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Demanda mundial de petróleo em 2024 aumentará mais rápido do que o esperado, diz agência

A demanda mundial de petróleo aumentará mais rápido do que o esperado no próximo ano, afirmou a AIE (Agência Internacional de Energia) nesta quinta-feira (14), mostrando que a perspectiva de uso de petróleo no curto prazo continua robusta, apesar do acordo da COP28 desta semana para uma transição para menor consumo de combustíveis fósseis. Apesar da revisão do cenário, ainda há uma lacuna considerável entre as perspectivas de demanda para 2024 da AIE, que representa os países industrializados, e a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). As duas entidades entraram em conflito nos últimos anos sobre questões como a demanda de longo prazo e a necessidade de investimento em novos suprimentos. Na COP28, houve novas discussões e o texto final apontou que os países concordaram em fazer a transição para buscar o fim dos combustíveis fósseis, além da manutenção da meta de aumento de temperatura de no máximo 1,5ºC. Entenda os principais pontos do texto final da COP28 e#39;Transiçãoe#39; Os países concordaram em se encaminhar para o fim da era dos combustíveis fósseis, ao propor eldquo;transiçãoerdquo; com eldquo;aceleraçãoerdquo; de ações nesta década, que é considerada crítica para conter o aquecimento em 1,5°C 1,5°C O texto frisa o alinhamento à meta de 1,5°C (pelo Acordo de Paris, haveria flexibilidade até 2°C), que é a mais recomendada pela ciência e#39;Net zeroe#39; O texto reitera que o ano de 2050 é o limite para atingir o chamado eldquo;net zeroerdquo;, ou seja, a neutralidade de carbono, quando todas as emissões conseguem ser neutralizadas de alguma maneira, de modo que a conta fica em zero Cortes Também enfatiza as metas de reduzir as emissões globais em 43% até 2030 e em 60% até 2035, pontos já demarcados anteriormente Energia renovável O mundo deve triplicar a energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030; não há uma meta exata, porém, de quantos gigawatts devem ser atingidos Transição justa Deve ser feita uma redução gradual de eldquo;subsídios ineficienteserdquo; a combustíveis fósseis que não contribuem para uma transição energética justa ou para o combate à pobreza energética Tecnologia A chamada CCS (captura e estocagem de carbono) é recomendada para uso, especialmente em setores difíceis de cortar emissões; o uso dessas técnicas, no entanto, ainda é incipiente e caro Carvão Os países devem "reduzir a produção de carvão não mitigada", ou seja, cujas emissões não foram compensadas; é uma linguagem mais fraca do que a anterior, voltando ao estágio de 2021, na COP26 Aceno ao gás O gás natural é chamado de combustível de transição, ponto que agrada países como a Rússia; para cientistas, esse ponto é preocupante uma vez que o gás também é um combustível fóssil A agência prevê que o consumo mundial aumentará em 1,1 milhão de barris por dia (bpd) em 2024, um aumento de 130 mil bpd em relação à sua previsão anterior, citando uma melhora nas perspectivas para os Estados Unidos e preços mais baixos do petróleo A revisão de 2024 reflete "uma perspectiva de PIB (Produto Interno Bruto) um pouco melhor em comparação com o relatório do mês passado", disse a AIE. "Isso se aplica especialmente aos EUA, onde uma aterrissagem suave está se tornando visível" "A queda dos preços do petróleo funciona como um impulso adicional para o consumo de petróleo", disse. O petróleo enfraqueceu para uma baixa de seis meses perto de US$ 72 por barril esta semana, mesmo depois que a Opep+, que inclui as nações exportadoras de petróleo da Opep e aliados como a Rússia, anunciou em 30 de novembro uma nova rodada de cortes de produção para o primeiro trimestre de 2024. No relatório, a agência internacional também reduziu sua previsão de crescimento da demanda de petróleo em 2023 em 90 mil bpd, para 2,3 milhões de bpd, e diminuiu sua estimativa para o quarto trimestre em quase 400 mil bpd. A redução pela metade da taxa de expansão da demanda no próximo ano se deve ao crescimento econômico abaixo da tendência nas principais economias, às melhorias de eficiência e à expansão da frota de veículos elétricos, informou a entidade. A extensão dos cortes de oferta da Opep+ até ao primeiro trimestre do próximo ano pouco contribuiu para impulsionar os preços e o aumento da produção em outros países funcionaria como um obstáculo, acrescentou. Opep+ controla 51% da produção No relatório, a AIE também informou que a Opep+ controla atualmente 51% da produção mundial de petróleo. O percentual é o mais baixo da organização desde a sua criação em 2016. A Opep+ reúne os países integrantes da Opep e mais produtores aliados, reunindo 23 países. No início deste mês, o Brasil foi convidado a participar da organização, mas não terá direito a voto e o país também não deve fazer partes das cotas de produção. "Muita gente ficou assustada com a ideia que o Brasil ia participar do Opep. e#39;Nossa, o Brasil vai participar da Opepe#39;", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao abordar o assunto em viagem no começo deste mês. "O Brasil não vai participar da Opep, o Brasil vai participar da chamada Opep+. É tão chique esse nome e#39;Opep Pluse#39;. É que nem eu participar do G7. Eu participo do G7 desde que eu ganhei a Presidência da República. É G7+. Eu vou lá, escuto, só falo depois que eles tomarem a decisão e venho embora. Eu não apito nada", afirmou.

