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Energia solar já representa 11,6% da matriz no País

O Brasil ultrapassou a marca de 26 gigawatts (GW) de potência instalada na fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O número, equivalente a 11,6% da matriz elétrica instalada no País, foi divulgado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Mapeamento da entidade mostra que, em um ano, a energia solar cresceu aproximadamente 83%, saltando de 14,2 GW para os atuais 26 GW. Desde julho do ano passado, a fonte solar tem crescido, em média, 1 GW por mês. No segmento de geração própria de energia, são 18,1 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 92,1 bilhões em investimentos para a instalação do sistema. ebull;

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'Multa por falta de igualdade salarial vai doer no bolso'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve apresentar hoje projeto de lei que aumenta valor da multa para empresa que pagar salário diferente a homem e mulher na mesma função. Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, a obrigação de igualdade salarial já está prevista na legislação brasileira, mas a multa hoje para quem a descumpre é irrisória. A seguir, trechos da entrevista dada à Rádio Eldorado. A legislação já prevê igualdade salarial de homens e mulheres. Por que é necessária nova lei sobre isso? A CLT, há 80 anos, já dizia que um homem e uma mulher com mesmo cargo, mesma função, mesmo perfil tinham que ganhar salário igual. Só que, como não havia nenhuma pena, nenhuma punição, virou letra morta. Em 1988, a elsquo;bancada do batomersquo; conseguiu colocar pela primeira vez no texto da Constituição que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Então, por si só, já valeria para dizer que, se homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações e a mulher está exercendo a mesma função do homem, se tem mesma capacidade, mesmo grau de escolaridade, ela já tem que ganhar salário igual. Mas isso também foi insuficiente. Quando veio a reforma trabalhista em 2017, a bancada feminina conseguiu dar um avanço. Só que, para nossa surpresa, o texto apresentado e aprovado na reforma acabava estimulando empregadores a pagar para ver. Ou melhor, não pagar porque a multa é irrisória. Pasmem, ela hoje é de até 50% do maior benefício da Previdência Social, ou seja até cinco salários mínimos, um pouco menos que isso. Então o mau empregador fala: elsquo;Bom eu vou pagar um ano, dois anos, três anos de salários mais baixos, vou infringir a lei porque, se receber a multa, ela é muito pequena considerada a diferença salarial que vou deixar de pagar por um ano, dois anos ou mais tempo. Então essa lei que o presidente da República vai apresentar ao Brasil, que vai para o Congresso Nacional, fala realmente em impor essa obrigatoriedade de igualdade salarial fazendo doer no bolso, aumentando a multa e estabelecendo regras. Como vocês pretendem lidar com as resistências? Nós já enfrentamos isso na reforma trabalhista. Depois de 2017, a bancada feminina avançou num projeto que foi aprovado na Câmara e no Senado que estabelecia multa de até cinco vezes a diferença salarial. Então, hipoteticamente, uma mulher que trabalhou um ano e ganhou R$ 200 a menos que um homem multiplicaria R$ 200 por 12 meses e receberia uma multa de até cinco vezes esse total. Claro que o juiz ia ver se era caso de reincidência ou não. Então era um projeto razoável, mas lamentavelmente o então presidente da República (Jair Bolsonaro) o recebeu e pediu para voltar ao Congresso. Acho que foi o único projeto em que Câmara e Senado aprovam, vai para o Executivo e depois é devolvido. O presidente poderia vetar o projeto, mas não teve a coragem de assumir esse risco porque ia ficar mal com as mulheres brasileiras. Mas isso é passado e agora estou muito otimista. Como o Brasil está em relação ao mundo nessa questão da igualdade salarial? Esse é um desafio do mundo, mas no Brasil a diferença salarial entre homem e mulher é maior do que na média dos países evoluídos, dos países emergentes. Quando a mulher é solteira, a diferença salarial tende a ser menor. Mas quando a mulher é casada a diferença salarial tende a ser maior e quando a mulher tem filhos a diferença salarial é maior