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Três homens são presos no RJ em operação de combate ao transporte irregular de diesel

Três homens foram presos neste sábado (11) durante a Operação Foco, que tinha o objetivo de combater o transporte irregular de diesel. Agentes conseguiram ainda apreender 18,5 mil litros do combustível que era transportado e armazenado de forma irregular em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os policiais interceptaram um caminhão que transportável 15 mil litros de combustível diesel S-10 sem nota fical. Outros 3,5 mil litros foram encontrados em um tanque no galpão onde o veículo chegava. As informações sobre o grupo responsável pelo esquema criminoso foram passadas pelo Disque Denúncia. A ação foi realizada por policiais da Coordenadoria de Inteligência da Força Especial de Controle de Divisas em parceria com a Secretaria de Fazenda (Sefaz). O local não apresentou o CNPJ da suposta empresa, qualquer tipo de licença para exercer o trabalho no local ou inscrição estadual. No galpão, também foram encontrados três caminhões, dois semi-reboques, dois veículos de passeio, R$ 45.299,00 em espécie e material para extração e armazenamento de combustível. A ocorrência foi registrada na 60ª DP (Duque de Caxias).

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Etanol x gasolina: por que cálculo dos 70% já não faz mais sentido

Com essas constantes variações dos preços dos combustíveis, os questionamentos sobre se vale mais a pena usar gasolina ou etanol estão sempre em alta. Ainda que o consenso geral diga que basta multiplicar o preço do litro da gasolina por 0,7 para descobrir qual compensa mais, será que isso faz mesmo sentido? Explicando a teoria: se o resultado da conta for inferior ao preço do litro do etanol, valeria a pena abastecer com gasolina. O que fundamenta isso é que a eficiência da gasolina é 30% maior do que a do álcool hidratado. Por um bom tempo, a lógica já fez certo sentido (e ainda faz, para os primeiros carros flex). Quando a tecnologia bicombustível surgiu, em meados dos anos 2000, a eletrônica embarcada nos automóveis era mais simples, os motores tinham menos taxa de compressão, bem como a injeção direta e o turbocompressor eram usados muito raramente. Ou seja, a quantidade de variáveis eram bem menores. Deste modo, a teoria por trás do cálculo básico se aproximava mais do fato concreto do que nos dias de hoje. Mas qual seria o novo parâmetro, então? O Instituto Mauá de Tecnologia realizou uma série de testes, com veículos flex mais modernos, para determinar referências mais atuais. Utilizaram o etanol e a gasolina comum vendida nos postos, para se estabelecer a comparação. Foram utilizados 20 veículos com anos de fabricação recentes: cinco unidades de quatro modelos diferentes (compactos 1.0 e 1.6, sedã médio e SUV). Eles percorreram 27 km em cidades e 30 km em estradas. Cada um desses circuitos foi repetido 15 vezes e os trajetos seguiram o padrão já estabelecido pelo Instituto Mauá. Avaliado por meio de análise estatística, o desempenho médio do etanol comum em relação à gasolina comum (que contém 27% de etanol anidro) variou de 70,7% a 75,4%. Como referência, a norma do Inmetro mostrava, para os mesmos veículos, que os valores foram de 66,7% a 72,1%, respectivamente. Ressalva dos testes: além do nível de tecnologia embarcado no veículo, o jeito que cada condutor dirige sempre será o fator mais importante para determinar o nível de eficiência por quilômetro rodado. Ou seja, o que as avaliações técnicas nos deixam concluir é que o carro rende muito mais do que a teoria quando se utiliza o etanol. Logo, economizará usando o combustível vegetal, até que a diferença percentual dos preços chegue próximo dos 75%. Por conta disso, até o que se observa pelo Inmetro pode acabar não refletindo a realidade. O etanol ainda é o melhor componente para se misturar à gasolina? A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) afirma em seu site que o etanol, além de ser um dos melhores tipos de antidetonante, é um dos mais disponíveis e baratos da categoria, além de figurar entre os menos poluentes e menos prejudiciais para o motor. Além disso, o etanol também faz a função de retardar a produção de carbonização dentro do motor a gasolina. Devido a tudo isso, a presença de etanol na gasolina promove maior qualidade de funcionamento, seja em motores modernos ou em antigos.

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Ipiranga atualiza seus postos para a transição energética

