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Abiove considera alta no consumo de diesel do país em projeções sobre biodiesel

O consumo de diesel do Brasil deverá crescer em 2023, dando sustentação para a produção de biodiesel, utilizado na mistura do combustível fóssil vendido nos postos brasileiros, segundo avaliação da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Em sua previsão inicial, a Abiove considerava em projeções de demanda de soja --principal matéria-prima do biodiesel no Brasil-- uma mistura do biocombustível de 15% no diesel a partir de março, conforme cronograma previsto em resolução anterior do governo. Mas a perspectiva é de uma decisão sobre a mistura em março, para valer somente a partir de abril. E mesmo o setor produtivo rebaixou suas expectativa sobre o aumento do percentual de biodiesel. A proposta é de uma alta gradual ante o patamar atual de 10%, com o B15 se tornando possível somente em 2024. Em fevereiro deste ano, a Abiove junto com a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) e a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) enviaram ao Ministério de Minas e Energia proposta de aumento da mistura até o B15 ocorrendo de forma gradual: 12% em abril, 13% em maio e junho, e 14% de julho de 2023 a fevereiro de 2024, com o B15 sendo então atingido em março do ano que vem. Questionada se a adoção dessa proposta pelo governo eventualmente mudaria os números de demanda de soja no Brasil, visto que a previsão anterior considerava B15 em março, a Abiove indicou que os dados em processo de revisão não devem sofrer tantas mudanças em relação aos atuais, e um consumo mais forte de diesel foi apontado como fator. Isso porque a Abiove também "considera um cenário de aumento do consumo de diesel", destacou o economista-chefe da associação, Daniel Amaral. Uma decisão sobre a mistura de biodiesel é esperada para a próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no dia 17 de março. O aumento gradual na mistura proposto pela indústria visa dar a previsibilidade necessária para que todos os setores se ajustem, acrescentou a Abiove. O óleo de soja respondeu por mais de 65% da produção de biodiesel no Brasil em 2022. Para este ano, a Abiove projeta um processamento recorde de soja de 52,5 milhões de toneladas, 2,1 milhão de toneladas acima de 2022. Isso resultaria em produção de 40,2 milhões de toneladas de farelo de soja, usado como matéria-prima para ração animal, e em 10,7 milhões de toneladas de óleo de soja, meio milhão de toneladas acima 2022. Com uma safra recorde acima de 150 milhões de toneladas de soja, ainda haveria oferta para exportações históricas de 92 milhões de toneladas do grão brasileiro em 2023, contra 78,9 milhões de toneladas em 2022.

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Tanqueiros ameaçam greve em Minas contra aumento de impostos estaduais sobre o diesel

Tanqueiros ameaçam fazer greve para forçar o governo de Minas a recuar na decisão que aumentou a quantidade de tributos estaduais cobrados sobre o diesel. Segundo o sindicato que representa o setor, a decisão pela paralisação deve ser anunciada pela categoria ainda nesta terça-feira (7). A principal reclamação dos caminhoneiros é que o governo decidiu aumentar a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sem aviso prévio. O reajuste foi feito pelo governo no dia 1º de março - mesma data em que foi feita a reoneração de impostos federais na gasolina. Porém, a decisão do governo federal não aumentou a cobrança de tributos no diesel, que seguem isentos até 31 de dezembro. Segundo os caminhoneiros, foi a decisão da administração estadual que provocou aumento do diesel no Estado. Conforme nota do sindicato, o governo reajustou o preço médio ponderado final (PMPF) de R$ 4,45 para R$ 6,07 e resultou em um aumento de R$ 0,20 no preço do litro do diesel. eldquo;Esperamos que o governo de Minas revogue essa decisão e abra canal de negociação com os transportadores imediatamente. Caso contrário, uma greve por tempo indeterminado não está descartadaerdquo;, afirmou Irani Gomes, presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sinditanque-MG). A reportagem entrou em contato com o governo de Minas pedindo uma posição sobre as reivindicações dos tanqueiros e aguarda um retorno.