ainda. Então essa é uma triste realidade. Um estudo da Organização Internacional do Trabalho mostra porém que, se todos os países do mundo pagassem iguais salários para homens e mulheres, o PIB mundial cresceria 26%. Por quê? Primeiro porque você distribui a renda. Segundo porque essa trabalhadora é uma grande consumidora. Ela não guarda. Com exceção de CEOs de grandes empresas, a grande massa das trabalhadoras vai correr para o supermercado, comprar material escolar pro filho, pagar um exame de saúde. Isso faz com que o dinheiro circule na economia, então todo mundo ganha. ebull; Diferença salarial a favor dos homens vai a 22% A diferença de remuneração entre homens e mulheres, que vinha em tendência de queda até 2020, voltou a subir no País e atingiu 22% no fim de 2022, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que uma brasileira recebe, em média, 78% do que ganha um homem. Hoje, Dia Internacional da Mulher, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve apresentar um projeto de lei para garantir remuneração igual entre homens e mulheres que exercem a mesma função. Na teoria, a diferença já é proibida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas faltam mecanismos que garantam que a lei seja cumprida. Segundo especialistas, entre as possíveis explicações para o aumento recente na diferença da remuneração está o fato de a pandemia ter sido mais difícil para as mulheres, que, em muitos casos, deixaram o emprego para cuidar da casa e da família. eldquo;Pode se supor que as mulheres se mantiveram mais tempo fora do mercado de trabalho e, aí, fica mais difícil se reinserirerdquo;, diz o economista Bruno Imaizumi, da consultoria LCA. A coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Gênero e Economia da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense, Lucilene Morandi, afirma que outra possível explicação decorre de a crise no setor de serviços endash; que emprega mais mulheres endash; ter sido mais intensa durante a pandemia do que na indústria e no agronegócio (segmentos que concentram mais homens). A economista acrescenta que medidas como as que devem ser anunciadas hoje por Lula são importantes por deixar claro que o Estado está preocupado com a desigualdade de gênero e que pensará em políticas que reduzam o problema. Ela pondera, porém, que a lei não terá como interferir em casos em que uma empresa prefere promover um homem por considerá-lo mais capaz de assumir uma posição de comando devido ao gênero. elsquo;ÁREAS FEMININASersquo;. A professora do Insper Ana Diniz, pesquisadora na área de diversidade e inclusão, destaca que, além dos problemas que vieram na esteira da pandemia e implicaram maior desigualdade entre gêneros, outras questões precisam ser atacadas para diminuir a discrepância, como a divisão sexual do conhecimento. Historicamente, mulheres são mais presentes em áreas tidas como eldquo;femininaserdquo;, como as ligadas ao cuidado (o ensino, por exemplo). Essas também são as áreas que tendem a ser menos valorizadas financeiramente. Representante adjunta da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino afirma que é preciso discutir o valor do trabalho que vem sendo feito, em grande parte, por mulheres. eldquo;Para a nossa sociedade, é fundamental investir na geração futura. Então, é fundamental remunerar adequadamente quem trabalha com educaçãoerdquo;, diz. eldquo;Se a gente não repensar o valor desses trabalhos, não será possível estabelecer uma discussão real sobre igualdade salarial.erdquo; Ana Carolina acrescenta que a futura lei que pretende garantir a igualdade salarial precisará ter ferramentas de monitoramento. Ela lembra que a cota de 30% do fundo partidário para candidaturas femininas endash; criada para aumentar a participação de mulheres na política endash; não tem sido respeitada por partidos políticos, que recorrem a eldquo;artimanhaserdquo; para burlá-la. Segundo Ana Carolina, no mundo corporativo tem sido comum que empresas criem mais postos de gerência e aloquem mulheres para os cargos. Quando essas posições são analisadas, no entanto, percebe-se que são de eldquo;gerentes junioreserdquo;, por exemplo. eldquo;Isso acaba criando algumas formas de manter uma desigualdade salarial mesmo para postos que seriam iguais.erdquo; ebull;

