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Compagas é a 7ª distribuidora de gás a fechar contrato de longo prazo com a Petrobras

A Compagas fechou novos contratos de suprimento de gás natural de longo prazo com a Petrobras. Os acordos, estimados em cerca de R$ 6,4 bilhões, valem a partir de 2024 e garantem gás ao mercado paranaense até 2034. Os novos contratos complementam volumes já contratados pela distribuidora e preveem a entrega de cerca de 450 mil m³/dia em 2024; 500 mil m³/dia em 2025; e cerca de 570 mil m³/dia (o equivalente a 2/3 do volume da Compagas) entre 2026 e 2034. A concessionária paranaense é mais uma recorrer a contratos de longo prazo com a Petrobras. Além da Compagas, outras seis distribuidoras estaduais já celebraram contratos até 2034, dentro das novas condições comerciais lançadas pela estatal este ano: Comgás, Copergás, Gás Natural SPS, Necta, Sulgás e SCGás. Nas chamadas públicas mais recentes, a Petrobras tem oferecido às distribuidoras um fator Brent endash; percentual da cotação do petróleo ao qual o preço do gás está indexado endash; de 11,9%. Isso significa um gás mais barato do que a petroleira vinha praticando em seus contratos mais recentes, mas num patamar ligeiramente acima do histórico pré-pandemia. Compagas recorre a novo indexador A Compagas destacou, em nota, que os novos contratos com a Petrobras representam uma redução de cerca de 10% no preço da molécula, a partir de janeiro de 2024, em relação aos contratos atuais. Esse ganho de competitividade é repassado aos consumidores nas revisões tarifárias. Além do preço menor, a Compagas também garantiu uma diversificação de indexadores: cerca de 20% da carteira de suprimento da distribuidora paranaense passará a ser indexada ao Henry Hub, referência do mercado de gás nos Estados Unidos. A parcela restante da carteira de suprimento da companhia segue indexada ao petróleo tipo Brent e ao dólar. eldquo;Mesmo em caráter inovador, essa foi uma oportunidade que vislumbramos de reduzir a volatilidade dos contratos frente às variações impostas pelas condições macroeconômicas e políticaserdquo;, destacou o CEO da Compagas, Rafael Lamastra Jr, em nota à imprensa. Distribuidora continuará buscando novos fornecedores Nos contratos mais recentes, a Petrobras passou a trabalhar com duas opções de entrega: no city-gate (ponto de entrega), como a petroleira faz tradicionalmente; ou no hub endash; modalidade na qual a estatal é responsável pela contratação da entrada no sistema de transporte e o cliente é responsável pela contratação da saída. Ao desvincular a venda da molécula do transporte, o consumidor pode passar a contratar capacidade na malha de gasodutos e, assim, ter mais liberdade para buscar outros supridores. A Compagas optou pela contratação de gás na saída. A ideia, segundo a empresa, é aproveitar oportunidades de compras spot, trazendo maior liquidez na gestão do portfólio de suprimento, em especial no curto prazo. Os novos contratos firmados com a Petrobras estabelecem janelas para novas aquisições a partir de 2025 e a Compagas promete continuar a monitorar o mercado para novas compras de gás. Além de contratos na modalidade firme, a concessionária também busca oportunidades na modalidade interruptível. eldquo;Para nós, é fundamental que exista a cessão da capacidade de transporte para que possamos viabilizar a contratação de novos supridores e ter, de fato, o livre acesso a novos playerserdquo;, aponta Lamastra, em referência à restrição decorrente dos contratos legados alocados pela Petrobras na malha da Transportadora Brasileira Gasoduto Brasil endash; Bolívia (TBG).

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Lula diz que acordo sobre etanol será uma prioridade no G20

O presidente Lula (PT) e representantes de outras 17 nações pretendem assinar um acordo global de incentivo aos biocombustíveis na 18º edição da cúpula do G20. O evento acontecerá nos dias 9 e 10 de setembro, em Nova Delhi, na Índia. O lançamento da Aliança Global pelos Biocombustíveis deve ocorrer no domingo (10), com a presença do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. A ideia é destacar a experiência brasileira com a utilização do etanol. Na terça-feira (5/9), durante o programa Conversa com o Presidente, Lula indicou que um acordo com a Índia envolvendo combustível renovável terá destaque nos diálogos do fim de semana. eldquo;Brasil e Índia vão discutir a questão do etanol como combustível alternativo, que é extremamente importante, e nós temos que discutir com os outros países uma luta contra a desigualdadeerdquo;, afirmou Lula. A comitiva brasileira, que reúne governo e empresários do setor de etanol, desembarcará em Nova Dheli com um plano detalhando o potencial do uso de biocombustíveis endash; produzidos através de biomassa endash; como alternativa de substituição aos combustíveis fósseis. Membro da comitiva de empresários, o presidente da Unica, Evandro Gussi, afirma que a cooperação global para fomentar os biocombustíveis tem potencial de impactar cerca de 3 bilhões de pessoas. eldquo;O Brasil domina a tecnologia do etanol do campo à indústria automobilística. E essa tecnologia pode ser compartilhada com outros países, de tal forma a criarmos um cinturão verde de biocombustíveis entre mais de 100 países do chamado Sul Globalerdquo;, diz o executivo. Com o fim do mandato do país asiático, o Brasil assumirá o comando do G20 em dezembro deste ano. E será responsável por organizar a próxima cúpula, que deve ocorrer em novembro de 2024, no Rio de Janeiro. Etanol brasileiro na Índia Em julho, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), foi à Índia com uma comitiva que incluía empresários do setor em busca de novos negócios na área de biocombustíveis. O encontro foi um desdobramento dos acordos de intercâmbio assinados entre Brasil e Índia em 2020, quando o país asiático começou a considerar a viabilidade de aumentar a mistura de etanol na gasolina para 20% (E20) para reduzir sua dependência de petróleo estrangeiro. Em fevereiro de 2023, 15 cidades indianas iniciaram a implementação do E20. Além disso, o país é um aliado dos setores sucroalcooleiro e de carros flex no embate com os veículos elétricos.