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Produção de etanol de milho do Brasil deve crescer 36,7% em 2023/24, prevê Unem

O Brasil deverá produzir 6 bilhões de litros de etanol de milho na safra 2023/24 (abril a março), alta 36,7% em relação ao ciclo 2022/23, estimou nesta terça-feira, 7, a União Nacional do Etanol de Milho (Unem). De acordo com o presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, ao analisar os últimos seis anos, é possível ver um eldquo;crescimento exponencial do setorerdquo;, que produziu 520 milhões de litros de etanol de milho na safra 2017/18. eldquo;Mesmo com todas as adversidades enfrentadas por efeitos como pandemia, redução da atividade econômica, políticas tributárias e processo eleitoral, deveremos fechar a próxima safra com crescimento de 1.053% em relação a 2017erdquo;, disse ele em nota. As projeções foram apresentadas nesta terça-feira ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. O próximo ano safra de etanol deve iniciar com 20 indústrias autorizadas para produção localizadas nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo, duas a mais do que no ciclo 2022/23. O aumento da capacidade produtiva também é resultante da incorporação de tecnologia nas unidades já em operação, ampliação de algumas indústrias e inauguração de novas unidades. Em 2022, a Inpasa, grupo com atuação no Paraguai e no Brasil, iniciou a operação da unidade de Dourados (MS) e dobrou a capacidade produtiva no mesmo ano, disse a Unem. Neste primeiro semestre de 2023, a Inpasa deverá duplicar a capacidade da planta de Nova Mutum (MT). A indústria ALD Bioenergia também vai aumentar a produção em Nova Marilândia (MT), acrescentou a associação. Além disso, o grupo FS Bioenergia começará a operação de sua terceira unidade, localizada em Primavera do Leste (MT) no início da safra 2023/24. A Neomille, do grupo CerradinhoBio, deverá iniciar a produção de etanol de milho em Maracaju (MS) até meados da safra 2023/24. Segundo Nolasco, a transformação de excedentes exportáveis de milho em biocombustível, produtos para nutrição animal e cogeração de energia eldquo;ativa uma economia circular sem precedentes com importante responsabilidade e participação nas agendas globais de aumento da produção e oferta de alimentos, transição energética e descarbonizaçãoerdquo;. A entidade destacou ainda que, diferente do etanol de milho produzido nos Estados Unidos, o Brasil possui eldquo;externalidades únicas da agricultura tropical que permitem produzir alimentos, biocombustíveis e fibras em sistema de rotação de culturas e plantio direto, viabilizando de duas a três safras em um mesmo anoerdquo;, otimizando o uso do solo.(Reuters)

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Preço do etanol sobe em 19 estados e no Distrito Federal, diz ANP

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 19 estados e no Distrito Federal, caíram em 3 e ficaram estáveis em 3 estados na semana entre 26 de fevereiro e 4 de março. No Amapá, não houve coleta de dados. O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol subiu 2,37% na semana em relação à anterior, de R$ 3,79 para R$ 3,88 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 1,90% na semana, de R$ 3,69 para R$ 3,76. Goiás foi o Estado que apresentou a maior alta porcentual na semana, de 7,11%, de R$ 3,80 para R$ 4,07 o litro. Tocantins foi o Estado com a maior queda de preços na semana, de 1,59%, de R$ 4,40 para R$ 4,33 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,03 o litro, em Mato Grosso. O maior preço estadual, de R$ 6,96, foi registrado em Rondônia. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,30, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado em Roraima, com R$ 4,87 o litro. Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País subiu 2,65%. O Estado com maior alta porcentual no período foi Goiás, com 14,65% de aumento no período, de R$ 3,55 para R$ 4,07 o litro. A maior baixa porcentual ocorreu em Mato Grosso (-1,49%), de R$ 3,35 para R$ 3,30.

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Reoneração da gasolina: MP do Amazonas vai investigar supostos abusos em postos