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Etanol: hidratado sobe 1,56% e anidro valoriza 1,28% na semana

Os etanóis anidro e hidratado fecharam em alta na semana de 27 de fevereiro a 3 de março pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A maior valorização ocorreu no etanol hidratado, usado nos carros flex ou originalmente a álcool, que subiu 1,56% comercializado a R$ 2,7548 o litro contra R$ 2,7126 o litro da semana anterior. Esta foi a terceira semana seguida de alta do indicador do hidratado. Já o anidro, usado na mistura com a gasolina, subiu na última semana 1,28%, comercializado a R$ 3,1572 contra R$ 3,1173 da semana de 20 a 24 de fevereiro. Esta foi a segunda semana consecutiva de alta do indicador do anidro. Indicador Diário Paulínia Pelo Indicador Diário Paulínia a sexta-feira foi de queda nas cotações do etanol hidratado, após três dias seguidos em alta. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.886,50 o m³, contra R$ 2.902,00 o m³ praticado na quinta-feira, desvalorização de 0,53% no comparativo.

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Governadores priorizam acordo para recompor perdas com ICMS antes de discutir reforma tributária

Enquanto o Congresso concentra esforços para viabilizar a reforma tributária, o foco dos governadores é garantir a recomposição pelas perdas nas arrecadações após as mudanças nos cálculos do ICMS. O governo federal admite ajustes nos textos da reforma para garantir apoio dos líderes locais e de diferentes setores. O modelo de unificação de tributos que prevê alíquotas diferentes entre os impostos federais e os adotados em estados e municípios, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, é um dos acenos do governo para facilitar a aprovação da reforma. Integrantes da equipe econômica sustentam que o IVA único (que congrega todas as alíquotas) seria uma opção mais vantajosa para o contribuinte. O próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já declarou que o IVA dual é mais viável para garantir aprovação no Congresso, mas admitiu que não haverá consenso em relação à proposta. O governo trabalha para juntar as duas matérias que tramitam no Legislativo: a proposta de emenda à Constituição (PEC) 45/2019, da Câmara, e a PEC 110/2019, que tramita no Senado. Os governadores apoiam a PEC 110, que traz a proposta do IVA dual. No entanto, a partir da emenda 192, os gestores admitem apoio à PEC 45, que propõe o imposto único para substituir os federais (IPI, PIS, Cofins), estadual (ICMS) e municipal (ISS). A emenda prevê a criação de um fundo de desenvolvimento regional para diminuir desigualdades entre estados e evitar perdas de arrecadação. "Se for nesta linha, os estados irão apoiar. Se houver alteração, nós temos que chamar a atenção dos pontos e ver o que cada região e estado quer alterar. Precisamos saber qual é o texto que vai a discussão", disse ao R7 o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), membro do Fórum dos Governadores, que trata sobre o tema tributário junto às demais instâncias dos Três Poderes. Prioridade Antes de discutir a reforma tributária, os estados querem garantir o pagamento, por parte da União, da recomposição das perdas causadas após a mudança no cálculo do ICMS. Com a fixação da alíquota entre 17 e 18%, os secretários estaduais calculam que deixaram de arrecadar R$ 45 bilhões, valor inicialmente cobrado do governo federal. Agora, o montante negociado, segundo Fonteles, está entre R$ 24 bilhões e R$ 30 bilhões, valor que ainda precisa ser alinhado com os governadores dos estados e do Distrito Federal. "É preciso resolver a questão de curto prazo relativo às perdas de 2022. A reforma tributária é uma questão de longo prazo", sinalizou o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT). Uma indicação semelhante também foi dada pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). "A reforma tributária é importante, mas tem um problema anterior que precisa ser resolvido e que é urgente na conta dos estados", disse o tucano. O governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) reforçou que "sem a corda no pescoço, os estados vão entrar com muito mais fôlego financeiro em uma discussão". No entanto, ele tem dito que não acredita em uma aprovação rápida e fácil. A expectativa é que o valor da recomposição esteja fechado ainda em março, e a contrapartida prometida pelos governadores é de não repassar as despesas ao consumidor emdash; sem, portanto, aumentar os tributos.

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ALE aposta em rede de postos da marca e em grande cliente

Desde o fim de fevereiro uma empresa 100% Glencore, a ALE Combustíveis mantém a aposta na expansão da rede de postos da marca e na ampliação da carteira de grandes consumidores, com contratos de exclusividade, para acelerar o ritmo de expansão dos negócios em 2023. Quarta maior do país, a distribuidora de combustíveis prevê faturar cerca de R$ 20 bilhões neste ano, com expansão de 25% frente aos R$ 15,9 bilhões registrados em 2022. Para tanto, pretende fechar 330 novos contratos, entre grandes consumidores e novos postos para a rede ALE, em um mercado cada vez mais concorrido e que ainda sofre com elevadas taxas de sonegação fiscal e adulteração. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Cresce o peso do milho na produção de etanol

O início da operação de novas usinas que processam milho turbinará a oferta nacional de etanol e levará a um salto de 36% na fabricação na safra 2023/24, que começará em abril, alcançando a marca dos 6 bilhões de litros. Esse volume deverá corresponder a 19% de toda a produção esperada para o Centro-Sul do país. A estimativa, da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), supera projeções de mercado, que apostavam em uma produção de pouco mais de 5 bilhões de litros na próxima temporada. Para ler esta notícia, clique aqui.

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