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Vendas varejistas no Brasil frustram expectativas e voltam a cair em outubro

As vendas no comércio varejista brasileiro frustraram as expectativas e apresentaram perdas em outubro, ainda mostrando dificuldades em deslanchar na metade do último trimestre do ano. Em outubro, as vendas no varejo caíram 0,3% em relação a setembro, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (14). O resultado que ficou bem aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,2%, depois de alta de 0,5% em setembro. Agora, o varejo opera 4,4% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 2,0% abaixo do maior nível da série, atingido em outubro do mesmo ano. Os dados mostraram ainda que, na comparação com outubro do ano passado, as vendas tiveram ganho de 0,2%, contra expectativa de avanço de 1,76%.. O setor varejista no Brasil vinha apresentando certa resiliência graças a um mercado de trabalho mais aquecido, mas sem conseguir deslanchar e apresentando números perto de zero diante da pressão da taxa de juros elevada, o que inibe o consumo principalmente de bens mais duráveis. "As variações estão muito próximas a zero desde fevereiro, ficando na leitura da estabilidade em todos os meses exceto março (0,7%), maio (-0,6%) e julho (0,7%)", destacou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. "Isso mostra um retorno ao comportamento anterior a 2020, após as variações mais acentuadas que observamos no período de pandemia, com números ainda mais tímidos do que o padrão pré-Covid", completou. Entre as oito atividades pesquisadas, cinco apresentaram desempenho negativo em outubro: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,7%); Tecidos, vestuário e calçados (-1,9%); Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%); Combustíveis e lubrificantes (-0,7%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,1%). Na outra ponta, apresentaram ganhos Livros, jornais, revistas e papelaria (2,8%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,4%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%). O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material, mostrou retração de 0,4% em outubro sobre o mês anterior. "Tanto a atividade de Veículos, motos, partes e peças (0,3%) como a de Material de construção (2,8%) ficaram no campo positivo em relação a outubro. Porém, a atividade de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, que ainda não tem essa abertura divulgada na pesquisa, influenciou negativamente o índice geral", avaliou Santos. (Reuters)

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PetroReconcavo interrompe temporariamente parte da produção no RN