Depois da reoneração parcial dos combustíveis, o esperado é que o litro da gasolina ficasse ao redor de R$ 0,34 mais caro nos postos de todo o país. Em Manaus (AM), porém, consumidores foram surpreendidos com um aumento de R$ 1 sobre o litro, ou seja 0,66 a mais do que o previsto, ou 194%, em termos percentuais. Por isso, o Ministério Público do Amazonas instaurou um Procedimento Administrativo para apurar supostas práticas abusivas por postos de combustíveis da capital amazonense. O Procon-AM também vem acompanhando os preços com fiscalizações e emissões de Autos de Infração. A produção da CNN analisou os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e constatou que, em apenas um mês, o preço da gasolina comum no estado do Amazonas aumentou 11,6%. Conforme a ANP, entre 26 de fevereiro e 4 de março, o preço médio da gasolina no Brasil era de R$ 5,25. No Amazonas, nesse mesmo período, a média era de R$ 5,67. Mas, na capital amazonense, o que os motoristas têm visto na prática é que a maioria dos postos esta cobrando bem mais caro que isso: R$ 6,59 por litro. O período de aumento do combustível em disparidade com o nacional acontece após a privatização da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), localizada em Manaus e antes pertencente à Petrobras. A refinaria foi comprada pelo do Grupo Atem. Em nota, a refinaria informa que, na última quarta-feira (1º), a refinaria anunciou nova redução de preço para gasolina A em 4,51%, e das várias modalidades de óleo diesel entre 2,18% e 2,25% para as distribuidoras. Segundo empresa, é a sétima redução nos preços de produtos vendidos às distribuidoras em três meses desde que a Ream assumiu a gestão da Refinaria da Amazônia, em dezembro do ano passado.

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Contra Pix, cartão de débito deverá pagar comércio de forma instantânea

A partir do ano que vem, a transferência de recursos nas operações realizadas com cartão de débito poderão ocorrer de forma instantânea. Com isso, comerciantes que vendem por meio dessa modalidade receberiam os recursos na mesma hora. Essa é uma das quatro iniciativas que o setor de cartões prepara para aumentar a competitividade do cartão, pressionado pelo avanço do Pix. Duas delas a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) pretende colocar em prática este ano: o eldquo;click to payerdquo; (em que o cliente conseguirá pagar com débito em compras na internet com um só clique, sem ter de entrar no aplicativo do banco) e o débito sem senha, voltado a serviços de streaming e aplicativos de transporte, por exemplo. Essas duas medidas são voltadas para pagamento em transações não presenciais. As outras duas, previstas para chegar a partir de 2024, têm outros objetivos. Uma delas é a liquidação das transações em eldquo;D+0erdquo; endash; ou seja, o dinheiro entraria no caixa do comerciante de forma instantânea, a exemplo do Pix, e não em dois dias como ocorre hoje. A outra é o parcelamento de compras com cartão de débito, com juros. Membro da Abecs e vice-presidente de Inovação e Soluções da Visa no Brasil, Fernando Descompasso Em 2022, a modalidade débito avançou 7,4%, ante um crescimento de 24,6% no setor de cartões Amaral afirma que algumas medidas são estudadas há bastante tempo, mas que o sucesso do Pix fez a indústria apertar o passo. eldquo;O Pix mostrou em alguns pontos oportunidades que tínhamos, e que poderíamos atacar de maneira mais velozerdquo;, disse ao Estadão/Broadcast. PERDA DE TERRENO. O cartão de débito teve um salto durante a pandemia, com o pagamento do auxílio emergencial pelo governo, mas, desde 2021, começou a perder força. No ano passado, cresceu 7,4% e movimentou R$ 992,4 bilhões. Já o setor de cartões cresceu 24,6%, para R$ 3,31 trilhões, segundo a Abecs. O crédito e o pré-pago tomaram a dianteira. Para o cliente, o débito ainda é mais fácil de usar, mas, para os comerciantes, o Pix é mais conveniente, porque tem custos de transação mais baixos e o dinheiro entra no caixa de forma imediata. eldquo;Não dá para negar que o fator mais importante é a nova concorrência, o Pixerdquo;, diz Boanerges Ramos Freire, consultor e presidente da Boanerges e Cia. eldquo;E inegável que o (cartão de) débito tem um desafio, e o setor está certo em reposicioná-lo.erdquo; Eduardo Rosman, analista do setor financeiro no BTG Pactual, afirma que o pré-pago também avançou sobre o débito. eldquo;Os próprios emissores preferiam emitir cartão pré-pago, porque havia um intercâmbio mais altoerdquo;, diz, referindo-se à taxa paga pelas maquininhas ao emissor do cartão em cada compra. A partir de abril, no pré-pago, haverá um teto de 0,7%, ainda assim maior que o do débito, de 0,5%. Ele destaca que o Pix tem estrutura concorrente à dos cartões, que, por outro lado, têm vantagens como a possibilidade de reembolso de transações. eldquo;É uma reação da indústria, porque o cartão de débito está perdendo espaço para o pré-pago e para o Pix.erdquo; ebull;

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