A rede de postos de combustível Ipiranga endash; que pertence ao Grupo Ultra endash; decidiu atualizar, após quase 20 anos, sua marca, lançando um novo logo para a companhia e mudando a disposição de como as suas mais de 6,5 mil unidades são organizadas. A mudança de visual na companhia inaugura uma nova fase do negócio, que olha para a transição energética no País e traz novas opções de serviços de mobilidade urbana. Segundo a companhia, a mudança de layout nos postos deve ocorrer de maneira gradual, mas com início ainda em 2023. Entre as alterações, além das que são estéticas, o novo projeto da rede prevê áreas para ciclistas, pedestres, carregamento de veículos elétricos, entre outras mudanças na área da conveniência Am Pm. O presidente da rede Ipiranga, Leonardo Linden, afirmou que a companhia vem se preparando para essa mudança há dois anos, um processo que vai desde eldquo;revisitarerdquo; a marca, até preparar o terreno para mudanças pelas quais o mercado de varejo de combustíveis pode ter no futuro próximo. eldquo;O intuito de mexer na marca é evoluir, não revolucionarerdquo;, afirma. Para o especialista em branding da TM20 Branding, Eduardo Tomiya, a atualização da rede de postos é uma aposta de longo prazo, não só no modelo de negócio, mas também na ideia de que a companhia deve capitanear o movimento de transformar o local em um ponto de solução completa de mobilidade. eldquo;Essa atualização da Rede Ipiranga vem para mostrar mais perenidade para o negócio dos seus franqueados,erdquo; afirma Tomiya. Linden afirma ainda que a companhia está atenta às mudanças do setor e vem tentando se atualizar para continuar a oferecer produtos relevantes. eldquo;O posto é um ponto para atender a mobilidade das pessoas, então, vai ter o abastecimento elétrico, o abastecimento à combustão endash; ainda por muito tempo endash; e também outras formas de abastecer a necessidade de mobilidade dessas pessoas no futuroerdquo;, afirma. Na avaliação do executivo, apesar dos desafios, a situação de marcas brasileiras deve ser mais tranquila na pauta de transição energética, uma vez que, por aqui, os modelos de biocombustível endash; como o etanol endash; já fazem parte da realidade dos negócios, o que facilitaria a introdução de mais opções. eldquo;O nosso papel é entender que essa transição vai acontecer e nós vamos participar dessa transição,erdquo; diz o CEO. PERENIDADE. Jean Paul Rebetez, sócio-diretor da Gouvêa Consulting, afirma que a atualização da marca e do propósito da rede de postos é importante porque mostra uma preocupação com a sustentabilidade desse modelo de negócio. Um dos desafios, segundo acredita Rebetez, será sensibilizar os franqueados sobre a necessidade de expandir a oferta de serviços dentro das unidades, com as conveniências, os postos de carregamento, ou os novos bicicletários, por exemplo. Rebetez destaca ainda que a mudança de posicionamento da companhia, em busca de se tornar uma opção mais completa de mobilidade, pode ter impactos positivos no futuro, uma vez que as novas e as futuras gerações têm se preocupado cada vez mais com pautas ligadas ao universo ESG (sigla em inglês que abrange questões ambientais, sociais e de governança). eldquo;Por enquanto, o cliente do posto de combustível não leva em consideração as preocupações ambientais na hora de escolher a marca, mas no futuro esse pode ser um ativo importante para o consumidor finalerdquo;, afirma ebull; W.G.

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Jean Paul suspende transferência e diz que Petrobras ficará na Bahia

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT-RN), disse neste domingo (12.mar.2023) que as atividades da unidade da estatal na Bahia vão continuar. Ele deu a declaração em seu perfil no Twitter depois de se reunir com funcionário da petroleira no Estado. eldquo;Já anunciamos a revisão e suspensão das transferências compulsórias e vamos seguir em diálogo direto com todos e todas para construir uma Petrobras forte para o futuro do povo brasileiroerdquo;, escreveu.

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Reformas das regras para gás e combustíveis mudam de mãos na ANP

