 2024. eldquo;Embora o momento seja de cautela, em razão das dificuldades enfrentadas no Rio Grande do Sul, cujos prejuízos das enchentes ainda estão sendo contabilizados, as condições favoráveis do crédito mantiveram o mercado aquecido no restante do Paíserdquo;, comentou o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior. Vendas de motos As vendas de motos reduziram o ritmo de crescimento em maio, quando a alta frente ao mesmo mês do ano passado foi de apenas 1,9%. No total, 164,5 mil motocicletas foram vendidas no País, segundo a Fenabrave. Frente a abril, houve uma queda de 3,4% nas vendas do veículo de duas rodas. Ainda assim, desde o início do ano, o crescimento é de 20%, para 767,1 mil motos. O volume é superior às vendas de carros de passeio no período (685 mi unidades), refletindo a melhora nas condições de crédito, a expansão dos serviços de entrega (delivery) e a busca dos consumidores por veículos mais baratos e econômicos no consumo de combustível. eldquo;A queda ocorrida em maio (frente a abril) se deu em função da estabilidade na oferta de crédito e de um possível impacto dos emplacamentos não realizados no Rio Grande do Sul, o que ainda estamos apurandoerdquo;, comentou o presidente da Fenabrave.

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PIB sobe 0,8% no primeiro trimestre

Puxado pelo setor de serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) acelerou e cresceu 0,8% no primeiro trimestre, na comparação com os últimos três meses de 2023, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE. Em relação ao primeiro trimestre de 2023, o avanço chegou a 2,5%. Pela leitura dos analistas, a atividade começou o ano mais forte do que o previsto, sobretudo em janeiro e fevereiro. No fim de 2023, o nível de atividade dava sinais de fraqueza. O IBGE revisou o desempenho do PIB no último trimestre do ano passado endash; houve uma queda de 0,1% (o número anterior era de estabilidade). eldquo;É um crescimento um pouco melhor do que a gente estava imaginando (na virada do ano)erdquo;, disse Alessandra Ribeiro, economista e sócia da consultoria Tendências, sobre o desempenho observado nos primeiros meses do ano. Os economistas já vinham ajustando as previsões para o PIB de 2024 ao longo do primeiro trimestre. No primeiro relatório Focus do ano, por exemplo, os analistas consultados pelo Banco Central estimavam um crescimento de 1,59%. No divulgado na última segunda-feira, a projeção já estava em 2,05%. eldquo;Foi um resultado bom (do primeiro trimestre)erdquo;, disse Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank. Olhando o resultado do trimestre pelo lado da oferta, o setor de serviços cresceu 1,4%, puxado pelo comércio, que teve alta de 3%. A indústria encolheu 0,1%. Tradicionalmente com resultados positivos concentrados no início do ano, a agropecuária avançou 11,3%. Pela ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 1,5% e foi beneficiado pela força do mercado de trabalho endash; com baixo desemprego e aumento da renda endash;, e pelos impulsos fiscais, como o pagamento dos precatórios, além do reajuste real do salário mínimo. eldquo;Em grandes números, no ano passado houve um aumento dos gastos públicos na casa de R$ 200 bilhões. Neste ano, o incremento está na faixa de R$ 100 bilhõeserdquo;, diz Alessandra. Só o pagamento de precatórios representou um crescimento adicional de 0,2 ponto porcentual nesses gastos entre janeiro e março, de acordo com a Tendências. Ao todo, R$ 40 bilhões dessa conta foram para o consumo. CENÁRIO FUTURO. Apesar do bom início de ano, o desempenho da economia deve ser afetado pela tragédia no Rio Grande do Sul. Uma análise ainda preliminar da Tendências indica que o impacto das enchentes no Estado deve tirar 0,3 ponto do PIB brasileiro em 2024. eldquo;Para o ano, estamos com uma projeção de (alta do PIB) de 1,8%. Se fosse apenas pelos dados do primeiro trimestre, revisaríamos o PIB positivamente, mas resolvemos não fazer a revisão por causa dos efeitos da tragédiaerdquo;, diz Alessandra. Um outro entrave para o crescimento tem a ver com os juros, que tendem a seguir num patamar mais elevado do que o esperado no início de 2024. eldquo;Os dados de abril até foram positivos, mas, como tem a questão do Rio Grande do Sul, maio e junho serão afetados. Com esses problemas e juros mais altos do que imaginávamos, o cenário é de um PIB de 2% (em 2024)erdquo;, diz Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

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