A PetroReconcavo informou nesta quarta-feira (13) que interrompeu temporariamente parte de sua produção de petróleo e gás natural associado no Estado do Rio Grande do Norte, por não poder receber a produção no Ativo Industrial de Guamaré (AIG). A PetroReconcavo não disse quanto da produção no Estado foi afetada pela medida. A impossibilidade se deve ao gradual processo de retomada das atividades operacionais da Refinaria Clara Camarão após uma parada para manutenção geral programada, informou o proprietário e operador do AIG, segundo a petrolífera. "Segundo o operador do AIG, as condições normais de recebimento serão restabelecidas nos próximos dias", afirmou a PetroReconcavo. (Reuters)

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Combustível é item mais citado pelo consumidor em relação ao aumento do preço

A maioria dos consumidores (79%) percebeu aumento do preço do combustível, assim como em relação a alimentos básicos (arroz e trigo, por exemplo) e frescos e embalados, que obtiveram porcentagem semelhante de respostas (78%). A conclusão faz parte do estudo Future Consumer Index (FCI), produzido pela EY. Já 75% tiveram a mesma percepção em relação aos produtos eletrônicos. O levantamento foi realizado entre os dias 16 de março e 14 de abril deste ano, com a participação de pouco mais de 21 mil respondentes provenientes de 27 países, incluindo o Brasil. O FCI, que é produzido periodicamente, mapeia o comportamento do consumidor ao longo do tempo para identificar tendências de mercado. O propósito é fornecer uma perspectiva dos movimentos que são resultado de reações temporárias e daqueles que indicam realmente alterações consistentes no mercado de consumo.

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Petróleo fecha em alta de mais de 3%, com fraqueza do dólar e expectativas de cortes de juros de BC

O petróleo subiu mais de 3% nesta quinta-feira, 14, estendendo as altas da quarta-feira, 13, favorecido pela queda do dólar ante rivais e com investidores ainda reavaliando a trajetória de juros dos bancos centrais das principais economias, após decisões de manutenção das taxas básicas do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), e ainda seguindo a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) da quarta-feira. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro de 2024 o fechou em alta de 3,04% (US$ 2,11), a US$ 71,58 o barril, enquanto o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 3,16% (US$ 2,35), a US$ 76,61 o barril. O analista Craig Erlam, da Oanda, destaca que, mesmo com dúvidas sobre a demanda após falas dos presidentes do BCE, Christine Lagarde, e do BoE, Andrew Bailey, sobre desaceleração de suas respectivas regiões, o petróleo conseguiu manter o movimento de alta no pregão. Erlam ainda avalia que a commodity permanece muito perto dos suas mínimas recentes, mas conseguiu manter fôlego com a perspectiva de cortes profundos nas taxas por parte dos bancos centrais no próximo ano. eldquo;A questão agora é se os bancos centrais estão respondendo antecipadamente ou se será tarde demais. Os preços do petróleo nas próximas semanas poderão oferecer algumas informações sobre as expectativas do mercado a esse respeito.erdquo; Também no radar de investidores, está a revisão de relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), que elevar projeção de demanda da commodity em 2024. A Marex destaca o fato que a AIE citou melhoria nas perspectivas de crescimento para os EUA, apesar de reforçar preços mais baixos do petróleo. (Estadão Conteúdo)

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Preço do petróleo eleva defasagem da gasolina e do diesel na paridade internacional, diz Abicom

A desvalorização dos preços do petróleo nas últimas semanas vem pressionando a Petrobras para o anúncio de potencial corte de preços da gasolina. A cotação do petróleo tipo brent chegou a bater a marca de 90 dólares por barril no final do mês de outubro, mas é negociada próximo a 75 dólares por barril nesta quinta-feira. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) estima que os preços da gasolina e do diesel estão acima da paridade internacional e que, portanto, existe espaço para cortes nos preços pela Petrobras. A gasolina está 10% acima da paridade, o equivalente a 22 centavos por litro. Já o diesel está 4% acima, ou 14 centavos por litro, mesmo com o anúncio de preço em 6%, o equivalente a 27 centavos por litro, feito recentemente pela Petrobras.

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