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou nesta sexta-feira (10/3) a nova distribuição das áreas técnicas entre os diretores. A mudança vale a partir de sábado (11/3), com vigência até junho de 2024. O rodízio ocorre a cada 15 meses, de acordo com o regimento da agência. Hoje, todos os cinco diretores da ANP foram indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) emdash; governo em que foi concluída a transição prevista na Lei das Estatais. Pela regra vigente, não cabem novas reconduções. Lula (PT) poderá renovar ao menos dois quadros: Claudio Jorge de Souza tem mandato até dezembro deste ano; e o diretor-geral, Rodolfo Saboia, até 22 de dezembro de 2024. Os mandatos de Daniel Maia e Fernando Moura, por sua vez, acabam em outubro e novembro de 2026, respectivamente emdash; no fim, portanto, deste terceiro mandato de Lula. Gás natural e infraestrutura de combustíveis Cláudio Jorge de Souza passa a ser responsável pela área de superintendência de Infraestrutura e Movimentações (SIM) emdash; chefiada por Hélio Bisaggio e responsável por temas como a regulação do mercado de gás natural e logística de combustíveis. É na SIM, até o momento submetida a Fernando Moura, que estão discussões como o acordo que pode levar ao fim da disputa pelo Subida da Serra emdash; gasoduto paulista construído pela Comgás, controlada pela Compass, mas que a ANP entendeu em 2021 se tratar de um ativo de transporte. É também uma das áreas responsáveis por propor as regras de acesso de terceiros à infraestrutura de gás natural e combustíveis, como gasodutos e terminais aquaviários emdash; temas que ganharam força de dois anos para cá. Claudio Jorge também assume a Defesa da Concorrência (SDC), onda há discussões correlatas. Mais downstream Fernando Moura seguirá à frente de áreas de interesse do downstream brasileiro, com as superintendências de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos (SBQ); e Fiscalização do Abastecimento (SFI) endash; esta última, responsável por apurar e autuar agentes do refino, distribuição e varejo de combustíveis. Conduzirá, por exemplo, a revisão das especificações do gás natural e do biodiesel, além da revisão da Resolução 791/2019, para redução de metas do Renovabio, mediante a compra de biocombustíveis por contratos de longo prazo. Temas dos produtores de petróleo e gás natural Symone Araújo, com Produção de Combustíveis (SPC), e Daniel Maia, com Distribuição e Logística (SDL), também serão responsáveis por comandar e relatar ações que afetam o mercado de refino e combustíveis. A exploração e produção segue distribuída entre diversos diretores: Symone cuidará por 15 meses da oferta de áreas (SPL); Geologia e exploração fica com Claudio Jorge de Souza; e Fernando Moura com desenvolvimento da produção. Com Symone Araújo, ficarão pautas como a revisão do preço de referência do petróleo adotado no cálculo de royalties e participações especiais. Há duas discussões em paralelo ocorrendo na agência: uma para reduzir a carga sobre pequenos e médios produtores; outra para elevar para todos os agentes, incorporando ganhos de valor recentes do óleo brasileiro. Maia cuidará, por exemplo, da área que analisa os planos de desenvolvimento endash; assunto que está no radar, no debate sobre a necessidade de se impor limites à reinjeção de gás natural. As novas resoluções da ANP, recursos em caso de penas administrativas e a aprovação de projetos dos agentes regulados são aprovadas de forma colegiada. Segue abaixo a nova distribuição das áreas da ANP: Symone Araújo (diretoria I): Mandato até 27 de março de 2027 Conteúdo Local (SCL); Participações Governamentais (SPG); Produção de Combustíveis (SPC); Promoção de Licitações (SPL). Daniel Maia (diretoria II) Mandato até 13 de outubro de 2026: Dados Técnicos (SDT); Distribuição e Logística (SDL); Pesquisa e Desenvolvimento (SPD); e Segurança Operacional e Meio Ambiente (SSM); Fernando Moura (diretoria III) Mandato até 9 de novembro de 2026 Núcleo de Medição e Fiscalização da Produção (NFP); Biocombustíveis e Qualidade de Produtos (SBQ); Fiscalização do Abastecimento (SFI); e Desenvolvimento e Produção (SDP); Cláudio Jorge de Souza (diretoria IV) Mandato até 21 de dezembro de 2023 Avaliação Geológica (SAG); Defesa da Concorrência (SDC); Exploração (SEP); e Infraestrutura e Movimentações (SIM).

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Imposto sobre exportações de commodities, em um país como o Brasil, tem efeitos bastante negativos

Após uma sangrenta batalha entre a presidente do PT, Gleisi Hoffman, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente Lula da Silva decidiu restituir parcialmente a cobrança dos impostos federais sobre gasolina e etanol, o que foi considerado uma vitória do ministro da Fazenda. Para evitar que a volta dos impostos tivesse um efeito muito forte sobre a taxa de inflação, o que poderia afetar negativamente a popularidade do presidente da República, a Petrobras diminuiu o preço da gasolina em R$ 0,13 e os impostos foram aumentados em R$ 0,47 na gasolina e R$ 0,02 para o etanol. Com esse arranjo, a expectativa é de que o efeito sobre a inflação seja de 0,35 pontos de porcentagem. Como esse aumento parcial de impostos não seria suficiente para repor a arrecadação tributária de R$ 28,8 bilhões por ano que vigorava antes da diminuição das alíquotas em meados de 2022, o governo criou um imposto de 9,2% sobre as exportações de petróleo cru por quatro meses, o que deverá arrecadar os R$ 6,6 bilhões para complementar a arrecadação em 2023. Imposto sobre exportações de commodities, em um país grande exportador desses produtos, tem efeitos bastante negativos para a economia. Os preços desses bens são determinados no mercado internacional, o que significa que, na verdade, é um aumento de impostos sobre os lucros das empresas exportadoras e torna o País menos competitivo internacionalmente. É uma quebra de contrato com as empresas que venceram os leilões de licitação para a exploração do petróleo, que já entraram na Justiça com pedido de liminar contra o imposto, aumentando a incerteza jurídica. Diminui os investimentos, as exportações, o superávit comercial e a disponibilidade de reservas no médio prazo. Ainda mais importante: é um precedente perigoso. Afinal, se o governo está disposto a taxar as exportações de petróleo, por que não taxar a exportação de minérios e commodities agrícolas? E, dada a importância desses setores para a economia brasileira, dificilmente o imposto será aprovado pelo Congresso. Diz a lenda que, na Batalha de Ásculo, Pirro, após vitória sobre os romanos com grandes baixas, ao ser parabenizado por seus generais, teria respondido: eldquo;Mais uma vitória como esta e estou perdidoerdquo;. Pode ter sido uma vitória do ministro sobre a presidente do PT, mas, para o Brasil, dadas as concessões feitas para chegar ao resultado, pode ter sido uma vitória de Pirro.

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