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Emenda incluída em projeto na Câmara pode aumentar preço de combustíveis, diz associação

Uma emenda inesperada incluída no Projeto de Lei Complementar (PLP) 136/23, que teve regime de urgência aprovado na Câmara dos Deputados na terça-feira, abre uma brecha para o retorno de tributação dos combustíveis pelo modo ad valorem, em que a taxação se dá por um alíquota percentual e na prática aumenta sempre que há elevação dos preços. A proposta dá aos Estados a possibilidade de decidirem se querem ou não fazer a cobrança do ICMS sobre combustíveis pelo sistema ad rem, de valor fixo por litro, em vigor atualmente. Em nota nesta quarta-feira, a associação Brasilcom, que reúne mais de 40 distribuidoras regionais, afirmou que "isso poderá resultar em aumento de preço dos combustíveis ao consumidor", o que seria um "retrocesso" em relação à mudança efetivada neste ano, pois geraria pressões inflacionárias adicionais. O texto sobre o tema foi incluído no projeto que prevê compensação de 27 bilhões de reais da União para os Estados e o Distrito Federal em razão da queda de arrecadação do ICMS por causa de mudanças na incidência do tributo sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. O requerimento de urgência do projeto aprovado na terça-feira foi apresentado pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). "O PLP (projeto) volta a vincular o ICMS ao preço da commodity e com isso poderemos ter aumentos quinzenais do imposto, como acontecia antes da edição da LC 192/22, que zerou a cobrança do PIS e da Cofins sobre combustíveis em 2022 e estabeleceu a incidência do ICMS apenas uma vez, com base em alíquota fixa por volume comercializado (ad rem)", disse a Brasilcom. Com a aprovação do regime de urgência, o projeto poderá ser votado nas próximas sessões do Plenário, o que, teme-se, pode ocorrer sem a devida discussão do item que ameaça aumentar preços de combustíveis. Desde junho, a cobrança do ICMS sobre a gasolina é de 1,22 real por litro em todo o território nacional, enquanto no passado variava conforme a definição dos Estados. No caso do diesel e do gás de cozinha, a alteração no modelo de cobrança -- válida desde 1º de maio -- estipula 0,94 real por litro e 1,28 real por quilo, respectivamente. Segundo a Brasilcom, outro ponto negativo da eventual mudança é a segurança jurídica "que será violada com a aprovação do PLP 136/23, uma vez que as empresas do setor já se adaptaram à nova sistemática". Para a associação, "o sistema monofásico para cobrança do ICMS é uma evolução tamanha que está prevista até mesmo no texto da reforma tributária". (Reuters)

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Petróleo bate US$ 90 e preços dos combustíveis no Brasil descolam do mercado internacional

Os preços da gasolina e do diesel vendidos pela Petrobras no Brasil devem ficar ainda mais defasados com o aumento do preço do petróleo no mercado internacional. Hoje, o Brent permanece na faixa dos US$ 90, no maior patamar desde novembro do ano passado. Nesta quinta-feira, com base nas informações do dia 6 de setembro, quando o Brent já havia ultrapassado os US$ 90 no exterior, a gasolina vendida pela Petrobras no Brasil estava 5% menor em relação ao mercado internacional - mesmo patamar do dia anterior. Já no caso do diesel a defasagem chega a 14%, maior que os 10% em relação à véspera, de acordo com dados da Abicom, que reúne os importadores. O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) também verifica aumento da defasagem nos combustíveis. No caso da gasolina, a diferença passou de 11,29%, entre os dias 1 e 5 de setembro, para 11,60% no dia 6 de setembro. No diesel, a defasagem foi de 10,54% para 13,14% no mesmo período. Os números são diferentes dos da Abicom, pois são usadas metodologias diferentes. Segundo um analista que não quis se identificar, o avanço do preço do petróleo no mercado ocorre após os anúncios de corte na produção dos países da Opep, que reúne os maiores produtores do mundo. Para ele, ainda é cedo para saber se a commodity vai se manter no atual patamar. Nesta quinta-feira, o mercado está muito volátil, sem um rumo definido, com o Brent oscilando entre US$ 89 e US$ 90. Na Petrobras, destacou uma outra fonte, ainda não há indicação de que a companhia vá promover um novo reajuste nos preços. O último aumento foi anunciado em meados de agosto. Desde o dia 16, a Petrobras elevou em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras, passando para R$ 2,93 por litro. Foi uma alta de 16,3%. A Petrobras também reajustou em 25,8% o diesel, para R$ 3,80 por litro. Segundo essa fonte, um novo reajuste só será considerado se a cotação do Brent se mantiver acima de US$ 90 por mais duas semanas. A nova política de preços da Petrobras deu fim, em 16 de maio, à chamada política de paridade de importação (PPI), quando variações nas cotações do petróleo e do dólar serviam de parâmetro para reajustes para cima ou para baixo nos valores dos combustíveis vendidos pelas refinarias às distribuidoras. Já sob a gestão de Jean Paul Prates, escolhido pelo presidente Lula para comandar a Petrobras, a estatal criou uma nova política comercial que leva em conta os custos internos de produção, os preços dos concorrentes em diferentes mercados dentro do país e ainda as parcelas de combustíveis produzidas no país ou compradas no exterior. No entanto, essa nova metodologia é considerada por analistas complexa e incapaz de dar ao mercado uma previsibilidade sobre os preços da estatal. Ainda durante a campanha, Lula se colocou contra a continuidade da PPI.

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Petróleo fecha em queda e Brent perde marca de US$ 90

O petróleo fechou em queda, após dados da balança comercial da China injetarem temores sobre a demanda global de commodities. Além disso, o óleo foi pressionado pela alta do dólar no exterior, seguindo expectativa de mais aperto pelo Federal Reserve. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em queda de 0,76% (US$ 0,67), a US$ 86,87 o barril. O petróleo Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou com perdas de 0,75% (US$ 0,68), a US$ 89,92 o barril, perdendo o nível de US$ 90 por barril. A queda nos estoques de petróleo dos Estados Unidos não foi o suficiente para impedir as perdas dos contratos futuros neste pregão, pressionados por preocupações com a economia global e pela alta do dólar, depois que dados do mercado de trabalho dos EUA renovaram expectativa de nova alta de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda este ano. Analista da Oanda, Edward Moya nota que os investidores de energia ponderaram sobre o recente rali nos preços do petróleo, considerando as expectativas de redução na oferta contra um cenário de enfraquecimento da Europa e da Ásia. Hoje, dados da balança comercial da China apontaram queda nas importações e exportações que, embora pouco melhores que o esperado, ainda sinalizam fraqueza na demanda doméstica e externa, destaca a CMC Markets. Para o Julius Baer, a marca do barril Brent acima de US$ 90 se tornou um eldquo;imãerdquo; para os preços difícil de ignorar, entretanto, este nível desafia os fundamentos atuais do mercado. Na visão do banco, os cortes sauditas são amplamente compensados pela produção de pares endash; por exemplo, o Irã e países da América Latina endash; e a China não deve contribuir muito para a demanda global, como esperado pelo mercado. eldquo;Vemos mais riscos de baixa no futuro, mas aumentamos o nosso preço-alvo de curto prazo para US$ 82,50 por barril, devido a duas incertezas principais: a dinâmica de alta poderá ganhar força e/ou a política petrolífera eventualmente precisará de ser reiniciadaerdquo;, aponta o banco. (Com informações do Estadão Conteúdo)

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IGP-DI tem leve alta em agosto e interrompe sequência de 5 meses de perdas

O IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna) registrou leve variação positiva em agosto, interrompendo uma sequência de cinco decréscimos mensais consecutivos diante da retomada dos avanços dos preços dos combustíveis para o produtor, informou nesta quarta-feira (6) a FGV (Fundação Getulio Vargas). O IGP-DI subiu 0,05% em agosto, depois de no mês anterior ter caído 0,40%. O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, que previa ganho de 0,11%. Com esse resultado, o índice reduziu a baixa acumulada em 12 meses para 6,91%, contra perda de 7,47% vista no ano findo em julho. O IPA-DI (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,10% em agosto, contra queda de 0,61% no mês anterior. "O reajuste dos preços do diesel (de 0,00% para 13,29%) e da gasolina (de -7,46% para 8,36%) permitiram que a variação do índice ao produtor registrasse aceleração", explicou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços. Por outro lado, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que responde por 30% do IGP-DI, passou a cair 0,22% no mês passado, depois de em julho ter mostrado leve alta de 0,07%. "No âmbito do consumidor, a queda mais acentuada do grupo alimentação [de -0,36% para -0,84%] fez com que o índice voltasse a registrar deflação", disse Braz. Já o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) avançou 0,17% em agosto, ante 0,10% no mês anterior. A inflação no Brasil tem mostrado sinais de arrefecimento, nos últimos meses, o que levou o Banco Central a iniciar no início de agosto o que deve ser um ciclo de cortes da taxa Selic, atualmente em 13,25%. No entanto, a expectativa de economistas é de que o avanço dos preços volte a ganhar algum fôlego até o final do ano. (Reuters)

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